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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Deleite - Marcelo D2 "Você Diz Que O Amor Não Dói" (

Não seria melhor se preocupar menos com o inferno e mais com o planeta, ou em dar igual oportunidade pra todos os seres humanos?

Mãe, me ensine “AMOR” e não precisará me ensinar mais nada

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Por Ana Burke
O que você está me ensinando mãe?
O que quer que eu aprenda? Que o inferno existe?
Não seria melhor se preocupar menos com o inferno e mais com o planeta, ou em dar igual oportunidade pra todos os seres humanos?
Como eu posso “TEMER” e “AMAR” a Deus ao mesmo tempo?
Não basta eu ter que superar os meus medos do dia-a-dia e me preocupar em como vencer as adversidades pra me manter vivo? Por quê eu devo temer a um Ser que você diz que é bom? Não se deve temer o que é bom, mas somente o mal.
Você diz que eu tenho um pai no céu que eu devo adular o tempo todo ou serei condenado. Será que não basta a Deus que eu admire, respeite e cuide das suas obras? Será que não basta a Ele que eu respeite os animais, as florestas e os rios? O que Ele fala sobre isto mãe? Nada? … Jesus matou a figueira!
Por quê eu tenho que me ajoelhar e abaixar a cabeça mãe? Eu não consigo ver a luz do sol
Por quê dar a outra face para a pessoa que me humilha ou me bate?
Me deixa viver mãe, me deixa crescer, ou este Ser me tirou a consciência e o discernimento para que eu não aprenda ou saiba distinguir o certo do errado?
Você me batizou quando eu ainda estava inconsciente. Te disseram que eu era impuro e você acreditou.
Por quê eu tenho que rezar, rezar, rezar, pedir, pedir, pedir e participar de rituais de adoração? Eu não gostaria disto se eu fosse um deus.
Você é MULHER! Olhe para a situação de todas as mulheres religiosas do mundo e verá que elas são seres inferiores para Deus, para Alá, para Buda ou qualquer outro Ser divino ou iluminado. Observe! Você é também inferior para qualquer homem seguidor ou representante de um deus ou divindade qualquer como um Pastor, Rabino, Guru, ou monge.
Não acredite mãe, por favor, não acredite que você é inferior, que você não pode, que você é incapaz e que têm sempre que obedecer e ser subjugada. Não mãe. Eu não nasci de um ser inferior e sem personalidade. Eu preciso que você me eduque e me ensine a ser forte, eu preciso ser capaz de me levantar sozinho quando cair e não quero necessitar demuletas. Um verdadeiro pai ou uma verdadeira mãe faz filhos independentes, e eu quero voar, escalar montanhas, atravessar pontes, mergulhar no mar…Me ame e me livre da sua religião.
O teu templo é de pedra, infestado de demônios, de gente subjugada, morta mentalmente, ou gritando e falando coisas desconexas. Você acha isto normal?
Você não percebe que a religião te faz, e nos faz, mais pobres?
Você não percebe que Buda, os deuses Indus, Maomé e Jesus nunca pregaram amor? Não consegue compreender que a espiritualidade é particular de cada um e não pode ser ensinada por nenhum ser humano?
Por favor, também não me fale de reencarnação ou de seitas que ensinam que este mundo é uma escola para infelizes e perdedores. São religiões compostas por pessoas apáticas para a realidade do mundo e aceitam injustiças, ou diferenças sociais como se estas fossem um Karma ou algo necessário para a evolução espiritual. Eu não quero encarar com naturalidade ou impassividade a miséria, doenças ou sofrimentos da maioria. Observe os budistas, hinduístas, jainistas ou espíritas e perceba a indiferença destes em relação ao mundo que os redeia. Todos são merecedores, ou da sua grande Fortuna, ou da sua grande Miséria ou doença e consideram as pessoas materialmente mais afortunadas ou mais saudáveis como sendo mais evoluídas.
Ressurreição? Reencarnação? Sou um ser humano bom, e só quero viver
*A.Burke

Aécio Neves e sua identidade com a CIA

Tucano comete ato falho ao comentar ida de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda 

A declaração do candidato derrotado à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, de que a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda é como "um grande quadro da CIA ser convidado para assumir o comando da KGB" - numa referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética - mostra que o grupo que Aécio representa defende realmente os interesses dos Estados Unidos.
O ato falho do tucano, que associa Joaquim Levy - a quem elogiou afirmando que o economista é seu amigo há muitos anos - ao serviço secreto americano, é como uma homenagem à própria central de inteligência, feito por um político que foi candidato à Presidência do Brasil.
Aécio Neves
Aécio Neves
Homenagem à mesma central de inteligência que atuou no Iraque, que derrubou Jango, Getúlio Vargas e seu próprio avô, Tancredo Neves. CIA que também atuou no país durante a ditadura e as práticas de tortura.
Aécio quis dizer que Joaquim Levy é bom como a caguetagem, a delação, o dedo-duro? O tom de ironia do tucano mostra que a oposição não quer pessoas qualificadas no governo. Na verdade, joga contra os interesses do país.
Aécio tem toda a razão: Joaquim Levy é muito bom. As manifestações contrárias dentro do PT tem um cunho ideológico.
Uma observação: Joaquim Levy foi nomeado secretário do Tesouro Nacional pelo presidente Lula, em 2003.
*JB

Quer o emprego dos sonhos? O mercado da maconha tem vagas



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Em ascensão nos EUA, setores seduzem com salários estáveis. Oportunidades estão nos diversos elos da cadeia de negócios da erva: há agricultores, cortadores, gerentes e budtenders. Contadores, advogados e executivos de marketing também são seduzidos pela vanguarda de um movimento que deve atingir o país inteiro. As informações são do O Globo.
Bruce Nassau fez fortuna no mercado de televisão a cabo do Colorado. Agora, ele vê oportunidades na legalização da maconha. Nassau e seus sócios têm quatro lojas, com cerca de 75 funcionários, que servem a erva com finalidade medicinal e recreacional, e está abrindo a quinta unidade nesta semana. Ele espera ter cerca de 90 empregados até janeiro. Aos 61 anos, Nassau também está se associando a empreendedores na esperança de entrar no mercado de marijuana medicinal no Illinois e em Nevada.
No último dia 4, terça-feira, os eleitores do Alasca, Oregon e do Distritro de Columbia aprovaram a legalização do uso recreacional da maconha, seguindo o caminho trilhado pelo Colorado e Washington em 2012. Nesses dois estados, as vendas começaram no início deste ano. O produto é permitido em 23 estados americanos e está fomentando negócios legítimos e postos de trabalho.
Em Chicago, no Illinois, um dos 23 estados que permitem a comercialização de maconha, uma palestra sobre a indústria de maconha medicinal, realizada durante uma feira de empregos, atraiu aproximadamente 200 pessoas. O evento foi organizado por Todd Mitchem, de 43 anos, praticamente um veterano do setor no Colorado, onde a o uso medicinal da erva foi legalizado no ano 2000. Duas outras feiras de empregos em Denver, neste ano, concentraram 3.000 interessados em 650 vagas, diz Mitchem.
DADOS ENGATINHAM
As oportunidades estão nos diversos elos da cadeia de negócios da maconha: há agricultores, cortadores, gerentes e “budtenders”, uma corruptela de bartender e buddy (amigo, em inglês). Contadores, advogados e executivos de marketing também são seduzidos pela vanguarda de um movimento que deve atingir o país inteiro.
— É um setor completamente novo. É inacreditável — diz Nassau. — E há muitos, muitos empregos.
O potencial de criação de postos de trabalho ainda é tema de debate, mas os dados começam a ser coletados no Colorado. Negócios envolvendo o cultivo, a produção e a venda de maconha para finalidades medicinais e para uso recreativo empregaram 3.523 pessoas no Colorado nos três primeiros meses deste ano, incremento de 14,2% desde o fim de 2013, conforme dados compilados pelo Departamento de Trabalho e Emprego do Colorado. Conforme o fisco local, os primeiros nove meses após a legalização da erva no estado, mais de 12 mil residentes conseguiram licença para se empregar diretamente no segmento.
— Nós estamos nos primeiros nove meses de um processo de dez anos — afirma Nicholas Colas, chefe de estratégia de mercado da corretora ConvergEx Group, em Nova York, para comparar: — Nem começamos a jogar, ainda estamos no estacionamento.
Entre junho e outubro, a ConvergEx pesquisou dez lojas, a maioria em Dever e Boulder, e descobriu que os negócios seguem firmes, com algo entre cem e 300 clientes por dia que gastam entre US$ 50 e US$ 100 Por transação. A demanda mensal consistente está criando “empregos bons e estáveis”, assegura Cola.
Graduado na Universidade Estadual do Arizona, Chad Drew, de 38 anos, trabalhou por quatro anos no setor de maconha medicinal no Colorado. Mas, em 2012, deixou o emprego para trabalhar na área de venda de publicidade numa rádio, função que mais relacionada à sua formação. Porém, um ano depois, ele percebeu que seu novo emprego não era tudo que esperava. Obteve licença para trabalhar com a erva e, em janeiro, foi contratado como budtender pela Evergreen Apothecary, vendendo maconha e explicando seu uso a consumidores, ao custo de US$ 10 por uma hora. Agora, ele é assistente da gerência e ganha cerca de US$ 14 por hora. Diz que está grato por ter salário estável em vez de ser comissionado. Amigos perguntam como entrar neste mercado, e a resposta depende muito da expansão das lojas.
JOVENS PROFISSIONAIS
Os números, contudo, não satisfazem o economista Jeffrey Miron, da Universidade de Harvard, que advoga pela legalização há mais de uma década. Miron, que também é diretor de estudos econômicos do Instituto Cato, em Washington, publicou recentemente um artigo sobre os efeitos da política para a maconha no Colorado.
No que é a primeira parte de um estudo de longo prazo, ele analisou o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) e renda per capita no estado e disse que não há evidências impíricas de que a maconha medicinal estimou a economia ou criou postos de trabalho. A força de trabalho do setor é formada por pessoas oriundas de outros empregos ou do mercado ilegal, diz Miron, frisando que não há casos verossímeis de mudanças no mercado de trabalho da região.
John Hudak, pesquisador do Instituto Brookings, destaca que o setor está oferecendo oportunidades especialmente para os jovens.
— Isso pode ser um dado realmente positivo num estado que está tentando encontrar postos de trabalho para os jovens, e para uma indústria que não exige nível universitário para se obter um emprego.
John Heffelman, de 29 anos, se mudou para o Colorado em março a fim de “começar uma nova vida” no setor de maconha. Ele já havia trabalhado, por cinco anos, em cozinhas de restaurantes em Nova York, ganhando US$ 13 por hora. Em Denver, passou a picar a erva por US$ 10 a hora no Medicine Man, uma loja de propriedade familiar que foi escolhido como assunto de um reality show na TV. Em seis meses, ele foi promovido a assistente de liderança em seu setor e passou a ganhar US$ 14 por hora num ambiente que descreve como “zero estresse”.
Para Nany Kole, de 22 anos, um emprego como “budtender” em Boulder permite pagar as contas. Ela lutou para encontrou uma vaga em escritórios de arquitetura depois de obter seu diploma na Universidade do Colorado, em maio, mas encontrou apenas firmas que desejam profissionais mais experientes. O trabalho resolveu as coisas por hora, mas a jovem não abriu mão da carreira como arquiteta, no longo prazo.
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SALÁRIOS
Os salários no setor costumam ser de US$ 10 por hora, acima do salário mínimo no estado (US$ 8), e sobe na medida em que se escalam novas posições. O ganho semanal médio foi de US$ 555 no primeiro trimestre, de acordo dados do governo. As cifras atraíram pessoas como Josh Cusack, de 41 anos, que estava desempregado em 2010, quando conseguiu emprego numa loja de maconha medicinal, com salário de US$ 10 por hora. Agora, ele é gerente da Evergreen Apothecary e ganha quase US$ 20 por hora. Embora diga que tinha salário melhor em seu campo de trbalho original, ajudar os usuários de maconha medicional lhe deu a oportunidade de fazer algo apaixonadamente.
O próprio Cusack é usuário de maconha com fins medicinais devido à artrite:
— A invalidez é uma parte real do meu futuro, e estou apenas aproveitando enquanto posso, enquanto meu corpo me permitir fazer as coisas — afirma. — Não tem preço ir trabalhar e sair de lá com um sorriso no rosto.
ILEGALIDADE
O que começou como uma iniciativa para ajudar enfermos está amadurecendo para um negócio racional, que busca ganhos atraindo empreendedores e profissionais, diz o advogado Dan Riffle, ex-diretor do Projeto de Política para Marijuana. Mas, embora as companhias já estejam de olho na criação de marcas nacionais, o maconha continua ilegal pelas leis federais. Além do mais, a regulação varia conforme o município ou estado, tornando a expansão dos negócios desafiadora. No ano passado, o Departamento de Justiça disse que não desafiaria a legalização pelos estados, desde que as autoridades locais impeçam a distribuição interestadual e o acesso de menores, além de evitar que motoristas dirijam sob efeito da droga.
Mesmo com as restrições, a expectativa é de demanda crescente. Bruce Nassau, o ex-executivo do setor de TV a cabo, disse que foi atraído pelo mercado de maconha, há quatro anos, porque viu no setor o mesmo “potencial de consumo que havia para TV a cabo”. No novo ramo, ele começou como investidor e, gradualmente, foi assumindo a chefia do empresa. Além de se relacionar com as autoridades e outros empreendedores, ele também se anima ao ver seus jovens sócios se desenvolverem nos negócios.
— Não tem nada igual — avalia. — Quantas vezes você tem a chance de participar da criação de um setor completamente novo?
*http://smkbd.com/quer-o-emprego-dos-sonhos-o-mercado-da-maconha-tem-vagas/

o exemplo de Cuba, que alcançou a excelência nesse setor e é o único país do continente que dispõe de um corpo docente de alta qualidade.

Cuba tem a melhor educação da América Latina, diz Banco Mundial

Banco Mundial diz que Cuba tem a melhor Educação da América Latina e do Caribe. De acordo com a organização internacional, trata-se do único país da região que dispõe de um sistema educativo de alta qualidade

educação cuba
Educação de Cuba é a melhor da América Latina e Caribe, garante Banco Mundial (divulgação)
O Banco Mundial acaba de publicar um relatório revelador sobre a problemática da educação na América Latina e no Caribe. Intitulado Professores excelentes. Como melhorar a aprendizagem na América Latina e no Caribe, o estudo analisa os sistemas educativos públicos dos países do continente e os principais desafios que enfrentam. 1
Na América Latina, os professores de educação básica (pré-escolar, primária e secundária) constituem um capital humano de 7 milhões de pessoas, ou seja, 4% da população ativa da região, e mais de 20% dos trabalhadores técnicos e profissionais. Seus salários absorvem 4% do PIB do continente e suas condições de trabalho variam de uma região para outra, inclusive dentro das fronteiras nacionais. Os professores, mal remunerados, são, em sua maioria, mulheres — uma média de 75% — e pertencem às classes sociais modestas. Além disso, o corpo docente supera os 40 anos de idade e considera-se que esteja “envelhecido”. 2
O Banco Mundial lembra que todos os governos do planeta escrutinam com atenção “a qualidade e o desempenho dos professores” no momento em que os objetivos dos sistemas educativos se adaptam às novas realidades. Agora, o foco está na aquisição de competências e não apenas no simples acúmulo de conhecimentos.
VEJA TAMBÉM: 9 DIAS EM CUBA
As conclusões do relatório são implacáveis. O Banco Mundial enfatiza “a baixa qualidade média dos professores da América Latina e do Caribe”, o que constitui o principal obstáculo para o avanço da educação no continente. Os conteúdos acadêmicos são inadequados e as práticas ineficientes. Pouco e mal formados, os professores consagram apenas 65% do tempo de aula à instrução, “o que equivale a perder um dia completo de instrução por semana”. Por outro lado, o material didático disponível continua sendo pouco utilizado, particularmente as novas tecnologias de informação e comunicação. Além disso, os professores não conseguem impor sua autoridade, manter a atenção dos alunos e estimular a participação. 3
De acordo com a instituição financeira internacional, “nenhum corpo docente da região pode ser considerado de alta qualidade em comparação aos parâmetros mundiais”, com a notável exceção de Cuba. O Banco Mundial aponta que “na atualidade, nenhum sistema escolar latino-americano, com a possível exceção de Cuba, está perto de mostrar os parâmetros elevados, o forte talento académico, as remunerações altas ou, ao menos, adequadas e a elevada autonomia profissional que caracteriza os sistemas educativos mais eficazes do mundo, como os da Finlândia, Singapura, Xangai (China), da República da Coreia, dos Países Baixos e do Canadá”. 4
De fato, apenas Cuba, onde a educação tem sido a principal prioridade desde 1959, dispõe de um sistema educativo eficiente e com professores de alto nível. O país antilhano não tem nada para invejar das nações mais desenvolvidas. A ilha do Caribe é, além disso, a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional (13%) para a educação. 5
Não é a primeira vez que o Banco Mundial elogia o sistema educacional de Cuba. Em um relatório anterior, a organização lembrava a excelência do sistema social da ilha:
“Cuba é internacionalmente reconhecida por seus êxitos nos campos da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maior parte dos países em vias de desenvolvimento e em certos setores se compara ao dos países desenvolvidos. Desde a Revolução Cubana, em 1959, e do subsequente estabelecimento de um governo comunista com partido único, o país criou um sistema de serviços sociais que garante o acesso universal à educação e à saúde, proporcionado pelo Estado. Esse modelo permitiu a Cuba alcançar a alfabetização universal, erradicar certas doenças, [prover] acesso geral à água potável e salubridade pública de base, [atingir] as taxas mais baixas da região de mortalidade infantil e uma das maiores expectativas de vida. Uma revisão dos indicadores sociais de Cuba revela uma melhora quase contínua de 1960 até 1980. Vários indicadores principais, como a expectativa de vida e a taxa de mortalidade infantil continuaram melhorando durante a crise econômica do país nos anos 90 […]. Atualmente, os serviços sociais de Cuba são parte dos melhores do mundo em desenvolvimento, como documentam numerosas fontes internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, além de outras agências da ONU e o Banco Mundial […]. Cuba supera amplamente a América Latina, o Caribe e outros países de renda média nos indicadores principais: educação, saúde e salubridade pública”. 6
O Banco Mundial lembra que a elaboração de bons sistemas educacionais é vital para o futuro da América Latina e do Caribe. Reforça, também, o exemplo de Cuba, que alcançou a excelência nesse setor e é o único país do continente que dispõe de um corpo docente de alta qualidade. Esses resultados são explicados pela vontade política do governo do país caribenho de colocar a juventude no centro do projeto de sociedade, dedicando os recursos necessários para a aquisição de saberes e competências. Apesar dos recursos limitados de uma nação do Terceiro Mundo e do estado de sítio econômico imposto pelos Estados Unidos há mais de meio século, Cuba, baseando-se no adágio de José Martí, seu apóstolo e herói nacional, “ser culto para ser livre”, demonstra que uma educação de qualidade está ao alcance de todas as nações.
1. Barbara Bruns & Javier Luque, Profesores excelentes. Cómo mejorar el aprendizaje en América Latina y el Caribe, Washington, Banco Mundial, 2014. (site consultado no dia 30 de agosto de 2014).
2. Ibid.
3. Ibid.
4. Ibid.
5. Salim Lamrani, Cuba : les médias face au défi de l’impartialité, Paris, Estrella, 2013, p. 40.
6. Ibid., p. 87-88.
Salim Lamrani, Opera Mundi

Economista francês diz que “Marx é possivelmente mais importante que Jesus”

Autor do polêmico 'Capital no século XXI', economista francês Thomas Piketty está no Brasil e participou de tarde de debates na USP. Através da análise de dados estatísticos, Piketty aponta as contradições do capitalismo e as suas respectivas mazelas, como concentração de renda e desigualdade

Thomas Piketty economista francês
O economista francês Thomas Piketty (divulgação)
“A diminuição de desigualdade de renda depende de políticas de valorização do salário mínimo e de políticas inclusivas. A difusão de educação de qualidade é o mais importante mecanismo para diminuir a desigualdade de renda. É preciso também criar taxações progressivas de renda e fortalecer movimentos trabalhistas.”
São palavras do economista francês Thomas Piketty, em São Paulo. Ele está na cidade para promover o lançamento de seu polêmico livro “O Capital no século XXI”. Piketty participou na tarde desta quinta de um debate sobre a sua obra na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP).
O título de seu livro remete ao clássico de Karl Marx. “Marx é possivelmente mais importante que Jesus”, disse ele na FEA.

Desigualdade e capitalismo

O livro de Piketty, recém-lançado em português no Brasil, vem sendo considerada uma atualização do livro de Karl Marx, “O Capital”, e transformou o economista em uma celebridade. Em seu provocativo livro, o autor conclui que a desigualdade de renda, que caiu por muitas décadas no século passado, voltou a aumentar no mundo.
O estudo avalia padrões econômicos e sociais, a partir da análise de dados inéditos de 20 países, em pesquisa que remonta ao século XVIII. A obra aponta uma contradição central no capitalismo que, em vez de dar oportunidades iguais de crescimento para todos, estaria tornando a desigualdade mais extrema, já que quem tem mais dinheiro consegue a riqueza em escala maior.
Segundo o economista, a desigualdade está aumentando porque o rendimento sobre o capital (aluguéis, ações, aplicações) tem sido maior que o da renda obtida com o trabalho e superior à taxa média de expansão da economia. Assim, quem tem dinheiro sobrando para investir vê o montante crescer mais que os que não têm.
De acordo com o autor, a sociedade estaria retornando ao “capitalismo patrimonial”, no qual as grandes economias vêm de dinastias familiares. Como possível solução, Piketty defende elevar o imposto pago pelos mais ricos e taxar as grandes fortunas.
informações de DCM e G1
*Pragmatismopolitico

domingo, novembro 30, 2014

La Dignidad toma las calles de España

Cientos de personas se han manifestado esta tarde por las calles del centro de Valencia en las "Marxes per la dignitat" bajo el lema "No a la corrupción!". Foto: EFE
Cientos de personas se han manifestado esta tarde por las calles del centro de Madrid. Foto: EFE
Las Marchas por la Dignidad han vuelto a convertir las calles de España en un lugar de confluencia para las diversas luchas ciudadanas que se expanden por todo el Estado. Cerca de un centenar y medio de colectivos con distintas sensibilidades y reivindicaciones volvieron a reunirse al calor del lema ”Pan, trabajo y techo” como ya hicieron el pasado 22 de Marzo en Madrid.
En esta ocasión las marchas no han tenido como punto de encuentro la capital del país y se han realizado convocatorias descentralizadas en todas las capitales de provincia del país bajo tomando como principales reivindicaciones el “no al pago de una deuda ilegal, ilegítima y odiosa”, “empleo digno con derechos o renta básica”, “servicios públicos para todas las personas”, “derecho a la vivienda para todos” y “no al TTIP (Acuerdo Transatlántico para el Comercio y la Inversión).
Las movilizaciones promovidas desde el movimiento 22-M ponen el punto y final a la ‘semana de lucha’ convocada para “señalar directamente a los responsables de la crisis-estafa”.

La Capital vuelve a llenarse de ‘Dignidad’

Madrid de nuevo ha hecho gala de su músculo social y decenas de miles de personas han salido a la calle para protestar por la situación de “emergencia social” que atraviesa el país en la más multitudinaria de las manifestaciones convocadas hoy. Desde primera hora de la mañana nueve columnas han recorrido las calles y barrios de la ciudadllevando en una marea humana a los diferentes colectivos hasta Atocha.
Durante el trayecto, los manifestantes lanzaron proclamas como “que viva la lucha de la clase obrera” y portaron pancartas en que rezaban “le llaman democracia y no lo es”, “no al pago de la deuda ilegítima” o “violencia es robar casa y pan”.
Una de las manifestantes, Carla, de 26 años, asegura que se manifiesta porque “es el momento de recuperar el país”. “Se han cargado los recursos públicos, el empleo, están expulsando a los jóvenes de las universidades y así es imposible construir un proyecto de vida. Obligan a los jóvenes a irse del país y los jóvenes lo que queremos es quedarnos”, ha lamentado.
Las llamadas Marchas por la Dignidad a su paso por la plaza de Cibeles, camino de la Puerta del Sol, para reivindicar "Pan, trabajo y techo". Foto: EFE
Las llamadas Marchas por la Dignidad a su paso por la plaza de Cibeles, camino de la Puerta del Sol, para reivindicar “Pan, trabajo y techo”. Foto: EFE
Llegada de las Marchas por la Dignidad a la Puerta del Sol, donde se han concentrado miles de personas. Foto: EFE
Llegada de las Marchas por la Dignidad a la Puerta del Sol, donde se han concentrado miles de personas. Foto: EFE
Llegada de las Marchas por la Dignidad a la Puerta del Sol, donde se han concentrado miles de personas. Foto: EFE
Llegada de las Marchas por la Dignidad a la Puerta del Sol, donde se han concentrado miles de personas. Foto: EFE
Las Marchas de la Dignidad este sábado. Foto: EFE
Las Marchas de la Dignidad este sábado. Foto: EFE
(Tomado de Público)
*CubaDebate

A polícia aplicando seu manual: humilhando, discriminando e desrespeitando moradores de favelas

via Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência
"A polícia aplicando seu manual: humilhando, discriminando e desrespeitando moradores de favelas, especialmente os jovens. 
Até quando? 
CHEGA DE VIOLÊNCIA POLICIAL!
MORADORES DE FAVELAS MERECEM RESPEITO!
https://www.facebook.com/video.php?v=10152359275990736"




Filha de vítima confirma: esquema de empreiteiras começou na ditadura

: Miguel do Rosário
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O texto abaixo, contando a história da filha de um diplomata, confirma o que Fabiano Santos dissera em entrevista para a TV Mega.
A cultura de corrupção no Brasil, em especial na relação do setor de construção civil com os governos, consolidou-se na ditadura.
E está sendo combatida pelo sistema democrático.
Antes, não havia denúncia.
Quem denunciava, morria.
Não havia transparência, investigação, nem liberdade de imprensa.
A mídia que existia – que é a mesma que hoje se arvora em paladina da democracia e da ética – era cúmplice da ditadura.
Esta é razão pela qual ainda há imbecis que pedem “intervenção militar”.
A corrupção da ditadura, por não ser veiculada na mídia, parecia não existir.
Mas foi ali que ela ganhou força.
Foi ali que as grandes empreiteiras, juntamente com as gigantes da mídia, consolidaram-se financeiramente.
*
A coragem de uma mulher
Por Ignácio de Loyola Brandão, no Estadão
A advogada Lygia Maria Jobim entregou esta semana à Procuradoria da República no Rio de Janeiro um pedido de abertura de inquérito civil para apurar as circunstâncias da morte de seu pai, o ex-embaixador José Jobim, durante a ditadura militar. Lygia Jobim foi de importância fundamental em minha vida. E para a literatura brasileira. Somente agora, ao ver sua idade, 64 anos, vejo como ela era jovem e corajosa, quando teve a audácia de enfrentar a censura e o sistema militar, 40 anos atrás.
(…) Lygia Jobim tinha então 24 anos, era tímida, bonita, suave e determinada.
(…) Em 1979 – mesmo ano em que Zero acabou liberado – numa tarde (agora vejo que foi em março), Lygia me ligou contando que seu pai, o embaixador, tinha sido encontrado enforcado na Barra da Tijuca, dois dias depois de ter sido sequestrado de sua casa no Cosme Velho. Jobim tinha revelado que pretendia revelar os esquemas de superfaturamento na construção de Itaipu, que acabou custando dez vezes mais. Com a sua coragem habitual, Lygia Jobim foi primeiro à Comissão da Verdade e agora buscou a Procuradoria. No entanto, ela esclarece: “Não quero indenização, não quero dinheiro. Desejo apenas o reconhecimento de responsabilidades. Itaipu matou meu pai e agentes do Estado destruíram as provas”.
*Tijolaço