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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 15, 2011

Damas de ferro contra o FMI

Por Assis Ribeiro
Damas de ferro encaram o Fundo Monetário


Damas de ferro encaram o Fundo Monetário Foto: WESLEY SANTOS/AGÊNCIA EESTADO, Vincent Kessler/REUTERS Em Porto Alegre, Dilma Rousseff condenou as políticas restritivas impostas pelo fundo; em Paris, a alemã Angela Merkel também atacou a instituição e pediu a criação de um novo imposto global sobre transações financeiras
14 de Outubro de 2011 às 15:01

Surplus

O premiado documentário Surplus (Suécia,2003) do cineasta e produtor italiano Erik Gandini, desmistifica, materializa e cria um paradoxo na sociedade contemporânea, denunciando as incoerências na política mundial, destacando o posicionamento das corporações multinacionais e seus respectivos líderes diante da caótica aceleração da produção em massa, do desgovernado avanço tecnológico e dos estragos que todo esse processo em excesso vem causando ao meio ambiente.


*esquerdopata

Lula diz que FMI enfrenta crise mundial com 'silêncio profundo'

Lula diz que FMI enfrenta crise mundial com 'silêncio profundo'

Ele criticou atuação do fundo na solução da crise financeira internacional.
Ex-presidente discursou na cerimônia dos premiados no World Food Prize.

Lula (Foto: Lula fala nos EUA em conferência sobre políticas públicas de segurança alimentar. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula) 

Lula em discurso proferido, nesta sexta-feira (14),
nos EUA (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira (14), nos Estados Unidos, a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e dos países desenvolvidos na solução da atual crise financeira internacional.
“O FMI tinha solução para tudo quando a crise era na Bolívia, no Brasil, no México. Quando a crise chega aos países ricos o FMI se cala, entrou num silêncio profundo. O BID, então, não fala mais nada”, criticou Lula.
Lula disse que as nações desenvolvidas precisam seguir o exemplo do Brasil no combate à crise mundial e  de que não tem nada mais “fácil e barato no mundo do que cuidar dos pobres, o que é duro é cuidar dos ricos”.
Para ele a distribuição de renda permite que os pobres possam consumir e, com isso, faz com que a economia possa girar, gerando emprego e renda para os mais ricos.

“Uma família pobre com US$ 100 resolve seu problema por um mês. Para o rico, você empresta US$ 1 bilhão e [eles] ainda saem do seu gabinete falando mal do governo. [...] Tudo relacionado ao pobre é gasto, aumento do salário mínimo é gasto, transferência de renda é gasto. Emprestar para o rico é investimento. Nós mudamos isso, emprestar para pobre também é investimento”, ressaltou.
O ex-presidente foi um dos agraciados, nesta quinta (13), com o prêmio World Food Prize nos Estados Unidos. A premiação foi criada em 1970 para prestigiar personalidades que contribuíram para a diminuição da fome no mundo. Após recebê-lo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a fome é "a maior arma de destruição em massa que a humanidade já inventou" e que os governantes, em vez de guerras, devem "lutar pela vida, não pela morte".
Nesta sexta, a presidente Dilma Rousseff também criticou o FMI. Ela afirmou, porém, que o Brasil poderá aumentar sua participação no fundo. Segundo ela, como país credor, O Brasil não aceitará que sejam impostas a outras nações condições semelhantes a que a entidade impôs ao Brasil nas décadas passadas.
"Hoje nós temos recursos aplicados no Fundo Monetário, possivelmente, inclusive, nós iremos ter uma maior participação. Agora, jamais aceitaramos como participantes do Fundo Monetário certos critérios que nos impuseram sejam impostos a outros países", disse, durante cerimônia de assinatura do do plano Brasil sem Miséria com os governadores da região Sul, em Porto Alegre.
Na quinta, a presidente já havia criticado o FMI. Ela comparou a crise da dívida soberana, iniciada na década de 1980, com a atual crise econômica nos países ricos e reafirmou a necessidade de conjugar investimento e inclusão social. Disse, porém, que "parece que não há um empenho, uma convicção política uniforme de como lidar com essa crise" por parte dos países ricos.

Alerta: repressão em Wall Street

Por Altamiro Borges


Após criar forte clima de tensão, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, recuou hoje pela manhã da sua idéia de desocupar à força o Parque Zuccotti, onde estão acampados milhares de manifestantes do movimento “Ocupe Wall Street”. Durante toda a semana, ele fez ameaças de retirar os ocupantes sob a desculpa de que a empresa Brookfield, dono do parque, faria a limpeza do local.

Os manifestantes, acampados na praça desde 17 de setembro, não se intimidaram e convocaram, através das redes sociais, um ato de solidariedade. Argumentaram que a limpeza pública visava encerrar o protesto pacífico. “O Ocupe Wall Street ganha força, com ações de ocupação em cidades de todo o mundo... Essa é uma tentativa de nos calar”, afirmava a convocatória.

Prefeito bilionário e fascista

Diante da resistência, a prefeitura recuou nos seus propósitos provocadores. Mas os ativistas mantêm o estado de alerta. Afinal, o prefeito Michael Bloomberg, do Partido Republicano, é um direitista convicto. Oitavo homem mais rico do país, com uma fortuna avaliada em US$ 20 bilhões, ele não tolera o movimento que denuncia a opulência dos ricos e a miséria dos estadunidenses.

Desde o início do movimento, ele age como um fascista. “Não queremos esse tipo de distúrbio aqui”, afirmou ele no primeiro dia do protesto. Na sequência, a truculenta polícia de Nova York fez várias provocações, espancando e disparando gás de pimenta. Em 1 de outubro, mais de 700 pessoas foram presas e centenas ficaram feridas no dia mais violento contra o protesto.

Solidariedade internacional

No comunicado de hoje pela manhã, a própria prefeitura de Nova York informa que “adiou a limpeza do parque”. Os manifestantes comemoraram a suspensão, mas sabem que a ofensiva não foi descartada – apenas “adiada”. A ordem é resistir. “Não sairemos”, garantem os acampados. Cartazes questionam a repressão. “Policiais, vocês não preferiam prender um banqueiro?”.

O movimento “Ocupe Wall Street” também fez um chamamento à solidariedade no mundo inteiro. Através das redes sociais, ele monitora a ação da polícia para evitar surpresa e sugere que sejam organizadas manifestações nas embaixadas dos EUA espalhadas pelo mundo contra qualquer tipo de repressão. A democracia nos EUA é de fachada. Só engana as mentes colonizadas.
Fernanda Montenegro reestreia "Viver Sem Tempos Mortos" em São Paulo
Peça baseada nas memórias de Simone de Beauvoir ganha curta temporada na Fecomércio
Marco Tomazzoni, iG São Paulo | 08/10/2011 16:05
Foto: Divulgação
Fernanda Montenegro em "Viver Sem Tempos Mortos": monólogo minimalista
Aos 82 anos, Fernanda Montenegro dá provas de uma disposição de fazer cair o queijo. Se não bastasse a ideia de encabeçar um monólogo, escrito, é bom dizer, por ela mesma, a atriz ainda escolheu como tema a vida da francesa Simone de Beauvoir, filósofa e ensaísta, mulher de Jean-Paul Sartre, defensora do feminismo e aríete do senso comum no século passado. Embuída desse espírito revolucionário, ainda batizou a peça de "Viver Sem Tempos Mortos", palavra de ordem repetida em maio de 68. Inquietação, portanto, é o que move Fernanda na nova temporada do espetáculo, que reestreia em São Paulo neste sábado (08).
O dicionário autoriza o uso da palavra, mas a atriz defende que não é um "espetáculo", não no sentido comumente usado. "De espetáculo não tem nada. Não tem penduricalhos, parangolés. Ele é essencial, muito dentro do que eu esperava", disse, em entrevista na capital paulista, onde se apresentou com a peça por um curto período em 2009.
A ideia surgiu numa conversa com o amigo Sérgio Britto, quando os dos ficaram interessados em adaptar "Tête-à-Tête", história da relação de Sartre e Beauvoir. A parceria não evoluiu e Montenegro decidiu levar o projeto adiante por conta própria. A partir das correspondêncidas e da autobiografia de Simone, escreveu um resumo de 200 páginas, depois diminuído para 30. "É apenas um cheiro, um nada em relação à vida dessa mulher – só de autobiografia são seis volumes."
A atriz tinha, então, um texto estritamente literário, mas não sabia se "dava samba" em cena. Depois de uma conversa com o diretor Felipe Hirsch, não só ficou tranquila como encontrou uma "simbiose maravilhosa". "Hirsch é um minimalista, um dos poucos diretores brasileiros que fogem do barroquismo. Muito criativo, mas sem ser histriônico."
Isso levou a um teatro sem dramaturgia, trilha sonora ou atores coadjuvantes. No palco, apenas Fernanda com um figurino sóbrio, uma cadeira e um facho de luz. "Entro, sento na cadeira e falo como se fosse a memória de Simone sendo contada."
Para a atriz, um monólogo é sempre um desafio do tipo "viver ou morrer", mas que, na sua opinião, acabou se tornando o retrato de um período de recursos parcos para a produção teatral, mais do que um opção meramente estética.

Foto: André Giorgi
A atriz durante entrevista em São Paulo: inquietação, feminismo e coragem no palco
"Estamos vivendo a era do monólogo. Teatro é caro. Não é algo que se compra na prateleira ou na calçada. Hoje está acontecendo uma pulverização do orçamento, se distribuindo mais para aqueles que nunca tiveram. Não dá mais para fazer espetáculos como fazíamos antigamente. Hoje em dia ter dois ou três atores em cena já é muita gente."
Liberdade e verdade
Fernanda Montenegro tomou contato com a obra de Simone de Beauvoir pela primeira vez aos 19 anos, ao ler "O Segundo Sexo", divisor de águas do pensamento feminista. "Mudou o mundo. Antes disso, o homem era considerado o centro, o absoluto, e a mulher, o outro. Um ser superior e outro que está ao lado para pegar o que resta da mesa."
"Sem Sartre e Simone, não haveria 68 em Paris. Eram provocadores, contribuíram para a mudança libertária que hoje vemos no mundo. Tinham dois princípios: liberdade e verdade", acrescentou.
Mais do que colocar a plateia para refletir sobre suas certezas, a ideia da atriz de mergulhar na obra de Beauvoir também estava relacionada a um desejo de refletir sobre sua própria vida. "Já estou com a idade que estou, há 65 anos vivendo publicamente. Passei por muitos textos, mudança de vida, cidade, filhos, netos, perdi pai, irmã, família. Experiências duras. Simone tem sempre algo que faz você refletir. E pessoas de idade gostam de contar sobre sua vida, para relembrá-la."
Idade que não parece pesar. Ao ser perguntada sobre a reestreia de "Viver Sem Tempos Mortos", Montenegro tem humildade para assumir e dizer: "sinto que melhorei".
Serviço – "Viver Sem Tempos Mortos" em São Paulo
De 08 de outubro a 27 de novembro de 2011
Teatro Raul Cortez, Fecomércio
Sextas, às 21h30; sábados, às 21h; domingos, às 18h
Ingressos de R$ 80 (sexta e domingo) a R$ 100 (sábado)
Informações: (11) 3254-1700
*milfacesdeLuiza

DO PENSADOR BRASILEIRO - PAULO FREIRE - LIVROS DISPONÍVEIS AQUI

Para os adeptos de Paulo Freire têm agora a disponiblidade de baixar gratuitamente na internet, inclusive o clássico Pedagogia do Oprimido. Algumas de suas obras são consideradas preciosidades. São livros importantíssimos de um pensador brasileiro comprometido profundamente com as causas sociais.O material é inovador, criativo,original e tem importância histórica inédita. Para os profissionais e pesquisadores de comunicação a obra Extensão ou Comunicação é, praticamente, obrigatória.As obras estão disponiveis no portal do governo do Acre: http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/.

Confira abaixo as obras e os linques:
A importância do ato de ler<>
Ação Cultural para a Liberdade<>
Extensão ou Comunicação<>
Pedagogia da Autonomia<>
Pedagogia da Indignação<>
Pedagogia do Oprimido<>
Política e Educação<>
Professora sim, Tia não<>

*educomambiental

Bandido de toga, amigos dos tucanos, usou o próprio pai como laranja


Quando a Ministra Eliana Calmon disse que há bandidos escondidos atrás da toga, pela sua extraordinária coragem e franqueza ao abordar mazelas da Justiça –, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, abriu uma grande crise no Judiciário, levando o presidente do CNJ e também do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluzo, a “exigir” a publicação de uma nota oficial contra a afirmação da ministra.

Eliana solta o verbo:“Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga”, afirmou.



Eliana Calmom afirmou ainda que o presidente do CNJ, por ter vindo do Tribunal de Justiça de São Paulo, seria refratário às inspeções da corregedoria. “Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal é paulista”, disse a ministra.

O diria agora o senhor Peluzo, a ler a matéria publicada neste sabado no jornal O Estado de São Paulo, que Eduardo Bittencourt Carvalho, veterano conselheiro do TCE, 21 anos de corte, usou o próprio pai como laranja, afirma a ação do Ministério Público. Waldemar Bittencourt, que morreu em 2000, aos 90 anos, "era pessoa humilde que mal sabia desenhar o próprio nome".

O Estado de S.Paulo

Eduardo Bittencourt Carvalho, veterano conselheiro do TCE, 21 anos de corte, usou o próprio pai como testa de ferro, afirma a ação do Ministério Público. Waldemar Bittencourt, que morreu em 2000, aos 90 anos, "era pessoa humilde que mal sabia desenhar o próprio nome".

Funcionário público aposentado, Waldemar fez "vultoso aporte de capital" no quadro social da Agropecuária Pedra do Sol, "época em que nem residia em casa própria". A condição de laranja do velho Bittencourt foi denunciada pela ex-mulher do conselheiro, Aparecida. Ela afirmou que seu sogro "não dispunha de patrimônio para realizar os atos a ele imputados".

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras faz menção a informações da Unidade de Inteligência Financeira dos EUA. No início, o casal Bittencourt ocultou US$ 5,68 milhões no Lloyds Bank de Miami e Nova York e mais de US$ 4 milhões em títulos no Credit Suisse. A partir de desentendimentos com a mulher, o conselheiro, sócio majoritário da Pedra do Sol, destituiu-a da administração, em 2005. "Atribuiu ficticiamente a função a um amigo, modesto comerciante, que jamais tivera experiência administrativa ligada à agropecuária."

"O véu se dissipou com a constatação de que, entre 26 de setembro de 1994 e 4 de abril de 2008, Bittencourt manteve conta conjunta com Pedra do Sol."

O Ministério Público cita lição do procurador Wallace Paiva Martins Júnior, ao destacar a desproporção entre o patrimônio e a renda do conselheiro. "A lei presume a inidoneidade do agente público que adquire bens ou valores incompatíveis com a normalidade do seu padrão de vencimentos", assevera Wallace Paiva.

A procuradoria alerta para "o potencial e iminente risco de dilapidação do patrimônio de Bittencourt". "É imperioso seu afastamento cautelar porque além de influenciar na produção da prova sua permanência em assento da mais alta corte de contas do Estado invariavelmente acarretará enorme e irreparável prejuízo à imagem da administração pública".

"Sua posição funcional lhe confere enorme prestígio político, social e econômico e lhe permite engendrar inimagináveis artimanhas destinadas a constranger testemunhas."


Esse blog denunciou em 2008

os pais do conselheiro Bittencourt Carvalho nunca foram ricos. O pai, era funcionário público, recebia aposentadoria e tinha dois imóveis no Estado.

Há 17 anos Bittencourt foi indicado conselheiro vitalício do TCE, órgão de apoio da Assembléia Legislativa e que tem como função fazer fiscalização financeira, operacional e patrimonial do Estado de São Paulo e municípios, exceto a capital

Em 2008, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, afirmava que a Investigação de contas de conselheiro pode chegar a Quércia e Fleury, afirma procurador-geral de Justiça.

Os nomes dos ex-governadores paulistas Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho foram citados no ofício enviado pelo governo brasileiro aos EUA como supostos envolvidos no pagamento de propina ao presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho.

Existe a possibilidade de eles serem investigados também", afirmou o procurador-geral de Justiça do Estado de SP, Rodrigo Pinho.Não foram investigados.

Bittencourt foi indicado para a vaga da Assembléia Legislativa no TCE durante a gestão Quércia (1987 a março de 1991).

Os ex-governadores foram citados em depoimento gravado pelo promotor Sílvio Marques. A testemunha, que tem o nome mantido em sigilo, é considerada a principal informante no caso. Ela trabalhou durante anos com o conselheiro.

No depoimento, a testemunha afirmou que Quércia e Fleury pagaram para que o conselheiro conseguisse a aprovação de suas contas de governo. Afirmou ainda que, com o suposto dinheiro dado por Quércia, por volta de 1990, Bittencourt comprou uma fazenda na região de Nhecolândia, em Corumbá (MS).

Bittencourt registrou a aquisição de uma fazenda em Corumbá em 22 de dezembro de 1998. A compra, de acordo com documentos obtidos pela reportagem da Folha, foi de R$ 1 milhão, em valor atualizado.

O ex-funcionário relatou ainda ter presenciado encontro sigiloso entre o conselheiro e Fleury, que governou o Estado entre março de 1991 e 1994.

Disse que, no último ano de gestão, Fleury foi ao apartamento de Bittencourt. Segundo ele, o encontro foi precedido de minucioso rastreamento de linhas telefônicas e cômodos do apartamento, para verificar se havia escutas telefônicas ou aparelhos de gravação.

A fazenda Anhumas, em Corumbá, foi comprada da Chalet Agropecuária Ltda, de Botucatu (SP), que pertence ao criador de gados Luiz Eduardo Batalha, amigo de faculdade de Fleury. Em reportagem da revista "Veja", de agosto de 2006, Batalha foi citado como testa-de-ferro de Fleury. Ele configuraria como proprietário de fazendas do ex-governador.

A fazenda Anhumas tem hoje cerca de 32 mil hectares, com 24 mil cabeças de gado, sendo 12 mil matrizes. O terreno cresceu entre 2000 e 2001, quando Bittencourt adquiriu outras quatro propriedades vizinhas à fazenda

No ano passado, Bittencourt e duas filhas montaram sociedade com o responsável pela contabilidade da fazenda, José de Jesus Afonso, e investiram no ramo educacional. Fundaram o instituto de ensino Educa, que tem capital social de R$ 100 mil. O instituto, voltado ao curso jurídico

A investigação do caso, ficou a cargo do promotor da Cidadania Sílvio Marques. Que não deu em nada.. Com isso, o caso foi transferido ao procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, que será o responsável pela condução do inquérito cível.Que também engavetou o caso e morreu o assunto

Responsável pela fiscalização e transparência de contas públicas, Bittencourt manteve sociedade com uma empresa "offshore" sediada num paraíso fiscal do Caribe.

Segundo documentos da Junta Comercial de São Paulo, entre junho e dezembro de 2002, a "offshore" Justinian Investment Holdings Limited foi sócia do conselheiro na Agropecuária Pedra do Sol, fundada por Bittencourt em 1994 e com capital social declarado de R$ 10 milhões.

O nome do verdadeiro proprietário da Justinian, aberta em Trident Chambers, PO Box 146, Road Town, nas Ilhas Virgens Britânicas, é desconhecido pelas autoridades brasileiras. O sigilo é uma garantida assegurada pelo paraíso fiscal.

A Justinian e o conselheiro foram sócios da fazenda Anhumas, em Corumbá (MS), adquirida em 1998 por Bittencourt por aproximadamente R$ 1 milhão em valor atualizado.

O representante no Brasil da "offshore" Justinian era o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau, que atuou como advogado até ser nomeado para a corte em 2004.


Testemunhas

Uma das testemunhas ouvidas pela Promotoria trabalhou durante anos para Bittencourt. Em depoimento gravado no dia 19 de dezembro, ela narrou ter visto o conselheiro receber propina. Em troca, disse, ele conseguia a aprovação de determinados contratos públicos.

A testemunha afirmou ainda que, ao contrário do que Bittencourt diz, os pais do conselheiro nunca foram ricos. O pai, afirmou, era funcionário público, recebia aposentadoria e tinha dois imóveis no Estado.

Há 17 anos Bittencourt foi indicado conselheiro vitalício do TCE, órgão de apoio da Assembléia Legislativa e que tem como função fazer fiscalização financeira, operacional e patrimonial do Estado de São Paulo e municípios, exceto a capital.

Vamos resumir?
INDICAÇÃO
Depois de ser indicado por Bittencourt (à esq.) para um cargo no TCE, Frances (à dir.) adquiriu carros e imóveis incompatíveis com salário de servidor

Os conselheiros de Tribunais de Contas dos Estados (TCEs), por serem os responsáveis pela fiscalização das contas públicas, deveriam ser cidadãos acima de qualquer suspeita. O que ocorre com Eduardo Bittencourt Carvalho, um dos mais antigos conselheiros do Tribunal paulista, é o oposto. As dúvidas que pairam sobre ele não param de crescer. Há meses, promotores do Ministério Público investigam se Bittencourt ficou rico depois de entrar para o TCE. Desconfiam que ele tenha movimentado quantias milionárias no exterior, além de esconder bens obtidos como propinas. Leia mais

Bandido de toga?

Será esse o bandido que corregedora nacional, Eliana Calmon se referiu quando disse que via bandidos de toga?

.Eduardo Bittencourt Carvalho, veterano conselheiro do TCE, 21 anos de corte, usou o próprio pai como testa de ferro, afirma a ação do Ministério Público. Waldemar Bittencourt, que morreu em 2000, aos 90 anos, "era pessoa humilde que mal sabia desenhar o próprio nome".

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) apresenta "prestações de contas" do ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). O TCE é um órgão auxiliar da Assembléia legislativa de São Paulo, onde os tucanos e oposição são a marioria, e por não ter oposição, que todas as CPIs que são abafadas, e agora está metida no escandâlo das vendas emendas.

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), Eduardo Carvalho Bittencourt é quem aprova todas as contas do do governador Alckmin, e aprovou  do Serra também quando foi governador. Eduardo Carvalho Bittencourt é suspeito de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, é investigado por contas nos Estados Unidos. A Procuradoria de SP, suspeita de movimentações ilegais com dinheiro de propina

.O caso vem desde de 2008, mas só agora a Promotoria tenta bloquear bens de conselheiro do TCE.a Promotoria investiga a suspeita desde 2008 de que ele tenha movimentado dinheiro no exterior.  Uma testemunha foi até a Procuradoria Geral de São Paulo dizer que, durante 24 anos, dinheiro do contribuinte foi usado para prestar serviços particulares ao presidente.

A pedido do Presidente Lula em 2009, a Justiça dos Estados Unidos iniciou uma investigação para apurar contas bancárias ilegais atribuídas ao presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho, 65, naquele país.O Ministério Público diz ter em mãos documentos que serviriam de prova contra o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Eduardo Bittencourt Carvalho, que está sendo investigado por enriquecimento ilícito. Ele já foi alvo de denúncias de nepotismo por empregar cinco filhos no gabinete.


Agora, a  investigação apontou que o conselheiro, que recebe vencimentos de R$ 30,7 mil ao mês, acumulou entre 1995 e 2009 a soma de R$ 50 milhões, como revelou o jornal "O Estado de S. Paulo".

O Ministério Público suspeita que esses recursos são provenientes de corrupção.Deputado estadual de 1983 a 1990 pelo PL (atual PR), Bittencourt assumiu cadeira no TCE em 1990 no governo de Orestes Quércia (1987-1991).

A investigação sobre o conselheiro teve início na década passada, quando ele foi acusado por um ex-vice-presidente de uma extinta concessionária de ter recebido propina em troca de aprovação de contratos públicos.

Em agosto de 2009, a pedido da Promotoria, o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a quebra de sigilo bancário do conselheiro e pediu ao Banco Central os extratos bancários e aplicações financeiras dele e de seis de seus familiares, além de informações sobre transações de empresas das quais participava.

Com base no inquérito, a Promotoria requereu agora a condenação de Bittencourt à perda do cargo e dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão dos direitos políticos por até 10 anos e pagamento de multa.

Além do inquérito cível do Ministério Público de São Paulo, Bittencourt também é alvo de um inquérito penal no Superior Tribunal de Justiça, que apura suposto crime de lavagem de dinheiro.

Você acredita nessa investigação de suborno?

Agraciado com R$ 380 mil no escândalo  de vendas de emendas   pelo governo paulista Geraldo Alckmin (PSDB) este ano, o deputado Roberto Engler (PSDB), com base eleitoral em Franca, será o relator do Orçamento de 2012. O projeto incorporará pela primeira vez os aditivos dos parlamentares, objeto de polêmica na Assembleia, já na peça votada em dezembro. A cota é de R$ 2 milhões. Ou seja, colocaram a raposa para tomar conta do galinheiro...
*osamigosdopresidentelula

Tucanos de SP são os novos anões do Orçamento

Saiu no Estadão:

Acordo abre portas do Orçamento paulista a deputados federais aliados


Prefeitos e parlamentares da base aliada ao governo de São Paulo confirmaram ao ‘Estado’ a existência de uma prática que permite aos congressistas apresentar emendas e intermediar convênios


Deputados federais de partidos aliados ao governo paulista têm trânsito livre para interferir na destinação de recursos do Orçamento estadual e fazer indicações de convênios. Prefeitos e parlamentares da própria base aliada relataram ao Estado a existência do acordo político que garante a parlamentares federais o direito de apresentar emendas ao Orçamento.


Oficialmente, os congressistas só podem fazer emendas ao Orçamento da União, no qual têm cota de R$ 13 milhões. Deputados federais da bancada paulista do PSDB, DEM e PPS, porém, têm dificuldades de emplacar emendas no Orçamento da União por serem da oposição.


Quatro deputados da base aliada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) com trânsito no Palácio dos Bandeirantes afirmaram ao Estado, sob garantia de anonimato, que o governo paulista concedeu, entre 2007 e 2010, emendas de R$ 2 milhões a esses deputados federais. O governo nega a informação, dizendo que tais políticos fazem apenas “sugestões”, e não apresentam emendas.


Atuação. O atual secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, que exerceu mandato na Câmara dos Deputados até o fim do ano passado, intermediou um convênio no valor de R$ 50 mil com a prefeitura de Presidente Venceslau para obras de pavimentação e recapeamento na cidade.


“Eu pedi para o Edson Aparecido R$ 150 mil. Como ele era deputado federal, apresentou uma emenda ao Orçamento da União. Mas como o ministério das Cidades não liberou a verba ele conseguiu R$ 50 mil via governo estadual”, conta o presidente da Câmara Municipal, vereador Eliseu Bayer (PSDB).


(…)

Navalha
E depois são esses tucanos que vão para o horário eleitoral denunciar a corrupção.
Eles pensam que você é bobo, amigo navegante.
Clique aqui para ver como o Globo não consegue entender por que a multidão não passa de uma multidinha.

Paulo Henrique Amorim



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