Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 15, 2014

Forbes esclarece viral que colocava Lula entre bilionários do ano

Artigo explica metodologia do cálculo para ranking dos mais ricos do mundo e lembra que ex-presidente não está na lista; capa falsa com petista circula na internet desde 2012


Lilian Venturini - O Estado de S.Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está entre os bilionários da lista dos mais ricos do mundo elaborada pela revista Forbes. Um artigo publicado no site da revista nesta sexta-feira, 23, ajuda a esclarecer informações que circulam pela internet desde 2012 que atribuem ao petista uma fortuna de US$ 2 bilhões.
Veja também:
link Leia a íntegra do artigo publicado na Forbes (em inglês)
link Eike Batista é rebaixado na lista dos mais ricos da ‘Forbes’

Uma suposta edição traz Lula na capa da revista. A imagem foi republicada em diversos blogs desde maio do ano passado. "Um leitor querido me perguntou se a Forbes investigou a fortuna de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil. Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para explicar metodologia Forbes 'para compilar fortunas", começa o artigo, assinado por Ricardo Geromel. Em março, a revista publicou a nova relação dos mais ricos, que não traz o petista entre os listados.
O autor explica quais os bens são considerados, como é verificado o patrimônio declarado pela personalidade e enfatiza que Lula não está entre os bilionários já identificados pela publicação. "Eu gostaria de destacar que, embora existam alguns bilionários que são os políticos, Lula não é um deles", afirma. Ele cita como exemplos de políticos o presidente do Chile, Sebastian Piñera (US$ 2,5 bilhões) e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg (US$ 27 bilhões). No texto, o autor lembra as palestras feitas por Lula após deixar a Presidência. Por uma delas, o ex-presidente teria recebido US$ 100 mil por uma exposição de 50 minutos. Mesmo assim, conclui o jornalista, "não há evidência que sugira que Lula esteja perto de se tornar um bilionário".
O ex-presidente já figurou em rankings feitos pela Forbes em anos anteriores mas na categoria das "pessoas mais poderosas do mundo", que não leva a renda em consideração, mas critérios como influência e atividade exercida. O texto também desmente os rumores de que o filho de Lula, Fábio Luís Lula da Silva, Lulinha, tenha se tornado um bilionário.
Segundo o autor, dos 46 brasileiros listados pela revista no último ranking, a personalidade "mais ativa" na área política é o empresário Guilherme Leal (US$ 1,8 bilhão), que em 2010 disputou as eleições presidenciais como vice-candidato da ex-senadora Marina Silva. Além dele, apareceram na lista de março deste ano figuras como o apresentador de TV Silvio Santos, o empresário Antonio Ermírio de Moraes e o bispo Edir Macedo.
*

11 passos para ser uma “pessoa normal”

11 passos para ser uma “pessoa normal”

Quando “ser normal” é apenas reforçar a manutenção de um padrão enraizado e difícil de ser superado.
*Mariadapenhaneles

SEM PROVAS E EM "OFF", VEJA APONTA REGALIA DE DIRCEU

*AmoralNato

 Dilma não vai aceitar celebrações militares



Após 50 anos, o golpe militar de 31 de março de 1964 é uma lembrança a cada dia mais tênue na memória nacional, mas também uma história sem ponto final que ainda hoje contamina com rancor e ódio o ambiente político. O conflito é particularmente visível na relação do atual governo com as Forças Armadas, sobretudo com militares da reserva, e na Comissão Nacional da Verdade, criada em 2011 para investigar e esclarecer o que ocorreu com 153 militantes de esquerda desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985).

Antecipando-se a eventuais celebrações, o governo tomou providências para evitar uma nova crise com o meio militar, como se deu em 2012 e 2013 por ocasião do aniversário de 31 de março. Por orientação da presidente Dilma Rousseff, uma ex-combatente da luta armada contra o regime dos generais, o ministro da Defesa, Celso Amorim, chamou os comandantes militares e passou o recado: o governo não vai tolerar manifestações do pessoal da ativa. As punições podem ir da simples advertência à prisão e exclusão das Forças Armadas.

Amorim recebeu a garantia dos chefes militares de que não haverá nada de iniciativa do pessoal da ativa. A rigor, desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o 31 de março foi banido do calendário de comemorações militares, o que nem sempre impediu um ou outro oficial de levantar a voz para fazer a apologia da "Redentora" - o apelido da "Revolução de 31 de março de 1964", como se referiam ao golpe os militares e civis que apoiaram a deposição do ex-presidente João Belchior Marques Goulart (1961-1964). Atualmente, os bolsões que combatem o governo do PT falam em "contrarrevolução".

O Palácio do Planalto também autorizou "conversas do alto escalão" das Forças Armadas com o pessoal da reserva reunido em torno dos clubes militares. O mais importante deles é o do Exército, chamado de Clube Militar — a Casa da República. Há um "entendimento" para que a "Casa" evite se manifestar. Realisticamente, no entanto, na avaliação do Ministério da Defesa o simbolismo da data — os 50 anos — é muito forte: o pessoal da ativa e até o Clube Militar, eventualmente, podem ser mantidos sob rédea curta. Mas dificilmente o grupo mais radical — ligado aos porões da repressão — deixará de celebrar o 31 de março.

No que se refere ao pessoal da ativa, o governo aplicará as punições previstas nos regulamentos das Forças Armadas. Em relação aos grupos mais radicais da reserva, especialmente aqueles ligados ao esquema de repressão do regime, o governo avalia que não tem muito o que fazer. A decisão de punir dependerá do tom da comemoração. Afinal, a mesma Constituição contra a qual se puseram os militares da linha-dura lhes garante hoje o direito de expressão.

O que o Palácio do Planalto não pretende deixar passar é a quebra da hierarquia, como ocorreu em 2012, ano em que foi instalada a Comissão da Verdade. O Ministério da Defesa tem pareceres jurídicos segundo os quais os comandantes têm poderes para punir também o pessoal da reserva.

Os vários grupos que convocaram a reedição da Marcha da Família com Deus, em Defesa da Liberdade — movimento civil que foi uma espécie de escalão precursor do golpe de 1964 — devem receber o mesmo tratamento dado aos manifestantes que vêm ocupando as ruas do país desde junho. Algumas dessas convocações, porém, têm um componente explosivo: estão marcadas para sair da porta dos quartéis.

Também receberão o tratamento dado aos manifestantes comuns, se ficarem da porta para fora da caserna.

A presidente Dilma Rousseff estava do lado que perdeu em 1964. Integrante de grupos armados de combate ao regime, foi presa e torturada nos porões da ditadura. Em seu discurso de posse na Presidência, fez um gesto de conciliação: "Não carrego, hoje, nenhum ressentimento nem nenhuma espécie de rancor", disse. "A minha geração veio para a política em busca da liberdade, num tempo de escuridão e medo. Pagamos o preço da nossa ousadia, ajudando, entre outros, o país a chegar até aqui. Aos companheiros meus que tombaram nessa caminhada, minha comovida homenagem e minha eterna lembrança".

Entre as demandas não resolvidas do governo Lula, a presidente encontrou, ao assumir, a criação da Comissão da Verdade. Duas posições se destacaram ao longo dos oito primeiros anos do PT: uma previa a revisão da lei da anistia para permitir a punição dos torturadores, militares ou civis; outra defendia uma comissão nos moldes da que foi criada na África do Sul, na saída do apartheid: o depoente que contasse a verdade seria isentado de punição, aquele que mentisse sairia da comissão processado.

O ex-presidente Lula logo percebeu que o tema era um vespeiro, empurrou o assunto com a barriga e deixou o governo sem criar a Comissão da Verdade. Dilma entrou e aproveitou o momento de força de uma presidente recém-saída da eleição para criá-la. O grupo começou a trabalhar a partir de maio de 2012, mas já às vésperas do 31 de março daquele ano o Clube Militar divulgou um manifesto com duras críticas. Dizia que seus integrantes estavam "limitando sua atividade à investigação apenas de atos praticados pelos agentes do Estado, varrendo para debaixo do tapete os crimes hediondos praticados pelos militantes da sua própria ideologia".

Dilma chamou Amorim e pediu providências. Por meio dos comandantes das três forças — Exército, Marinha e Aeronáutica —, o ministro da Defesa conseguiu que o texto do manifesto fosse retirado do sítio da "Casa da República" na internet. Mas um grupo que abriga acusados notórios da prática de tortura publicou outro manifesto, intitulado "Alerta à Nação - Eles Que Venham, aqui não Passarão", repudiando a intervenção de Amorim.

O texto ultrapassa a risca de giz de Dilma: questiona a "autoridade ou legitimidade" do ministro e afirma que a criação da Comissão da Verdade "foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à lei de anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo". O documento teve a adesão de cerca de 400 militares da reserva. Dilma mandou Amorim jogar duro. As íntegras dos textos praticamente sumiram da internet, mas não se tem notícia de nenhuma advertência ou prisão. Como de costume, os comandantes acomodaram a situação — uma característica da relação que mantêm com a presidente.

Bom exemplo dessa relação se deu quando o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Siqueira, responsável pela área de inteligência do governo, deu declarações públicas sobre o 31 de março na contramão do governo. "Nós temos que ver o 31 de março de 1964 como dado histórico de Nação, seja com prós e contras." Ou seja, o golpe é um assunto da história. Ponto. Dilma, como em outros episódios envolvendo o general — outro exemplo é o episódio da espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Porto de Suape (PE) —, resolveu o problema com uma conversa de pé de ouvido com Elito.

Há registro de outras desfeitas dos militares com Dilma Rousseff. Todas explicadas pelos militares com base nos regulamentos e decretos vigentes. Em sua primeira solenidade de promoção de oficiais das Forças Armadas, os militares não bateram continência à presidente, e Dilma limitou-se a apertar as mãos dos oficiais. A explicação: o aperto de mão é uma das formas de "respeito e apreço a seus superiores" prevista nos rituais militares. Um decreto de meados dos anos 1970 já havia banido a exigência da continência.

Em dezembro, o Congresso fez a devolução simbólica do mandato do ex-presidente João Goulart. O pano de fundo da devolução era declaradamente retirar qualquer ar de legalidade do golpe de 31 de março de 1964. Presentes — assim como Dilma — os comandantes das três Forças Armadas não bateram palmas no momento em que o diploma foi entregue a João Vicente, filho de Jango. O Ministério da Defesa não entendeu o gesto como um protesto dos militares porque eles nem sequer estavam obrigados a ir à cerimônia — foram convidados informalmente por Celso Amorim e resolveram comparecer. Os três.

O Ministério da Defesa também foi encarregado por Dilma para providenciar o traslado do corpo de Jango do Rio Grande do Sul para Brasília, no curso de uma investigação sobre a morte do ex-presidente — a suspeita é que ele foi assassinado pelo serviço secreto em 1976. A presidente exigiu honras de chefe de Estado. Um problema, pois não havia precedentes na história.

Os manuais militares também não preveem a recepção de restos mortais. O cerimonial da Defesa improvisou e fez uma adaptação da recepção a chefes de Estado (guarda de honra, o hino dos dois países e a apresentação de armas) com a prestação de honras fúnebres (guarda, salva de tiros e apresentação de armas): os despojos foram recepcionados na base aérea de Brasília com a guarda e a apresentação de armas por três pelotões (Exército, Marinha e Aeronáutica).

O eixo atual das divergências é a Comissão da Verdade, mas os atritos vêm de longe. Em abril de 2010, Lula ainda era presidente, e o site do Comando do Exército dizia que o golpe de 64 fora uma "opção pela democracia". A solução foi pioneira: tirou-se o texto do ar. Lula, na realidade, sempre driblou o assunto: em seu primeiro ano de mandato a Justiça Federal determinou que o governo indicasse a localização dos corpos dos desaparecidos da guerrilha do Araguaia. Um grupo do PT pressionou o presidente a não recorrer da decisão. Mas Lula, alegando "razões de Estado", determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) providenciasse o recurso.

Ao final de seu trabalho, a Comissão da Verdade deve publicar um livro sobre o que apurou. É provável que não passe de uma versão melhorada do projeto Brasil Nunca Mais, publicado nos anos 1980. A narrativa à esquerda dos acontecimentos dos 21 anos de ditadura militar pode ser encontrada em três arquivos básicos. O primeiro são os processos nas auditorias militares. O segundo é dos presos políticos de São Paulo, chamado de "Bagulhão", com a identificação de 233 torturadores. O terceiro — e um dos mais importantes —, também dos presos de São Paulo, chama-se "História da Repressão Policial Militar no Brasil".

O documento fala do regime militar até 1975, os instrumentos, métodos e lugares de tortura e das pessoas que foram torturadas. Na esquerda, é considerado uma análise insuperável sobre o regime militar. Trata dos antecedentes do golpe, seu estrato ideológico e a repressão nas artes, na cultura, nos sindicatos, nos partidos políticos, no parlamento, no movimento estudantil e a pequenos agricultores. Os manuscritos foram redigidos nas masmorras e contrabandeados para fora dos presídios enrolados dentro de garrafas térmicas. Os cinco volumes de "Brasil Nunca Mais" são um compêndio desses três arquivos.

As Forças Armadas sempre são bem avaliadas nas pesquisas sobre a percepção que a população tem das instituições. Também sempre tiveram protagonismo na história do Brasil. E não reconhecem que a tortura foi uma política de Estado. Segundo seus comandantes, os documentos referentes ao período foram reduzidos a cinzas, nos termos da legislação à época. Atualmente, há dois pedidos da Comissão da Verdade aos quartéis: o primeiro pede os autos lavrados quando os documentos foram supostamente incinerados; o segundo, a apuração do "uso das instalações militares para fins diversos para os quais foram construídos". Menciona especificamente cinco áreas onde funcionaram centros de tortura.

Curiosamente, foram os governos do PT que retomaram o investimento nas Forças Armadas e recuperaram o poder aquisitivo dos salários de seu pessoal. O Orçamento da Defesa é o quarto maior (R$ 72 bilhões, incluindo-se a folha de pessoal) da Esplanada dos Ministérios, perdendo apenas para Previdência, Saúde e Educação. Excluído o pessoal (a tropa), tem a sétima maior fatia do orçamento. Em média, os gastos militares vêm sendo mantidos em 1,5% do Produto Interno Bruto. Os salários foram reajustados em 30% por Dilma, bem acima do resto do funcionalismo. O salário básico do posto mais alto da carreira militar, hoje, é de R$ 21.048,08.

A relação das Forças Armadas com o governo Dilma é a evidência de um passado ainda presente, uma história mal resolvida, depois de meio século. Bem ou mal, ressentimentos do passado não têm atropelado assuntos de Estado, mas requerem um desfecho para que todos, famílias, militares e a própria sociedade brasileira possam seguir em frente.

Raymundo Costa
No Valor
*comtextolivre

A “Marcha da Família” versão 2014


É democrático e legal pedir um golpe de Estado em páginas da internet? O controle remoto resolve isso também? A neo-UDN está fazendo de tudo para repetir aqui 1964

marcha família deus liberdade
Saiu na coluna de fofocas de Felipe Patury, da revista Época:
No próximo dia 22, em São Paulo, sai da Praça da República rumo à Catedral da Sé a segunda edição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A original fez, em 1964, percurso semelhante dias antes de o ex-presidente João Goulart ser derrubado. Há 50 anos, a organização coube a então primeira-dama do estado, Leonor de Barros, e a mulheres de empresários. A atual foi convocada pelas redes sociais, recebeu apoio de lideranças evangélicas e, pelo Facebook, de um perfil extra-oficial da apresentadora Rachel Sheherazade. O grupo diz contar com a simpatia do filósofo Olavo de Carvalho e até de Denise Abreu, a petista que mandou na aviação civil no governo Lula e ficou famosa por sua predileção por charutos”.
De todas as sandices surgidas com a atual onda de paranóia anticomunista no Brasil — e não são poucas –, uma das mais impressionantes é a chamada Marcha da Família Com Deus II.
Como o nome indica, é uma reedição da Marcha da Família com Deus Pela Liberdade, ocorrida em 1964 em resposta ao comício da Central do governo João Goulart.
Desta vez, uma “convocação para o povo brasileiro” está marcada para o dia 22 de março. Pede-se uma “intervenção militar” e não um golpe, embora seja evidentemente um apoio a um golpe. O site “oficial” é ideia da paulistana Cristina Peviani, “desempregada atualmente, graças às nossas faculdades falidas”.
“Vivemos em um versão “DEMO” de uma “DITA” Democracia, que nos foi: AMPUTADA, SEQUESTRADA E CONDICIONADA por que LUTOU CONTRA O BRASIL no passado e estão colocando em prática os seus planos de COMUNIZAÇÃO DO PAÍS, que eram os planos desde a década de 60, quando o povo brasileiro que lia jornais e não limpava a bunda com ele, saiu nas ruas no dia 19 de março de 1964, pedindo a INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL MILITAR para evitar que o mal que abateu o leste europeu, se abatesse no Brasil…
Dia 22 de março é o GRANDE DIA, o dia do despertar de nosso povo para sair nas ruas e CLAMAR mais uma vez pela INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL MILITAR, pois precisamos fazer uma verdadeira FAXINA nos 3 PODRES PODERES de nossa Nação que vem sendo comunizada, graça ao apoio dos ABUTRES TOGADOS que ajudam e assinam embaixo todos os crimes cometidos por estes ESCROQUES COMUNISTAS…”
Mas há diversos outros sites divulgando essa conclamação. Um dos mais ativos é o de Ricardo Ribeiro. É uma ode ao pânico e ao nonsense. O site de Ribeiro tem campanhas contra a pedofilia, o Google (!?), a rede Globo “homosatânica” etc. Ribeiro é evangélico fundamentalista e se arrisca na poesia. Escreveu versos sobre homofobia:
“Nesse macabro cenário, só enxergo Bolsonaro
A erguer a voz, sem medo, igual ao Silas
Pelas nossas famílias, combatem essa folia
Mas, quem afinal, soltou e alimenta, a fera da homofobia?”
Ele é nascido no Recife se autointitula “capelão” e “conferencista”. É um pregador. Diz que já foi “diretor de presídio”, embora tenha um crédito de “jornalista” numa reportagem muito louca sobre o bairro de Castro, reduto homossexual em São Francisco.
Já foi bloqueado várias vezes no Facebook por postar fotos e “denúncias” contra gays, socialistas e outras desgraças. Afirma que “os donos do Face são os maiores ativistas gays do mundo”.
Na louca cavalgada de Ribeiro, ele acabou endossando um texto satírico sobre a marcha, publicado na coluna Jornalismo Wando, do Yahoo. Wando foi evidentemente caricato — mas tanto quanto os organizadores do evento.
“Com negros, gays, índios, sem-terra, rolezeiros e toda uma gente diferenciada aninhada no governo, já estava mais do que na hora do gigante se levantar novamente contra o perigo socialista. (…) A nação que salvou a si própria tinha um governo apoiado pela imensa maioria de sua população, e que se mostrava favoritíssimo para a reeleição em 65, o que não quer dizer muita coisa quando não se está em sintonia com militares e civis mais esclarecidos. Hoje, as coisas se encaminham para o mesmo perigoso cenário. Com a iminente reeleição dos esquerdistas e a consequente consolidação do regime totalitário, só mesmo Deus para iluminar nossa Marcha e ajudar a nos livrar desse mal”, escreve.
No ano passado, perto de cem pessoas se reuniram no vão livre do Masp numa manifestação a favor de um golpe militar. Mas os marchadores já conseguiram o apoio de gente como Roger, Lobão e outros para suas hostes. Um general de brigada chamado Paulo Chagas manifestou seu apoio porque acha que a “debacle da Suprema Corte, desmoralizada por arranjos tortuosos que transformaram criminosos em vítimas da própria justiça, compromete a crença dos brasileiros nas instituições republicanas”.
Agora vai. Sangue de Cristo tem poder.
DCM

A revista Veja entrou em contato com os Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista.

████████████████ A revista Veja entrou em contato com os Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista. Apesar de ter sido avisada que não falamos com este veículo de comunicação, a publicação insistiu e nos mandou algumas perguntas, deixando claro que a matéria sairá com ou sem as nossas respostas.
Os jornalistas que realizam um trabalho sério têm a nossa admiração e respeito, o que se traduz na ótima relação do grupo com eles. Porém, é intolerável que publicações mal intencionadas queiram, mais uma vez, desinformar, mentir e difamar aqueles que realizam trabalhos relevantes.
Portanto, achamos por bem responder publicamente as perguntas que nos foram enviadas, para que uma possível matéria que cite os Advogados Ativistas já tenha seu contraponto. Segue abaixo:

Veja: Como surgiram os Advogados Ativistas?
AA: Advogados Ativistas sempre existiram, apenas uma parte deles se uniu.

Veja: Há lideranças?
AA: Não.

Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?
AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.

Veja: Quais são suas bandeiras?
AA: Não carregamos bandeiras.

Veja: O que é necessário fazer para participar?
AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.

Veja: Hoje há quantos advogados ativistas?
AA: O suficiente.

Veja: Os senhores atuam apenas em São Paulo ou em outras cidades brasileiras? Se sim, em quais?
AA: Através da internet somos capazes de levar informação para qualquer lugar.

Veja: Em redes sociais do grupo há publicações, como fotos de protestos em cidades como o Rio de Janeiro. Vocês viajam para atuar em causas fora da cidade?
AA: Advogados Ativistas possuem amigos em muitos lugares. Se for preciso viajar, viajaremos.

Veja: Como vocês se mantém?
AA: Somos advogados, ora.

Veja: Quanto tempo do dia se dedicam ao ativismo?
AA: Não o quanto gostaríamos, mas quando o fazemos a dedicação é total.

Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?
AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil.

Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?
AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu.

Veja: Os senhores declararam que sofreram intimidação na OAB-SP no último protesto em São Paulo, de que forma isso aconteceu?
AA: Sofremos intimidação de um grupo inexpressivo, o qual falou indevidamente em nome da classe. Como explicado pelo Presidente da Ordem, a atitude destes não reflete o pensamento da entidade. Assunto superado.

Veja: Advogados ativistas já deram declarações de que a OAB-SP não está cooperando com o trabalho de vocês e se portando de maneira governista. Como é a relação entre os senhores e a entidade? Os senhores publicaram um artigo afirmando que a entidade criminaliza a ação de vocês. De que maneira isso acontece?
AA: A política de relação com outros grupos ou entidades é discutida internamente. No entanto, informamos que o Presidente da OAB/SP, em conjunto com o Presidente da Comissão de Prerrogativas, apresentaram nota pública em defesa de nosso trabalho, disponibilizando, inclusive, amparo emergencial caso cada um de nós tivesse seu ofício prejudicado.

Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?
AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal "Bolsa Manifestação".

Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?
AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.

Veja: Os senhores declararam que já sofreram ameaças de morte. Pode descrever em quais situações e como essas ameaças se deram?
AA: A investigação está em andamento. É um trabalho para a polícia.

Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?
AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.

Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?
AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.

Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?
AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).

Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?
AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defendê-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário.

Curso de aprofundamento Teatro do Oprimido

Coletivo Metaxis e Movimento de Dramaturgia Rural apresentam o Curso de Aprofundamento em Teatro do Oprimido com Dodi Leal e Weber Carvalho.

O curso visa propiciar um espaço de formação continuada para aqueles que, iniciados previamente no Teatro do Oprimido, buscam um aprimoramento do que já conheceram. Este módulo é destinado preferencialmente a atores/atrizes que já atuam em um coletivo de Teatro do Oprimido e têm condições de compartilhar suas experiências de criação e contato com o público. A pesquisa desenvolvida no aprofundamento permitirá a reflexão crítica sobre os pressupostos e dinâmicas do Teatro do Oprimido e o apoio na atuação pedagógica de multiplicação dos jogos e técnicas em escolas ou em outros espaços e contextos comunitários. Os participantes serão convidados a interagir com procedimentos ligados a experiência dos facilitadores do curso visando a experimentação criativa com a teoria e a prática do Teatro do Oprimido.

Propostas de Intervenção
Teatro-Fórum, Teatro Imagem,
Teatro Invisível, Teatro Jornal,
Arco-íris do Desejo, Teatro Legislativo.

Práticas de Experimentação
Comunicação Não-Violenta,
Justiça Restaurativa,
Dramaturgia Rural, Viewpoints,
Dança Clássica Indiana (Odisse),
Pranayama e Yoga.

Quando
Sábados das 9h às 12h

Onde
Bosque do Sesc Interlagos

Duração
de 08/03/2014 a 30/08/2014

Motim de “aliados” mostra como é difícil governar o Brasil




No primeiro turno da eleição presidencial de 1989, votei em Mario Covas “por falta de opção”. Aos 30 anos, foi meu primeiro voto para presidente e eu, tanto quanto qualquer outro, sabíamos que teríamos que “acertar” na primeira eleição para esse cargo após quase três décadas sem votar. Nesse aspecto, Covas parecia mais “confiável”.
Apesar disso, havia um frisson em torno da figura carismática de Lula, o que, no futuro, mostrar-se-ia justificado. Muitos entenderam que suas dificuldades em usar a norma culta do idioma, comendo esses e violando a concordância verbal, não impediriam que, caso fosse eleito, fizesse um governo do povo, pelo povo e para o povo.
Contudo, não foram as suas dificuldades com o idioma ou a falta de um diploma universitário – argumentos dos seus adversários de então para desqualificá-lo – que me impediram de lhe dar meu voto no primeiro turno. Votei em Covas porque o PT me irritara profundamente ao se negar a assinar a nova Constituição, um ano antes.
“O PT é muito radical”, dizia eu. Poucos anos antes – como praticamente toda a juventude –, eu fora à rua pelas Diretas Já porque acreditava que o mero direito de votar para presidente colocaria fim à terrível crise econômica que a ditadura militar legara ao país. A nova Constituição, pois, simbolizava a era de liberdade e democracia que se descortinava.
Mas o PT, há um quarto de século, era o que o PSOL ou o PSTU são hoje; era contra “tudo isso que está aí”. Criticava todo mundo e acenava com soluções “milagrosas” que implantariam a felicidade e a prosperidade por decreto.
No segundo turno, porém, agora tendo que escolher entre Lula e Fernando Collor de Mello, não tive dúvida: não apenas votei em Lula, mas revi meu ponto de vista sobre ser radical. Sem radicalizar, de fato não se chegaria a lugar algum. Ao menos era nisso que eu acreditava.
Hoje, porém, como tantos outros entendo que foi melhor Lula não ter vencido. Se chegasse ao poder, acabaria deposto pelos militares. Se tivesse dado o calote na dívida externa, como o PT pregava ontem e o PSOL e o PSTU pregam hoje, teria sido um desastre. A interdependência mundial, produto da queda do Muro de Berlin, era inexorável.
Ainda assim, votei em Lula no segundo turno de 1989. O que me fez mudar tanto de ponto de vista foram as sujeiras inacreditáveis que Collor e a mídia fizeram contra ele. Ao longo da década seguinte, os golpes baixos que Lula sofreu iriam unindo a nação em torno dele.
Além disso, em minha visão o “caçador de marajás” tinha a palavra picareta estampada na testa. Era estupefaciente ver senhoras e mocinhas dizendo que votariam nele porque era “bonitão” e “falava bem”. Modéstia à parte, eu era um jovem politizado e não entendia como alguém poderia ser tão ignorante ao ponto de votar sob tal “critério”.
Nem dois anos depois, achar um eleitor de Collor era literalmente impossível. Seus eleitores, em peso, alegavam que tinham “votado em branco” ou “anulado” o voto. Essa falta de vergonha na cara revoltava ainda mais. Aí foi nascendo o mito Lula. Ele se tornou o candidato dos que repudiavam a hipocrisia, acima de tudo.
Até 1994, porém, a crescente força política de Lula era produto muito mais do emocional do que do racional, pois o PT ainda era uma espécie de PSOL vitaminado.
O PT rejeitava alianças com partidos que não partilhassem, ponto por ponto, os dogmas socialistas. Acreditava ser possível disputar eleições sem dinheiro, com um discurso messiânico e promessas difíceis de concretizar em um mundo que se tornava interdependente, no âmbito do Consenso de Washington e do fracasso do socialismo soviético.
Apesar de ter votado de novo em Lula, Fernando Henrique Cardoso – quem se apropriou do Plano Real, de Itamar Franco, por este tê-lo escolhido para ser a face política do plano, pois o tucano não era economista e não inventou plano econômico algum – salvou o país de ser governado por um partido que ainda não o entendia.
Pensando exclusivamente em um novo mandato desde que venceu a eleição de 1994, FHC destruiu um plano que poderia ter funcionado. Acomodou-se com o apoio desmesurado da mídia, que lhe deu licença para tudo e se absteve de qualquer questionamento a trapalhadas como manter o câmbio sobrevalorizado.
A derrota de Lula em 1994 – em uma eleição que parecia ganha, porque o desastre Collor, em tese, mostraria que o Brasil deveria ter votado no petista – fez o PT amadurecer. Em 1998, o partido já passara por um “aggiornamento”; entendeu a necessidade de alianças e que, sem dinheiro, ninguém chega ao poder.
O PT poderia ter vencido a eleição de 1998 e, se isso tivesse ocorrido, o país não teria afundado como afundou ao longo do segundo governo FHC. Porém, aquele foi o ano do que talvez tenha sido o maior estelionato eleitoral da história brasileira. Com ajuda da mídia, o presidente tucano conseguiu esconder do povo que o Brasil estava afundando.
Em 2002, Lula e o PT chegaram ao poder por duas razões: a primeira, porque, após errar com Collor e com FHC, a parte dos brasileiros que usa o cérebro em vez do fígado entendeu que Lula era a última opção que restava. A segunda razão reside em Lula e PT terem entendido que o Brasil não é de esquerda e que só um governo de coalizão como o de FHC seria factível.
Surgem, então, o “Lulinha paz e amor” e a “Carta aos Brasileiros”. Um e outro simbolizavam o amadurecimento do PT.
Finalmente havia um partido realmente social-democrata para realizar o que fosse possível, em termos de justiça social. O PT chegou ao poder respeitando o fato de que esta é uma sociedade conservadora e de que com um ideário exclusivamente de esquerda seria impossível chegar ao poder.
O resumo da ópera é que ninguém governa o Brasil sem alianças amplas, do ponto de vista ideológico.
A direita não governa sem uma pitada de esquerda porque este é um país com carências sociais literalmente explosivas e só a esquerda tem soluções para essas questões; a esquerda não governa sem uma pitada de direita porque o poder de sabotagem de sua antítese ideológica é imenso, pois a direita controla a mídia e o grande capital.
Chegamos, pois, a março de 2014. Lula, a sucessora que escolheu e o PT vêm sendo demonizados não só pelos ultraliberais tucanos e pela extrema-direita, mas pelo novo PT, ou melhor, pelos novos PT’s – pelo PSOL e pelo PSTU, sobretudo.
Pela esquerda, Lula, Dilma e o PT sempre são acusados de se aliarem a Sarney, Renan Calheiros, Maluf etc. Inclusive pela mídia conservadora, diga-se, e pelos ultraliberais demo-tucanos. Como se fosse possível alguém governar o Brasil só com a esquerda ou só com a direita.
A recente rebelião da base aliada – PMDB à frente – acaba de mostrar como é impossível governar o Brasil sem um leque amplo de alianças, inclusive com lideranças nitidamente de esquerda ou de direita.
Sem Sarney, Renan etc., o Congresso se torna um muro intransponível à governabilidade. O governo não aprova nada. Não haveria essa miríade de programas sociais que tiraram dezenas de milhões da miséria, por exemplo. Mas, claro, a direita que integra a coalizão governista não vai aprovar programas sociais para pobres sem uma contrapartida.
É uma hipocrisia desmesurada criticar a necessidade de governabilidade. É trapaça. É uma tentativa revoltante de enganar a sociedade.
Esse discurso que nega a necessidade de alianças visa sobretudo a esses garotos que não viveram tudo o que relatei neste texto e que, por isso, acreditam que seria possível um presidente fazer o que a ex-senadora psolista Heloísa Helena prometeu em 2006, quando disputou a Presidência: resolver tudo com “uma canetada”.
O melhor que qualquer governo de coalização – mas com viés de esquerda – pode fazer é exigir, como contrapartida aos cargos que tem que dar para saciar a direita, meios de ampliar o nível de escolaridade e de consciência política do povão, para que este entenda que pobre não pode votar em candidato que representa a “massa cheirosa”.
A grande sorte do Brasil é que Lula entendeu que sem Sarney, Renan, Maluf e outras lideranças de direita, saciando sua sede por cargos, ninguém de esquerda governa este país. A alternativa a fazer governos de coalizão será voltar aos governos conservadores como os de Sarney, Collor e FHC. De triste memória.
*Blogcidadania