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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 26, 2012

Apóstolo Valdemiro Santiago enriquece a custa dos fiéis

 

 

O Jornal da Record sobrevoou uma das regiões mais valorizadas de São Paulo para mostrar a mansão espetacular do dirigente religioso da Igreja Mundial do Poder de Deus.
 

Três sem terra são mortos em MG

Por Altamiro Borges


Três lideranças do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foram encontradas mortas no último sábado (24) na rodovia estadual MGC-455, entre Uberlândia e Campo Florido, no Triângulo Mineiro. Valdir Dias, de 39 anos, e Clestina Nunes, de 47, estavam no interior de um carro, com tiros na cabeça. Já Nilton Silva, 51 anos, foi morto quando tentava fugir da emboscada.

O espírito da concórdia e da anistia política substituiu, entre nós, o desejo de justiça. Somos um país bonzinho ao invés de justo. Batemos em dependentes químicos dentro e fora da Universidade, nos bairros periféricos das grandes cidades e evitamos a prisão de banqueiros e empresários corruptos.

Ou o Brasil acaba com a saúva…


"A luta entre Carnaval e Quaresma", de Peter Brueghel (1559)
Por Izaías Almada.
O ditado ficou famoso no Brasil durante muitos anos: ou o Brasil acabava com a saúva ou a saúva acabava com o Brasil. A praga destruía terras e lavouras, dificultando o plantio e o progresso de muitos agricultores. Não raro, a imagem metaforizava-se e era usada, como faço agora, para indicar outros eventuais inimigos das terras brasileiras.
Muito embora na democracia representativa formal, essa que cinicamente dizem ser ‘o governo do povo, pelo povo e para o povo’, os partidos políticos organizados nunca representam a 100%, do ponto de vista ideológico e programático, aquilo que dizem ou que gostariam de representar dos extratos sociais que os apoiam. Ainda assim será possível afirmar com alguma segurança que até o golpe civil/militar de 1964, o quadro político partidário brasileiro apresentava alguma coerência na representatividade dos partidos políticos até então existentes.
PSD, UDN, PTB e outros menos votados como o PSP, o PDC e, sobretudo o PCB (dentro ou fora da legalidade) abrigavam em suas fileiras homens e mulheres que se identificavam com o pensamento menos ou mais conservador, com o fascismo ou com o comunismo ou o socialismo cristão ou ateu, o trabalhismo e por aí afora.
A partir de 1964, com o fechamento do Congresso e a dissolução dos partidos legalmente constituídos o país se dividiu entre os incentivadores e apoiantes da ditadura, os que tentaram resistir ao arbítrio e os indiferentes, estes sempre em maior número, infelizmente.
Os vinte e um anos de ditadura e o retorno a uma nova fase democrática, sustentada por interesses não muito claros sobre o que fazer após o período discricionário, acabaram por condenar o país ao registro de dezenas de partidos políticos, muitos deles sem qualquer representatividade. Convocou-se uma Assembleia Constituinte que deu ao Brasil sua nova Constituição com mais de 500 artigos, o que bem demonstra a colcha de retalhos a que se conseguiu chegar. Uma democracia com 500 artigos constitucionais e centenas de Medidas Provisórias com o passar dos anos. Imaginem uma democracia que se rege por MEDIDAS PROVISÓRIAS.
Partidos que se formam ao abrigo de interesses de grupos ou de personalidades discutíveis da nossa fauna de aventureiros, muitos deles incentivados pela impunidade, pelo apadrinhamento de caciques políticos e pelos “foros privilegiados” de pessoas protegidas pelos cargos eletivos e votos conquistados nas urnas. Partidos dos quais o cidadão comum mal conhece os programas. Partidos cuja teoria e a prática são separadas por um abismo de incompetência, falta de planejamento estratégico de uma política para o país e que, quando conseguida, se deve ao esforço e a dedicação de alguns de seus militantes mais atentos e audaciosos, para o bem e para o mal.
A ruptura ideológica provocada na esquerda a partir dos anos 1980, entre outros fatores, pela ascensão e imposição do neoliberalismo econômico, a queda do muro de Berlim e do leste europeu, o vertiginoso crescimento chinês e seu híbrido sistema capitalista/socialista, o desejo da América Latina em se livrar definitivamente do atraso e de suas oligarquias conservadoras, o fortalecimento dos BRICS, a chantagem nuclear e a ganância sobre o petróleo do Oriente Médio, o descaso com o continente africano, os bolsões mediáticos conservadores e fascistas espalhados pelo mundo, o fanatismo religioso – e poderíamos citar mais alguns – desestabilizou em todo o mundo a busca pela alternativa socialista.
O espírito da concórdia e da anistia política substituiu, entre nós, o desejo de justiça. Somos um país bonzinho ao invés de justo. Batemos em dependentes químicos dentro e fora da Universidade, nos bairros periféricos das grandes cidades e evitamos a prisão de banqueiros e empresários corruptos.
Só vamos às ruas para os desfiles de escolas de samba e para comemorarmos os campeonatos conquistados por nossos times de futebol. Ou o Brasil combate com eficácia a corrupção e a impunidade ou essas acabarão de vez com o país.
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Izaías Almada, mineiro de Belo Horizonte, escritor, dramaturgo e roteirista, é autor de Teatro de Arena (Coleção Pauliceia da Boitempo) e dos romances A metade arrancada de mim, O medo por trás das janelas e Florão da América. Publicou ainda dois livros de contos, Memórias emotivas e O vidente da Rua 46. Como ator, trabalhou no Teatro de Arena entre 1965 e 1968. Colabora para o Blog da Boitempo quinzenalmente, às quintas-feiras.

Charge do Dia

Autor: Luis Nassif
Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos 



A REDE GLOBO É HIPÓCRITA @rede_globo #Chico Anysio

 
Depois de boicotar a apresentação da escolinha quando ainda Chico Anysio estava vivo, agora a cúpula da Rede Globo quer explorar a sensibilidade dos telespectadores e também quer explorar o evento triste e lamentável da morte do comediante Chico Anysio.A partir desta segunda-feira, dia 26, até sexta-feira, dia 30, a Rede Globo faz mais uma "homenagem" a Chico Anysio (1931-2012). Será exibida uma seleção de programas a Escolinha do Professor Raimundo, reconhecido pelo próprio humorista como seu personagem mais importante. A homenagem da Rede Globo vai ao ar às 11h35 (horário de Brasília), logo após a TV Globinho. Falta vergonha na cara desse corja global que só pensa em alavancar o Ibope. Deixaram Chico Anysio na geladeira e segundo algumas fontes o humorista e comediante andava triste por conta desse gelo da globo. Que falta de vergonha na cara da globo.
http://tribunadeibicarai.blogspot.com.br
*Ajusticeiradeesquerda

Brics criam novo modelo de ajuda a países pobres, diz relatório

 

Iracema Sodré - Da BBC Brasil em Londres

Os países que formam o grupo Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – aumentaram sua participação em ajuda a nações pobres em um ritmo dez vezes maior que o do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido ,França, Itália e Canadá) entre 2005 e 2010, e estão criando novos modelos para a cooperação internacional, segundo dados de um relatório divulgado nesta segunda-feira, em Nova Déli, na Índia.

Apesar de os países desenvolvidos ainda serem responsáveis por um volume muito maior em termos de cooperação internacional, o estudo divulgado às vésperas da Quarta Cúpula dos Brics (28 e 29 de março, em Nova Déli) afirma que o tamanho e a abrangência dos esforços dos Brics em termos de ajuda externa têm acompanhado o rápido crescimento de suas economias.

"Durante a crise financeira, a maior parte dos países Brics conseguiu manter seu crescimento econômico e aumentar a cooperação internacional, enquanto alguns doadores tradicionais reduziram ou ficaram no mesmo patamar de gastos em termos de ajuda externa", disse à BBC Brasil David Gold, diretor-executivo da Global Health Strategies initiatives (GHSi), organização internacional responsável pelo relatório.

Impacto na saúde global

O documento conclui que os Brics vêm inovando e utilizando novos recursos para melhorar a situação de saúde nos países mais pobres do mundo.

"Os Brics estão estabelecendo novos modelos para cooperação que desafiam a forma como vemos a ajuda externa. De forma geral, eles não se veem como doadores tradicionais. Em vez disso, eles enfatizam a cooperação Sul-Sul e programas que deixem um legado de qualificação e de transferência de tecnologia, além de usar lições de sua própria experiência em relação à saúde", afirmou Gold.

Como exemplo, o documento cita a decisão do Brasil – que foi um dos pioneiros nos tratamentos de HIV/AIDS – de construir, em Moçambique, uma fábrica de drogas antirretrovirais.

Segundo Gold, os fabricantes de vacinas e medicamentos genéricos da Índia também tiveram papel fundamental na redução dos preços que os países mais pobres pagam por estes produtos.

"A assistência financeira e os medicamentos da China fizeram uma enorme diferença em termos de controle da malária na África, enquanto a Rússia foi um dos doadores iniciais do programa da Aliança GAVI (entidade internacional dedicada à imunização) que visa fornecer vacinas pneumocócicas a preços reduzidos para países em desenvolvimento", disse Gold.


"A África do Sul, que tem uma das taxas mundiais mais altas de tuberculose resistente a antibióticos, está sendo pioneira na introdução de um novo tipo de diagnóstico molecular da doença."

O relatório estima que os gastos do Brasil com ajuda externa tenham ficado entre US$ 400 milhões e US$ 1,2 bilhão em 2010 (já que o país não divulga números anuais).

A Rússia teria desembolsado cerca de US$ 500 milhões no mesmo ano, enquanto a Índia teria gastado US$ 680 milhões, a China, US$ 3,9 bilhões, e a África do Sul, US$ 150 milhões.

Fonte de recursos e inovação

Apesar de reconhecer que os Brics ainda enfrentam seus próprios desafios em relação a seus sistemas de saúde, o documento afirma que as cinco nações tiveram avanços recentes e implementaram programas inovadores na área.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul também já estão coordenando esforços em setores como agricultura, ciência e tecnologia, além de investirem pesado em pesquisa e desenvolvimento, o que poderia, segundo Gold, ter um impacto direto em países pobres.

Um dos temas em discussão na Quarta Cúpula dos Brics nesta semana é a proposta indiana de se criar um Banco de Desenvolvimento do grupo, dedicado a investir em projetos de infraestrutura e desenvolvimento em nações pobres.

"No longo prazo, os Brics representam uma potencial fonte de novos recursos e inovação para o desenvolvimento e a saúde globais", disse Gold.
*Brasilmostraatuacara

Çerra decepciona o PIG: só consegue 3 mil votos em prévias, com rejeição de 48% dos próprios tucanos

 

Mesmo com o apoio da máquina do governador Alckmin, do prefeito Kassab, da cúpula tucana, de FHC conclamando os tucanos a votarem no que ele chama de o "mais preparado", mesmo sendo ex-governador, ex-prefeito, ex-senador, ex-ministro duas vezes, e duas vezes ex-candidato a presidente da república, José Serra só conseguiu apoio de 3.176 dos 20,5 mil filiados paulistanos habilitados a votar nas prévias. Um apoio pífio de 15,5%. o que significa que quase metade dos militantes que participaram da eleição interna do partido não votou nele.

Apenas 6.229 tucanos compareceram para votar (30% do total de filiados), e com esse baixo comparecimento, Serra teve 52,1% dos votos, sendo rejeitado por 47,9% dos próprios tucanos que votaram.

O que era para ser comemorado como uma vitória, revela um dramático quadro de divisão e falta de empolgação já na largada da campanha.

Até o colunista do PIG, Fernando Rodrigues, não conseguiu esconder a decepção.

Serra esteve longe de ser um candidato de consenso, arregimentando apenas seus 3.176 votos, contra 1.902 de José Aníbal (31,2%) e 1.082 votos do deputado federal Ricardo Tripoli (16,7%).

Para se ter idéia do quanto foi pífia a votação de Serra, seus 3 mil votos mal dariam para elegê-lo vereador em uma cidade média do interior paulista. 

Vá lá que prévias é uma coisa e eleição real é outra, mas mesmo comparando com outras prévias no Brasil, o desempenho é fraco. Em uma cidade com uma população 23 vezes menor, Niterói (RJ), o pré-candidato do PT à prefeitura, Rodrigo Neves, venceu prévias com 2.219 votos.

O fraco desempenho nas prévios vem a se somar com alguns fantasmas que assombram o tucanato paulistano: o medo da "cristianização" de Serra (debandada de tucanos desafetos para apoiar discretamente outras candidaturas), do corpo-mole, o medo da traição (até Alckmin tem em Chalita um plano "B"), e o medo da "fadiga de material" de Serra (começando na frente nas pesquisas por ser o nome mais conhecido, mas perdendo no final, a medida que o eleitorado conhece outros candidatos e compara), o medo da lei da ficha limpa (Serra respondia a 17 processos em 2010), e o medo da Privataria Tucana tirar José Serra até mesmo de um segundo turno.
*osamigosdopresidentelula

Mexicanos pedem ao Papa para reconhecer encobrimento da Igreja de casos de pedofilia

 

Os mexicanos que denunciaram os abusos sexuais alegadamente cometidos pelo fundador dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel (1920-2008), pediram no sábado ao Papa Bento XVI que reconheça a responsabilidade da Igreja no encobrimento deste caso.
Os mesmos cidadãos pediram ainda a Bento XVI que afirme que “nunca mais” será tolerada a pedofilia.
Em 1999, o ex-sacerdote Alberto Athié enviou a Bento XVI (naquela data cardeal Ratzinger), por intermédio do bispo mexicano Carlos Talavera, uma carta na qual denunciava actos alegadamente pedófilos de Marcial Maciel, que foi recebida no Vaticano e nunca teve resposta.
O ex-sacerdote considera que com Bento XVI à frente da Igreja, “só ele e mais ninguém do que ele pode dar um caminho diferente a este tremendo problema” dos abusos sexuais de menores, “este holocausto de milhares de meninas e meninos que foram abusados em muitas partes do mundo”.
“Com isto não lhe pedimos que cometa um acto anticristão. É a raiz da consciência cristã”, referiu Alberto Athié.
A jornalista Carmen Aristegui referiu que esta chamada de atenção a Bento XVI ganha pertinência por ser feita um dia antes de o Papa dar uma missa no Parque Bicentenario de Guanajuato, neste domingo, onde são esperadas 600 mil pessoas.
Algumas vítimas dos abusos sexuais, alegadamente cometidos por sacerdotes no México, lamentaram, entretanto, a recusa de Bento XVI em reunir-se com eles durante a sua visita de três dias ao país, que começou no sábado e termina na segunda-feira.
“É lamentável que não o queira fazer, infelizmente faz com que o próprio Papa seja cúmplice deste tipo de crimes”, afirmou, em declarações à agência EFE, uma das vítimas, Joaquín Aguilar Méndez.
Encontros deste género aconteceram nos Estados Unidos e na Austrália, em 2008, em Portugal e em Malta, em 2010, e na Alemanha, no ano passado.
* Público
Feliz em ouvir: Lula envia mensagem parabenizando o PCB  do B ontem à noite

Parabéns, Lula, pela recuperação. Força Lula.

*Mariadapenhaneles