Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 03, 2012

Guerra nuclear fantasma como pano de fundo ao estado de guerra permanente

As próximas guerras que acabarão com a América "tal como a conhecemos"



No interior dos EUA, Obama preparou o terreno para uma nova e grande guerra no Médio Oriente através da relocalização de tropas desde o Iraque até o Afeganistão e a sua concentração contra o Irão. Para minar o Irão, Washington está a expandir operações militares e civis clandestinas contra aliados iranianos na Síria, Paquistão, Venezuela e China. A chave para a estratégia belicosa dos EUA e de Israel em direcção ao Irão, são uma série de guerras em estados vizinhos, sanções económicas à escala mundial, ciber-ataques destinados a incapacitar indústrias vitais e assassínios terroristas clandestinos de cientistas e responsáveis militares. Toda a pressão, planeamento e execução das políticas estadounienses que levam à guerra com o Irão podem ser empiricamente e sem qualquer dúvida, atribuídas à configuração de poder sionista que ocupa posições estratégicas na administração dos EUA, nos Mass Media e na "sociedade civil".

Uma análise sistemática de decisores americanos que concebem e implementam a política de sanções económicas revela que os papéis principais são exercidos por mega-sionistas (Israel-Firsters) como Ileana Ros-Lehtinen e Howard Berman no Congresso; Dennis Ross na Casa Branca, Jeffrey Feltman no Departamento de Estado e Stuart Levy e seu substituto David Cohen no Tesouro. A Casa Branca está totalmente dominada por gente que arrecada fundos para os sionistas e faz o que querem os "52 presidentes das Principais Organizações Judias Americanas". A estratégia israelita-sionistas é cercar o Irão, enfraquecê-lo economicamente e atacar os seus militares. A invasão do Iraque foi a primeira guerra por Israel; a guerra Líbia a segunda; a actual guerra por procuração contra a Síria é a terceira. Estas guerras destruíram adversários de Israel ou estão em vias de fazê-lo.

Em 2011, as sanções económicas, as quais foram concebidas para criar descontentamento interno no Irão, foram a arma escolhida. A campanha de sanções globais empenhou todas as energias dos principais lobbies judeus-sionistas. Eles não enfrentaram qualquer oposição dos Mass Media, do Congresso ou da Casa Branca. A Configuração de Poder Sionista (Zionist Power Configuration, ZPC) ficou virtualmente isenta de crítica por parte de quaisquer movimentos ou grupos progressistas, de esquerda e jornais socialistas – com umas poucas excepções notáveis. O reposicionamento do ano passado de tropas estadounienses do Iraque para as fronteiras do Irão, as sanções e a influência crescente da quinta coluna israelita nos Estados Unidos, significa que a guerra irá estender-se ao Médio Oriente. Isso implica sem dúvida um ataque aéreo "surpresa" de mísseis pelas forças estadounienses. Ele será justificado por um pretenso "ataque nuclear" iminente inventado pelo Mossad israelita e transmitido fielmente pela ZPC aos seus lacaios dos Congresso estadouniense e da Casa Branca para ser oficializado e difundido no mundo inteiro. Esta será uma guerra assassina, sangrenta e longa em proveito de Israel; os Estados Unidos pagarão o preço militar directo e o resto do mundo, pagará um preço económico elevado. A guerra estadouniense promovida pelos sionistas, converterá a recessão do princípio de 2012 numa grande depressão por volta do fim do ano e provavelmente, provocará levantamentos em massa. 



fonte: http://www.resistir.info/petras/petras_25dez11.html
*guerrasilenciosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário