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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 06, 2012

Mente colonizada da Globo leva Bonner a Washington para cobrir eleições de lá

 


Me contaram que o Jornal Nacional mostrou William Bonner de luvas e cachecol dizendo que estava no frio de Washington, com a Casa Branca ao fundo, na paisagem, servindo de cenário ... para cobrir as eleições presidenciais estadunidenses. Confirmei no site do telejornal.

A TV Globo tem correspondente nos EUA. A Globonews também. TV's de lá e Agências de Notícias podem fornecer ampla cobertura, inclusive muito mais completa. Então o que Bonner teria a acrescentar, indo pessoalmente lá?

Apenas a reverência do pensamento colonizado, submisso, e do puxa-saquismo da TV Globo aos EUA pode explicar.

O simbolismo da presença de Bonner é a forma de editorializar a notícia para dar impressão de tratar-se de algo mais importante do que realmente é para nós, brasileiros.


É a doutrinação que a Globo quer passar ao telespectador da velha ideia colonizada de que "o que seria bom para os EUA, seria bom para o Brasil".


É a pregação do alinhamento submisso aos interesses dos EUA, do entreguismo demotucano, da ALCA, da entrega do pré-sal à Chevron, de voltar as costas para a integração sul-americana, de não votar contra os EUA na ONU. De tirar o "B" dos BRIC`s. É a apologia do pensar pequeno, de ser sabalterno como era FHC.


Não por acaso, telegramas da embaixada estadunidense no Brasil vazados pelo Wilileaks, relatam conversas com os colunistas da emissora, Merval Pereira e William Waack abastecendo os gringos como informantes e colaboradores.


Ficaria mais "fofo" se William Bonner usasse também um chapéu de Mickey daqueles da Disney e agitasse uma bandeirinha de lá.
*osamigosdopresidentelula

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