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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 03, 2013

Merval Pereira é o lobisomem de capa e fardão

Foto: A isenção do Merval...

JANGO - O GOLPE COMEÇOU NA ITÁLIA


JANGO - O GOLPE COMEÇOU NA ITÁLIA







JANGO – O GOLPE COMEÇOU NA ITÁLIA


Laerte Braga


João Belchior Marques Goulart nasceu no dia 1º. de março. O registro é importante. Deixou lições de grandeza, humildade, coragem e determinação. E acima de tudo de integridade, talvez a soma de todas essas virtudes, num conceito mais amplo.

O golpe militar de 1964 começou nos campos de batalha da 2ª. Grande Guerra. As forças brasileiras faziam parte do contingente norte-americano e Vernon Walthers, mais tarde general e diretor da CIA (Agência Central de Inteligência) era o oficial de ligação. O brasileiro era Castello Branco, primeiro presidente do golpe. À época, 1964, Walthers era Adido Militar da embaixada dos EUA no Brasil. Foi o comandante operacional dos golpes.

Foram dois. O que abortou a saída de Mourão Filho de Juiz de Fora, MG em parceria com o governador de Minas Magalhães Pinto e o que levou Castello à presidência.

A queda de Getúlio Vargas foi decidida na Itália. Os militares brasileiros que voltaram da campanha da FEB (FORÇAS EXPEDICIONÁRIAS BRASILEIRAS) vieram imbuídos do propósito de construir uma “democracia”. O regime de Vargas não era, estava esgotado naquele momento, mas a “democracia” dos militares não tinha compromisso algum com o Brasil e os brasileiros.

Desde a queda de Vargas em 1945 tentaram chegar ao poder. Perderam com Eduardo Gomes duas vezes e com Juarez Távora uma vez.

A volta de Getúlio em 1950 abriu espaços para uma tentativa mais direta com o Manifesto dos Coronéis, entre eles Golbery do Couto e Silva e Bizarria Mamede, protagonistas diretos de 64. A renúncia de Jânio, um bêbado tresloucado que se esqueceu de combinar com as forças armadas o golpe na farsa das “forças ocultas”, foi a segundo oportunidade direta.

Fracassou na reação popular e na coragem de Leonel Brizola que se levantou contra a quartelada de Dennys, Grum Moss e Sílvio Heck.

Em 1964 não deram chance de reação aos militares legalistas e nem de protestos populares. Tudo foi tramado na embaixada dos EUA com Lincoln Gordon e o comando entregue a Vernon Walthers para evitar trapalhadas. E por pouco Mourão Filho, que era juscelinista, não põe tudo a perder (Mourão nasceu em Diamantina e foi feito general por JK, traz consigo também o Plano Cohen, a farsa montado para o Estado Novo em 1937).

A traição descarada de Amauri Kruel e de Justino Alves Bastos (IV Exército então) eliminou qualquer chance de reação com êxito em curto prazo e poderia mergulhar o Brasil numa guerra civil que acabaria fracionando o País, bem ao sabor dos interesses norte-americanos. A IV Frota norte-americana já estava em águas brasileiras para garantir os comandados de Vernon Walthers.

No pote de ambições que o golpe destampou, Lacerda e Magalhães foram logo engolidos, Ademar de Barros era mero sobrevivente e morreu afogado na enchente da corrupção. Linha dura e linha moderada se viram frente a frente e a imposição de Costa e Silva a Castello (Costa e Silva era bisonho em todos os sentidos) acabou resultando num acordo entre os dois grupos.

O acordo não afastou a barbárie. As torturas, os assassinatos, as covardias dentro dos quartéis eram rotina entre os golpistas. O comando político, militar e econômico só sofreu alguns arranhões no governo Geisel, mas logo curados com mercúrio cromo no governo Figueiredo e na ação das elites econômicas seja via Delfim Neto, ou Mário Henrique Simonsen.

Um golpe dentro do golpe tentado por um gorila (que me perdoem os gorilas) por Sílvio Frota acabou abortado e a democracia consentida se instalou. O que seria Tancredo acabou sendo Sarney, pústula golpista, hoje aliado de Dilma Roussef, como foi de Lula.

A consumação de 1964 na entrega despudorada do Brasil se deu nos oito anos de FHC, velho udenista no espírito. Eleito para um mandato de quatro anos comprou o segundo num golpe de mão, ao implantar a peso de ouro o instituto da reeleição.

A despeito dos dois mandatos de Lula e do atual de Dilma, a essência política e econômica da ditadura e de FHC se mantém. O Brasil continua um País manco, submerso no poder da “globalitarização” (a globalização pela força das armas, termo de Mílton Santos) e dependente de tecnologias básicas passiveis de serem desenvolvidas aqui. A antiga, não tanto, crítica de Ari Toledo ainda é válida – “o Brasil ind-é-pendente”.

No governo Dilma essa característica se acentua de forma assustadora.

João Goulart dera início ao processo de reforma agrária ao decretar a desapropriação de terras num limite de oito quilômetros às margens de rodovias, ferrovias, lagos, rios e açudes. Ao nacionalizar o petróleo de ponta a ponta, inclusive a distribuição. Ao permitir que trabalhadores se organizassem num central, o COMANDO GERAL DO SO TRABALHADORES – CGT -, sob batuta do deputado mineiro Clodesmith Riani, principal líder sindical do País. Hoje vive de modo simples e espartano em sua cidade, Juiz de Fora. A reforma urbana, que previa um percentual nos aluguéis de imóveis de proprietários de um número elevado deles, como pagamento de prestação para compra dentro de um determinado prazo.


Santos Vahlis, um especulador, tinha dois mil apartamentos no Rio, o projeto era do notável deputado Sérgio Magalhães.

Goulart passou a comprar o ácido acetilsalicílico – as aspirinas nossas de cada dia – dos chineses, a um custo mais baixo e isso irritou, além de outras coisas, a norte-americanos e alemães.

Moniz Bandeira registra o fato em seu livro O GOVERNO GOULART, publicado pela Civilização Brasileira.

Os generais norte-americanos que comandam as forças armadas brasileiras hoje agregaram outro “general”, a mídia de mercado, um poder quase absoluto a alienar e esconder a história real do Brasil, transformando brasileiros em objetos. O latifúndio hoje é o mesmo de ontem. As elites paulistas que comandam o Brasil são controladas pela OPUS DEI, fração de extrema-direita da igreja católica (a que está procurando um “papa limpo” segundo o jornal O GLOBO).

O governo é a soma de interesses espúrios e alianças inacreditáveis, acredita que os avanços superficiais, na verdade populista, transformam o Brasil em País independente.

Goulart é muito maior que Lula e Dilma. Não há comparação possível. Tinha um projeto Brasil para os trabalhadores brasileiros. Ultrapassava as dimensões eleitorais do partido de Lula e Dilma.

1964 começou na Itália e se consumou na traição de militares brasileiros ao seu próprio País numa longa noite de sombras e sangue da barbárie e da crueldade dos ditadores e seus sequazes.

João Belchior Marques Goulart, um homem de classe média alta, teve a percepção de ao lado de Leonel Brizola, Celso Furtado, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, Raul Riff, Santiago Dantas e outros, pensar e caminhar para um Brasil diverso do de hoje.

Falo por exemplo do aumento da população de rua do Rio em 31%, a despeito de todo o populismo existente.

Os trabalhadores continuam os grandes explorados, a luta continua sendo de classes e sem organização popular, dentro do modelo consentido, não se vai a lugar nenhum, que não virar posto de troca de cavalos das diligências da Wells Fargo.

Goulart foi o último grande presidente do Brasil, por isso foi deposto. Presidente do Brasil e não das elites políticas e econômicas, do latifúndio, de bancadas evangélicas que controlam o que hoje são “negócios”.

O projeto Brasil, boutade de Lula em sua campanha de 2002 continua sendo o período de Jango, como Goulart era chamado.
*Brasilmobilizado

A austeridade fracassou

Com a palavra um Nobel em Economia

Por Paul Krugman
 

Há dois meses, quando Mario Monti deixou o cargo de premiê da Itália, a revista britânica The Economist afirmou: "As próximas eleições serão, acima de tudo, um teste de maturidade e realismo dos eleitores italianos". Uma atitude amadurecida e realista seria, ao que se supõe, recolocar Monti em seu cargo. A situação, porém, não é boa.

O partido de Monti deve ser o quarto mais votado - atrás de Silvio Berlusconi e do comediante Beppe Grillo. Na realidade, Monti foi o procônsul instalado pela Alemanha para implementar a austeridade fiscal numa economia já fragilizada. Nos círculos políticos europeus, a disposição para persistir numa austeridade sem limite é o que define a respeitabilidade. Isto seria correto se a austeridade funcionasse, mas não funciona.

Longe de parecerem maduros ou realistas, os defensores dela se mostram cada vez mais petulantes e equivocados. Quando a Europa começou sua obsessão pela austeridade, as principais autoridades minimizaram os temores de que o corte violento dos gastos e a elevação dos impostos em economias deprimidas pudessem aprofundar a depressão. E insistiram que, na realidade, essas medidas impulsionariam a atividade econômica inspirando a confiança do público.
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*observadoressociais

Surviving Progress / Sobrevivendo ao Progresso (2011)


SOBREVIVENDO AO PROGRESSO / Surviving Progress (2011) LEGENDA PT from famintos um on Vimeo.

SOBREVIVENDO AO PROGRESSO / Surviving Progress (2011) LEGENDA PT 
(Reino Unido, 2011, 86 min. - Direção: Mathieu Roy, Harold Crooks)
Imperdível! 
Maravilhoso documentário da BBC, com imagens belíssimas.

Sinopse: "A ascensão da Humanidade é geralmente medida pela velocidade do progresso. Mas e se o atual progresso estiver nos prejudicando, em direção ao colapso? Ronald Wright, autor do best-seller "A Short History Of Progress" (A Breve História do Progresso), que inspirou este documentário, mostra como as civilizações do passado foram destruídas pelas "armadilhas do progresso" - tecnologias fascinantes e sistemas de crença que atendem a necessidades imediatas, mas comprometem o futuro.
Com a pressão sobre os recursos mundiais aumentando e as elites financeiras levando nações ao fundo do poço, poderá nossa civilização globalizada escapar da catástrofe - a "armadilha do progresso" final?
Através de imagens marcantes e insights iluminadores, de pensadores que investigaram nossos genes, cérebros e comportamento social, este réquiem do modelo de progresso usual também propõe um desafio: provar que tornar macacos mais inteligentes não é um beco sem saída evolucionário."
 
Download:


(Subtitltes ENG)
agradecimentos a Júnior Vidal pela sugestão e links e a equipe do docspt.

Documentário quer ser contraponto às comemorações de 50 anos do golpe



“1964: Um golpe contra o Brasil”, de Alípio Freire, será lançado neste sábado com a proposta de se difundir por escolas, cursinhos e Universidades de todo país
 O que pretendiam os estadunidenses e a elite brasileira com o golpe militar? Isso é o que busca explicitar o documentário “1964 – Um golpe contra o Brasil”, do diretor Alípio Freire, que será lançado neste sábado (02), às 14h, no Memorial da Resistência de São Paulo, na capital paulista. Após a exibição gratuita, haverá debate com o diretor.
O documentário aborda o período desde a eleição do presidente Jânio Quadros, em 1961, até a posse do militar Castelo Branco, em 1964. Segundo o diretor, em declaração no vídeo promocional da obra, o documentário é uma ferramenta para que jovens possam compreender as razões da resistência.
“Esse filme surge de uma decisão do Núcleo de Preservação da Memória Política. Uma vez que no próximo ano completam 50 anos do golpe civil-militar de 1964. E nós percebemos que os jovens - quando eu falo jovens são aqueles com menos de 50 anos - não conhecem a história.”
Alípio Freire ficou preso entre os anos de 1969 a 1974 por conta da oposição à ditadura civil-militar (1964-1985).
O documentário “1964 – Um golpe contra o Brasil” será amplamente divulgado em escolas, cursinhos e Universidades de todo país. Já estão previstas exibições em Salvador (BA) e nas cidades do interior paulista Campinas, Ribeirão Preto e São Bernardo. Também devem exibir o documentário Argentina, Chile e França.
O filme é uma parceria do Núcleo de Preservação da Memória com a TVT - TV dos Trabalhadores. Conta com o apoio do Memorial da Resistência e da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. O Memorial fica no Largo General Osório, 66, bairro da Luz.
*Cappacete


O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, mais uma vez entrou em rota de colisão com o presidente da corte, Joaquim Barbosa; segundo Mello, prever prisões em julho, como fez Barbosa, é "otimismo demais" ou apostar numa mudança de jurisprudência; exemplo concreto é o do deputado Natan Donadon (PMDB/RO), que foi condenado em 2010 e ainda está solto

2 DE MARÇO DE 2013 

247 - Pelo sistema penal brasileiro, ordens de prisão só são exaradas após o trânsito em julgado das ações. E isso ocorre após a análise de todos os embargos. Por isso mesmo, o ministro Marco Aurélio Mello, mais uma vez, entrou em rota de colisão com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que, em entrevista, afirmou que os réus da Ação Penal 470, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, serão presos até o fim de junho. "É uma visão, um prognóstico um pouco otimista", afirmou nesta sexta o ministro Marco Aurélio Mello.

Mello usa como parâmetro o precedente do deputado federal Natal Donadon (PMDB/RO), que foi condenado pelo STF em 2010 a 13 anos, 4 meses e 10 dias por formação de quadrilha e peculato. Ainda hoje, ele está livre, porque a sentença não transitou em julgado. Ou seja: há uma possibilidade concreta de que a conclusão dos processos relacionados aos personagens da Ação Penal 470 seja ainda mais demorada, dada a complexidade do caso.

De acordo com integrantes e assessores do Supremo, a decisão somente será executada até julho, como estima Joaquim Barbosa, se houver uma mudança na jurisprudência da Corte – o que é improvável.

Mas apressar o relógio do STF pode ser uma medida estratégica para o atual presidente da corte, que, neste sábado, foi lembrado pelo jornalista Merval Pereira, da Globo, como um potencial candidato à presidência da República. No fim de semana passado, Barbosa participou de um festival em Trancoso, na Bahia, onde foi aplaudido, ao lado da namorada Handra, uma jovem advogada de 24 anos. Ela, por sinal, o conheceu diante de uma banca de jornal, no Rio, quando disse ser sua fã.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/95051/Marco-Aur%C3%A9lio-corrige-Barbosa-pris%C3%B5es-demoram.htm

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No Altamiro Borges
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Dilma mandou dizer que o governo não levará adiante o debate sobre a necessária regulação da mídia no Brasil. As prioridades dela são outras: retomar o crescimento, convencer os velhos rentistas de que a redução dos juros é definitiva e que, portanto, é preciso tirar o dinheiro do banco e investir.

Trata-se de um erro de Dilma. Ela não percebe que parte da dificuldade para destravar o debate econômico (dominado por colunistas/”consultores”/comentaristas ligados a bancos e ao conservadorismo) passa justamente pela Comunicação – hoje, controlada por poucos, dominada pelo BV (bônus de veiculação, espécie de propina que agências de publicidade recebem para concentrar anúncios em poucos meios de comunicação) e por meia dúzia de famílias, num esquema oligárquico e concentrador de verbas e de verbo. Concentra-se dinheiro e opinião.

Esse debate avança na Argentina, Venezuela, Equador, Bolívia… É uma questão de tempo que avance mais também no Brasil. Aliás, lentamente, vem avançando. Lembremos… Dez anos atrás, meia dúzia de professores e especialistas denunciavam sozinhos a falta de Democracia na mídia (Brizola era voz isolada, entre os políticos, a criticar o monopólio/oligopólio midiático brasileiro).

De cinco anos pra cá, o debate invadiu os blogs, as redes sociais… E agora ganha apoio dos movimentos sociais e partidos políticos. O PT acaba de aprovar uma resolução conclamando o governo a rever sua posição, e declarando apoio a “um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações, proposto pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), pela CUT e outras entidades”.

A CUT decidiu priorizar esse debate, participando ativamente do FNDC. A CTB e outras centrais sindicais também dão apoio. O MST, os movimentos de moradia, as associações de combate ao racismo, as uniões de mulheres, os sindicatos e associações mais combativos… Todos já se deram conta: esse debate é central no Brasil.

Desde o governo Lula, esperava-se que o comando do processo viria do poder Executivo – como aconteceu no Equador, Venezuela, Argentina… Lula ensaiou um movimento nessa direção. Logo abortado. Dilma recuou ainda mais. Derrota?

Em termos. O fato é que, se o governo não avança, os movimentos sociais vão partir pra rua. Prepara-se o projeto de lei, de Iniciativa Popular, que receberá milhares (milhões?) de assinaturas antes de ser levado ao Congresso. Ou seja: no Brasil, a Ley de Medios não virá dos gabinetes. Mas das ruas. Teremos força para fazer o Congresso aprovar depois?

Não será tarefa fácil. Mas é essa a batalha que se trava agora. Jornais e famílias que controlam os meios de comunicação estão preocupados. Manchete da Folha nesse sábado era: “PT pede campanha por controle da mídia“.

Mentira. Jornais e famílias querem dar a impressão de que o conteúdo do que a mídia publica seria “censurado”. Eles, que censuram e retaliam blogs com ações judiciais, querem ser os donos da liberdade de expressão no Brasil.

Humildemente, aliás, sugiro o “slogan” para a campanha de coleta de assinaturas ao projeto de Lei de Iniciativa Popular: “Liberdade de Expressão não tem dono.”

O debate é justamente esse: o Brasil precisa de regras para evitar a ”propriedade cruzada” (numa cidade, a mesma família controla jornal, TV, internet, rádio… pode isso, numa Democracia?), precisa desconcentrar verbas e verbo, tornando a Comunicação mais democrática. No mundo capitalista “avançado”, há leis para isso. Para evitar a concentração. Os sinhozinhos da mídia no Brasil não querem esse debate. Dilma gostaria de evitá-lo, para não causar “marola”. Mas ele virá.

A seguir, a resolução do PT, na íntegra…

*****

RESOLUÇÃO DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT

O Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza nos dias 1 e 2/3/2013, levando em consideração:

1. A decisão do governo federal de adiar a implantação de um novo marco regulatório das comunicações, anunciada em 20 de fevereiro pelo Ministério das Comunicações;

2. A isenção fiscal, no montante de R$ 60 bilhões, concedida às empresas de telecomunicações, no contexto do novo Plano Nacional de Banda Larga;

3. A necessidade de que as deliberações democraticamente aprovadas pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), convocada e organizada pelo governo federal e realizada em Brasília em 2009 — em especial aquelas que determinam a reforma do marco regulatório das comunicações, mudanças no regime de concessões de rádio e TV,adequação da produção e difusão de conteúdos às normas da Constituição Federal, e anistia às rádios comunitárias — sejam implementadas pela União;

4. Por fim, mas não menos importante, que o oligopólio que controla o sistema de mídia no Brasil é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso país.

RESOLVE:

I. Conclamar o governo a reconsiderar a atitude do Ministério das Comunicações, dando início à reforma do marco regulatório das comunicações, bem como a abrir diálogo com os movimentos sociais e grupos da sociedade civil que lutam para democratizar as mídias no país;

II. No mesmo sentido, conclamar o governo a rever o pacote de isenções concedido às empresas de telecomunicações, a reiniciar o processo de recuperação da Telebrás; e a manter a neutralidade da Internet (igualdade de acesso, ameaçada por grandes interesses comerciais);

II. Apoiar a iniciativa de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações, proposto pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), pela CUT e outras entidades, conclamando a militância do Partido dos Trabalhadores a se juntar decididamente a essa campanha;

III. Convocar a Conferência Nacional Extraordinária de Comunicação do PT, a ser realizada ainda em 2013, com o tema “Democratizar a Mídia e ampliar a liberdade de expressão, para Democratizar o Brasil”.

Fortaleza/CE, 01 de março e 2013.

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores
*Ajusticeiradeesquerda

Juízes perdem a paciência com Joaquim Barbosa


  via Brasil 247 
Pela primeira vez na história, três associações de magistrados se levantam contra um juiz do Supremo Tribunal Federal; em nota, presidentes da Associação de Magistrados do Brasil, da Anamatra e da Ajufe, que representam 100% da categoria, se dizem perplexos com a forma "preconceituosa", "superficial" e "desrespeitosa" com que Barbosa se dirigiu aos integrantes do Poder Judiciário ao dizer que juízes têm mentalidade "pró-impunidade"; será que Barbosa terá humildade para pedir desculpas?

Pela primeira vez na história, três associações de magistrados se levantam contra um juiz do Supremo Tribunal Federal; em nota, presidentes da Associação de Magistrados do Brasil, da Anamatra e da Ajufe, que representam 100% da categoria, se dizem perplexos com a forma “preconceituosa”, “superficial” e “desrespeitosa” com que Barbosa se dirigiu aos integrantes do Poder Judiciário ao dizer que juízes têm mentalidade “pró-impunidade”; será que Barbosa terá humildade para pedir desculpas? 
A Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho emitiram neste sábado (2/3) nota pública em que classificam de “preconceituosa, generalista, superficial e, sobretudo, desrespeitosa” a declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, a jornalistas estrangeiros. 
Em entrevista coletiva concedida na quinta-feira (28/2) a correspondentes internacionais, Barbosa afirmou que os juízes brasileiros têm mentalidade “mais conservadora, pró status quo, pró impunidade”. 
Já os integrantes das carreiras do Ministério Público seriam “rebeldes, contra status quo, com pouquíssimas exceções”. 
Para as entidades que representam os juízes, as conclusões de Joaquim Barbosa partem de “percepções preconcebidas”. 
Os juízes consideram “incabível” a comparação das carreiras da magistratura e a do Ministério Público, já que o MP é a parte responsável pela acusação no processo penal enquanto os juízes não têm obrigação nem com a defesa nem com a acusação, mas “a missão constitucional de ser imparcial” e garantir um processo justo. 
As entidades afirmam que não têm sido ouvidas pelo presidente do STF e disseram que o “isolacionismo” de Barbosa “parte do pressuposto de ser o único detentor da verdade”. Assinam o documento o presidente da AMB, Nelson Calandra, o da Ajufe, Nino Toldo, e o da Anamatra, Renato Henry Sant’Anna. 
Leia abaixo a íntegra da nota: 
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entidades de classe de âmbito nacional da magistratura, a propósito de declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em entrevista a jornalistas estrangeiros, na qual Sua Excelência faz ilações sobre a mentalidade dos magistrados brasileiros, vêm a público manifestar-se nos seguintes termos: 
1. Causa perplexidade aos juízes brasileiros a forma preconceituosa, generalista, superficial e, sobretudo, desrespeitosa com que o ministro Joaquim Barbosa enxerga os membros do Poder Judiciário brasileiro. 
2. Partindo de percepções preconcebidas, o ministro Joaquim Barbosa chega a conclusões que não se coadunam com a realidade vivida por milhares de magistrados brasileiros, especialmente aqueles que têm competência em matéria penal. 
3. A comparação entre as carreiras da magistratura e do Ministério Público, no que toca à “mentalidade”, é absolutamente incabível, considerando-se que o Ministério Público é parte no processo penal, encarregado da acusação, enquanto a magistratura —que não tem compromisso com a acusação nem com a defesa— tem a missão constitucional de ser imparcial, garantindo o processo penal justo. 
4. A garantia do processo penal justo, pressuposto da atuação do magistrado na seara penal, é fundamental para a democracia, estando intimamente ligada à independência judicial, que o ministro Joaquim Barbosa, como presidente do STF, deveria defender. 
5. Se há impunidade no Brasil, isso decorre de causas mais complexas que a reducionista ideia de um problema de “mentalidade” dos magistrados. As distorções —que precisam ser corrigidas— decorrem, dentre outras coisas, da ausência de estrutura adequada dos órgãos de investigação policial; de uma legislação processual penal desatualizada, que permite inúmeras possibilidades de recursos e impugnações, sem se falar no sistema prisional, que é inadequado para as necessidades do país. 
6. As entidades de classe da magistratura, lamentavelmente, não têm sido ouvidas pelo presidente do STF. O seu isolacionismo, a parecer que parte do pressuposto de ser o único detentor da verdade e do conhecimento, denota prescindir do auxílio e da experiência de quem vivencia as angústias e as vicissitudes dos aplicadores do direito no Brasil. 
7. A independência funcional da magistratura é corolário do Estado Democrático de Direito, cabendo aos juízes, por imperativo constitucional, motivar suas decisões de acordo com a convicção livremente formada a partir das provas regularmente produzidas. Por isso, não cabe a nenhum órgão administrativo, muito menos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a função de tutelar ou corrigir o pensamento e a convicção dos magistrados brasileiros. 
8. A violência simbólica das palavras do ministro Joaquim Barbosa acendem o aviso de alerta contra eventuais tentativas de se diminuírem a liberdade e a independência da magistratura brasileira. A sociedade não pode aceitar isso. Violar a independência da magistratura é violar a democracia. 
9. As entidades de classe não compactuam com o desvio de finalidade na condução de processos judiciais e são favoráveis à punição dos comportamentos ilícitos, quando devidamente provados dentro do devido processo legal, com garantia do contraditório e da ampla defesa. Todavia, não admitem que sejam lançadas dúvidas genéricas sobre a lisura e a integridade dos magistrados brasileiros. 
10. A Ajufe, a AMB e a Anamatra esperam do ministro Joaquim Barbosa comportamento compatível com o alto cargo que ocupa, bem como tratamento respeitoso aos magistrados brasileiros, qualquer que seja o grau de jurisdição. 
Brasília, 2 de março de 2013. 
Nelson Calandra Presidente da AMB 
Nino Oliveira Toldo Presidente da Ajufe 
Renato Henry Sant’Anna Presidente da Anamatra 
do Blog do Esmael
 

MERVAL PEREIRA É XINGADO DE F.D.P. - A YAONI SANCHES DE BIGODE




O jornalista (?) Merval Pereira reclamou hoje através de sua coluna no jornal (?) O Globo, que ao sair do evento de inauguração do Museu MAR (de lama ?) foi ofendido, após ser reconhecido por manifestantes que ali estavam para apresentar protesto de diversas motivações. 
Chamaram o Merval de FDP e ainda chutaram seu carro. 
Segundo o jornalista (?) ele só conseguiu sair do local após intervenção da PM. Ainda segundo o jornalista (?) ele se sentiu a própria Yoani. De fato, os dois se parecem, pois, ao seu modo, tirando o bigode, a cara de embuste e armação de ambos é a mesma. 
Vindo de Merval Pereira eu não acredito sem fazer como São Tomé, mas, digamos que o que ele afirma ter acontecido seja verdade. 
Primeiro, é um erro chama-lo de FDP. Nem toda a mãe tem culpa naquilo que o filho se transforma. Não há que se ofender, portanto, terceiros. O segundo erro, se de fato isto aconteceu, é o de ter chutado o carro do jornalista (?). Nada justifica ou legitima ações dessa natureza. Agressões verbais e físicas são inaceitáveis e, os líderes e organizadores destes protestos, precisam exercitar o sagrado direito de se manifestar, aí incluído palavras de ordem, cartazes, passeatas, sem permitir que atos violentos aconteçam. 
Vamos chamar Merval Pereira de jornalista (?) que deturpa fatos, divulga boatos como se fossem verdade, ofende pessoas chamando-as de "poste e laranja". 
Vamos dizer que Merval é um imortal que entrou pela porta dos fundos da ABL, que é um braço do tucanato na imprensa brasileira, que participou da armação da montagem do debate entre Collor e Lula. 
Vamos chamá-lo de MENTIROSO, LACAIO DE PATRÃO, IMPERIALISTA DE CARTEIRINHA, e outras coisitas mais... agora, nada de ofender e colocar a mãe no meio, nem de praticar qualquer violência física ou patrimonial. 
Os MERVAIS e YOANIS da vida, no fundo gostam quando coisas assim acontecem. Eles, que são os ALGOZES, se colocam na condição de vítima. E não se pode dar munição para gente dessa laia. 
Postado por 007BONDeblog 
 
 

Razões da queda de audiência da Globo




Altamiro Borges, Blog do Miro 
“O jornalista Ricardo Feltrin, editor do sítio de entretenimento da Folha (F5), apresentou ontem novos dados sobre a queda de audiência dos principais programas da TV Globo. 
Segundo ele, este acentuado declínio é que explica "as profundas mudanças que a emissora fez em vários de seus escalões neste ano". 
O objetivo é o de tentar recuperar alguns pontos no ibope, antes que a queda afete seus lucros. 
Até agora, o império global tem mantido e até elevado o seu faturamento graças a mecanismos desleais de concorrência. 
Mas, com o tempo, o declínio poderá causar prejuízos à famiglia Marinho no bilionário mercado publicitário. 
Os dados compilados por Ricardo Feltrin sinalizam neste sentido. 
"Uma análise de ibope de seus principais produtos fixos (não incluídos os sazonais como "BBB", "F1", futebol etc.) aponta que a emissora vem sofrendo queda sistemática de audiência na maioria de seus produtos. 
E não adianta usar a desculpa de que "oh, boa parte das pessoas está assistindo à Globo na internet", porque isso não é verdade. 
Os números de visualizações de atrações na internet ainda são muito pequenos para afetar a conta toda. Nem a TV paga ainda conta. O produto importante ainda é, e continuará a ser por um bom tempo, a TV aberta".
do Blog Brasil!Brasil!
 
 
 

Dilma: "mercadores do pessimismo vão perder"

Elza Fiuza/ABr: Dilma discursa em conven��o do PMDB e diz que parceria com partido ter�

“Mais um vez, vão perder. Vão perder como perderam quando previram o racionamento de energia em janeiro e fevereiro e, mais uma vez agora, quando apostam todas as fichas no fracasso do país. Eles vão se equivocar. Tenho certeza que todos vocês sabem que torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil”, discursou ela, diante de militantes do PMDB

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