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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, agosto 18, 2012
Inglaterra: a puta mais servil do império terrorista
Presidente do Equador enfrenta a brutal Gestapo britânica
Paul Craig Roberts
Um covarde morre muitas vezes,
um bravo morre apenas uma.
O outrora orgulhoso governo britânico, agora reduzido a uma puta servil
de Washington, envergou as suas botas de Gestapo e declarou que se a
Embaixada equatoriana em Londres não entregasse Julian Assange, da
WikiLeaks, tropas de assalto britânicas invadiriam a embaixada pela
força militar e arrastariam Assange para fora. O Equador manteve-se
erecto. "Queremos ser muito claros, não somos uma colónia britânica",
declarou o seu ministro das Relações Exteriores. Longe de se deixar
intimidar, o presidente do Equador, Rafael Correa, replicou à ameaça
pela concessão de asilo político a Assange. www.nytimes.com/2012/08/17/...
O
governo britânico, outrora respeitador da lei, não teve vergonha de
anunciar que violaria a Convenção de Viena e assaltaria a Embaixada
Equatoriana, tal como os estudantes islâmicos, na Revolução de Khomeini
no Irão em 1979, tomaram a Embaixada dos EUA e mantiveram cativa a
equipe diplomática. Pressionados pelos seus senhores de Washington, os
britânicos recorreram a tácticas de um estado pária. Talvez devêssemos
preocupar-nos acerca das armas nucleares britânicas.
Deixe-me
ser claro: Assange não é um fugitivo da justiça. Ele não foi acusado de
qualquer crime em qualquer país. Ele não violou nenhuma mulher. Não tem
processos pendentes em qualquer tribunal e nenhumas acusações foram
produzidas contra ele, não há validade no pedido sueco de extradição.
Não é normal que pessoas sejam extraditadas para interrogatório,
especialmente quando, como no caso de Assange, ele exprimiu sua total
cooperação para ser interrogado uma segunda vez por responsáveis suecos
em Londres.
O que é tudo isto? Primeiro,
segundo noticiários, Assange foi cativado por duas mulheres suecas
caçadoras de celebridades que o levaram para as camas das suas casas.
Depois, por razões desconhecidas, uma delas queixou-se de que ele não
havia usado um preservativo, e a outra queixou-se de que ela havia
oferecido um mas que ele havia tomado dois. Um promotor público sueco
examinou o caso, descobriu que não havia nada e descartou-o.
Assange
foi para a Inglaterra. Então outro promotor sueco, uma mulher, alegando
uma autoridade que desconheço, reabriu o caso e emitiu uma ordem de
extradição para Assange. Isto é um procedimento inabitual que tramitou
através de todo o sistema judicial britânico até o Tribunal Supremo e a
seguir retornou ao Tribunal Supremo em recurso. No fim a "justiça"
britânica fez o que o senhor de Washington ordenou e aceitou o estranho
pedido de extradição.
Assange, percebendo que o
governo sueco se preparava para entregá-lo a Washington para ser
mantido em detenção indefinida, torturado e enquadrado como espião,
pediu a protecção da Embaixada do Equador em Londres. Por mais corruptos
que sejam as autoridades britânicas, o governo do Reino Unido não
desejava entregar Assange directamente a Washington. Ao transferi-lo
para a Suécia, os britânicos poderiam achar que as suas mãos estavam
limpas.
A Suécia, antigamente um país honrado
como o Canadá foi outrora quando resistentes americanos à guerra ali
podiam procurar asilo, foi subornada e submetida ao polegar de
Washington. Recentemente, diplomatas suecos foram expulsos da
Bielorússia onde tudo indica terem estado envolvidos em ajudar
Washington a orquestrar uma "revolução colorida" pois governo dos EUA
continua a tentar estender as suas bases e estados fantoches mais
profundamente junto à Rússia tradicional.
O
mundo inteiro, incluindo os servis estados fantoches de Washington,
entendeu que quando Assange estivesse nas mãos dos suecos Washington
apresentaria uma ordem de extradição, a qual a Suécia, ao contrário dos
britânicos, cumpriria. O Equador entende isto. O ministro das Relações
Exteriores, Ricardo Patiño, anunciou que o Equador concedeu asilo a
Assange porque "há indicações para presumir que pode tratar-se de
perseguição política". Nos EUA, reconheceu Patiño, Assange não obteria
um julgamento justo e enfrentaria a pena de morte num processo
fabricado.
O Estado Fantoche estado-unidense da
Grã (sic) Bretanha anunciou que não permitiria que Assange deixasse o
país. Já chega quanto à defesa da lei e dos direitos humanos por parte
do governo britânico. Se os britânicos não invadirem a Embaixada
Equatoriana e arrastarem Assange para fora, morto ou em grilhões, a
posição britânica é que Assange viverá o resto da sua vida dentro da
Embaixada do Equador em Londres. Segundo o New York Times, o
asilo de Assange deixa-o "com protecção à prisão só no território
equatoriano (o que inclui a embaixada). Para deixar a embaixada rumo ao
Equador, ele precisaria da cooperação que a Grã-Bretanha disse não
proporcionar". Quando se trata do dinheiro de Washington ou de se
comportar honradamente de acordo com o direito internacional, o governo
britânico inclina-se para o lado do dinheiro.
O
mundo anglo-americano, que pretende ser a face moral da humanidade,
agora revelou para todos verem que sob esta máscara está a cara da
Gestapo.
16/Agosto/2012
Ver também:
*GilsonSampaio
Novo currículo do ensino médio poderá ser inspirado no Enem
Após a divulgação dos resultados insuficientes das escolas de ensino médio na última edição do Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb), o Ministério daEducação (MEC) planeja uma modernização do currículo, propondo a integração das diversas disciplinas em grandes áreas. A inspiração deverá vir do próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que organiza as matrizes curriculares em quatro grandes grupos: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. Essa é a divisão que segue a prova, diferentemente do modelo tradicional por disciplinas como química, português, matemática e biologia.
O debate não é novo: no ano passado, o Conselho Nacional de Educação(CNE) aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que propõem uma flexibilização do formato atual. O diagnóstico é que o currículo do ensino médio é muito inchado – em média são 13 disciplinas – o que, na avaliação do secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari, prejudica a aprendizagem. “O Enem é uma referência importante, mas não é o currículo, ele avalia o currículo. Mas ele traz novidades que têm sido bem assimiladas pelas escolas”, diz o secretário.
De acordo com Callegari, a ideia é propor uma complementação às diretrizes aprovadas pelo CNE, organizando as diferentes disciplinas em grandes áreas. “O que tem que ficar claro é que não estamos propondo a eliminação de disciplinas, mas a integração articulada dos componentes curriculares do ensino médio nas quatro áreas do conhecimento em vez do fracionamento que ocorre hoje”, explica.
Na próxima semana, o ministro Aloizio Mercadante se reúne com os secretários de Educação com o objetivo de discutir os caminhos para articular a mudança. Uma providência já foi tomada para induzir essa modernização dos currículos. Segundo Callegari, a próxima compra de livros didáticos para o ensino médio dará prioridade a obras que estejam organizadas nesse formato. O edital já está sendo preparado. O MEC tem um programa que distribui os livros para todas as escolas e a próxima remessa será para o ano letivo de 2015 – as obras são renovadas a cada três anos.
Para o secretário de Educação do Espírito Santo, Klinger Barbosa Alves, uma das explicações para os maus resultados da etapa em diferentes indicadores, além do Ideb, está na própria estrutura organizacional do ensino médio que se baseia na preparação para o vestibular e tem pouca atratividade para o projeto de vida do adolescente.
- A visão de que o ensino médio serve para formar pessoas para ingressar na universidade não se aplica à realidade de muitos. Os jovens têm necessidades econômicas e sociais diferentes. Existe uma pressão para que parte dos jovens ingresse no mercado de trabalho e aí o curso superior entra como uma segunda possibilidade – explica Alves, que é vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).
O secretário do Espírito Santo, um dos estados em que a nota do Ideb caiu de 2009 para 2011, defende um modelo de ensino médio que dialogue com as diferentes necessidades dos estudantes e inclua também a preparação para o mundo do trabalho, já que para muitos o ingresso na universidade pode não estar na lista de prioridades.
Para que a escola possa abranger essa formação diversificada – que inclua a aprendizagem dos componentes curriculares, a articulação com o mundo do trabalho e a formação cidadã –, Callegari defende que é indispensável a ampliação do número de horas que o estudante permanece na escola, caminhando para o modelo de tempo integral.
- Temos consciência de que os conteúdos e as habilidades que os estudantes precisam desenvolver não cabem mais em um formato estreito de três ou quatro horas de aula por dia. É assim [com ensino em tempo integral] que os países com um bom nível de qualidade do ensino fazem -, diz.
*correiodoBrasil
sexta-feira, agosto 17, 2012
BANDALHEIRA SEM GRAÇA - PROPAGANDA NO CELULAR É CONTIDA
Essa decisão deDilminha foi - decididamente - genial ! |
Os usuários de telefonia móvel receberão, no aparelho celular, uma
mensagem de texto (SMS) por meio da qual poderão manifestar sua intenção
de não mais receber mensagens de cunho publicitário de sua respectiva
operadora.
A mensagem de texto deve ser enviada entre 20 de julho e 20 de setembro
de 2012 a todos os usuários do serviço móvel que contam na base de
opt-in, com o seguinte teor:
"Por determinação da Anatel, caso não queira receber mensagem publicitária desta Prestadora, envie SMS gratuito com a palavra SAIR para XXXXX".
Em regra, a mensagem publicitária só pode ser enviada aos usuários que
optaram previamente pelo seu recebimento. Tal aceite é conhecido como
opt-in.
O objetivo da medida é corrigir a base de opt-in das prestadoras, cujos
contratos e regulamentos de promoção traziam cláusula com
obrigatoriedade de recebimento de mensagens publicitárias pelo usuário,
ou seja, sem conceder ao usuário o direito de opção.
Caso não queira mais receber mensagens publicitárias, o usuário deve
responder o SMS para o número atribuído pela prestadora. Ao enviar a
mensagem para esse número, ele receberá novo SMS:
"Mensagem recebida com sucesso. A partir de agora você não receberá mais mensagens publicitárias desta Prestadora".
As prestadoras devem ainda destinar espaço visível em sua página na
internet com informações a respeito da medida de correção da base de
opt-in.
A Anatel também determinou às prestadoras que incluam em seus contratos
uma cláusula em que o usuário assinale se deseja ou não receber
mensagens publicitárias, além da anulação de qualquer disposição em
contrário contida em regulamentos de promoção.
Fonte: Conversa Afiada
Fonte: Conversa Afiada
*MilitanciaViva
Aumenta tasa de suicidios dentro del Ejército de Estados Unidos
El
Departamento de Defensa de los Estados Unidos reveló este jueves que el
número de suicidios entre soldados del Ejército se duplicó en julio, en
comparación al mes anterior, y es el más alto en un período de 30 días,
desde el año 2009, cuando se comenzó a llevar un registro documentado
de este tipo de sucesos.
El
Pentágono informó que en julio contabilizan 26 posibles casos de
suicidios entre los militares activos, de los cuales ya uno fue
confirmado y 25 continúan siendo investigados. Esta cifra es muy
superior a los 12 reportados en junio.
Adicionalmente,
también contabilizaron 12 posibles suicidios entre militares en la
reserva y miembros del Ejército no activos, de los que uno ha sido
confirmado y once son investigados.
La
tasa de suicidios ha aumentado, en lo que va de año, particularmente
entre los miembros activos en un 22 por ciento respecto al año pasado.
Incluso,
en los siete primeros meses del año se han reportado 116 muertes de
militares activos, quienes al parecer se han quitado la vida a si
mismos. Hasta el momento, 66 han sido confirmados y 50 están en
investigación.
En
el mismo período del año pasado, el Ejército había reportado solamente
95 posibles casos. En todo el 2011, se confirmaron 165 muertes de este
tipo.
Según
reseña el diario USA Today, la base del Ejército de Fort Bragg, en
Carolina del Norte (este), es la que más suicidios ha registrado en lo
que va de año, con un total de 13 muertes.
El
Ejército de Estados Unidos, tras diez años de guerras en Irak y
Afganistán, posee las tasas de suicidio más altas entre todos los
servicios armados del país.
Los
Comandantes de este contingente militar han creado una variedad de
programas e investigaciones para tratar de entender qué es lo que está
conduciendo a tantos soldados a quitarse la vida.
"El
suicidio es el enemigo más duro que he enfrentado en mis 37 años de
carrera en el Ejército. Y es un enemigo que está matando no sólo
militares, sino decenas de miles de personas en Estados Unidos cada
año", dijo en un comunicado el subjefe del Estado Mayor del Ejército,
general Lloyd Austin.
*
Cappacete
USP rejeita negros e pobres; Uerj e Unicamp defendem inclusão
Estudos
realizados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela
Universidade de Campinas (Unicamp) mostraram que o desempenho médio dos
alunos que entraram na faculdade graças ao sistema de cotas é superior
ao resultado alcançado pelos demais estudantes.
Tradicionalmente a USP descarta a adoção de qualquer tipo de cota, sempre indicando valorizar exclusivamente o mérito.
A USP entende que o sistema de bônus
do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), voltado a alunos de
escola pública, independentemente da cor da pele, já atende às demandas
por inclusão. O Inclusp foi adotado a partir de 2007 e dá bônus na nota
do vestibular a esses alunos, independentemente da cor da pele.
O Núcleo de Consciência Negra da USP luta há anos para mudar esta realidade.
Em resposta, a reitoria tem ameaçado
fechar o espaço onde o Núcleo de Consciência Negra desenvolve cursinhos
populares para o vestibular. A inciativa envolve professores voluntários
que sonham em ver a reserva de vagas com cota racial uma realidade na
maior universidade do país.
“Além de dar acesso à população, a
universidade tem que criar as condições para que estas pessoas
permaneçam na universidade para que não haja evasão”, defendeu Leandro
Salvático, coordenador do Núcleo de Consciência Negra.
Apesar da pressão e com amplo apoio e reconhecimento da comunidade
acadêmica, o Núcleo tem se mantido dentro da universidade com o
“famigerado” espaço onde continua a realizar seu cursinho popular.
Segundo a Fuvest, fundação que
realiza o vestibular, a participação de alunos de escola pública na USP
chegou a 28% em 2012, ante 26% no ano passado. Se calculados os
ingressantes negros e pardos, eles representaram 13,8 % dos aprovados no
vestibular deste ano. No ano anterior, esse porcentual era de 13,4%. Os
pardos registraram pequeno aumento, de 10,6% para 11,2%.
Os candidatos que se declararam
negros representaram 2,6%, ante 2,8% em 2011. Neste ano, foram aprovados
283 estudantes negros, de um total de 10.766.
Levantamento feito em junho pelo
Estado de S. Paulo, com dados do vestibular de 2011, mostrou que, em
cinco anos, apenas 0,9% – o equivalente a 77 alunos – dos matriculados
em Medicina, Direito e na Escola Politécnica eram negros.
Em Medicina, por exemplo, nenhum
negro havia passado nos vestibulares de 2011 e 2010. Esse recorte do
vestibular de 2012 ainda não está disponível.
A
USP sempre sofreu críticas em relação ao perfil dos estudantes que
ocupam suas vagas – a maioria absoluta vem de escolas particulares.
Além do Inclusp, a universidade
inaugurou a partir deste ano um novo modelo de bonificação para alunos
de escola pública.
Para quem sempre estudou em escola pública – do ensino fundamental ao
médio –, a universidade criou o Programa de Avaliação Seriada da USP
(Pasusp).
Neste ano, o primeiro após a mudança
nos critérios, o bônus chegou a até 15%, de acordo com o desempenho do
estudante na Fuvest. Para participar, o aluno precisa estar cursando o
ensino médio e realizar as provas no 2º e no 3º anos.
O desempenho dos cotistas
O primeiro levantamento sobre o tema,
feito na Uerj em 2003, indicou que 49% dos cotistas foram aprovados em
todas as disciplinas no primeiro semestre do ano, contra 47% dos
estudantes que ingressaram pelo sistema regular.
No início de 2010, a universidade
divulgou novo estudo, que constatou que, desde que foram instituídas as
cotas, o índice de reprovações e a taxa de evasão totais permaneceram
menores entre os beneficiados por políticas afirmativas.
A Unicamp, ao avaliar o desempenho
dos alunos no ano de 2005, constatou que a média dos cotistas foi melhor
que a dos demais colegas em 31 dos 56 cursos.
Entre os cursos que os cotistas se
destacaram estava o de Medicina, um dos mais concorridos – a média dos
que vieram de escola pública ficou em 7,9; a dos demais foi de 7,6.
A mesma
comparação, feita um ano depois, aumentou a vantagem: os egressos de
escolas públicas tiveram média melhor em 34 cursos. A principal
dificuldade do grupo estava em disciplinas que envolvem matemática.
do blog Pragmatismo Politico
Jesus de direita: pastor Malafaia é anti-Haddad
Pastor Malafaia: Evangélicos não vão dar ‘refresco’ para Haddad
da Carta Capital
O pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus do Ministério
Vitória em Cristo, afirmou em entrevista ao portal Terra que não apoiará
ninguém no primeiro turno das eleições em São Paulo, mas deve ajudar
qualquer candidato contra Fernando Haddad (PT) caso ele chegue ao
segundo turno. “A comunidade (evangélica), os líderes não vão dar
refresco (para Haddad). Vamos cair em cima dele”, disse Malafaia ao
Terra.
A rejeição de Malafaia à Haddad se deve ao material contra a homofobia
que seria distribuído em escolas durante a gestão do petista no
ministério da Educação. O material foi criticado por grupos
conservadores e apelidado de kit-gay. Diante da pressão, o governo
desistiu de distribui-lo.
Em 2006, Malafia foi responsável por uma manifestação diante do
Congresso Nacional contra a lei criminalizadora da homofobia. Na ocasião
o pastor afirmou que relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo são a
porta de entrada para a pedofilia. “Deveriam descer o porrete nesses
homossexuais”, decretou, certa vez, em seu programa de tevê em rede
nacional — ele alega que a frase tinha sentido figurado.
Nas eleições presidenciais de 2010, o pastor declarou apoio à Marina
Silva (PV). Porém, antes do primeiro turno, abandonou à candidata e
apoiou o tucano José Serra dizendo que Marina não tinha “convicção” nas
suas posições sobre o aborto.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/politica/malafaia-evangelicos-nao-vao-dar-refresco-para-haddad/
*OPensadordaaldeia
Equador, Assange e as liberdades seletivas
Entre tantos bons textos e análises sobre Assange, wikileaks, liberdade de imprensa (e todas as outras), Equador, relações internacionais etc, este do Paulo Moreira Leite parece abarcar vários dos aspectos da questão.
Liberdades seletivas
Paulo Moreira Leite
Pois é, meus amigos. Coube ao governo de Rafael Correa, apontado como inimigo da liberdade de imprensa, acusado de ser um candidato a ditador latino-americano, boliviariano de carteirinha, a primeira e até agora única iniciativa para defender os direitos de Julian Assange, o patrono do Wikileaks, responsável pelas mais importantes revelações sobre a diplomacia norte-americana desde a a liberação dos papéis do Pentágono, durante a Guerra do Vietnã.
Você sabe a história. Com auxílio de fontes militares, Assange divulgou pelos principais jornais do planeta um pacote de documentos internos do Departamento de Estado. Mostrou políticos locais bajulando embaixadores. Desmascarou demagogos e revelou pilantras sempre a postos a prestar favores a Washington, contrariando os interesses de seus países.
Graças a Assange, fomos informados de que a embaixada dos EUA em Tegucigalpa sempre soube que a queda de Manoel Zelaya, em 2009, foi um golpe de Estado – e não uma ação em defesa da democracia, como Washington passou a acreditar quando se constatou que seus aliados de sempre haviam se livrado de um adversário bolivariano para governar o país com os métodos reacionários de sempre.
Não é qualquer coisa, quando se sabe que, três anos mais tarde, outro elo fraco da democracia no continente – o Paraguai – seria derrubado num golpe instantâneo, desta vez com apoio de Washington desde o primeiro minuto.
As informações divulgadas por Assange não têm aquela função de entretenimento cotidiano, que alimenta a indústria de comunicação com sua carga regular de fofocas, escândalos, e vez por outra, grandes reportagens – relevantes ou não.
Ele também não é uma Yaoni Sanchez, a dissidente cubana que faz oposição ao regime de Fidel Castro. Yaoni deveria ter todo o direito de trabalhar em paz, ninguém discute.
Num período de Murdoch na Inglaterra e jornalismo cachoeira no Brasil, Assange atua em outra esfera e assumiu relevância mundial.
Veicula informações de interesse público, confiáveis e fidedignas, que nos ajudam a entender como o mundo funciona nos bastidores da vida real e não nos coquetéis promovidos por empresas de relações públicas. Seu trabalho contribui, efetivamente, para elevar a consciência de nossa época. E é por isso que incomoda tanto. Pressionadas, até corporações financeiras gigantescas, como Visa e Master Cards, deixaram de receber as contribuições que sustentavam o Wikileaks.
Num mundo em que tantos pilantras e delinquentes se enrolam na bandeira da liberdade de expressão para aplicar golpes e divulgar mentiras, Assange recoloca em termos atuais o debate sobre sigilo da fonte. Defender o sigilo da fonte, muitas vezes, é apenas uma obrigação em nome de um direito maior, que envolve uma proteção universal.
A defesa da liberdade de imprensa, muitas vezes, é feita apesar da imprensa. APESAR de seus erros, apesar de seus desvios, não se pode aceitar a censura e por isso defendemos o direito da imprensa errar. É essa situação que leva muitas pessoas a defender – com indignação risível – profissionais e veículos que cometem grandes barbaridades e veiculam delinquências em letras de forma só porque tem certeza da própria impunidade.
Julian Assange provocou escândalos porque não precisava ser tolerado nem defendido. Jamais publicou uma informação errada. Jamais pode ser acusado de falsificar um único dado. E, em nova ironia da história, o soldado que é apontado como sua fonte permanece preso, incomunicável, há quase 3 anos, num quartel dos Estados Unidos.
Com tais antecedentes, você não teria receio de ser raptado e levado sem julgamento para uma prisão nos EUA?
Estamos assim. Libera-se a fonte dos picaretas e malandros. Prende-se a fonte do Wikileaks. Murdoch e seus empregados que espionavam famílias e cidadãos inocentes, corrompendo policiais para conseguir segredinhos e ganhar dinheiro, tem direito a constituir advogado, comparecem a julgamento, se defendem. Já o Wikileaks é tratado na força bruta.
Há outra ironia, porém. Abrigado na representação do Equador em Londres, Assange precisa de um salvo conduto para deixar o país. O governo Cameron se recusa a fornecer o documento. Conforme notícia dos jornais, até ameaça invadir a embaixada, o que seria, vamos combinar, um escândalo dentro de outro. Assim, o governo que protegeu e alimentou tantos empregados de Rupert Murdoch e sua fábrica de mentiras, resolve jogar duro contra uma organização que até agora só publicou verdades indesmentíveis.
Tempos estranhos, não?
Pois é, meus amigos. Coube ao governo de Rafael Correa, apontado como inimigo da liberdade de imprensa, acusado de ser um candidato a ditador latino-americano, boliviariano de carteirinha, a primeira e até agora única iniciativa para defender os direitos de Julian Assange, o patrono do Wikileaks, responsável pelas mais importantes revelações sobre a diplomacia norte-americana desde a a liberação dos papéis do Pentágono, durante a Guerra do Vietnã.
Você sabe a história. Com auxílio de fontes militares, Assange divulgou pelos principais jornais do planeta um pacote de documentos internos do Departamento de Estado. Mostrou políticos locais bajulando embaixadores. Desmascarou demagogos e revelou pilantras sempre a postos a prestar favores a Washington, contrariando os interesses de seus países.
Graças a Assange, fomos informados de que a embaixada dos EUA em Tegucigalpa sempre soube que a queda de Manoel Zelaya, em 2009, foi um golpe de Estado – e não uma ação em defesa da democracia, como Washington passou a acreditar quando se constatou que seus aliados de sempre haviam se livrado de um adversário bolivariano para governar o país com os métodos reacionários de sempre.
Não é qualquer coisa, quando se sabe que, três anos mais tarde, outro elo fraco da democracia no continente – o Paraguai – seria derrubado num golpe instantâneo, desta vez com apoio de Washington desde o primeiro minuto.
As informações divulgadas por Assange não têm aquela função de entretenimento cotidiano, que alimenta a indústria de comunicação com sua carga regular de fofocas, escândalos, e vez por outra, grandes reportagens – relevantes ou não.
Ele também não é uma Yaoni Sanchez, a dissidente cubana que faz oposição ao regime de Fidel Castro. Yaoni deveria ter todo o direito de trabalhar em paz, ninguém discute.
Num período de Murdoch na Inglaterra e jornalismo cachoeira no Brasil, Assange atua em outra esfera e assumiu relevância mundial.
Veicula informações de interesse público, confiáveis e fidedignas, que nos ajudam a entender como o mundo funciona nos bastidores da vida real e não nos coquetéis promovidos por empresas de relações públicas. Seu trabalho contribui, efetivamente, para elevar a consciência de nossa época. E é por isso que incomoda tanto. Pressionadas, até corporações financeiras gigantescas, como Visa e Master Cards, deixaram de receber as contribuições que sustentavam o Wikileaks.
Num mundo em que tantos pilantras e delinquentes se enrolam na bandeira da liberdade de expressão para aplicar golpes e divulgar mentiras, Assange recoloca em termos atuais o debate sobre sigilo da fonte. Defender o sigilo da fonte, muitas vezes, é apenas uma obrigação em nome de um direito maior, que envolve uma proteção universal.
A defesa da liberdade de imprensa, muitas vezes, é feita apesar da imprensa. APESAR de seus erros, apesar de seus desvios, não se pode aceitar a censura e por isso defendemos o direito da imprensa errar. É essa situação que leva muitas pessoas a defender – com indignação risível – profissionais e veículos que cometem grandes barbaridades e veiculam delinquências em letras de forma só porque tem certeza da própria impunidade.
Julian Assange provocou escândalos porque não precisava ser tolerado nem defendido. Jamais publicou uma informação errada. Jamais pode ser acusado de falsificar um único dado. E, em nova ironia da história, o soldado que é apontado como sua fonte permanece preso, incomunicável, há quase 3 anos, num quartel dos Estados Unidos.
Com tais antecedentes, você não teria receio de ser raptado e levado sem julgamento para uma prisão nos EUA?
Estamos assim. Libera-se a fonte dos picaretas e malandros. Prende-se a fonte do Wikileaks. Murdoch e seus empregados que espionavam famílias e cidadãos inocentes, corrompendo policiais para conseguir segredinhos e ganhar dinheiro, tem direito a constituir advogado, comparecem a julgamento, se defendem. Já o Wikileaks é tratado na força bruta.
Há outra ironia, porém. Abrigado na representação do Equador em Londres, Assange precisa de um salvo conduto para deixar o país. O governo Cameron se recusa a fornecer o documento. Conforme notícia dos jornais, até ameaça invadir a embaixada, o que seria, vamos combinar, um escândalo dentro de outro. Assim, o governo que protegeu e alimentou tantos empregados de Rupert Murdoch e sua fábrica de mentiras, resolve jogar duro contra uma organização que até agora só publicou verdades indesmentíveis.
Tempos estranhos, não?
Postado por
Denise Queiroz
*tecedora
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