Ontem, num programinha escroto da Globonews, vi uma tosca apresentadora dizer: "infelizmente não temos neve aqui no natal". O tema da conversa era Papai Noel.
Esse excesso de culto ao "bom velhinho" é mais um reflexo de nossa condição de povo colonizado. Para começar, tal símbolo foi forjado pela coca cola, como todo mundo sabe. O mito original, escandidavo, foi completamente transformado pelos marqueteiros estadunidenses. Suas vestes sequer eram vermelhas, eram azuis, a troca de cor foi para ornar com a marca da multinacional de Atlanta, sede da Ku Kux Klan.
Até o nome que adotamos por aqui é ridículo, Noel significa Natal em francês. Curiosamente, em Portugal se pronuncia Papai Natal, na França, Pere Noel. É lógico que chiquetosa elite tupiniquim não ia se espelhar nos portugueses, povo cafona, para apelidar mais um de seus produtos Made in USA. É mais chique imitar os franceses, mesmo que o produto venha dos EUA, povo também cafona, mas cheio da nota (se bem que hoje em dia...).
Uma dúvida, por que não adotaram logo o Santa Claus dos yankees?
Tenha o nome que for, trata-se de um personagem que foge completamente a essência do Natal cristão, é apenas um incentivo ao consumo.
Outro embuste é essa história de neve, nos shoppings mais chiques de São Paulo cai neve o dia todo, para delírio da classe média debilóide paulistana. Isso por que vivemos em um país tropical, os gringos ficam loucos para passar o fim de ano aqui e fugir do frio, os brasileiros querem neve.
Estou pouco me lixando para toda essa história, sou ateu e considero essas "tradições" cristãs uma grande farsa. Ainda assim passo o Natal na casa da minha mãe, em família. Isso remete a minha infância. Esse é o lado bom Natal, rever a família entre parentes e amigos. O resto, é comercial.
Para aqueles que ainda se emocionam com o "bom velhinho" da rede Globo, da coca cola e da Ku Kux Klan.
Um bom Natal para todos!
*cappacete
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