A diplomacia brasileira brilhou na crise entre o Equador e a Inglaterra
PAULO NOGUEIRA
Diário do Centro do Mundo
Clap, clap, clap para a diplomacia brasileira. De pé.
Diário do Centro do Mundo
Com sede em Washington, a Organização dos Estados Americanos, a OEA,
essencialmente não serve para nada. É uma opinião da qual dificilmente
discordaria qualquer um dos mais de 30 países que a integram.
Pois, em sua consistente e comprovada inutilidade, a OEA acaba de ter um
momento luminoso nesta semana. Por maioria esmagadora, a OEA decidiu
apoiar o Equador no embate diplomático que o país trava com a Inglaterra
por causa de Julian Assange.
Uma reunião foi convocada para a semana que vem, mas desde já a OEA
registrou sua rejeição à ameaça britânica de quebrar a inviolabilidade
da embaixada do Equador em Londres para retirar dela, na marra, Assange e
depois extraditá-lo para a Suécia.
Os Estados Unidos foram contra, previsivelmente. A importância histórica
da decisão da irrelevante OEA está em registrar que existe um mundo
novo que não acha, necessariamente, que o que é bom para os Estados
Unidos é bom para todos.
O Brasil, também previsivelmente, se pôs ao lado do Equador, pela voz do
chanceler Antônio Patriota. A independência brasileira em relação aos
americanos na política exterior é um sinal de maturidade do país.
Clap, clap, clap para a diplomacia brasileira. De pé.
*MilitânciaViva
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