DEMOTukkkanos impedem que renda do Bolsa Família chegue a famílias carentes de SP
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Ultimo Segundo
São Paulo é capital com menos pobres no Bolsa Família
NA CAPITAL PAULISTA, EXISTEM 500,6 MIL FAMÍLIAS POBRES, SEGUNDO O CENSO DE 2010
Na
cidade de São Paulo, onde vivem 11,3 milhões de pessoas, existem 500,6
mil famílias pobres, segundo o Censo de 2010. Com renda de até R$ 140
per capita, todas elas poderiam estar inscritas no Bolsa Família. O
número de famílias cadastradas no programa, porém, é de apenas 226,6
mil - o equivalente a 44% do total, de acordo com o Ministério do
Desenvolvimento Social.
Isso
significa que mais da metade dos pobres paulistanos identificados pelo
Censo ainda não foi alcançada pelo programa de transferência de renda
federal criado nove anos atrás.
Na comparação com as outras capitais, a taxa de cadastramento de São Paulo é a pior do País e a única abaixo da linha de 50%.
Florianópolis,
que alcança 61% das famílias, Goiânia, com taxa de 65%, e Rio, com 74%,
são as três capitais com índices mais próximos dos registrados em São
Paulo. Em todas as outras capitais o benefício do Bolsa Família atinge
mais de 88%. Ele chega a 100% em Teresina, Maceió, Fortaleza, São Luís,
Campo Grande, Cuiabá, João Pessoa, Recife, Porto Velho, Boa Vista,
Aracaju, Palmas, Natal Manaus e Distrito Federal.
É
possível ter uma estimativa dos recursos que São Paulo não recebe,
utilizando como base do cálculo o repasse que o governo federal já faz.
Em outubro foram transferidos para as contas das 226,6 mil famílias o
total de R$ 24,6 milhões, o que representa R$ 108 por família, na média.
Multiplicando esse número pelas 273.987 famílias que poderiam estar
sendo beneficiadas, chega-se à quantia de R$ 29,5 milhões. Por esse
mesmo raciocínio é possível concluir que os pobres de São Paulo deixam
de receber R$ 354 milhões ao ano.
A tarefa de cadastrar os pobres cabe às prefeituras.
São os serviços sociais municipais que, depois de identificar,
localizar e inscrever as famílias, enviam os dados para o cadastro único
do Desenvolvimento Social. Depois que o pedido é aceito, o pagamento
começa a ser feito diretamente à família, por meio de conta bancária.
Indagada
pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre o cadastro paulistano, a
ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, evitou criticar de
maneira direta os prefeitos paulistanos. Falou de maneira genérica sobre
as responsabilidades dos chefes de municípios.
"A
qualidade do cadastro varia de um lugar para o outro de acordo com a
disposição do prefeito para trabalhar e mobilizar equipes,
independentemente de sua posição partidária. No Piauí, que foi apontado
pelo Banco Mundial como o Estado que possui a melhor focalização dos
trabalhos, com 100% das famílias pobres cadastradas, houve um enorme
esforço para que tudo funcionasse bem."
O serviço de cadastramento em São Paulo nunca figurou entre os melhores.
Em 2005, quando José Serra (PSDB) se tornou prefeito, 58% das famílias
pobres identificadas pelo Censo de 2000 recebiam o benefício federal. Em
2006, quando entregou o cargo a Gilberto Kassab, então no DEM, para
disputar o governo estadual, o índice havia subido para 78%.
Em
2010, caiu para 50%. Naquele ano, quando Kassab começou a articular a
formação do PSD, mais próximo do governo federal que o DEM, o número de
cadastrados tornou a subir. Foi para 62% no ano passado. As informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
do Blog do Cappacete
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