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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 03, 2010

PCC Insegurança de São Paulo






A (in)Segurança Pública de Alckimin

docomtextolivre

Polícia aponta indícios de retaliação do PCC

O que Serra tem a dizer sobre isso?

Brasília Confidencial

As primeiras investigações da Polícia Civil indicam que pode ter havido uma retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC.

Nas últimas semanas a PM prendeu alguns líderes do PCC, matou outro e apreendeu uma carga de cocaína que pertenceria à facção. E, no dia 29, mais um criminoso ligado ao grupo, José Ronaldo da Silva, foi morto por dois policiais da Rota, durante um assalto. Os policiais descobriram, então, que ele tinha uma submetralhadora e uma pistola calibre 45 de uso restrito das Forças Armadas, sem numeração. Além disso, exibia no corpo tatuagens com símbolos do PCC.

O ataque ao quartel da Rota na madrugada de domingo, segundo a polícia, teve características de ação suicida, porque o atacante que foi morto, Frank Ligieri Sons, se expôs à reação dos PMs com chances mínimas de sobreviver. Policiais acreditam que Frank, recém-saído da cadeia, estava em dívida com o PCC e foi obrigado a cumprir a missão. Frank era acusado de ter estuprado a filha, cujo nome tinha tatuado no peito. Há suspeita de que foi da arma que estava com ele que saíram os 12 disparos feitos na manhã de sábado contra o comandante da Rota, tenente-coronel Paulo Telhada.

Um terceiro detalhe divulgado ontem ajuda a caracterizar a onda de ataques contra a PM. Era no depósito policial de carros apreendidos, na zona leste de São Paulo, que estava a maioria dos quase 15 veículos incendiados na madrugada de domingo.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o comandante da Rota afirmou que “as ações foram realizadas a mando de expoentes do crime organizado”.

dogilsonsampaio



Serra visita favela e tenta mostrar o que fez por pobres


“Escondido” pela mídia, PCC já tem parceria com narcotraficantes mexicanos

por Luiz Carlos Azenha

O Primeiro Comando da Capital (PCC) não só não acabou como há alguns meses passou a fazer negócios com narcotraficantes do México, disse ao Viomundo a repórter Fátima Souza, autora do livro “PCC, a facção”, em que esmiuçou o funcionamento da organização que atua dentro dos presídios paulistas, tem ramificações nacionais e controla atividades criminosas nas ruas das cidades brasileiras.

“O PCC não perdeu força, ele perdeu divulgação”, disse Fátima na entrevista, numa alusão à decisão de mencionar o PCC como “facção criminosa” adotada pela mídia brasileira. “Quanto mais você esconde, menos você combate”, ela acrescentou mais tarde.

Fátima reonhece que desde que recebeu como tarefa principal o combate ao PCC, em junho de 2009, a ROTA (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar) fez estrago na organização: 18 presos, morte de 2 chefes importantes, a apreensão de uma tonelada de cocaína, meia tonelada de maconha e de 2 milhões de reais em dinheiro em 4 bocas da Zona Leste de São Paulo. Há denúncia de que um dos chefes mortos, o Vampirinho, foi retirado do automóvel em que estava com uma mulher e fuzilado, diz Fátima.

No entanto, permanecem dúvidas quanto aos recentes ataques atribuídos ao PCC em São Paulo.

Para ouvir a primeira parte da entrevista, clique aqui.



Policiais Militares de São Caetano, parabenizam Protógenes por sua atuação na Polícia Federal, e garantem seu apoio ao candidato.











Serra escala ex-genro de FHC para defender privatização do pré-sal



David Zylbersztajn (ex-genro de FHC, nomeado presidente da Agencia Nacional do Petróleo, pelo sogro, na época), representa o candidato José Serra (PSDB) em suas propostas na área de energia, e já faz campanha pela privatização do pré-sal.

O assessor de Serra, fez hoje duras críticas ao "fortalecimento do Estado" no setor energético durante o governo Lula.

Um dos articuladores da privatização da "PetrobraX" no governo FHC, ele mostrou preocupação com as "posturas estatizantes" na área de petróleo, criticando a criação da Petrosal e o regime de partilha.

O demo-tucano recorre aos mesmos argumentos dos lobistas estrangeiros interessados em meter a mão na riqueza do pré-sal, e diz: "A criação da estatal do pré-sal é uma das maiores barbaridades já vistas no mundo".

Zylbersztajn é dublê de assessor de Serra e consultor de empresas privadas de petróleo.
dosamigosdopresidentelula



Quase vice de Serra se diz arrependido por não pedir o impeachment de Lula

O senador Alvaro Dias (PSDB/PR), elevou às alturas o anti-lulismo que reina entre os demo-tucanos, agrupados na campanha de José Serra.

Subiu a tribuna do Senado, na segunda-feira (2) para dizer que o Senado "pecou" ao deixar de abrir um processo de impeachment contra o presidente Lula em 2005.

O objetivo do demo-tucano foi dar uma resposta ao discurso do presidente Lula, no sábado durante comício em Curitiba, Paraná, quando o presidente disse: "peço a Deus que essa companheira não tenha o Senado que eu tive, um Senado que ofenda o governo, como eu fui ofendido".

Mas o demo-tucano acabou dando um tiro no pé na campanha, ao detonar a tentativa de Serra de dissimular seu oposicionismo anti-Lula.

Alvaro Dias chegou a ser indicado vice de José Serra (PSDB/SP), por suas posições anti-lulistas, mas foi vetado pelo DEMos.


Brizolaço

FIQUE POR DENTRO!

Postado por Brizolaço em 03/08/2010

Serra fala sobre pré-sal por meio de assessor: Entregar!

O consultor de José Serra em suas propostas na área de energia, David Zylbersztajn, revelou hoje como o candidato tucano vê o pré-sal e o papel da União no gerenciamento dessa imensa riqueza. Segundo matéria do Estadão, ele atacou sem meias palavras o fortalecimento do Estado no setor energético durante o governo Lula, em especial na área do petróleo.

Ex-genro de Fernando Henrique Cardoso, Zylbersztajn recebeu o comando da Agência Nacional do Petróleo durante o governo tucano para tocar a licitação de áreas de exploração e produção na costa brasileira, depois da quebra do monopólio da Petrobras. Sempre foi defensor ferrenho do modelo de concessão, que entregava o petróleo brasileiro às multinacionais.

Em palestra no Energy Summit, evento que orienta os investidores a atuar no mercado brasileiro de energia, Zylbersztajn disse que o Brasil está “saltando de um clube a outro” ao assumir maior controle sobre o petróleo e classificou a criação da Pré-Sal Petróleo, estatal que assegura a hegemonia pública sobre a nova província petroleira, de “uma das maiores barbaridades já vistas no mundo.”

Barbaridade só se for para as empresas privadas a quem Zylbersztajn passou a prestar consultoria depois que deixou a agência pública, mandando às favas os pruridos de quem lidou com informações privilegiadas do setor. Para o Brasil é a segurança de gerir a imensa riqueza do pré-sal, garantir que ela atenda aos interesses do povo brasileiro e controlar sua exploração de forma racional.

A revolta do assessor de Serra na área de energia é perfeitamente compreensível. A criação da empresa do pré-sal e o novo marco regulatório que garante à Petrobras o papel de operadora exclusiva das gigantescas jazidas enterra qualquer pretensão privatizante tucana. Durante os anos de Zylbersztajn à frente da ANP, no governo integrado por José Serra, o petróleo deixara de ser nosso para ser explorado por dezenas de empresas que invadiram o país com a quebra do monopólio da Petrobras. Para o pré-sal, era esse o modelo com que os tucanos sonhavam, mas o governo Lula garantiu no Congresso Nacional que a regra do jogo mudasse.

É essa a mudança de clube que o consultor de Serra trata de forma tendenciosa em seus argumentos. Ao se referir à troca do regime de concessão para o de partilha, ele disse que o Brasil sai de um clube integrado por Noruega, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, para outro onde estão Iraque, Arábia Saudita, Nigéria e Líbia, mas ao criticar a estatal do pré-sal não menciona que ela se inspira justamente no bem sucedido modelo norueguês.

E ao tentar contrapor de forma preconceituosa países europeus e norte-americanos aos países árabes, o representante de Serra não menciona o fato de que dos 24 países com as maiores reservas de petróleo do mundo, dois terços operam sob o regime de partilha ou de prestação de serviço.

Zylbersztajn expôs muito mais do pensamento de Serra, como a defesa de um papel menor do Estado na economia, a acusação de aparelhamento do Estado, que Serra chamou de “República Sindicalista”, retomando o palavreado da direita na derrubada de Jango, e as acusações genéricas de corrupção de quem só vê o mal nos outros.

Ao fim do evento, não respondeu aos jornalistas de que forma um suposto governo tucano lidaria com o novo modelo de partilha, aprovado pelo Congresso. Mas nem era preciso. A resposta já estava contida em sua palestra e nos oito anos do governo que integrou, com papel relevante na entrega de nossas riquezas.

doBrizolaço


Pai, o que é dossiê?




(Marina Mantega, a nova vilã da mídia).

A Folha deu destaque no fim de semana, e o gro de hoje estampou manchete:


De todos os dossiês ridículos que a mídia tenta jogar no colo do PT, esse é a obra máxima. Uma cartinha anônima virou DOSSIÊ PETISTA. No terrível dossiê, que ESQUENTOU A CAMPANHA, acusa-se Marina Mantega, filha do ministro da Fazenda, de perguntar ao diretor da Previ sobre as dívidas da empresa do namorado. Detalhe, não se acusa o interlocutor de sequer ter prestado atenção à pergunta da moça. Tudo teria ficado numa pergunta, alçada agora à condição de TRÁFICO DE INFLUÊNCIA.

O presidente do PSDB, Sergio Guerra, não tem medo de partilhar dessa estratégia risível e pisa bem fundo na lama:

O presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE), teme que uma onda de dossiês contamine ainda mais a disputa eleitoral. Para o tucano, os petistas têm verdadeira obsessão e compulsão por dossiês.

- Eles são viciados em dossiês, é uma questão obsessiva e compulsiva do PT e do governo. Os petistas são cheios de hábitos estranhos - disse Guerra, que também é coordenador da campanha presidencial de José Serra (PSDB).

Vamos tentar usar um pouco a razão. Em primeiro lugar, o suposto dossiê levantado pela Folha (eu vi a edição, o assunto ocupa a capa e várias páginas inteiras) não é, tecnicamente falando, um dossiê. É uma cartinha anônima apócrifa.

Se formos converter qualquer cartinha anônima apócrifa num terrível DOSSIÊ PETISTA, então existem milhões de DOSSIÊS PETISTAS rolando por aí.

O patético é que essa história não tem nada a ver com Dilma Rousseff. Afeta-a apenas porque é COISA DO PT, ajudando a fortalecer esse preconceito figadal de setores intelectualmente vulneráveis da classe média contra o partido de Dilma. Mas sequer a atinge diretamente. E nem toca em nada relativo ao PSDB ou DEM. É estranho, portanto, que a reportagem do Globo procure a opinião de Sérgio Guerra, o maior adversário do PT, sobre a história. É claro que ele tentou faturar politicamete, na maior cara de pau. Dizer que "eles são viciados em dossiês, é uma questão obsessiva", é pura baixaria.

A mídia e a oposição inventaram um novo demônio: O DOSSIÊ. Na verdade, não existe nada de intrinsicamente maligno num dossiê. Se um governo pretende preencher um cargo sensível politicamente, nada mais lógico que mandar fazer um dossiê sobre aquela pessoa. Não é proibido fazer dossiê. Mas a mídia satanizou a palavra e agora procura sempre associá-la, em manchetes garrafais, ao PT.

É impressionante, porém, como os tucanos resolveram baixar o nível da campanha. "Os petistas são cheios de hábitos estranhos", afirmou Guerra, ao Globo. Ele trata do dossiê como se fosse uma espécie de crack e os petistas um bando de viciados. Ele usa o termo "viciados".

Segundo o Ibope, o PT tem a preferência de 29% do eleitorado brasileiro, contra apenas 7% do PSDB. Essa tática de satanizar o PT através da mídia não tem surtido efeito. Ao contrário, produziu uma massa crítica fortemente favorável ao PT e fez surgir um petista já vacinado contra essas manipulações toscas.

Acredito que muitos pais, ao escutarem a pergunta: "pai, o que é dossiê?", vão responder com um sorrisinho irônico: "isso é trololó da mídia, filho".

Tags: dossiê, Folha, Marina Mantega, eleições 2010
doóleododiabo

Fatos Históricos

O Brasil no Mundo

No governo do presidente Lula, a inserção internacional do Brasil passou a apresentar características inéditas em nossa história. De uma parte, porque o Brasil cresceu bastante como país exportador. De outra, porque foi capaz de atrair novos e muitos investimentos estrangeiros. Mas o principal, nesse campo, foi a nova política externa brasileira. Uma política que deu outro peso e outra densidade à progressiva projeção internacional do país, levando-o a exercer uma liderança efetiva na América do Sul e no mundo.

Mantivemos nossos laços tradicionais, com todo o seu lastro histórico. E, ao mesmo tempo, abrimos o leque de nossas relações. Fortalecemos nossos vínculos com a América Latina, com a África, com os países árabes, com a China e com a Índia. Estimulamos a cooperação entre os países, não as políticas de imposição. Valorizamos as organizações multilaterais, especialmente as Nações Unidas, e defendemos o reordenamento das relações entre os países.

A nova postura transformou o Brasil em um novo e importante ator global. Seu papel na constituição do G20 foi fundamental. E sua participação é requisitada em discussões que envolvem comércio, finanças, meio ambiente, combate à fome e até mesmo governança global. Lula se converteu em personalidade respeitada em todo o planeta, ganhando o prêmio de Estadista Global em Davos, entre outros. Não por acaso vamos sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

O Brasil hoje se abre de forma inédita para o mundo. Ocupa espaços, como nunca antes, no cenário internacional. Com generosidade, tolerância e altivez. Sempre apostando no diálogo e no entendimento. Sempre acreditando na justiça e na paz. E sem jamais se mostrar disposto a sacrificar os interesses essenciais da nação.

Nossas relações externas

O Brasil seguirá valorizando uma agenda positiva com seus vizinhos, promovendo a integração física, energética, produtiva, social e política da América do Sul, continente com o qual queremos associar nosso destino.

Mas, nossa política externa – universalista e multilateral – favorece a formação de um mundo multipolar. Apostamos numa aproximação Sul-Sul, sem que isso signifique um distanciamento dos Estados Unidos, União Europeia ou Japão.


http://stat.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20100803/fotos/favela.jpg



A PROPRIEDADE PRIVADA – MORTE POR APEDREJAMENTO











Intervenção de Lula suspende sentença de iraniana

O caso de Ashtiani voltará a ser examinado pela Justiça

A intervenção de Lula no caso da iraniana Sakineh Asthtiani, condenada à morte por adultério pelas leis islâmicas, pode ainda não ter tido um desfecho exitoso, mas uma primeira vitória já foi conquistada. Teerã anunciou hoje que suspendeu a sentença, que voltará a ser analisada pelo Judiciário do país.

Não se enganem os que costumam perguntar o que que o Brasil foi fazer no Irã, que a intervenção de Lula, que ofereceu asilo a Asthiani, foi a responsável pelo recuo do país na execução da sentença. Lula criou o fato político e ampliou mundialmente o absurdo da situação, mesmo que sob uma ótica de moral e de costumes diferente da nossa.

A atitude do presidente brasileiro repercutiu em todos os lugares. Os principais jornais do mundo deram amplo destaque à proposta brasileira, o que gerou uma pressão internacional para que o Irã aceitasse a oferta de Lula como gesto humanitário. O apelo do presidente renovou as esperanças da família de Ashtiani que já havia anunciado a disposição de viver no Brasil, conforme reportagem do Estadão, na edição desta terça-feira. A proposta tem o apoio de ativistas que defendem os direitos humanos no Irã, e incentivou inúmeras comunidades internacionais a pedir pela vida da iraniana, de 43 anos, acusada de suposto adultério.

Muitos apostaram que a gestão brasileira seria infrutífera, e por aqui, certamente, não foram poucos os que torceram para que desse errado, mas com a decisão iraniana de suspender a execução e voltar a examinar a sentença judicialmente, Lula calou a boca de seus adversários e ganhou mais uma vez o reconhecimento mundial de líder inconteste.

Vamos todos torcer para um final feliz, mas desde já, embora não fosse essa sua intenção, Lula sai fortalecido do episódio perante a opinião pública das nações que acompanham com preocupação o destino de Sakineh.


A PROPRIEDADE PRIVADA – MORTE POR APEDREJAMENTO

Laerte Braga

O sargento norte-americano Mike Kellems, da Polícia de Indiana, EUA, recebeu um comunicado em sua delegacia ou distrito, que o foragido Robert Aubin estava na Feira de La Porte. Fora reconhecido por John Boyd, um policial de folga.

Kellems dirigiu-se ao local da Feira para efetuar a prisão e só conseguiu seu intento depois de pagar cinco dólares, preço do ingresso para entrada na Feira. A alegação do caixa é que o evento era propriedade privada, fora do alcance da Polícia sem o pagamento do valor cobrado a qualquer visitante.

O fato ocorreu no dia 23 de julho e a decisão de exigir o pagamento do ingresso ao sargento foi de um dos funcionários da empresa de segurança privada encarregada de zelar pela ordem durante a Feira.

Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã disse na segunda-feira, dia 2 de agosto, que o presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva fez a proposta de dar asilo à iraniana Sakineh Mahammadi Ashtiani, condenada a morte por apedrejamento por “crime” de adultério. Lula, segundo o porta-voz tem “uma personalidade emotiva e por ser muito humano”.

Segundo o porta-voz, Lula desconhece outros crimes praticados pela mulher. O pedido de Lula foi considerado uma “interferência nos negócios internos do Irã”. A campanha internacional em defesa de Ashtiani acabou por suspender a execução por apedrejamento, mas mantém a pena de morte. Com 43 anos de idade ela pode ser enforcada ou morta por outro meio qualquer utilizado para os condenados a morte naquele país.

Ashtiani cometeu o crime de ter relações sexuais, que o governo do Irã considera ilícita, com dois homens e está presa desde 2006. Registre que a acusada é viúva.

O bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza mata palestinos todos os dias, seja pela falta de alimentos, de atendimento médico a doentes, ou pela barbárie costumeira dos militares israelenses. Centenas de mulheres palestinas são estupradas por sionistas.

A queda do muro de Berlim não significou, como se disse à época, o fim do tempo dos muros segregacionistas, ou limitadores de liberdade. Dois muros mantêm mexicanos distantes dos EUA e palestinos longe de suas terras ocupadas por Israel.

Os documentos secretos da guerra do Afeganistão liberados por um site mostram o caráter brutal, de saque e de interesses econômicos dos EUA e revelam o outro lado da invasão e ocupação. Primeiro uma guerra onde a vitória é impossível, segundo os “mercados” paralelos desenvolvidos em torno do conflito, tráfico de drogas e mulheres por militares norte-americanos. O preço de uma virgem para um soldado dos EUA anda em torno de 20 dólares.

A decisão de aceitar a tortura de prisioneiros como fato corriqueiro, os assassinatos seletivos, o espírito boçal dos norte-americanos ao comemorar a morte de civis iraquianos – guerra do Iraque – a prática constante de estupros contra mulheres afegãs, como aconteceu no Iraque, toda a sorte de crimes contra o ser humano, no que Hans Blinx chamou de embriaguez pelo poder militar.

Cobrar ingressos de um policial para entrar numa feira e prender um foragido da justiça é um fato menor diante de toda essa barbárie. Mas é revelador da natureza perversa da sociedade norte-americana, do culto à propriedade privada.

Segundo Millôr Fernandes, “o primeiro humano a cercar a sombra inventou a propriedade privada”.

Condenar uma mulher por “adultério” a ser apedrejada e em seguida suspender a pena para transformá-la em enforcamento ou qualquer outra forma estúpida de matar, é o resultado de um fundamentalismo religioso equivocado e criminoso que não tem nada a ver com o Islã, como não tem nada a ver com Bíblia as práticas fanáticas de seitas neopentecostais no Brasil e em vários países do mundo. Ou as lições históricas do judaísmo e o sionismo fascista do governo de Israel.

São características da barbárie que vai transformando o mundo num palco de violência e estupidez em todos os cantos.

Seja no sargento que pagou para prender um criminoso, ou no latifundiário brasileiro que contrata pistoleiros para matar camponeses submetidos a trabalho escravo. Tanto faz que seja a guerra do Afeganistão ou do Iraque, o cerco a Gaza.

É o mundo capitalista, da chamada nova ordem econômica, da realidade neoliberal.

Uma Europa que venceu o nazismo e perdeu para os EUA (A Europa é um continente em sua quase totalidade cercado de bases militares norte-americanas e em passo acelerado para a falência total), mas que não muda a bandeira, a suástica está implícita nas estrelas dos estados federados.

Ou a América Latina debaixo da ameaça de golpes e bases militares, sob o mesmo tacão, na tentativa de fazê-la de novo América Latrina. A Ásia e o Paquistão com seus generais assentados em bombas nucleares e transformando-as em dólares, bilhões, capazes de eliminar a fome no continente africano. A China transformando-se em segunda economia do mundo, bilhões em fome e trabalho escravo.

Prender um foragido, executar um ser humano por adultério, espocar em gritos de alegria por matar inimigos que chamam de bastardos, construir muros para cercar zoológicos de animais humanos. Tudo isso é conseqüência de uma só matriz e não é na natureza humana. Mas, em nossos tempos, o imperialismo montado em arsenais de boçalidade e travestido de barbárie democrática, cristã e ocidental.

Ou vindas do Islã na interpretação fanática e cega que o fundamentalismo proporciona. Qualquer fundamentalismo.

Um templo umbandista em Santa Catarina foi invadido por policiais militares (esses que liberam atropeladores à custa de propina, matam camponeses a mando do latifúndio, crianças em salas de aula) sem razão alguma, mas insuflados pelos interesses políticos de pastores corruptos, vendedores de tijolos para mansões fictícias num céu irreal.

Essa, aliás, tem sido prática constante nos últimos tempos com a ascensão do neopentecostalismo como forma e caminho usado pelo lumpém do capitalismo em sua sanha de fazer triunfar e tremular o fascismo.

Nesse meio tempo, independente de avaliação disso ou daquilo, o presidente do Brasil ganha o rótulo de “emotivo e humano”, por se propor a abrigar a mulher que exerceu o direito de ser dona de si, num mundo que a despeito dos muitos avanços, ainda tem seus quartos escuros e as penumbras sombrias que não diferem em nada do fascismo que combatem em Israel.

“Oh, cansativa condição da humanidade!

Nascida sob uma lei, ligada à outra,

Vaidosamente gerada, e todavia proibida à vaidade,

Criada enferma, obrigada a ser perfeita.

(Fukle Greville, determinando a relação correta entre o mundo da realidade e o mundo temporal humano)

“Como um gorila raivoso

Promove embates tão fantásticos diante do paraíso

Que faz os anjos chorarem”.

(William Shakespeare, refletindo sobre o mesmo que Malraux refletiu séculos depois, A CONDIÇÃO HUMANA).

Esses gorilas matam um por dia, pelo menos, em Honduras, na construção do processo “democrático” e na preservação da “liberdade”.

Têm a bênção do cardeal. Sua Eminência reza a missa matinal, no palácio e cercado de ouro por todos os lados. O Vaticano é só uma empresa. Gere um dos muitos bancos que saqueiam seres humanos nos juros de cada dia.

Que o governo do Irã reflita sobre a importância de sobrepor-se ao atraso, afinal o país vive um processo revolucionário e principalmente, sobre a importância de ser “emotivo” e “humano”.

A liberdade e a justiça não podem custar cinco dólares. E muito menos apedrejamentos.

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segunda-feira, agosto 02, 2010

psdb perdeu o controle do sistema prisional, diz Mercadante







O candidato a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), afirmou nesta segunda-feira, no bairro do Capão Redondo, na capital paulista, que o governo demo-tucano de Serra, Alckmin e Goldman, perdeu o controle do sistema prisional paulista.

Independente dos episódios da madrugada do último domingo, quando a polícia sofreu atentados e ataques, ele lembrou que o problema do PCC é crônico há muito tempo:

"Não quero falar dos indícios de um novo ataque às forças de segurança do Estado. Mas não é de hoje que o governo do PSDB perdeu o controle do sistema prisional aqui em São Paulo. Estamos à véspera do indulto do Dia dos Pais e é preciso atenção redobrada neste momento", afirmou.

Segundo Mercadante, já era hora de São Paulo ter introduzido o controle eletrônico dos presos, em casos como os de indulto. "A situação em São Paulo é hoje muito defasada. Não há um controle efetivo dos presos, a aplicação de penas alternativas é mínima e há um descaso com a carreira de policiais e homens do sistema carcerário. Podemos aplicar em São Paulo o mesmo plano de inteligência que foi adotado pela Polícia Federal", disse.

Mercadante afirmou que em um eventual governo irá adotar o sistema que é aplicado no Rio de Janeiro, das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a serem instaladas em áreas de maior concentração de violência. (Do Portal Terra).

dosamigosdopresidentelula


USP cai 64 posições.
Serra é um jenio


Serra não se atrasa. Ele é o atraso




USP cai mais de 60 posições em ranking mundial de universidades

A Universidade de São Paulo (USP) é a 122º universidade mais qualificada do mundo, de acordo com o ranking das melhores instituições de ensino superior divulgado pela Webometrics Ranking Web of World Universities. No início do ano, a instituição aparecia na 58ª colocação, perdendo 64 posições. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficou como primeira universidade federal entre as instituições brasileiras, ocupando a 377ª posição geral. Veja aqui o ranking mundial.

As instituições americanas marcam posição no ranking até a 21ª colocação. As três primeiras colocadas são a Harvard University, o Massachusetts Institute of Technology e a Stanford University. A primeira universidade europeia no levantamento é Cambridge, localizada na Inglaterra.

Entre as 10 primeiras colocadas no ranking da América Latina, cinco são instituições do Brasil. A USP, primeira colocada na última divulgação, perdeu a posição para a Universidad Nacional Autónoma de México. Veja aqui o ranking América Latina.

Desde 2004, o ranking é divulgado duas vezes por ano – em janeiro e julho – cobrindo mais de 20 mil instituições de ensino superior em todo o mundo. O relatório leva em conta o desempenho global e a visibilidade das instituições na web, incluindo indicadores de pesquisa e qualidade de estudantes e professores.

O Webometrics Ranking Web of World Universities é promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC, na sigla em espanhol) da Espanha.

Outras informações podem ser obtidas no site www.webometrics.info.

doconversaafiada

Agora ele quer a guerra na região, no Irã mas ali vai se arrepender











Obama finge que guerra do Iraque vai acabar

A dor da população foi tudo o que os EUA criaram no Iraque

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As guerras sempre terminaram com a rendição de uma das partes ou com a fuga das tropas de um dos lados, como aconteceu com os Estados Unidos na guerra do Vietnã. Agora, o presidente dos EUA, Barack Obama, quer criar a guerra com data marcada para terminar, ao dizer que o conflito criado por seu país no Iraque terminará no dia 31 de agosto “como prometido e previsto”.

O que Obama faz é apenas uma figura de linguagem ao considerar que a guerra acaba com a retirada de mais de 90 mil soldados norte-americanos, já que o que deixa para trás é um cenário de permanente conflito, guerra civil iminente, com atentados semanais, que causam muitas baixas, sobretudo entre a população iraquiana.

Obama retira 90 mil soldados, mas mantém 50 mil no que chamada de força de transição, que também tem data para sair, no fim do ano que vem. O objetivo dos EUA é que as forças de segurança iraquianas, por eles treinadas, assumam o controle do país, o que é uma situação de risco explosivo, já que representam um governo títere de Washington, sem o menor respaldo da população.

A guerra do Iraque foi criada pelos Estados Unidos que deslocaram suas tropas até lá sob o pretexto de derrubarem o então presidente iraquiano Saddam Husseim, acusado de ligações com Al Qaeda, a quem se atribui o atentado contra as torres gêmeas de Nova York, em setembro de 2001. Saddam não tinha nenhuma ligação com a AlQaeda e os EUA, na verdade, queriam assegurar o fornecimento e o controle sobre o petróleo do país, que tem a terceira maior reserva mundia comprovada.

O Iraque vive um estado de guerra crônica, com conflitos não resolvidos entre diferentes grupos religiosos e com forte presença de facções radicais islâmicas, como a Al Qaeda, que os EUA pretendiam combater. Obama tenta passar uma situação de aparente tranquilidade e controle sobre o país islâmico, mas basta a leitura diária dos jornais para saber que o Iraque continua sendo um barril de pólvora.

dotijolaço