Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
O Conversa Afiada republica post do Blog do Nassif, com informação divulgada pela coluna de Ilimar Franco, no Globo:
A POLÍCIA FEDERAL concluiu que não houve grampo ilegal nos telefones do então presidente do STF, Gilmar Mendes, no episódio em que foi divulgado diálogo com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Cadê a babá eletrônica do Johnbim ?
Por que mandaram o ínclito delegado, Dr. Paulo Lacerda, para Portugal ?
Viva o Brasil !
"A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio
de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida."
O vídeo abaixo traz o depoimento de Lino Bocchini, um dos criadores do blog Falha de S.Paulo, que parodiava a Folha”ditabranda” de S.Paulo.
A Folha moveu uma ação de 88 páginas contra o blog porque não achou graça e, com isso, estabeleceu uma censura jurídica ao retirar o blog do ar. A Folha, que considerou a nossa ditadura um regime político de suaves assassinatos, não acha graça na liberdade de expressão.
Da mesma forma que Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, processou o Estado de S.Paulo impedindo-o de divulgar matéria sobre seu processo na justiça, a Falha (desculpe, Folha) fez o mesmo contra dois humorista.
Mas pelo jeito, eles não perderam a graça. Nesse depoimento há coisas bem engraçadas. Além disso, os dois já criaram um novo blog: Desculpem a nossa FAlha.
Veja também outros depoimentos mostrando a intolerância da Folha de S.Paulo. Esse tipo de processo ainda será muito comum no Brasil. Há uma cultura coronelista no país difícil de combater. Há uma sensação nas classes mais abastadas, que percorre o seio da classe média saudosa do autoritarismo, de que cada macaco deve ficar no seu galho. Ou seja, liberdade de expressão e de imprensa é só para alguns. Mas aos poucos eles se acostumam…esperamos…
Veja outros depoimentos sobre o caso Falha de S. Paulo.
AVISO: tínhamos publicado uma narrativa dos bastidores de dentro da redação do Estadão, passada por uma boa fonte do próprio Estadão. Mas outras fontes, tão boas quanto (ou melhores) de dentro e de fora do Estadão estão dando outras versões desde hoje (24/12) cedo. Enfim, achamos por bem então não dar o aval para versão nenhuma. Pedimos desculpas por qualquer incômodo. Mas quanto ao documento vazado abaixo não tem reparo algum! Temos o danado em mãos!
Se eu fosse a Folha, dava o troco!
Vazou para nós, a la WikiLeaks, a crítica interna da ombudsman da Folha, Suzana Singer, que circulou entre os jornalistas da Folha em 23/12 à tarde, com um aviso bem grande pedindo para “NÃO DIVULGAR”: FALHA DE S. PAULO A incrível capacidade de mobilização dos irmãos responsáveis pelo site Falha de S.Paulo, processado pela Folha, obteve uma vitória impressionante hoje, quando Julian Assange, o símbolo do momento da luta pela liberdade de imprensa, defendeu o site. Está na entrevista exclusiva publicada no Estadão. “Entendo que há um grande escândalo em relação ao ao blog Falha de S.Paulo, que é uma sátira ao nome do jornal com o qual temos uma parceria no Brasil. Entendo a importância de proteger a marca e temos sites similares que se passam pelo WikiLeaks. Mas o blog não pretende ser o jornal e acho que deve ser liberado. A censura é um problema especial quando ocorre de forma camuflada. Sempre que há censura, ela deve ser denunciada”. Tem um box de outro lado, com a Folha negando que seja censura. Os dois blogueiros já tinham conseguido que os Repórteres sem Fronteiras condenassem o processo, por considerarem difícil que um jornal do porte da Folha tenha sofrido danos á imagem por causa do site. Também dizem que os irmãos Bocchini não terão dinheiro para pagar a indenização. A Global Voices, comunidade internacional de blogueiros, também apoiou os irmãos. O site da Wired contou a história, sem emitir opinião. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo condenou a atitude da Folha. O jornal precisa noticiar o processo, fazer reportagem ouvindo os dois lados, explicar melhor sua posição. Não dá mais pra fingir que nada está acontecendo. *desculpe a nossa fAlha
É quase Natal, um ano está perto de acabar e outro de começar.
Tempo de resumos.
Fiquem descansados: nada de reflexões pseudo-filosóficas.
Só alguns dados.
Segundo a UN Conference on Trade and Development (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e o Desenvolvimento), o número de "Países menos desenvolvidos" dobrou nos últimos 40 anos.
Os "Países menos desenvolvidos" gastaram 9 bilhões de Dólares para as importações de alimentos em 2002. Em 2008 este montante subiu para 23 biliões de Dólares .
O rendimento médio per capita nos Países mais pobres da África caiu de 1/4 nos últimos 20 anos.
Bill Gates tem um património líquido da ordem de 50 bilhões de Dólares. Existem cerca de 140 Países no mundo que têm um PIB anual menor do que a riqueza de Bill Gates.
Um estudo do World Institute for Development Economics Research (Instituto Mundial de Investigação sobre Economia do Desenvolvimento) mostra que a metade inferior da população mundial, detém cerca de 1% da riqueza global .
Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo vai para a cama com fome todas as noites.
2% das pessoas mais ricas detêm mais de metade de todo o património imobiliário do mundo.
O fundador da CNN, Ted Turner, é o maior proprietário privado de terras nos Estados Unidos. Hoje, Turner é dono de cerca de 2 milhões de hectares, mais de 8.000 quilómetros quadrados de terra. Esta quantidade é maior do Delaware e Rhode Island juntos . Turner também pede restrições impostas pelo governo para limitar a 2 ou menos filhos por casal , na óptica dum controle do crescimento populacional.
Estima-se que o inteiro continente Africano possui apenas 1% da riqueza total do mundo.
Em 2008, cerca de 9 milhões de crianças morreram antes da idade de cinco anos. Cerca de 1 / 3 de todas essas mortes deveu-se, directa ou indirectamente, à escassez de alimentos.
A mais famosa família de banqueiros do mundo, os Rothschilds, acumulou fortunas imensas enquanto o resto do mundo ficou preso na pobreza. Aqui está o que diz Wikipedia (versão inglesa) sobre a riqueza da família Rothschild: Alegou-se que durante o século 19, a família teve de longe a maior fortuna privada do mundo, e de longe a maior fortuna da história moderna.
No dia 24 de março de 1969, John Lennon e Yoko Ono iniciaram a lua-de-mel, trancados em um quarto do hotel Hilton em Amsterdã, para pedir a paz mundial. Durante uma semana ficaram rodeados por cartazes com mensagens como "Bed Peace", "I love Yoko" ou "Grow your hair", os recém-casados aproveitaram a repercussão midiática de seu recente casamento em Gibraltar para pedir o fim da Guerra do Vietnã. O apelo foi feito a mais de 300 fotógrafos e repórteres de todo o mundo, os quais eram recebidos de pijama diariamente das 9h às 21h. A foto acima é de autoria de Nico Koster.
Adrian Sobaru, um electricista da televisão estatal romena, subiu ao topo duma varanda do Parlamento romeno, em Bucareste, durante uma sessão que acerca do voto de confiança para o primeiro-ministro Emil Boc.
Pai de dois filhos, protestou contra a situação económica e os cortes implementados pelo Governo.
Sobaru usava uma camisa com inscrições como "vocês mataram o futuro dos nossos filhos, fomos vendidos". Acabou por cair no chão duma altura de aproximadamente sete metros.
O homem, com cerca de 40 anos, está em estado muito grave com ferimentos na cabeça e no resto do corpo, disse a agência romena Agerpres, embora os médicos não temam pela vida dele.
A televisão TVR, para a qual trabalhava o electricista, disse que a acção foi devida a "razões pessoais" relacionadas uma doença na família e ao desemprego.
Disse o senador Emiliano Francu, que aproximou-se do lugar da queda:
Ele gritava" liberdade "e" você tem o pão dos meus filhos.". Então, saltou no vazio"
A sessão parlamentar, interrompida durante uma hora após o incidente, foi reiniciada com a ausência dos grupos da oposição, que mostraram-se "muitos chocados" para continuar.
O primeiro ministro Boc lamentou o "evento trágico" e disse que "compreende as dificuldades enfrentadas por muitos Romenos durante este período de crise".
A moção de censura contra ele foi rejeitada.
A situação económica da Roménia é catastrófica: no Verão passado, o governo cortou os salários dos funcionários públicos em 25% e de 15% as reformas por causa das pressões do Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Mundial, que haviam prometido em 2009 um empréstimo de 20.000 milhões de euros.
Ontem, num programinha escroto da Globonews, vi uma tosca apresentadora dizer: "infelizmente não temos neve aqui no natal". O tema da conversa era Papai Noel.
Esse excesso de culto ao "bom velhinho" é mais um reflexo de nossa condição de povo colonizado. Para começar, tal símbolo foi forjado pela coca cola, como todo mundo sabe. O mito original, escandidavo, foi completamente transformado pelos marqueteiros estadunidenses. Suas vestes sequer eram vermelhas, eram azuis, a troca de cor foi para ornar com a marca da multinacional de Atlanta, sede da Ku Kux Klan.
Até o nome que adotamos por aqui é ridículo, Noel significa Natal em francês. Curiosamente, em Portugal se pronuncia Papai Natal, na França, Pere Noel. É lógico que chiquetosa elite tupiniquim não ia se espelhar nos portugueses, povo cafona, para apelidar mais um de seus produtos Made in USA. É mais chique imitar os franceses, mesmo que o produto venha dos EUA, povo também cafona, mas cheio da nota (se bem que hoje em dia...).
Uma dúvida, por que não adotaram logo o Santa Claus dos yankees?
Tenha o nome que for, trata-se de um personagem que foge completamente a essência do Natal cristão, é apenas um incentivo ao consumo.
Outro embuste é essa história de neve, nos shoppings mais chiques de São Paulo cai neve o dia todo, para delírio da classe média debilóide paulistana. Isso por que vivemos em um país tropical, os gringos ficam loucos para passar o fim de ano aqui e fugir do frio, os brasileiros querem neve.
Estou pouco me lixando para toda essa história, sou ateu e considero essas "tradições" cristãs uma grande farsa. Ainda assim passo o Natal na casa da minha mãe, em família. Isso remete a minha infância. Esse é o lado bom Natal, rever a família entre parentes e amigos. O resto, é comercial.
Para aqueles que ainda se emocionam com o "bom velhinho" da rede Globo, da coca cola e da Ku Kux Klan.