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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 22, 2012

CNJ vai ouvir os juízes
do massacre de Pinheirinho

Não deixe de assistir à chocante entrevista da Juiza Marcia Loureiro.


Saiu no Brasil Atual:

Juízes envolvidos no caso Pinheirinho terão de se explicar para o CNJ

Cinco magistrados são citados na ação movida por moradores desapropriados do bairro, entre eles, Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo
Por: Gisele Brito, da Rede Brasil Atual
São Paulo – Cinco magistrados envolvidos na retirada violenta dos moradores da ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em janeiro deste ano, terão de prestar esclarecimentos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até o dia 5 de setembro.
Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP); Cândido Além, desembargador; Rodrigo Capez, juiz assessor da presidência; Márcia Faria Mathey Loureiro, juíza da 6ª Vara Cível de São José dos Campos; e Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, juiz da 18ª Vara Cível do Fórum Central João Mendes Júnior, são mencionados na representação movida por moradores do bairro e assinada por uma comissão de juristas em função de indícios de diversas irregularidades no processo que levou à ação da polícia militar para desocupar o bairro em 22 de janeiro. A área, ocupada por quase 6 mil pessoas em 2004, pertence à massa falida da empresa Selecta do megaespeculador Naji Nahas.
A denúncia baseou-se em depoimentos colhidos pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana com mais de 600 pessoas e nas consequências da desocupação, entre elas, a morte de duas pessoas.
Sartori chegou a pedir o arquivamento da ação alegando total legalidade, mas a representação foi aceita pelo CNJ. “Isso demostra que a representação tinha consistência”, disse Aristeu Pinto Neto, advogado da Ordem dos Advogados do Brasil de São José dos Campos.
“É muito importante esse passo. Alguém tem de pagar pelo que aconteceu. Eles fizeram tudo de maneira irregular. Foi uma malvadeza. As famílias estão sofrendo muito até hoje”, afirma Toninho Ferreira, advogado que acompanha as famílias.
Entre os principais argumentos para sustentar a ação contra os juízes estão, além da violência policial, a inobservância do interesse manifesto das três esferas da União para regularizar a área e a quebra do pacto federativo por parte do presidente do TJ paulista, que não obedeceu a determinação de um juiz federal que impedia a desocupação. “Começa daí e passa por condutas específicas do próprio Ivan Sartori e  da juíza [Márcia Faria Mathey]. Ela não permitiu o ingresso da Defensoria Pública para defender as famílias e, ao mesmo tempo, convocou o controle de zoonoses, demostrando preocupação maior com os cães do que com as pessoas que estavam lá”, disse Pinto Neto.
Ele lembra que a juíza suspendeu uma liminar de desapropriação da área, que vigorava desde 2005, sem que houvesse qualquer pedido da massa falida da Selecta. Depois da desocupação, as casas foram totalmente demolidas em poucos dias. Muitos moradores não conseguiram retirar seus bens. A área de 1,3 milhão de metros quadrados irá a leilão no dia 3 de outubro. O terreno está avaliado em R$ 187 milhões.
Navalha
Não deixe de assistir à chocante entrevista da Juiza Marcia Loureiro.
Ela considerou exemplar a violência da PM do Governo Alckmin, para dar posse ao notável brasileiro Naji Nahas:
http://www.youtube.com/watch?v=NtupI-OpCGY&playnext=1&list=PLC7479438ACCDF9C4&feature=results_main
Paulo Henrique Amorim


Charge do Dia

terça-feira, agosto 21, 2012

Deleite Por Toda a Minha Vida - Raul Seixas



Hoje faz 23 anos que ele foi para o andar de cima.
Entre erros e acertos ele fez seu próprio caminho, registrando em sua obra várias passagens...
Aqueles que o compreenderam superficialmente tornaram-se seus seguidores.
Aqueles que mergulharam mais fundo em sua obra hoje também fazem seu próprio caminho.

Carros de luxo de pastores da Iurd chamam a atenção em Portugal


Fotos do Audi de um pastor da Universal de Portugal
Portugueses estão impressionados com os carros de luxo dos pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.

Os pastores vivem trocando os veículos por outros mais novos, informou uma fonte deste blog em Lisboa que tem acesso a alguns desses automóveis.

Ela mandou fotos (acima) de um Audi A8L, top de linha, de uso de um pastor. O valor estimado do carro é de 215.000 euros, cerca de R$ 546.000. Há pelo menos um pastor que tem dois Audi.

No Brasil, há também pastores da igreja chefiada por Edir Macedo que circulam com os carros preferidos pelos milionários.

Dados da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo referentes ao período de 1998 a 2008 revelam que a frota da Universal tinha Audi, Mercedes-Benz, Honda Accord e Toyota Land Cruiser.

Tudo comprado com dinheiro que desfruta de isenção de impostos federais, à custa, portanto, de cada um dos brasileiros, seja ou não religioso, concorde ou não com esse privilégio.

Universal tem carros de luxo como Mercedes, Audi e Honda Accord.
agosto de 2009

Edir na mira da Justiça.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz24DoDTSxJ
Paulopes

Reeleição de Chávez sustentará modelo político sul-americano

Eduardo Guimarães



A espetacularização da política brasileira está impedindo a sociedade de perceber a evolução de um contexto político no qual está inserida e que deve afetar profundamente a sua vida, podendo vir a ditar-lhe o rumo no futuro próximo. Com mensalão, CPI do Cachoeira e eleições, estamos deixando passar batido um dos fatos políticos mais importantes da atualidade.
Praticamente todas as sondagens do processo eleitoral venezuelano dão conta de que o presidente Hugo Chávez deve ser reeleito com certa facilidade. Sua vantagem é reconhecida até mesmo pelo “oposicionista” Datanálisis, o Datafolha venezuelano, onde tem 16% de dianteira sobre o segundo colocado, o conservador Henrique Capriles.
Detalhe: em institutos tidos como menos parciais em favor da oposição, a vantagem de Chávez sobre o principal adversário se aproxima dos 30%.
O cenário político venezuelano revela uma realidade que se espalha pela América do Sul mais do que por qualquer outra parte do mundo: projetos político-administrativos de centro-esquerda – ou, como preferem alguns, social-democratas – parecem cada vez mais longe do “esgotamento de modelo” que a mídia conservadora das Américas já ensaia decretar.
Ainda que no Brasil o modelo político que impera na América do Sul encontre maior dificuldade para funcionar devido a peculiaridades político-institucionais do país e a uma maior dificuldade em politizar o povo como fizeram os governos Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Rafael Correa, Evo Morales e José Mujica, aqui também vige o modelo de inclusão social desenvolvimentista análogo ao modelo “revolucionário” venezuelano.
Chávez prega a própria reeleição com o objetivo alegado de tornar o seu modelo político-econômico-institucional “irreversível”. O que seja, obrigar a todos os atores políticos do país a adotarem o caminho da inclusão social em projetos regionais, inclusive nos governos de províncias controlados pela oposição ao governo central.
O modelo chavista é o que deu origem a outros projetos sul-americanos que vão se mostrando cada vez mais sólidos. E o que fez esse modelo se espalhar foram seus impressionantes resultados sociais obtidos ao longo da mais de uma década de duração da revolução bolivariana.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Gini – que medem, respectivamente, a qualidade de vida e a concentração de renda de um país em relação aos outros – da Venezuela lideram o ranking de melhora nas três Américas e inspiraram processos análogos na Argentina, na Bolívia, no Equador, no Uruguai e no próprio Brasil.
A única diferença em nosso país é que, por aqui, ainda não se está obtendo avanços institucionais como a implantação de legislação concreta para regular a comunicação, legislação que, nos países vizinhos, é inspirada nas legislações dos países mais desenvolvidos, tais como Estados Unidos, França, Inglaterra e outros.
O quadro político-eleitoral venezuelano, enfim, contrasta com com o opinionismo político das mídias brasileira e internacional, que decretara não só o “esgotamento” do modelo venezuelano, mas a morte de Chávez antes das eleições por conta de problemas de saúde que disse “terminais”, mas que o vigor com que ele conduz a própria campanha desmente.
O modelo político e institucional original de Chávez se espalhou por todos os países supracitados da América do Sul, menos no Brasil. Isso significa que impérios midiáticos que durante o século XX pintaram e bordaram na região, em seus países mais importantes estão com os dias contados.
Ao menos na Argentina, na Bolívia, no Equador e na Venezuela, os impérios de comunicação vão perder o poder de falarem sozinhos àquelas sociedades e não permanecerão do tamanho paquidérmico a que chegaram, pois as leis de redistribuição de propriedade de meios de comunicação inspirada nas leis de países desenvolvidos farão a comunicação, nesses países, chegar ao século XXI.
O modelo de republiqueta midiática conservadora ainda deve permanecer por um bom tempo no Brasil por falta de condições políticas internas furtadas pelo poderio muito maior que as elites adquiriram por aqui, com a institucionalização da comunicação como poder direcionador de políticas públicas e da opinião da sociedade, o que impede, inclusive, dissonâncias.
Todavia, o caráter promissor do modelo oriundo da Revolução Bolivariana da Venezuela que, em maior ou menor grau, espalhou-se pelo continente, reside em uma relação de troca entre esse modelo e as massas empobrecidas da região. Tanto no Brasil quanto em seus vizinhos progressistas estabeleceu-se a troca de bem-estar social por votos.
Em países com tanta desigualdade social e pobreza como nos países latino-americanos, a possibilidade de manter o poder pela via democrática é imensa. Eis, porém, que se levanta o velho fantasma do golpismo que marcou a região no século XX, ou seja, na ruptura institucional aplicada pelas elites sem votos com uso de forças armadas submissas.
Em países com avançada politização social como na Venezuela, o recurso às forças armadas praticamente desapareceu sobretudo porque estas, na base, são compostas pelo povo, por soldados que viveram na pobreza e que, também na era Chávez, viram suas vidas melhorarem como a dos compatriotas civis.
O fenômeno venezuelano de conversão das Forças Armadas aos cânones democráticos e legalistas se repete da Argentina até o Equador, com exceção do Brasil, onde a consciência social (muito) menor ainda faz com que não se possa contar com o espírito legalista e democrático das tropas, que ainda, em tese, poderiam se prestar ao golpismo.
Todavia, mesmo no Brasil há dúvidas da viabilidade de um golpe militar. Não são poucos os relatos que este blog já recebeu de militares que não querem aparecer nem anonimamente, mas que garantem que delírios golpistas de chefes militares de pijama não seriam seguidos pela base das Forças Armadas.
Em um momento em que a mídia brasileira pinta e borda, manipulando desde o Judiciário até o Legislativo, passando pelo Executivo (em alguma medida), vale refletir sobre a situação política sul-americana. O Brasil pode ser grande o suficiente para contrariar o resto da América do Sul, mas sua centro-esquerda tem instrumentos para impedir.
*Turquinho

Notícias do paraíso neoliberal: cidadão que questionou o 11 de setembro é preso nos EUA. Depois a ditadura é em Cuba...

 

Charge do Dia




Padre de sunga é flagrado correndo atrás de moleque de 12 anos

 

Olha aí o meliante, praticante de cristianismo.
Quem lê pensa que a gente inventa essas coisas. Mas juro que é notícia!
No domingo de 12 de agosto deste ano, em Woodburn, Oregon, Estados Unidos, uma família acordou perto da meia noite com os gritos desesperados de um garoto da cidade de Salém de 12 anos que apareceu aterrorizado, fugindo do padre Angel Armando Perez, pároco da Igreja São Lucas de Woodburn, que tava só de sunga ou algo parecido.
Momentos depois, o padre chegou na casa onde o garoto foi socorrido de carro, acenando pro moleque ir com ele. Quando ele não foi, o padre saiu do carro e ficou parado, olhando para a família, com as mãos no quadril como quem diz “E ai? Não vai me dar o moleque não?”
O padre só foi embora quando a família disse que ia chamar a polícia. Só então.
Ele pegou o carro, foi até Salém e começou a implorar perdão pra família do garoto, que notou que ele estava com mó bafo de cachaceiro. “Cometi um engano, me desculpa!” “Não queria machucar o garoto!” “Fui eu um mero servo da igreja que pecou, não parem de acreditar na igreja!”
Horas depois, o padre tava rezando missa de dentro da cadeia. Negando as acusações de abuso sexual, claro.
Aparentemente, o padre planejou levar o garoto às montanhas e que por isso ele estava passando alguns dias na casa do padre. Com o consentimento da mãe. O garoto disse que, depois de ter tomado cerveja — dada pelo padre — e ido dormir, foi acordado com a bermuda abaixada e o padre tirando fotos dele e com a mão em seu piu-piu. O moleque saiu correndo mais rápido que Usain Bolt da residência, mas o padre foi atrás dele de carro.
Deve ter sido o dia mais aterrorizante da vida desse menino. Tipo cena de filme de terror mesmo.
Ele é acusado de abuso sexual em primeiro grau, abuso de menor com atentado ao pudor explícito, fornecimento de álcool a menor e dirigir sob influência de intoxicantes.
Fonte: Paulopes, Freethinker, OregonLive.
*DiarioAteista

Moradores de rua de SP pedem políticas sociais de apoio

Moradores de rua da capital paulista reivindicam políticas sociais de apoio
Moradores de rua da capital paulista passaram a madrugada desta segunda-feira reunidos na Praça da Sé, no centro da cidade, para reivindicar políticas sociais de apoio à população em situação de rua.
A manifestação começou na noite de domingo e terminou na manhã desta segunda. A organização informa que 36 barracas foram montadas para abrigar três pessoas em cada, totalizando pouco mais de 100 manifestantes.
A mobilização faz parte do dia nacional de luta dessa população. O 19 de agosto faz referência ao Massacre da Sé, nome pelo qual ficou conhecido o episódio em que sete pessoas que dormiam na praça foram mortas nesse dia em 2004. Até hoje, nenhum dos suspeitos foi preso. A data também será lembrada em Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Vitória.
Levantamento da prefeitura informa que 14,5 mil pessoas vivem nas ruas de São Paulo. O documento mostra que 47% dessas pessoas estão nas ruas e 53% em abrigos.
Kátia Lúcia dos Santos, de 33 anos, vive há 8 anos na praça da Sé e relata dificuldades para conseguir sobreviver. “Sai de casa porque briguei com meus pais. Os primeiros dias foram muito difíceis, mas nunca pensei em voltar”, disse a moradora. Ela diz que faltam oportunidades que a possibilitem sair dessa situação. “Quando a gente procura trabalho, precisa ter residência fixa”, exemplifica.
O padre Júlio Lancellotti, membro da Pastoral de Rua da Arquidiocese de São Paulo, avalia que são necessárias ações em diversas áreas e não só de assistência social para atendimento a esse público.
- Não podemos ter respostas que sejam sempre as mesmas, por exemplo, o albergue. Essas pessoas não podem ser atendidas por compartimentos. Os atendimentos precisam estar integrados -, defende. Dentre as áreas que precisariam ser contempladas, estão: saúde, educação, moradia e trabalho.
*CorreiodoBrasil