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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, dezembro 24, 2010

EUA podem fazer negócio com Irã. O Brasil, não




Ele não perde por esperar a fúria do Cerra

Um desconhecido departamento do Ministério da Fazenda americano tirou o Irã da lista negra imposta pelo suposto embargo patrocinador pelos EUA.

Isso significa que as empresas americanas podem fazer negócios milionários com o Irã, enquanto o governo americano pressiona o Brasil para não fazer negócio milionários com o Irã.

Saiu no New York Times:

U.S. Approved Business With Blacklisted Nations


Despite sanctions and trade embargoes, over the past decade the United States government has allowed American companies to do billions of dollars in business with Iran and other countries blacklisted as state sponsors of terrorism, an examination by The New York Times has found.


At the behest of a host of companies — from Kraft Food and Pepsi to some of the nation’s largest banks — a little-known office of the Treasury Department has granted nearly 10,000 licenses for deals involving countries that have been cast into economic purgatory, beyond the reach of American business.


(…)

Navalha
O Padim Pade Cerra vai dizer o que do Obama ?
Que o Obama faz negócio com a ditadura sanguinária do Irã ?

Paulo Henrique Amorim





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