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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Após um ano e dois meses parado, processo da Satiagraha volta a andar

Satiagraha volta a andar.
Alô, alô Dantas !

Será que ele continuará rindo ?
 

Após um ano e dois meses parado, processo da Satiagraha volta a andar

FLÁVIO FERREIRA

DE SÃO PAULO


Depois de um ano e dois meses de paralisação, o processo principal resultante da Operação Satiagraha da Polícia Federal voltará a ter andamento.


O processo em que o banqueiro Daniel Dantas e outros executivos do Grupo Opportunity são acusados de cometer crimes financeiros estava parado aguardando uma decisão da 1ª Seção do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região sobre qual juiz deveria conduzir a causa.


Agora há pouco o colegiado julgou que a ação penal deve tramitar pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, cujo titular é o juiz federal Fausto Martin De Sanctis.


No mês passado De Santis foi promovido a desembargador pelo TRF, e a posse dele no cargo só depende da aprovação formal pelo presidente Lula.


O impasse sobre quem deveria ser o titular da causa, tecnicamente chamado de conflito de competência, teve início a partir de pedidos da defesa de Dantas. Os advogados queriam que o processo fosse julgado pela 2ª Vara Criminal Federal, cuja titular é a juíza Silvia Rocha.


A ação penal foi iniciada em julho de 2009. De Sanctis recebeu a denúncia que acusou Dantas pela prática de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e formação de quadrilha e organização criminosa.


Dois meses depois, atendendo a pedido do réu e executivo do Opportunity Dório Ferman, a juíza da 2ª Vara Criminal Federal requisitou os autos, alegando que a causa deveria tramitar naquele juízo.


A justificativa da juíza foi a de que a denúncia da Procuradoria aponta fatos ligados a outra investigação aberta anteriormente na 2ª Vara, relativa ao caso do mensalão.


Como De Sanctis não concordou com o entendimento de Rocha, a juíza levou a questão ao TRF da 3ª Região.


Em parecer, o Ministério Público manifestou-se pela manutenção da causa na 6ª Vara.



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
*PHA

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