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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 06, 2012

Mente colonizada da Globo leva Bonner a Washington para cobrir eleições de lá

 


Me contaram que o Jornal Nacional mostrou William Bonner de luvas e cachecol dizendo que estava no frio de Washington, com a Casa Branca ao fundo, na paisagem, servindo de cenário ... para cobrir as eleições presidenciais estadunidenses. Confirmei no site do telejornal.

A TV Globo tem correspondente nos EUA. A Globonews também. TV's de lá e Agências de Notícias podem fornecer ampla cobertura, inclusive muito mais completa. Então o que Bonner teria a acrescentar, indo pessoalmente lá?

Apenas a reverência do pensamento colonizado, submisso, e do puxa-saquismo da TV Globo aos EUA pode explicar.

O simbolismo da presença de Bonner é a forma de editorializar a notícia para dar impressão de tratar-se de algo mais importante do que realmente é para nós, brasileiros.


É a doutrinação que a Globo quer passar ao telespectador da velha ideia colonizada de que "o que seria bom para os EUA, seria bom para o Brasil".


É a pregação do alinhamento submisso aos interesses dos EUA, do entreguismo demotucano, da ALCA, da entrega do pré-sal à Chevron, de voltar as costas para a integração sul-americana, de não votar contra os EUA na ONU. De tirar o "B" dos BRIC`s. É a apologia do pensar pequeno, de ser sabalterno como era FHC.


Não por acaso, telegramas da embaixada estadunidense no Brasil vazados pelo Wilileaks, relatam conversas com os colunistas da emissora, Merval Pereira e William Waack abastecendo os gringos como informantes e colaboradores.


Ficaria mais "fofo" se William Bonner usasse também um chapéu de Mickey daqueles da Disney e agitasse uma bandeirinha de lá.
*osamigosdopresidentelula

FHC: A Imprensa é a minha Justiça! PGR, STF… prá quê?!

Ilustração: A Justiceira de Esquerda
FHC confirma que no seu governo quem faz Justiça, acusa, denuncia, processa é a #MidiaVenal conhecida como imprensa no mundo  e no Brasil por PIG – Globo, Veja, FSP, Estadão, Band – Família Civita, Família Mesquita, Família Frias e seus pitbulls – bonner, poeta, reinaldo azevedo, jabor, merval, noblat, miriam leitão, boris casoy, waack, mainardi et caterva que abertamente cumprem com sua agenda, há décadas,  junto aos partidos de “oposição” que lutam desesperadamente contra o povo brasileiro. #NomeAosBois 
Essa quadrilha ( Para Rosa Weber, pode ser considerada quadrilha apenas a * “reunião estável” com o fim de cometer uma série indeterminada de crimes) midiática (uso indevido das concessões públicas, desrespeitar a Constituição manipulando a opinião pública com mentiras, distorções, omissões da informação; derrubar governos, ministros; interferir em eleições veja reportagem da Record aqui),  sempre “esquece” de dar notícias de interesse nacional seguindo a cartilha de seus “patrões”que não residem por aqui ex: Os 10 maiores Crimes de Corrupção , Mensalão do PT, que vergonha!  , inclusive livros que vendem muito, não merecem a  atenção desta turma: Livro mais vendido do ano, indicado para o Prêmio Jabuti.
*”reunião estável” – PIG há décadas agindo impunemente.





Governo de FHC – O Paraíso na Terra!
*comtextolivre

Eleições nos EUA: do mal menor ao mal maior – A morte do liberalismo crítico

 James Petras
Há evidência ampla de que a presidência Obama puxou o espectro político estado-unidense ainda mais para a direita. Na maior parte dos assuntos de política interna e estrangeira Obama abraçou posições extremistas que ultrapassam seu antecessor republicano e, no processo, devastou o que restava da paz e dos movimentos sociais da década passada. Além disso, a presidência Obama estabeleceu a base para o futuro imediato ao prometer uma nova extensão de políticas regressivas a seguir às eleições presidenciais: cortes na Segurança Social, Medicaid e Medicare. O mandatário actual e seu opositor competem por centenas de milhões de dólares de fundos de campanha dos doadores ricos, os quais eles terão de reembolsar no período pós eleitoral com doações de milhares de milhões de dólares, subsídios, abatimentos fiscais, políticas anti-trabalho e anti-ambientais. Nem uma única proposta positiva foi avançada pela campanha de Obama mas foram articuladas numerosas políticas militaristas e socialmente regressivas. A campanha de Obama move-se num ambiente de medo, competindo com as propostas reaccionárias da aliança Romney-Tea Party: um encobrimento do seu próprio registo de gastos militares sem precedentes, guerras sequenciais, expulsões de imigrantes, arrestos hipotecários e salvamentos da Wall Street.
Neste processo, os críticos liberais atravessaram a linha, abdicando da sua integridade ao desviarem a atenção das políticas militaristas-socialmente regressivas de Obama para centrarem-se no "Romney opositor" como um "mal maior": progressistas e liberais críticos multiplicaram e ampliaram a duplicidade do aparelho político de Obama. Em nome da oposição ao actual "mal maior" (Romney) eles não ousam enumerar e especificar os desumanos crimes políticos e monumentais injustiças sócio-económicas perpetradas pelo seu candidato do "mal menor" (Obama). Será que os "progressistas" alguma vez actuarão honestamente e declararão: nós apoiamos Obama em "estados oscilantes" porque ele assassinou "apenas" 10 mil afegãos, 5 mil iraquianos, está a esfaimar 75 milhões de iranianos através de sanções, dá US$3 mil milhões para a deslocação israelense de milhões de palestinos, superintendente pessoalmente as execuções arbitrárias de cidadãos estado-unidenses e promete uma lista de mortes extensa ... porque Romney promete ser pior ... Esperar honestidade dos proponente de "males menores" é tão irrelevante como levar a sério o seu criticismo entre eleições.
O dano político causado a si próprio pelos movimentos sociais e pela classe trabalhadora dos EUA sob a presidência Obama é sem precedentes e lançou a base para nova regressão social e maior belicosidade imperial.
Consequências políticas da presidência Obama: passado, presente e futuro
A presidência Obama e as corridas das campanhas eleitorais passada e actual tiveram um impacto devastador nos movimentos sociais populares, empenhados em questões de paz, trabalho, direitos dos imigrantes e constitucionais e regulamentação ambiental.
O movimento da paz virtualmente desapareceu pois os seus líderes instaram os apoiantes a voltarem-se para o apoio à eleição de Obama. Ele deu-lhes o prémio ao escalar despesas militares e envolver-se em guerras seguidas, directamente ou por intermediários, em sete países, provocando caos e destruição. Teve de enfrentar uma oposição mínima pois ex-activistas da paz, em desalento, distanciaram-se ou obtiveram um posto e pediram desculpas pela guerra. Em 2012 os líderes da paz que se seguem repetem a mesma lenga-lenga para apoiar Obama, mas não ousam repetir a mentira passada (em nome da "paz") e dizem pretender "derrotar Romney".

Os movimentos de direitos de imigrantes antes da eleição de Obama em 2008 mobilizaram vários milhões ... até que foi infiltrado e tomado por falcões políticos mexicano-americanos do Partido Democrata e transformado numa máquina eleitoral para assegurar postos eleitos para si próprios e para Obama. Ele premiou os imigrantes alcançando um recorde: capturou, encarcerou e expulsou 1,5 milhão de imigrantes ao longo do seu mandato. O movimento de massa dos direitos dos imigrantes foi em grande medida desmantelado e agora prostitutos políticos do Partido Democrata contratam propagandistas para arrebanhar e registar eleitores imigrantes altamente desiludidos.
Os afro-americanos foram o sector da classe trabalhadora dos EUA mais abandonado sob Obama: experimentaram os mais altos níveis de desemprego e arrestos de casas assim como os mais longos períodos de desemprego. Obama brancoEles tornaram-se politicamente invisíveis pois Obama dobrou-se para apaziguar raivosos racistas brancos que procuram etiquetá-lo como um "presidente negro". A liderança negra estabelecida – política e religiosa – e as celebridades dos media efectuaram o bloqueio total a qualquer expressão da oposição das bases, afirmando que isso só "ajudaria os racistas" – ignorando a adopção e salvamento da Wall Street branca por Obama e mostrando as costas a milhões de famílias negras em dificuldades extremas. Sem movimento ou liderança, temerosos em relação ao problema (racismo económico) e à solução (mais quatro anos de invisibilidade sob Obama) a maior parte dos trabalhadores negros é relegada à abstenção ou a apertar o nariz e votar pelo "Oreo" Obama.
O movimento Occupy Wall Street, precisamente porque era independente do Partido Democrata e enojado com a total subserviência de Obama à Wall Street, proporcionou uma voz temporária à vasta maioria de americanos que se opõem a ambos os partidos políticos. Os responsáveis locais e estaduais do Partido Democrata aplaudiram "a causa" e a seguir reprimiram o movimento.
Um movimento espontâneo sem direcção política, e falto de uma liderança política alternativa, era incapaz de confrontar o regime Obama: o movimento declinou e desintegrou-se, muitos simpatizantes foram engolidos pela campanha de propaganda do "menor mal" em Obama. O ânimo da massa popular para com a Wall Street foi desactivado pela afirmação de Obama de ter salvo "a economia" da catástrofe ao canalizar US$4,5 milhões de milhões para dentro dos bolsos dos banqueiros.
Direitos constitucionais foram dizimados pela defesa de Obama de julgamentos militares, pela era de torturas de Bush, pela expansão do poder executivo arbitrário incluindo o poder presidencial de assassinar cidadãos dos EUA sem julgamento. Enquanto organizações legais lutavam o bom combate por liberdades civis, a vasta maioria de liberais notabilizou-se pela sua ausência de qualquer movimento democrático prolongado em defesa dos direitos de 40 milhões de americanos sob vigilância policial, especialmente cidadãos muçulmanos e imigrantes. Eles optaram por não embaraçar o seu presidente democrata: colocaram a reeleição de um estado-policial democrata acima da sua suposta defesa de direitos constitucionais. Nem manifestações em massa por liberdades civis, nem protestos contra a Segurança Interna, nem movimentos nas universidades contra a abolição do direito de criticar Israel.
Durante décadas as confederações sindicais e movimentos de cidadãos defenderam a Segurança Social, o Medicare e o Medicaid. Com Obama no gabinete, declarando abertamente, e preparando, grandes reduções e cláusulas regressivas na cobertura (aumento da idade de qualificação) e na indexação, não há movimento de protesto significativo. Programas que na maior parte de um século (segurança social) ou meio século (Medicare, Medicaid) era considerados intocáveis estão agora, segundo Obama, "em cima da mesa" para serem estripados ("reformados", "ajustados"). Os patrões milionários de sindicatos contratam um pequeno exército de trabalhadores de campanha e colectam mais de US$150 milhões para reeleger um presidente que promete fazer enormes cortes em programas médicos para os pensionistas e os pobres. Obama legitimou as posições sociais regressivas da extrema-direita enquanto o Partido Democrata neutralizou qualquer oposição ou mobilização sindical.
Finalmente, mas não menos importante, o regime Obama cooptou críticos progressistas liberais-sociais via apoio pela porta dos fundos. Em nome da "oposição a Romney" os sábios progressistas, como Chomsky e Ellsberg, acabaram numa aliança com a Wall Street e bilionários do Silicon Valley, militaristas do Pentágono, promotores da Segurança Interna e ideólogos sionistas (Dennis Ross) para eleger Obama. Naturalmente, o apoio dos progressistas será aceite – mas dificilmente reconhecido. Eles não terão qualquer influência na futura política de Obama após a reeleição: serão descartados como preservativos usados.
O futuro: consequências pós eleiltorais
Com ou sem a reeleição de Obama, o seu regime e as sua políticas lançaram as bases para uma agenda social ainda mais regressiva e reaccionária: padrões de vida, incluindo saúde, previdência, segurança social, serão cortados drasticamente. Afro-americanos permanecerão invisíveis excepto para a polícia e o sistema judicial racista. Imigrantes serão perseguidos, capturados e expulsos de casas e empregos: sonhos de estudantes imigrantes tornar-se-ão pesadelos de medo. Esquadrões da morte, guerras por procuradores (proxy) e com drones multiplicar-se-ão para acompanhar a bancarrota do império estado-unidense. Progressistas irresponsáveis e hipócritas mudarão a marcha e criticarão o presidente que elegeram; ou se for Romney atacarão os mesmos vícios que ignoraram durante a campanha eleitoral de Obama: mais cortes nos gastos públicos e mudanças climáticas [NR] resultarão em maior deterioração na vida quotidiana e da infraestrutura básica; mais inundações, incêndios, pragas e apagões. Os nova-iorquinos aprenderão a desintoxicar sua água do toilette; eles podem estar a beber e a banhar-se nela.
03/Novembro/2012
[NR]   Um problema irrelevante pois não está ao alcance dos seres humanos efectuar mudanças climáticas – podem efectuar alterações do meio ambiente, mas não do clima.   Ver http://resistir.info/climatologia/impostura_global.html
O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/...
*Gilsonsampaio

Charge e foto do dia



Padre se protegia de acusações de pedofilia subornando até o papa


Padre Maciel com João Paulo 2º
Padre estuprador Maciel tinha a proteção do papa João Paulo 2º
por Rodrigo Vera para a revista mexicana Proceso

Em seu livro Las finanzas secretas de la Iglesia ["As finanças secretas da Igreja"], que logo estará em circulação, o jornalista americano Jason Berry detalha a maneira como Marcial Maciel (1929-2008) gastava somas milionárias em presentes e doações aos hierarcas da Igreja, começando pelo papa João Paulo II. Desta maneira, o fundador dos Legionários de Cristo acumulava poder para o fortalecimento de sua ordem, ao mesmo tempo em que se protegia das acusações que recebia por pedofilia, que por fim eram de domínio público.

O sacerdote Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, gastava muito dinheiro para comprar favores dos altos hierarcas do Vaticano, incluindo o papa João Paulo II, como também para impedir que os tribunais eclesiásticos o julgassem pelos abusos sexuais cometidos contra menores de idade.


Em 1995, por exemplo, Maciel entregou um milhão de dólares para João Paulo II, que chegava a presidir missas particulares – em sua capela no Palácio Apostólico – para os abastados amigos de Maciel, que costumavam recompensar o pontífice com donativos de até 50 mil dólares.


Vendo o enorme poder que tinha Maciel, durante o pontificado de Wojtyla, o atual papa Bento XVI, então encarregado da Congregação para a Doutrina da Fé, dizia que "não era prudente” investigá-lo por seus atos de pedofilia, que então já eram conhecidos em todo o mundo.


O livro de Berry relata uma das entregas de dinheiro para João Paulo II. “Em 1995, segundo ex-integrantes da Legião, Maciel enviou um milhão de dólares para o papa João Paulo, por meio de dom Stanislaw Dziwisz, quando o papa viajou à Polônia. Como secretário papal, Dziwisz, oriundo da Polônia, durante décadas foi o homem mais próximo de João Paulo. Lidar com dinheiro fazia parte de seu trabalho”.


O secretário do papa – prossegue o livro – também era encarregado de receber os donativos das famílias abastadas levadas por Maciel às missas particulares do pontífice, realizadas na capela de seu Palácio Apostólico, com capacidade para 40 pessoas e adornada com afrescos de Miguel Ángel, especificamente com a “A conversão de Saulo” e “A crucificação de São Pedro”.

Os abastados amigos de Maciel “costumavam encontrar o papa de joelhos, absorto em oração, com os olhos fechados, quase em êxtase, completamente alheio a quem ingressava na capela... para os leigos era uma maravilhosa experiência espiritual”.


O livro recolhe o testemunho de um ex-sacerdote legionário, que participava destas missas exclusivas, e que revela: “Acompanhei uma rica família mexicana numa missa particular e no final a família entregou 50 mil dólares para Dziwisz”.


O secretário papal tinha “frequentes encontros” com os achegados de Maciel, dos quais também recebia donativos, “sempre em dinheiro” e em dólares, pois “em liras se exigiria muitas notas”.


O livro acrescenta: “Em 1998, Maciel abriu as portas para o desperdício, oferecendo uma esplêndida festa em honra de Dziwisz, devido a sua proclamação como bispo, e incluiu a festiva música de mariachis interpretada por uma pequena orquestra dos Legionários”.


Não apenas o papa e seu secretário recebiam dinheiro em espécie, pois também “os cardeais e os bispos, que presidiam missas para os Legionários, recebiam pagamentos de 2.500 dólares ou mais, de acordo com a importância do evento”.


Tratava-se de donativos ou de subornos? Esta pergunta é feita no livro. Alguns ex-sacerdotes legionários respondem que era “uma forma elegante de subornar”. Outros, ao contrário, destacam que era
opere de charitá (obra de caridade), já que a Igreja podia destinar esse dinheiro para ajudar os pobres e necessitados, coisa que não se sabe ao certo, dada a opacidade das finanças vaticanas.
Las Finanzas secretas de la iglesia, livro de Jason Berry
Livro conta que Wojtyla achava
prudente não investigar Maciel
Maciel – diz o texto – também era muito dado a oferecer caríssimos presentes em espécie para os hierarcas vaticanos ou em acolhê-los com festas e comilanças que não podiam ser obras de caridade, cuja intenção era conseguir favores em troca.

A relação de Maciel com Angelo Sodano foi infestada destes favores mútuos, desde quando este último era núncio apostólico no Chile, durante a ditadura de Augusto Pinochet, a qual apoiava. Com a finalidade de “neutralizar os defensores da Teologia da Libertação que militavam na esquerda”, no Chile, Sodano estimulou as obras que os Legionários de Cristo realizavam, empunhando “o estilo católico da teologia da prosperidade, a lealdade papal e o capitalismo de mercado livre”.


A partir de então, Maciel soube corresponder estes favores: “Colocou o padre Raymond Cosgrave, um legionário irlandês, à disposição de Sodano, praticamente como ajuda de campo na nunciatura de Santiago. Em 1989, no escalão para ser nomeado secretário de Estado, Sodano fez aulas de inglês na Irlanda, no colégio da Legião. Ficou de férias numa casa de descanso da Legião, em Sorrento”.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz2BTimIrlL
Paulopes

DEMOTukkkanos impedem que renda do Bolsa Família chegue a famílias carentes de SP


__ Vamos foder esses pobres tudo
 __Pode contar comigo...

Ultimo Segundo

São Paulo é capital com menos pobres no Bolsa Família

NA CAPITAL PAULISTA, EXISTEM 500,6 MIL FAMÍLIAS POBRES, SEGUNDO O CENSO DE 2010


Na cidade de São Paulo, onde vivem 11,3 milhões de pessoas, existem 500,6 mil famílias pobres, segundo o Censo de 2010. Com renda de até R$ 140 per capita, todas elas poderiam estar inscritas no Bolsa Família. O número de famílias cadastradas no programa, porém, é de apenas 226,6 mil - o equivalente a 44% do total, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social.
Isso significa que mais da metade dos pobres paulistanos identificados pelo Censo ainda não foi alcançada pelo programa de transferência de renda federal criado nove anos atrás.
Na comparação com as outras capitais, a taxa de cadastramento de São Paulo é a pior do País e a única abaixo da linha de 50%.
Florianópolis, que alcança 61% das famílias, Goiânia, com taxa de 65%, e Rio, com 74%, são as três capitais com índices mais próximos dos registrados em São Paulo. Em todas as outras capitais o benefício do Bolsa Família atinge mais de 88%. Ele chega a 100% em Teresina, Maceió, Fortaleza, São Luís, Campo Grande, Cuiabá, João Pessoa, Recife, Porto Velho, Boa Vista, Aracaju, Palmas, Natal Manaus e Distrito Federal.
É possível ter uma estimativa dos recursos que São Paulo não recebe, utilizando como base do cálculo o repasse que o governo federal já faz. Em outubro foram transferidos para as contas das 226,6 mil famílias o total de R$ 24,6 milhões, o que representa R$ 108 por família, na média. Multiplicando esse número pelas 273.987 famílias que poderiam estar sendo beneficiadas, chega-se à quantia de R$ 29,5 milhões. Por esse mesmo raciocínio é possível concluir que os pobres de São Paulo deixam de receber R$ 354 milhões ao ano.
A tarefa de cadastrar os pobres cabe às prefeituras. São os serviços sociais municipais que, depois de identificar, localizar e inscrever as famílias, enviam os dados para o cadastro único do Desenvolvimento Social. Depois que o pedido é aceito, o pagamento começa a ser feito diretamente à família, por meio de conta bancária.
Indagada pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre o cadastro paulistano, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, evitou criticar de maneira direta os prefeitos paulistanos. Falou de maneira genérica sobre as responsabilidades dos chefes de municípios.
"A qualidade do cadastro varia de um lugar para o outro de acordo com a disposição do prefeito para trabalhar e mobilizar equipes, independentemente de sua posição partidária. No Piauí, que foi apontado pelo Banco Mundial como o Estado que possui a melhor focalização dos trabalhos, com 100% das famílias pobres cadastradas, houve um enorme esforço para que tudo funcionasse bem."
O serviço de cadastramento em São Paulo nunca figurou entre os melhores. Em 2005, quando José Serra (PSDB) se tornou prefeito, 58% das famílias pobres identificadas pelo Censo de 2000 recebiam o benefício federal. Em 2006, quando entregou o cargo a Gilberto Kassab, então no DEM, para disputar o governo estadual, o índice havia subido para 78%.
Em 2010, caiu para 50%. Naquele ano, quando Kassab começou a articular a formação do PSD, mais próximo do governo federal que o DEM, o número de cadastrados tornou a subir. Foi para 62% no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

do Blog do Cappacete

CQC e o humorismo reacionário

 



Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O Brasil, conforme constatou agudamente um leitor do Diário, tem uma esquisitice humorística: os comediantes são reacionários. Não vou entrar no fato de que são essencialmente sem graça. Me atenho apenas ao conservadorismo. Comediantes, como artistas em geral, costumam, em todo o mundo, ser progressistas. Eles quase sempre têm uma forte consciência social que os leva a criticar situações de grande desigualdade e a ser antiestablishment.

Os comediantes brasileiros fogem da regra, e esta é uma das razões pelas quais são tão sem graça. Marcelo Madureira é um caso extremo de conservadorismo petrificado e completo alinhamento com o chamado “1%”. Marcelo Tas é outro caso. De Londres, não o acompanhei, mas ao passar algumas semanas no Brasil, agora, pude ver – sem sequer assistir a um episódio de seu programa – o quanto ele é mentalmente velho.

O que o CQC fez a Genoíno em nome da piada oscila entre o patético, o ridículo e o grotesco. Não me refiro apenas ao episódio em si de explorar o drama de Genoíno. Também a sequência foi pavorosa. Vi no YouTube Tas ter uma disenteria verbal ao falar de Genoíno. Corajosamente, aspas, chamou-o repetidas vezes, aos gritos, de “mequetrefe”.


Não sou petista.


Jamais votei uma única vez em Genoíno.


Mas Tas tem condições morais — e conhecimento, pura e simplesmente — para julgar e condenar Genoíno? Várias vezes ele diz que Genoíno foi condenado pela justiça. E daí? Quem acredita na infabilidade da justiça brasileira acredita em tudo, como disse Wellington.


O que me levou a procurar Tas no YouTube foi uma mensagem pessoal que recebi de Ana Carvalho. Ela estava no local em que houve a confusão entre o humorista Oscar Filho e amigos de Genoíno. Ana acabou sendo citada num texto que OF escreveu, e ficou tão indignada que decidiu escrever sua versão dos fatos numa carta aberta que ela, cerimoniosamente, me pediu que lesse. Li. Primeiro, ela esclarece: ao contrário do que OF escreveu, ela não é militante do PT. Estava apenas votando, com a família, no lugar do tumulto, e tentou ajudar a serenar os ânimos, como boa samaritana.


Ana relata o que ouviu, na refrega, do produtor do CQC e de Genoíno. Do produtor, berros que diziam que os “mensaleiros filhos da puta” iam ser punidos: em vez de um minuto, o programa falaria horas do caso. De Genoíno, ela ouviu: “Calma, calma, sem bater, sem bater”. Mas quem publicaria o que ela ouviu? Essa pergunta Ana fez a si mesma, e é um pequeno retrato da maneira distorcida com que a grande mídia trata assuntos de política no Brasil. A resposta é: ninguém. Nem Folha e nem Estadão e nem Veja e nem Globo publicariam o relato de Ana – embora ela fosse testemunha privilegiada da confusão.


Há formas e formas de violência. O que o pessoal do CQC fez foi uma violência mental, uma tortura. Não faz muito tempo, o mundo soube que presos nos Estados Unidos tinham sido torturados com sessões de música ininterrupta da série Vila Sésamo. Vinte e quatro horas, sete dias por semana. (O autor ficou perplexo com o uso dado a sua canções tão inocentes.)


O que o CQC fez tem um nome: tortura moral. Humor não é isso. Citei, em outro artigo, os repórteres do Pânico que invadiram o funeral de Amy Winehouse para fazer piada. Tivessem sido pilhados, terminariam na cadeia – e teriam formidável dificuldade para convencer a justiça londrina de que a liberdade de expressão, aspas, os autorizava a fazer o que fizeram.


Humor sem graça, como o feito no Brasil, é um horror. Mas consegue ficar ainda pior quando à falta de espírito se junta um reacionarismo patológico, uma completa desconexão com o povo brasileiro, e este é o caso de Marcelo Tas e seu CQC.
*Turquinho

Deputado Rogério Correia e a ditadura midiática no Brasil: a Veja é uma revista de fofoca de direita que quer destruir Lula, a grande mídia brasileira confunde liberdade de imprensa com liberdade de difamação

 

A crítica à religião como exercício democrático

por Paulo Jonas de Lima Piva

Discordo de Marx e me aproximo de Michel Onfray no seguinte ponto: discutir religião é importante, como é importante também posicionar-se criticamente em face da política, da economia, dos costumes e de tudo o que compõe o nosso cotidiano e, de modo direto e indireto, afeta nossas vidas. E discutir franca e abertamente, sem blindagens de temas ou censura de assuntos, afinal, por mais problemas que tenham, nossa sociedade norteia-se pelas luzes da racionalidade. Assim sendo, crítica à religião não é sinônimo de intolerância, tampouco faz do seu crítico necessariamente um fanático ou um religioso às avessas, como querem alguns religiosos incomodados com a discussão. A crítica à religião, ao contrário, é um exercício democrático, num certo sentido, uma necessidade da democracia, e, sobretudo, um direito dos que se interessam pela questão, uma vez que a democracia é o regime que tem na liberdade de pensamento e na garantia da pluralidade de crenças e descrenças as suas principais virtudes civilizatórias. E a ferramenta, terreno e limite para esse exercício é a argumentação, nem sempre agradável para um lado do debate. Já o valor nuclear desse debate será a capacidade de ouvir e conviver com a sua antítese, ou seja, ter estrutura psicológica para dialogar com o diferente, outro nome para "tolerância".