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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 29, 2012

Deleite - Che,bola

Che Guevara from Sahil on Vimeo.

A Encenação do Mensalão


A ENCENAÇÃO DO MENSALÃO 
Como se montou a prova do “maior escândalo da história da República”. E porque essa “prova” é falsa e precisa ser revista pelo STF
Vale a pena ver de novo. Está no YouTube (http://youtu.be/-smLnl-CFJw), nos votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do dia 29 de agosto, no julgamento do mensalão. (assista a edição abaixo). A sessão já tinha 47 minutos. Fala o ministro Gilmar Mendes. Ele esclarece que tratará da “transferência de recursos por meio da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (CBMP)”. Diz, preliminarmente, que, a seu ver, “se cuidava” de recursos públicos. Faz, então, uma pausa. E adverte ao presidente da casa, ministro Ayres Britto, que fará um registro. De fato, é uma espécie de pronunciamento ao País.
Ele diz que todos que tivemos alguma relação com esta “notável instituição” que é o Banco do Brasil “certamente ficamos perplexos”. Lembra que o revisor, Ricardo Lewandowski, “destacou que reinava uma balbúrdia” na diretoria de marketing do banco e completa dizendo que parecia ser uma balbúrdia no próprio banco como um todo. A seguir, ergue a cabeça, tira os olhos do voto que lia meio apressadamente, encara seus pares. E diz cadenciadamente: “Quando eu vi os relatos se desenvolverem, eu me perguntava, presidente: o que fizeram com o Ban-co-do-Bra-sil?”
Então, põe alguns dedos da mão esquerda sobre os lábios e explica: “Quando nós vemos que, em curtíssimas operações, em operações singelas, se tiram desta instituição 73 milhões, sabendo que não era para fazer serviço algum...” Neste ponto, parece tentar repetir o que disse e fala engolindo pedaços das palavras: “E se diz isso, inclus... [parece que ele quis dizer inclusive] não era para prestar servi [serviço, aparentemente].” E conclui, depois de pausa dramática, ao final separando as sílabas da palavra para destacá-la: “Eu fico a imaginar [...] como nós descemos na escala das de-gra-da-ções.”
RB vê a narrativa do ministro de outra forma. Foi um dramalhão, um mau teatro. Mas, a despeito do grotesco, a tese central do mensalão é exatamente a encenada pelo ministro Mendes. E só foi possível aos ministros do STF concordar com ela porque se tratou de um julgamento de exceção. Um julgamento excepcional, feito sob regras especiais, para condenar os réus.
Esta tese diz que, sob o comando de Henrique Pizzolato, o então diretor de marketing e comunicação do BB, foi possível tirar, graças a uma propina que ele teria recebido, 73,8 milhões de reais para que uma trinca de quadrilhas comandadas pelo ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, comprassem deputados.
Deixaram os advogados da defesa falar por apenas uma hora em agosto. E os ministros falaram por mais de dois meses, com uma espécie de promotor público, o ministro Joaquim Barbosa, brandindo a regra de condenar por indícios, e não por provas, réus a quem foi negado um dos princípios históricos do direito penal, o da presunção da inocência.
E deu no que deu. A tese central do mensalão é tão absurda que ainda se espera que o STF possa revogá-la. Ela diz que foram desviados para o PT os tais 73,8 milhões de recursos do BB para comprar sete deputados e aprovar, por exemplo, a reforma da Previdência, que todo mundo sabe ter passado com apoio da direita não governista sem precisar de um tostão para ser aprovada.
Dos autos do processo, com aproximadamente 50 mil páginas, cerca de metade é dedicada a três auditorias do BB sobre o uso do Fundo de Incentivo Visanet (FIV), do qual teriam sido roubados os tais milhões. Pois bem: em nenhuma parte, nem em uma sequer das páginas dessas gigantescas auditorias, afirma-se que houve desvio de dinheiro do banco.
Nem o BB nem a Visanet processaram Pizzolato até agora. Simplesmente porque, até agora, não se propuseram a provar que ele comandou o desvio, nem mesmo se houve o desvio. E também porque está escrito explicitamente nos autos que não era ele quem ordenava os adiantamentos de recursos para a empresa de propaganda DNA, de Marcos Valério, fazer as promoções.
O adiantamento de recursos à DNA era feito não pela diretoria que ele comandava, a Dimac, mas por um funcionário da Direv, a diretoria de varejo. Esta diretoria era, com certeza, a grande interessada na venda dos cartões, o que, aliás, fez com raro brilho, visto que o BB desbancou o Bradesco, o sócio maior da CBMP, na venda de cartões de bandeira Visa.
Nesta edição, na matéria a seguir, “Um assassinato sem um morto”, Retrato do Brasil mostra um documento reservado da CBMP, preparado por um grande escritório de advocacia de São Paulo para ser encaminhado à Receita Federal, no qual a companhia lista todos esses trabalhos, que confirma informações constantes das outras três auditorias do BB. Porém, acrescenta um dado essencial: mostra que a empresa tem os recibos e todos os comprovantes — como fotos, vídeos, cartazes, testemunhos — atestando que os serviços de promoção para a venda de cartões de bandeira Visa pelo BB foram realizados. Ou seja, que não houve o desvio.
A tese do grande desvio que criou o mensalão surgiu na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios já no início das investigações, em meados de 2005, quando se descobriu que Henrique Pizzolato estava envolvido no esquema do “valerioduto”. E ganhou forma acabada no relatório final desta comissão, entregue à Procuradoria da República em meados de abril de 2006.
O então procurador-geral Antônio Fernando de Souza, menos de uma semana depois, encaminhou a denúncia ao STF, onde ela caiu sob os cuidados do ministro Joaquim Barbosa. O que Souza fez de destaque na denúncia foi tirar da lista de indiciados feita pela CPMI, na parte que apresentava os que operavam o FIV no BB ou que poderiam ser vistos como responsáveis pelo desvio, todos os que não eram petistas. Souza — não ingenuamente, deve-se supor — retirou da lista de indiciados todos os que vinham do governo anterior, do PSDB, entre os quais o diretor de varejo, que tinha, no caso, o mesmo, ou até mais alto, nível de responsabilidade de Pizzolato. E excluiu também o novo presidente do banco, Cássio Casseb, um homem do mercado.
No Retrato do Brasil
*Saraiva

NO ANIVERSÁRIO DE MAO-TSÉ-TUNG, CHINA INAUGURA A MAIOR LINHA DE TREM DE ALTA VELOCIDADE DO MUNDO.


A China acaba de inaugurar, na última terça-feira, 26 de dezembro, dia do aniversário de Mao-Tsé-Tung, a maior linha de trem de alta velocidade do mundo, com 2.298 quilômetros, ligando, com 35 paradas, as cidades de Pequim e Guangzhou.
  
Com a inauguração da linha, que fará o trajeto completo em 8 horas, os chineses,que já tinham a única linha de levitação magnética do mundo, em Xanghai, se consolidam como líderes mundiais no setor, com uma rede de quase dez mil quilômetros de trens de alta velocidade, a maior do planeta.
  
Já que não dá para fazer com que o governo desista do trem bala no Brasil, gastando, para isso, 40 bilhões de reais, o melhor seria entregar o negócio aos chineses. Pelo menos, a China, com quase 4 trilhões de dólares no banco, e disposta a receber, depois, em petróleo, não precisaria, como é o caso de outros concorrentes, de dinheiro a juro subsidiado do BNDES.

Com isso, o governo federal poderia pegar os mesmos 40 bilhões de reais que quer gastar com o trem-bala, e fazer, teoricamente, 40 mil quilômetros de linhas de trem de velocidade média (ou mais que a metade disso, contando com obras de engenharia e indenizações) para o transporte de carga e passageiros, gerando milhares de empregos, e reerguendo, definitivamente, a cadeia produtiva da indústria ferroviária no Brasil.

A desculpa de que os chineses tiveram um acidente com 40 vítimas não serve para direcionar o negócio para empresas, digamos “ocidentais”. Um único acidente, em quase dez mil quilômetros de linhas, que servem uma área habitada por mais de 200 milhões de passageiros, é estatisticamente irrelevante, no  contexto de um negócio dessa dimensão.




Haddad vai devolver taxa de inspeção de carros em SP

O paulistano que pagar pela inspeção veicular em 2013 terá o reembolso da taxa, reajustada nesta semana para R$ 47,44 pelo atual prefeito Gilberto Kassab (PSD). Em entrevista ontem à Rádio Bandeirantes, o futuro secretário de Governo, Antonio Donato (PT), revelou que um projeto de lei para acabar com a cobrança vai chegar à Câmara Municipal no dia 1.º de fevereiro.
Segundo Donato, os donos de carros com placas de final 1, que terão de passar pela inspeção em fevereiro, já vão ter o reembolso da taxa, que vale assim que o Legislativo aprovar o projeto. A proposta também vai incluir uma mudança na obrigação da inspeção: só carros com cinco anos de fabricação passarão pelo teste.
"Nos países desenvolvidos a inspeção só começa depois de quatro anos. Certamente vamos mudar o que nós chamamos de 'frota alvo'", disse o futuro secretário e coordenador da campanha de Fernando Haddad. Donato afirmou que espera rapidez da Câmara na votação.
"A gente vai ter de manter a inspeção nos moldes atuais até a aprovação da proposta. Vamos fazer o debate necessário na Câmara, mas foi um tema também já muito debatido na campanha." Donato argumentou que o orçamento de 2013 comporta a mudança. O custo para acabar com a taxa da inspeção é estimado em R$ 180 milhões, valor que não consta na previsão de gastos do Executivo.
O futuro secretário criticou o modelo em vigor para a inspeção, criado na capital em 2008. "Precisamos estudar todas as possibilidades. Temos mais de 30% da frota que não é licenciada, portanto não passa pela inspeção. Temos um programa que de fato tem problemas de execução. Se ele for feito de outra maneira, poderemos até dar uma resposta melhor na área do meio ambiente."
Kassab afirmou ontem que o reajuste de 6,9% ocorreu por ser "contratual" e "obrigatório".
Sobre o fato de que a gestão Haddad devolverá o dinheiro para quem fizer a inspeção veicular, Kassab disse que isso foi um "compromisso de campanha" do petista. "É legítimo isso, é um compromisso que ele tem. Acho correto, se essa é sua vontade. É uma decisão política, não é técnica", afirmou.
Transporte
O futuro secretário de Governo também adiantou que o bilhete único mensal (modelo no qual o usuário pagará uma tarifa única e poderá andar de ônibus quantas vezes quiser) será colocado em prática a partir do segundo semestre. "O bilhete único mensal não precisa de aprovação na Câmara. Temos de mudar os validadores dos veículos, fazer as adaptações tecnológicas necessárias", disse Donato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
*Yahoo

sexta-feira, dezembro 28, 2012

Deleite - Doces Bárbaros


Silas Malafaia tem potencial para ser presidente do Brasil, sugere cientista político


Mais uma do PIG tentando atrapalhar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff em 2014: O pastor Silas Malafaia concedeu uma entrevista exclusiva para a revista Veja das últimas semanas mostrando seu ponto de vista sobre diversas situações. Diante do que foi dito, o cientista político Murillo Aragão passou a acreditar que o líder religioso, mesmo não sendo candidato a nada, poderia se candidatar a tudo.
“Em suas pregações, Malafaia embute muitas reflexões de natureza política, e não apenas no que tange a questões como o aborto ou o homossexualismo. Suas afirmações demonstram que ele é mais do que um pastor; é uma personalidade política com sofisticação em suas articulações”, escreve Aragão.
Pela forma como se expressa conseguindo se tornar um grande formador de opinião é que o cientista político acredita que Malafaia tenha potencial eleitoral. “Até mesmo pelo fato de que sua vida, pelo menos o que se sabe dela, não envolve nenhum aspecto que entre em contradição com sua pregação”.
A entrevista que foi avaliada por Murillo foi publicada em destaque nas Páginas Amarelas da Veja, um espaço destinado para grandes personalidades, mostrando o tamanho da relevância que o pastor presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo tem conquistado.
Mas Malafaia já deixou claro que não tem intensão de se tornar político, mas por defender que os religiosos tem sim papel político ele acaba se tornando um poderoso cabo eleitoral, como lembra o escritor do artigo publicado no Blog do Noblat.
“Ao usar essa sua influência para abdicar da possibilidade de ser candidato, prepara-se para ser um poderoso cabo eleitoral. Talvez o mais influente de todos para as eleições de 2014 dentro do mundo evangélico”.
*blogdadilma

Charge foto e frase do dia

















Orgasmos de crente


Do conservador Assim, assim, assim, fica só assim, assim não! Assim, não feche o manual, isso, assim! assssiiiiimm! Assssiiiimmmm!
  Do neo-pentecostal
Ai...Vou tomar posse, vou tomar posse...Toma... Tomaaaa... – Então desamarra! Desamarraaaa! Repreendemos agora toda manifestação precoce! Eu declaro, esse gozo é meeeeu! Oh Vitóóóriaaaa!
Do carismático Oh amor... Receba o dom... Levante suas mãos... Levante seus pés... Repita comigo: Eu tenho poder! Eu tenho poder... Clame! Clame! Liberte sua língua... O dom está vindo... Está vindoooo... Diga ao parceiro ao lado: eu te abençou-ooooo!
  Do pentecostal histórico
Oh... Alê...Alê... Meu amor, Alê, alabachúrias, ondebachúrias, aquibachúrias, quantabachúrias, oh língua... Manifesta-se como prova do meu amor... Oh lábios... Ohhh, Alê... Aleluiaaaaaa... 
Do adventista Vem... Vem... Vem... VEM... VEEM ... VEEEEMM!
  Do metodista
Aiiiii... Ééééhhhh... Iiiiihhhh! Ohhhhh... UUUiiiii.... Ahhhmém! 
Do presbiteriano Oh...intróito... Oh santo goooozo eu te invoco! Vamos gemer alternadamente amor! Oh, podemos nos assentar... (silencio) ... Fala, não pare, fala alguma coisa... Fala alguma coisa... Agora! Vou impetrar a benção, eu vou, eu vou, amémmm! Amémmm! Amémmm. (- Boa noite irmã... Foi uma benção pra você? - Foi sim... e pro irmão?) 
Do presbiteriano independente Oh...intróito...oh santo goooozo eu te invoco! Vamos gemer alternadamente amor! Oh, podemos nos assentar... (silencio)... Fala não pare, fala alguma coisa... Fala alguma coisa... Agora! Oh amor, levemos esse gozo também aos pobreeeees...Vou impetrar a benção, eu vou, eu vooou, amémmm! Amémmm! Amééémmm. (- Boa noite irmã... Foi uma benção pra você? - Foi sim irmão... Quer um cigarro?)
  Do universal do reino
Deposita... Depositaaa! Vai depositaaaa! Unzinho só, depositaaaaa, agora, vai, vai amor, prova tua fééé, isso, deposita... Oh gozo-filácio... DEpositaaaaa....
  Do renascer
Oh... Me ame, me ame... Estou quase em Miame... Invista em mim, que eu invisto em você... Me ame meu amor, Miami... Eu também vou chegar, eu vou... Me ame! Estou quase em Miameeeeeee...
  Do batista
Oh... Sou feliz! - Sou feliz! - Ah amor, se paz da mais doce me deres gozaaar... – Oh amor, vou mergulhar de cabeçaaaaa... – Oh, já ouço o coral... Vamos em uníssono ser feliiiiiizzzzzzz! 
Do gospel Oh... Me dá um lá maior... Isso... Fica aí, lá... Lá... Láááá... Isso... Oh amor... Libere as vocalizações... Tenha liberdade de posições... Oh lá maior... Lá, lá, lááááá... 
Do bíblico Oh meu amor... Do grego, “eros”! Oh introdução, conteúdo e conclusão! Oh exegese impossível do termo “orgasmo”, do grego antigo “orgasmos”... Derivado de “orgaw”, “órgão”... Oh Órgão! O que é o estudo histórico-gramatical diante de ti?! Oh tradição oral... Ai amor... Oh gaudiis exultare! Oh líquido seminal, não de “seminário”, mas dos testículos dessa perícope! Oh não para... Não para... Não parábolaaaaaa.... 
Do fundamentalista Isto sim é um orgasmo! Isto que é um orgaaasmo absolutooo, não outra coisaaaa! É isto! Só istooo! oh MEEEU Deus! (interrompeu por estar perdendo o controle)


 Wilson Toniolli no Verticontes

*OpiniãoeCia

Um Rio Chamado Atlântico - A África no Brasil e o Brasil na África

Férias é tempo de descanso e de desligar a mente, mas também é uma ótima oportunidade para se colocar a leitura em dia.
Uma dica interessante para se aproveitar o tempo livre é o livro Um Rio Chamado Atlântico - A África no Brasil e o Brasil na África (Editora UFRJ), do diplomata, historiador e imortal Alberto da Costa e Silva, que mostra que a proximidade cultural existente entre Brasil e África é muito maior e profunda do que imaginamos.
Agora que tanto se fala em resgate histórico e valorização da cultura negra, tomar conhecimento que a relação entre os dois lados do Atlântico funcionava como uma espécie de via de mão dupla é uma questão de obrigação para nós, brasileiros, que continuamos a acreditar que somente nós recebemos influências do que vinha das margens orientais do segundo maior oceano do mundo.
Sinopse:
O livro reúne 20 ensaios sobre as relações históricas entre o Brasil e a África Atlântica. O autor desmitifica e ao mesmo tempo aprofunda a questão da vinda dos negros para o Brasil, mostrando, tanto no plano político quanto no cultural, as relações entre os dois países desde o século XVI até o século XIX. Mostra como o Brasil e África eram um mundo só. O que se passava de um lado influenciava o outro.
Na margem de lá - aspectos da arquitetura brasileira na África, história dos 19 escravos brasileiros que retornaram para África e formaram comunidades próprias. Influência do Brasil na África.
Na margem de cá - como era ser africano no Brasil. Tanto os escravos, como os negros que viveram aqui, livres. Haviam notáveis africanos que vinham para cá estudar no Brasil, não eram discriminados pois tinham dinheiro e andavam calçados. Eles próprios vinham para cá com cinco ou seis escravos, que iam vendendo a medida que precisavam de dinheiro. Muitos chefes africanos viviam no Brasil como exilados políticos.
O livro traz outra grande curiosidade, que é a importância e a presença expressiva de escravos muçulmanos no Brasil. Havia uma livreiro francês que lhes vendia o Alcorão e pequenas escolas corânicas no Brasil frequentadas por esses escravos. Esses muçulmanos se concentraram sobretudo na Bahia e no RJ.
Havia também intercâmbio de famílias que comercializavam de um lado para o outro.
É impossível entender a escravidão sem o conhecimento da história da África. Os africanos foram trazidos em decorrência de processos políticos. E muitos desses estudos do livro foram trabalhos apresentados pelo autor em colóquios de história da África nos EUA, Europa, alguns publicados em inglês. Nada é inédito, mas tudo é provocador diz o embaixador.
No Geografia e tal
*Comtextolivre