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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, março 22, 2013
Artista cria retrato de Bento XVI com 17 mil camisinhas
Niki Johnson e a forma que encontrou para protestar
A artista plástica
americana Niki Johnson não se conformou quando o então papa Bento XVI
declarou, em 2009, que o uso de preservativos poderia aumentar a
epidemia de aids na África. Contrária à posição da Igreja Católica a
respeito dos métodos contraceptivos, Niki decidiu que usaria camisinhas
para protestar, criando um mosaico do rosto do papa com as borrachas
coloridas.Foram cerca de três anos para conseguir os 17 mil preservativos, além de ter que achar meios de tingir alguns com os tons certos. A artista diz que das 270 horas de trabalho usadas depois que reuniu todo o material, gastou metade apenas abrindo as embalagens e desenrolando as camisinhas.
Batizada de "Eggs Benedict", um trocadilho com o nome em inglês de Bento XVI, a obra ficou pronta dias antes do papa anunciar sua renúncia, garante Niki. Mesmo perdendo o "timing", já que agora é Francisco quem está à frente da Igreja, ela espera que seu trabalho ajude a chamar atenção para a importância da educação sexual.
*pop.com.br
quinta-feira, março 21, 2013
Pastor Silas Malafaia realizará cerimônia de casamento de Jair Bolsonaro
Pastor Silas Malafaia vai realizar a cerimônia do terceiro casamento do deputado Jair Bolsonaro
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) se casará nesta quinta-feira, 21 de março, no Rio de Janeiro, numa cerimônia conduzida pelo pastor Silas Malafaia.
Segundo informações do jornalista Ancelmo Góis, de O Globo, Bolsonaro, 58 anos, se casará com Michele, 32 anos, numa igreja no Alto da Boa Vista.
Bolsonaro é ex-militar e atualmente exerce seu sexto mandato como deputado federal e é conhecido por declarações polêmicas contra a homossexualidade e já se manifestou a favor da pena de morte.
Malafaia e Bolsonaro são tidos pelos ativistas gays como os principais inimigos políticos das pretensões do movimento homossexual. Numa entrevista à revista Época em 2011, Bolsonaro afirmou que por dez anos havia frequentado uma igreja batista, mas havia se tornado um católico.
*Pragmatismopolitico
*Nina
Giancarlo assume lugar do pai na Abril; Civita vai tratar do câncer *
Internado no hospital Sírio-Libanês,
em São Paulo, Roberto Civita (à dir.) tem presidência do Grupo Abril
transferida para seu filho Giancarlo Civita; interinamente;
profissionalização tentada com ida de Fábio Barbosa para a frente da
empresa chegou ao limite; prevaleceu estrutura familiar; Gianca, como
novo presidente é chamado pelos amigos, é considerado bem menos
político que o pai; linha editorial de Veja e outras revistas do grupo
sofrerá alterações para um realinhamento com o governo?; o sim tem,
neste momento, maioria das apostas
Parem as rotativas – ao menos as do Grupo Abril. Em comunicado ao
mercado expedido na tarde desta quarta-feira 20, a editora da família
Civita comunicou uma troca na presidência do grupo. Deixa
temporariamente o comando o filho do fundador Victor Civita, Roberto
Civita, para dar lugar a seu filho, Giancarlo Civita, que ocupava o
cargo de vice-chairman da AbrilPar.
Roberto Civita está internado há dias no hospital Sírio-Libanês, em São
Paulo. A informação era de domínio do mercado, mas não foi veiculada. O
Grupo Abril informa que o motivo da internação é a coloção de um stent
abdominal. Ele estaria em recuperação da cirurgia.
*+comtextolivre
Entre o popular do Vaticano, representado por Bergoglio, e o popular bolivariano, representado por Chávez, há uma distância colossal
Imagens latinas: entre Deus e o diabo
Via Brasil de Fato
Entre
o popular do Vaticano, representado por Bergoglio, e o popular
bolivariano, representado por Chávez, há uma distância colossal
Roberta Traspadini
Dois grandes acontecimentos marcaram o sentir e o sentido político da América Latina e do mundo neste mês de março.
Por
um lado, a morte de Chávez foi apresentada, pela onipotente mídia
burguesa, como o fim da tirania na América Latina, restando a morte de
Fidel Castro, para pôr fim ao ciclo comunista no continente.
Por
outro lado, a eleição do novo papa Bergoglio é apresentada como uma
“nova” relação de poder popular da Igreja Católica, cuja imagem
imaculada de São Francisco de Assis aparece como a significativa tônica
do que virá na ação do novo líder do Vaticano no mundo, a partir da
suposta historia humanista deste sujeito com o povo argentino.
Estamos
diante de duas espetaculares imagens-fetiches, midiatizadas de forma
antagônica: a construção do processo venezuelano como prisão perpétua
comunista, caso Chávez se mantivesse vivo e no poder; a libertação
teológica franciscana, a partir da gigantesca aparição do novo Papa,
cujo poder é, segundo ele mesmo, humanista e popular.
Chega
a ser anedótico, o profético projeto burguês-cristão de sociedade:
América Latina figura entre o diabo e o salvador. Imagens cujo sentido é
fazer o povo tomar partido entre um projeto que mata (comunismo), e
outro que ressuscita (cristianismo).
Dessas
imagens, os donos do poder vão reconfigurando, aos poucos, através de
seus meios de comunicação, um histórico dever frente a noticia, em que a
produção do senso comum atinge altos níveis de perversão, criada pelos
formadores críticos hegemônicos.
Por trás da
morte de Chávez, encobre-se uma situação concreta de mudança social,
política e cultural em que o povo venezuelano, o reelege e legitima como
líder, em plena despedida física, renovando os votos políticos de
participação popular. Uma constatação que não combina com a fantasia de
diabo pintada pela grande mídia. Ante os fatos e o mito, aparece a
típica imagem do monstro comedor de criancinhas.
Oculta-se
o real e redobra-se a condição de revelar mentiras, como se fossem
verdades. É o sentido crítico burguês dando a tessitura da restauração
social, a partir de uma velha-nova situação política na região.
Por
trás da eleição de Bergoglio, a real situação de crise da Igreja
Católica na América Latina e no mundo, há décadas, é encoberta. O
crescimento do ateísmo e de outras religiões, além dos fatos cotidianos
de abuso de poder de padres, bispos e outros sujeitos da cúpula política
do Vaticano, desaparecem enquanto fato social concreto.
O
discurso de consolidação de uma política evangelizadora mais humana,
representada por um líder religioso latino-americano, cuja centralidade é
a de cuidar dos pobres, mostra a perigosa relação de poder manipulador
da Igreja no cotidiano do povo latino-americano.
E
a reprodução fetichista das imagens continua: a despedida do povo
venezuelano e latino a Chávez não apareceu na mídia dominante, mas a
imagem da eleição do novo Papa segue cotidianamente presente.
Deveríamos
fazer algumas perguntas: Por que o processo eleitoral, democrático e
popular de Chávez, quando aparece, figura como despótico? Isto não é bem
diferente daquilo que ocorreu na Venezuela? Por que uma eleição, cujo
processo é apresentado através da cor da fumaça, é anunciada pela grande
mídia, com a maior expectativa de mudança para a humanidade? Qual o
cheiro da fumaça?
Estas perguntas exigem um
aprofundamento sobre o sentido da ação política no continente e o perigo
de discursos que não enveredam para práticas que os legitimam.
Entre
o popular do Vaticano, representado por Bergoglio, e o popular
bolivariano, representado por Chávez, há uma distância colossal: o
popular dos números x o popular do protagonismo social.
O
popular do Vaticano está centrado no aumento do número de fieis, há
décadas em queda no continente latino e no mundo. Um aumento
quantitativo que espelhe a reprodução dos valores cristãos, que estejam
em consonância com seu discurso antidemocrático de não participação da
mulher na política, de integrar os jovens em missões evangelizadoras, e
de consolidação de um projeto de sociedade que não permita questionar o
dinheiro, o banco, o poder ditador da forma hierárquica como se
consolida a economia e a política na história desta religião.
O
popular bolivariano tem como centro retornar ao povo o que
historicamente lhe foi tirado pelo domínio burguês sobre suas vidas: a
participação popular na política, a retomada das empresas públicas
estatais, a melhoria das condições de vida de uma sociedade
perversamente desigual, além da principal ferramenta de democratização
dos meios de comunicação.
Entre o mito de deuses
e diabos, restam apenas seres humanos repletos de contradições. Das
contradições manifestas, devemos nos posicionar a favor da historia
vivida pelo povo venezuelano que, não só chora, como revigora a luta
aberta por Chávez e Fidel, sobre a vital construção do projeto popular
na América Latina, contra a continuidade do despótico poder divino
projetado há séculos sobre o continente.
Roberta Traspadini é professora da ENFF e da UFVJM, e integrante da Consulta Popular.
*GilsonSampaio
Condenado sem provas: a solidariedade de Jorge Mautner a José Genoíno
Jorge Mautner: “Você é um herói para o Brasil”
do site do Genoíno
Durante sua passagem pelo Rio de Janeiro na última segunda-feira (18),
Genoino recebeu com surpresa a visita do músico e escritor Jorge
Mautner. Ao saber da presença do deputado na capital fluminense, o
cantor fez questão de ir pessoalmente registrar seu carinho e
solidariedade.
“Você é um herói para o Brasil. Quem foi que lutou pela nossa liberdade?
Foi você, meu caro amigo! Digo e repito isso sempre.”, disse Mautner ao
cumprimentar Genoino com um forte abraço.
Há anos sem se reencontrar, ambos são resistentes do regime militar.
Enquanto Genoino ingressava na Guerrilha do Araguaia em 1970, Mautner
partia para o exílio político em Londres, aonde se aproximaria de
Caetano Veloso e Gilberto Gil.
O bate-papo durou cerca de meia-hora, na qual o deputado também
parabenizou o artista por sua trajetória e pelo documentário que conta
sua a biografia, “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, dirigido por
Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, recém-estreado no circuito nacional de
cinema.
Na ocasião, Genoino era aguardado para um jantar com o cineasta Luiz
Carlos Barreto. A reunião ocorreu logo após um debate sobre os erros do
Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470,
promovido pela CUT-RJ (acompanhe o site para saber mais detalhes da
atividade).
*Opensadordaaldeia
quarta-feira, março 20, 2013
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