Império terrorista: o ataque final
do Octopus
O desmembramento programado do mundo árabe.
(Vermelho) Países em crise (cor-de-laranja) Manifestações (cor-de rosa) Poder deposto
O complô está dirigido contra a Síria e não contra Bachar al-Assad, este só é atingido porque é o presidente do país. A ordem instaurada após a primeira guerra mundial está-se a chegar ao fim.
Atingir o Irão através da Síria
A
influência crescente do Irão, aliado da Síria, está a perturbar os
planos geoestratégicos da NATO. O ocidente está a tentar retomar em mão a
situação. A desestabilização da Síria, como a do Iraque, faz parte do
projecto de desmembramento do mundo árabe com base em nas diferenças
étnicas, tribais e religiosas.
Pretende-se criar
mini-Estados antagonistas no mundo árabe. O "caos construtivo e
controlado", preconizado pelos neoconservadores, durante a governação de
George W. Bush, arrisca-se a acabar simplesmente e apenas no caos. Para
as multinacional tanto faz, o principal objectivo para elas é o
controlo dos campos petrolíferos e... a sobrevivência de Israel como
Estado judaico.
O número de vítimas civis
anunciado pela ONU, que dá cobertura "humanitária" à operação contra a
Síria, nunca foi confirmado. Para a NATO e Israel, depor o regime de
Damas, liquidar o Hezbollah libanês e o Hamas palestiniano, representam
apenas etapas.
Os americanos e os franceses
pediram várias vezes a Bashar al-Assad de se distanciar do seu aliado
iraniano. Ele recusou por suspeitar que quando a sua vez chegar, ele
ficaria só e desprotegido perante a máquina de guerra ocidental.
Bases americanas à volta do Irão
Cercar o IrãoNeste momento temos um "arco xiita" ao qual os ocidentais querem contrapor um "crescente sunita" que reúne os Emirados do Golfo, os réis da Arábia Saudita e da Jordânia, e os partidos político-religiosos que lhes são mais ou menos favorável, mais não seja por oportunismo, como é o caso da Irmandade Muçulmana.
Cerco militar americano à Rússia
Enfraquecer a RússiaSendo a Rússia um obstáculo, no plano americano, os Estados Unidos rapidamente tornaram-se o porta-voz de certos blogues russos e das Organizações Não-Governamentais (ONG), que eles financiam na Rússia, para denunciar pretensas fraudes eleitorais durante as últimas eleições legislativas.
O antigo presidente Mikhail
Gorbatchev, apoiado pelas oligarquias refugiadas no Reino Unido,
chegaram a reclamar novas eleições. Manifestações anti-Putine foram
organizadas e Gorbatchev "aconselhou" a Putine a apresentar a sua
demissão.
Todos os ingrediente utilizados pelo
milionário George Soros, especialista em "revoluções coloridas", estavam
reunidos. Centenas de milhões de dólares de "fundos estrangeiros" cedo
começaram a circular na Rússia para influenciar o escrutínio.
Esses
fundos financiam as ONG russas pro-ocidentais transitando pelo National
Democracy Institute presidido pela antiga secretária de estado
Madeleine Albright, uma organização que também tínhamos visto por trás
de muitos blogues na origem das "primaveras árabes".
O
objectivo era livrar-se de Putine, ou denegrir a sua imagem, para
evitar o veto dos russos no Conselho de Segurança da ONU quando for
necessário intervir na Síria ou no Irão.
Cerco militar americano à China
A ONU legítima os crimes da NATO
A
ONU é responsável pelos crimes que legaliza através das medidas tomadas
pelo seu Conselho de Segurança. A ONU foi criada para servir os
interesses dos vencedores da segunda guerra mundial. Nenhum membro da
ONU deveria estar acima das leis e das convenções internacionais, como é
o caso dos Estados Unidos.
Alargar o Conselho
de Segurança aos grandes países emergentes, a Índia, o Brasil e a África
do Sul, é necessário mas não suficiente. A reforma do direito de veto é
fundamental. Muitos são os que querem que o papel da ONU seja apenas
"um local para fazer discursos", como é o caso do Council on Foreign
Relations, sendo que o "governo mundial" seria o G20. Muitos interesses
estão em jogo, talvez tenhamos que esperar pela terceira guerra mundial
para assistir ao nascimento de uma organização mais representativa.
Não
sou o único a pensar que para colmatar o seu declínio económico e
político, os Estados Unidos e os seus aliados irão atacar a Rússia e a
China. O plano actual de cercar e desestabilizar estes dois países é
sinal disso.
Tradução Octopus de um excerto de
uma entrevista de Gilles Munier, secretário-geral da associação Amitiés
Franco-Irakiennes, ao jornal de informação independente argelino "La
Nouvelle République":
Gilles Munier escreve no blogue:
*Gilsonsampaio