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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, fevereiro 26, 2012
Uma ou duas coisas que você precisa saber
do BourdoukanO médico Ibn Sina escrevendo um tratado de filosofia
Na Pérsia(Iran) de Xerxes, os condenados de crimes menores não eram castigados.
Despiam suas roupas e as roupas é que eram chicoteadas.
Na Pérsia de Dario, os médicos recebiam enquanto os pacientes eram saudáveis.
Se o paciente ficasse doente, o médico o tratava sem nada receber.
No Iraque de Harun ar-Rachid, os médicos tratavam com música os pacientes com doenças mentais.
Nos governos islâmicos do Oriente Médio, um medico só podia ser assim considerado se dominasse a filosofia e a música.
Daí,até hoje os árabes não denominam o medico de tabib, mas hakim (Sábio).
Ibn Sina( Avicena) era um excelente musico, assim como o eram também todos os seus contemporâneos.
Omar Khayam, que o Ocidente conhece mais por suas Rubayat (Quadras) era um excepcional astrônomo.
Há uma centena de outros exemplos que dignificam esses muçulmanos que diariamente são enxovalhados pela ignorância.
O
Iraque de Harun ar-Rachid, por exemplo, hoje é mais conhecido pelas
masmorras de tortura ali implantadas pela “democracia” ocidental.
A Líbia de Aníbal, que fez estremecer o Império Romano, está recebendo um calabouço em cada quadra.
E o que dizer da Palestina, terra de Jesus Cristo?
Há muito que as palavras perderam qualquer significado quando se fala da Palestina.
*GilsonSampaio
sábado, fevereiro 25, 2012
Boris Casoy e o CCC, segundo a revista “O Cruzeiro”
Segundo o âncora da Band, “Eliana
Tranchesi foi exposta à execração pública e humilhada”. Veja só, leitor, que
esse sujeito parece entender que tudo aconteceu só por ela ter sonegado algumas
centenas de milhões de reais em um esquema que o Ministério Público chamou de
“organização criminosa” e que gerou multa de R$1 bilhão, além da ação penal.
Chega a parecer que, pelos crimes cometidos, deveriam ter feito uma estátua
para Tranchesi.
Via Cloaca
News
Recordar é viver. Reproduzimos, na
íntegra, a reportagem da finada revista O
Cruzeiro, de 9 de novembro de 1968. O texto é de Pedro Medeiros e as fotos de
Manoel Motta. Segundo a matéria, Boris Casoy, o
amigo dos garis e um dos expoentes principais do Comando de Caça aos Comunistas
(CCC), andava armado para assustar alunos na USP. Leia também texto de Altamiro
Borges sobre o fascista CCCasoy, de janeiro de 2010.
Clique nas imagens para ampliá-las.
Altamiro Borges: Boris Casoy é
“uma vergonha”
Altamiro Borges em seu blog,
em 3/1/2010
Primeiro vídeo: ao encerrar o Jornal
da Band da noite de 31 de dezembro de 2009, dois garis de São Paulo aparecem desejando
feliz ano novo ao povo brasileiro. Na sequência, sem perceber o vazamento de áudio,
o fascistóide Boris Casoy, âncora da TV Bandeirantes, faz um comentário asqueroso:
“Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras...
Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”.
Segundo vídeo: na noite seguinte,
o jornalista preconceituoso pede desculpas meio a contragosto: “Ontem durante o
programa eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas
aos garis e a todos os telespectadores”. Numa entrevista à Folha, porém, Boris Casoy mostra que não se arrependeu da frase e do
seu pensamento elitista, mas sim do vazamento. “Foi um erro. Vazou, era intervalo
e supostamente os microfones estavam desligados.”
Do CCC à assessoria dos golpistas
Este fato lastimável, que lembra a
antena parabólica do ex-ministro de FHC, Rubens Ricupero – outras centenas de comentários
de colunistas elitistas da mídia hegemônica infelizmente nunca vieram ao ar –, revela
como a imprensa brasileira “é uma vergonha”, para citar o bordão de Boris Casoy,
com seu biquinho e seus cacoetes. O episódio também serve para desmascarar de vez
este repugnante apresentador, que gosta de posar de jornalista crítico e independente.
A história de Boris Casoy é das mais
sombrias. Ele sempre esteve vinculado a grupos de direita e manteve relações com
políticos reacionários. Segundo artigo bombástico da revista O Cruzeiro, em 1968, o então estudante do
Mackenzie teria sido membro do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), o grupo fascista
que promoveu inúmeros atos terroristas durante a ditadura militar. Casoy nega a
sua militância, mas vários historiadores e personagens do período confirmam a denúncia.
Âncora da oposição de direita
Ainda de 1968, o direitista foi nomeado
secretário de imprensa de Herbert Levy, então secretário de Agricultura do governo
biônico de Abreu Sodré, em plena ditadura. Também foi assessor do ministro da Agricultura
do general Garrastazu Médici na fase mais dura das torturas e mortes do regime militar.
Em 1974, Casoy ingressou na Folha de S.Paulo
e, numa ascensão meteórica, foi promovido a editor-chefe do jornal de Otávio Frias,
outro partidário do setor “linha dura” dos generais golpistas. Como âncora de televisão,
a sua carreira teve início no SBT, em 1988.
Na sequência, Casoy foi apresentador
do Jornal da Record durante oito anos, até ser demitido em dezembro de 2005. Ressentido,
ele declarou à revista IstoÉ que “o governo
pressionou a Record [para me demitir]...
Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu”. Na prática, a emissora não teve
como sustentar seu discurso raivoso, que transformou o telejornal em palanque da
oposição de direita, bombardeando sem piedade o presidente Lula no chamado “escândalo
do mensalão”.
Nos bastidores da TV Bandeirantes
Em 2008, Casoy foi contratado pela
TV Bandeirantes e manteve suas posições direitistas. Ele é um inimigo declarado
dos movimentos grevistas e detesta o MST. Não esconde sua visão elitista contra
as políticas sociais do governo Lula e alinha-se sempre com as posições imperialistas
dos EUA nas questões da política externa. O vazamento do vídeo em que ofende os
garis confirma seu arraigado preconceito contra os trabalhadores e tumultuou os
bastidores da TV Bandeirantes.
Entidades sindicais e populares já
analisam a possibilidade de ingressar com representação junto à Procuradoria Geral
da República. Como ironiza Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre de Brasília,
seria saudável o “Boris prestar serviços comunitários por um tempo, varrendo ruas,
para ter a oportunidade de fazer algo de útil aos seus semelhantes”. Também é possível
acionar o Ministério Público Federal, que tem a função de defender os direitos constitucionais
do cidadão junto “aos concessionários e permissionários de serviço público” – como
é o caso das TVs.
Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação,
realizada em dezembro, Walter Ceneviva, Antonio Teles e Frederico Nogueira, entre
outros dirigentes da Rede Bandeirantes, participaram de forma democrática dos debates.
Bem diferente da postura autoritária das emissoras afiliadas à Associação Brasileira
de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), teleguiadas pela Rede Globo. Apesar das
divergências, essa participação foi saudada pelos outros setores sociais presentes
ao evento. Um dos pontos polêmicos foi sobre a chamada “liberdade de expressão”.
A pergunta que fica é se a deprimente declaração de Boris Casoy faz parte deste
“direito absoluto”, quase divino.
Medíocres Torquemadas
Tomás de Torquemada | |
---|---|
Tomás de Torquemada |
|
Born | 1420 Valladolid, Spain |
Died | September 16, 1498 (aged 78) Ávila, Spain |
Occupation | Grand Inquisitor |
As igrejas, sempre de costas para o
futuro, continuam intolerantes às renovações. No tempo do domínio
católico no Ocidente, os contestadores de falsas verdades eram atirados à
fogueira, amaldiçoados pela Inquisição, que não dava trégua a supostas
heresias.
Nos dias de hoje,
impotentes para ditar condenações capitais, os inquisidores ordenam aos
fiéis a punição de políticos que defendem propostas dissidentes à
doutrina que pregam. O aborto e a defesa da homofobia são os exemplos
mais gritantes. E irritantes. Em reação, eles promovem nas eleições a
“queima” de votos dos hereges e, com isso, cerceiam a liberdade do
eleitor e intimidam os candidatos.
Acuado |
Assim agem os pregadores das igrejas evangélicas. São os novos inquisidores.
Essa
réplica tardia e infeliz do Tribunal de Inquisição materializou-se no
Congresso, onde foi depor o ministro Gilberto Carvalho, na terça-feira
15 de fevereiro. Carvalho, secretário-geral da Presidência da República,
viu-se forçado a expiar publicamente “pecados” cometidos aos olhos da
poderosa bancada evangélica, transformada em braço executivo de diversas
igrejas religiosas.
“O pedido de desculpas, de perdão, não foi pelas minhas palavras, e sim pelos sentimentos que provocaram”, disse o ministro.
Qual
foi a heresia? Gilberto Carvalho, durante o Fórum Social Mundial,
manifestou preocupação política com os evangélicos: “A oposição virou pó
(…) a próxima batalha ideológica será com os conservadores evangélicos
que têm uma visão de mundo controlada pelos pastores de televisão”.
Carvalho
é católico fervoroso, mas também é militante político. Petista. Em
razão do cargo, não foi cauteloso, embora tenha falado ingênuas
obviedades. Não pregou o cerceamento de qualquer manifestação religiosa.
Mas foi o suficiente para despertar a ferocidade adormecida da Frente
Parlamentar Evangélica, na qual se destaca o senador capixaba Magno
Malta, que, entre outras ofensas, chamou o ministro de “irresponsável”.
Um
parlamentar ateu presente ao encontro fechado à imprensa descreve assim
o ambiente naquele dia: “Os olhos dos senhores parlamentares disparavam
chispas de fogo, ódio, raiva e intolerância diante daquele enviado do
Maligno que se tornara ministro (…). O clima era pesado. Aquela reunião e
a Inquisição têm tudo a ver. Tenho certeza que não exagero. O problema
para eles era não poder acender a fogueira. Restavam-lhes as línguas de
fogo, prontas a queimar o demônio pecador”.
Serelepe,
o deputado Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e evangélico
atuante, também se destacou na ocasião. Sem sucesso, tentou forçar o
ministro a assinar um documento desmentindo as declarações publicadas,
mas diferentes do que falou, garantiu Gilberto Carvalho. O inquisidor
fez, pelo menos, uma declaração expressiva e inteiramente adequada ao
ambiente criado.
“O perdão está para a Igreja assim como a anistia está para a política”, comparou Garotinho.
Igreja
e política. O desempenho de Garotinho aproximou ainda mais aquela
reunião no Congresso do espírito obscurantista assumido pelos
evangélicos. Nesse sentido, fazem uma repetição tardia do catolicismo
primitivo.
Os votos dos
evangélicos, arma que usam no processo político, talvez não sejam
eleitoralmente decisivos. São muitos, é certo. O suficiente para acuar
candidatos em busca de votos. Com eles acuaram Dilma e Serra, na eleição
de 2010, e transformaram a competição em espetáculo para exibição de
medíocres Torquemadas.
Mauricio Dias * CartaCapital
Polícia e pessoas com deficiência se enfrentam durante protesto na Bolívia
Caro leitor,
A sugestão de matéria abaixo foi enviada por Flávinho Caldeira.
Dezenas de pessoas com deficiência entraram em choque com a polícia em La Paz, na Bolívia, na última quinta-feira
Os manifestantes queriam entrar no palácio presidencial e exigem mais ajuda do governo. Eles pedem que o subsídio anual do governo passe a ser de cerca de R$ 680.
Atualmente eles ganham menos da metade dessa quantia.
Várias pessoas ficaram feridas no choques, e quatro manifestantes foram presos.
*Deficienteciente
A sugestão de matéria abaixo foi enviada por Flávinho Caldeira.
Dezenas de pessoas com deficiência entraram em choque com a polícia em La Paz, na Bolívia, na última quinta-feira
Os manifestantes queriam entrar no palácio presidencial e exigem mais ajuda do governo. Eles pedem que o subsídio anual do governo passe a ser de cerca de R$ 680.
Atualmente eles ganham menos da metade dessa quantia.
Várias pessoas ficaram feridas no choques, e quatro manifestantes foram presos.
*Deficienteciente
Em janeiro, EUA superam China e lideram comércio com Brasil
Em janeiro, EUA superam China e lideram comércio com Brasil
Exportações para norte-americanos cresceram 37% neste ano
VERENA FORNETTIDE NOVA YORK
Depois de quase dois anos, o comércio do Brasil com os EUA superou as trocas do país com a China. Em janeiro, os americanos responderam por 14,58% da soma das exportações e importações brasileiras. O país asiático representou 14,14% desse total.
As exportações brasileiras determinaram a mudança no perfil da corrente de comércio no mês.
As vendas do Brasil para os EUA cresceram 37% neste ano, ao passo que as exportações para a China recuaram 2,6%. Carvão e óleos combustíveis foram os principais produtos exportados para os Estados Unidos.
Quando considerado o ano fechado, a China foi o principal parceiro brasileiro em corrente de comércio, com 14,69% do total em 2011, ante 12,08% dos EUA.
Rubens Ricupero, ex-embaixador brasileiro em Washington, afirma que as exportações confirmam a retomada do crescimento da economia norte-americana.
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Lacerda Prazeres, acrescenta que o comportamento do preço das commodities influenciou o resultado.
"A continuar esse ritmo, há expectativa de que a corrente de comércio em 2012 com os EUA possa até mesmo recuperar sua posição de principal parceiro comercial do Brasil", afirma Prazeres.
Entre os dez principais produtos vendidos para os EUA em janeiro, três são manufaturados (aviões, partes de motores e motores).
Para a China, todos os dez itens mais vendidos são básicos ou semimanufaturados.
O embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, afirmou que a visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA em abril será uma oportunidade para discutir a intensificação das relações comerciais com o Brasil.
O buraco cambial brasileiro
Por Renato Rabelo, em seu blog:
A crise internacional iniciada em 2008 foi o ponto de partida de uma “guerra cambial” imposta pelos Estados Unidos como forma de socializar uma crise criada por eles mesmos. O próprio ministro Guido Mantega cunhou a denominação que obteve repercussão mundial.
Países como a China e a Índia trataram de atrelar suas moedas ao dólar, fazendo-as flutuar numa escala inversamente proporcional ao movimento da moeda norte-americana. Outros países como a Malásia acirraram suas políticas de controle de capitais. A Coreia do Sul recrudesceu sua política comercial externa.
O Brasil, no quesito câmbio, agiu de forma tímida (como se não estivesse em meio a uma verdadeira guerra) com algumas medidas taxando a entrada e saídas de capitais via Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Mas o medo de inflação (num mundo onde a pressão inflacionária inexiste) acrescida de uma política de demonstrar “normas de comportamento” no comércio internacional cobrou seu preço.
Nosso déficit em transações com exterior no mês de janeiro foi o maior em 39 anos (US$ 7 bilhões) denunciando algo insustentável no médio e longo prazo.
Mais atos e menos palavrório. O momento é de agir para conter esta sangria. Cortes mais profundos de juros seriam sinais interessantes. Reconhecer que estamos importando até trilhos de trem do exterior é sinal preocupante.
Não existe “país sem miséria” sem indústria. Onde não existe indústria campeia a barbárie. Que verdade cambial é esta que adotamos que nos permite exportar minério de ferro e importar trilhos do exterior?
A crise internacional iniciada em 2008 foi o ponto de partida de uma “guerra cambial” imposta pelos Estados Unidos como forma de socializar uma crise criada por eles mesmos. O próprio ministro Guido Mantega cunhou a denominação que obteve repercussão mundial.
Países como a China e a Índia trataram de atrelar suas moedas ao dólar, fazendo-as flutuar numa escala inversamente proporcional ao movimento da moeda norte-americana. Outros países como a Malásia acirraram suas políticas de controle de capitais. A Coreia do Sul recrudesceu sua política comercial externa.
O Brasil, no quesito câmbio, agiu de forma tímida (como se não estivesse em meio a uma verdadeira guerra) com algumas medidas taxando a entrada e saídas de capitais via Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Mas o medo de inflação (num mundo onde a pressão inflacionária inexiste) acrescida de uma política de demonstrar “normas de comportamento” no comércio internacional cobrou seu preço.
Nosso déficit em transações com exterior no mês de janeiro foi o maior em 39 anos (US$ 7 bilhões) denunciando algo insustentável no médio e longo prazo.
Mais atos e menos palavrório. O momento é de agir para conter esta sangria. Cortes mais profundos de juros seriam sinais interessantes. Reconhecer que estamos importando até trilhos de trem do exterior é sinal preocupante.
Não existe “país sem miséria” sem indústria. Onde não existe indústria campeia a barbárie. Que verdade cambial é esta que adotamos que nos permite exportar minério de ferro e importar trilhos do exterior?
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