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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 21, 2012

Padre de sunga é flagrado correndo atrás de moleque de 12 anos

 

Olha aí o meliante, praticante de cristianismo.
Quem lê pensa que a gente inventa essas coisas. Mas juro que é notícia!
No domingo de 12 de agosto deste ano, em Woodburn, Oregon, Estados Unidos, uma família acordou perto da meia noite com os gritos desesperados de um garoto da cidade de Salém de 12 anos que apareceu aterrorizado, fugindo do padre Angel Armando Perez, pároco da Igreja São Lucas de Woodburn, que tava só de sunga ou algo parecido.
Momentos depois, o padre chegou na casa onde o garoto foi socorrido de carro, acenando pro moleque ir com ele. Quando ele não foi, o padre saiu do carro e ficou parado, olhando para a família, com as mãos no quadril como quem diz “E ai? Não vai me dar o moleque não?”
O padre só foi embora quando a família disse que ia chamar a polícia. Só então.
Ele pegou o carro, foi até Salém e começou a implorar perdão pra família do garoto, que notou que ele estava com mó bafo de cachaceiro. “Cometi um engano, me desculpa!” “Não queria machucar o garoto!” “Fui eu um mero servo da igreja que pecou, não parem de acreditar na igreja!”
Horas depois, o padre tava rezando missa de dentro da cadeia. Negando as acusações de abuso sexual, claro.
Aparentemente, o padre planejou levar o garoto às montanhas e que por isso ele estava passando alguns dias na casa do padre. Com o consentimento da mãe. O garoto disse que, depois de ter tomado cerveja — dada pelo padre — e ido dormir, foi acordado com a bermuda abaixada e o padre tirando fotos dele e com a mão em seu piu-piu. O moleque saiu correndo mais rápido que Usain Bolt da residência, mas o padre foi atrás dele de carro.
Deve ter sido o dia mais aterrorizante da vida desse menino. Tipo cena de filme de terror mesmo.
Ele é acusado de abuso sexual em primeiro grau, abuso de menor com atentado ao pudor explícito, fornecimento de álcool a menor e dirigir sob influência de intoxicantes.
Fonte: Paulopes, Freethinker, OregonLive.
*DiarioAteista

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