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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 19, 2012

Mensalão: Fascistas da Folha confundem o Brasil com chiqueiro que habitam

 


do Conversa Afiada
A Folha desenha o Brasil numa pocilga. Seus impasses e seus políticos parecem porcas prenhas.


Folha (*) se excedeu:

O INCRÍVEL MENSALÃO


Publica neste domingo uma história em quadrinhos para contar o mensalão.

É a redução do problema a uma historieta infantil, para qualquer idiota entender.

Mas, não é assim tão infantil, inocente, à la Hans Christian Andersen.
 
É uma sujeira.
Exala mau cheiro.

Uma espécie de “Al Capone para Crianças”, editado pela Abril Educação.

O preto, os rostos deformados e satanizados.

A omissão do contexto.

Simplificar para deformar.

A vilanização do Lula, do Dirceu e do PT.

A glorificação do herói da Renata Lo Prete (quando ela vai devolver o Prêmio ?), o Thomas Jefferson.

O bandido e o mocinho.

A Folha desenha o Brasil numa pocilga.

Seus impasses e seus políticos parecem porcas prenhas.

Como se o Brasil fosse a Folha.

Uma porcaria.

Assim, literalmente: porca-ria.


Paulo Henrique Amorim



(*) 
Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
*MilitânciaViva

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