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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 06, 2010

revista Nazi dá ou desce






“Indio acertou o alvo”, TSE acertou a Veja

O TSE confirmou ontem, por unanimidade, o direito de resposta concedido ao PT contra a revista Veja por ter se associado às acusações do sr. I. da Costa de ligações do partido com as FARC e o narcotráfico. A decisão havia sido tomada no dia 2 deste mês por quatro votos a três.
dotijolaço

Serra não loteia cargos, só arruma uma boquinha

Mais uma mentira de José Serra desta vez no debate da Band. Serra mentiu quanto a não lotear cargos. Ele deu emprego à Antero Paes de Barros (PSDB/MT) na SABESP, e arrumou uma boquinha para Roberto Freire (PPS/SP) na prefeitura de São Paulo.
Roberto Freire recebe jetons da prefeitura de São Paulo. A “boquinha” de Roberto Freire na prefeitura é um escândalo, mais de R$ 12 mil por mês para participar de dois conselhos municipais, que se reúnem uma vez por mês
Roberto Freire, presidente do PPS, ex-deputado federal pelo Estado de Pernambuco, e um dos “paladinos” da moralidade em nosso país, recebe jetons no valor de R$ 12 mil da prefeitura de São Paulo, pela participação em dois conselhos municipais da Emurb e da SPTurismo e ainda com passagens de avião de cortesia.
É o que relata matéria do Jornal da Tarde na época da nomeação do aliado de Serra. Freire é uma das 58 pessoas beneficiadas por uma política iniciada ainda na gestão de José Serra na prefeitura de São Paulo e que o então vice prefeito Gilberto Kassab deu continuidade.
O propósito desta “bondade administrativa” é acolher aliados políticos e engordar os salários de alguns secretários municipais, sem arcar com o ônus de promover reajuste de seus salários.
Oito destes secretários municipais participam de mais de um conselho e chegam a ganhar o valor da boquinha em mais de R$ 17 mil reais, somando-se salário mais o jeton, o que significa que seus vencimentos ultrapassam o salário do prefeito, fixado em R$ 12,7, e pior, contrariando a lei.

Cédulas Novas

Novas cédulas do real

As novas cédulas do real começaram a ser feitas nesta sexta-feira na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro. As notas de R$ 50 e R$ 100 começarão a circular em novembro. As demais, a partir de 2012.
docomtextolivre

Crimes de Guerra usa quando serão julgados?






Sobreviventes de Hiroshima estigmatizados no Japão

As consequências do bombardeio e da exclusão social que duraram anos ainda perduram para sobreviventes e descendentes da tragédia. Além de doenças relacionadas com a radiação, como câncer e estresse, o preconceito é outra chaga terrível.

Por Suvendrini Kakuchi, da IPS
[05 de agosto de 2010 - 11h11]
A japonesa Toshiko Hamamako se ergueu trêmula e se dirigiu ao público, mas não por pânico diante das pessoas. Seu problema começou há décadas. No dia 6 de agosto de 1945, quando era menina, os Estados Unidos lançaram a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, 700 quilômetros a oeste de Tóquio. Três dias depois lançaram outra sobre Nagasaki e pôs fim à agressão japonesa e ao conflito no Pacífico.

Toshiko só recentemente se atreve a falar em público sobre sua vida, 60 anos após o ocorrido. “Ficava aterrorizada ao falar de pé, diante do público, mas também foi uma experiência pessoal importante”, disse a mulher de 66 anos, na conferência sobre o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TPN), realizada em maio em Nova York. Junto a ela havia outros hibakusha, sobreviventes da bomba atômica. Seus relatos sobre doenças e tratamentos dolorosos continuam sendo uma prova poderosa da devastação causada por essa arma letal.

Seu sofrimento não foi apenas pelas queimaduras da radiação e os consequentes problemas médicos, mas pela estigmatização e discriminação que sofrem os sobreviventes e suas famílias. “Somos evitados porque estávamos contaminados”, contou Toshiko. Os filhos dos sobreviventes também são estigmatizados. “Contei o quanto é horrível ser uma hibakusha”, relatou Toshiko, que agora vive com o marido e a filha em Saitama, bairro da zona oeste de Tóquio.

“Minha mãe nunca me falou daquela época porque não gostava de recordar o prolongado sofrimento que viveram ela, minha irmã e toda a vizinhança. A radiação as afetou muito, têm queimaduras que nunca se curaram”, acrescentou. Quando Toshiko se casou, seu marido a fez prometer manter segredo de sua condição para não serem discriminados. “Respeitei seu desejo. Foi há dois anos que decidi falar e estou contente por isso. Agora me dou conta da importância que tem minha história para o mundo”, acrescentou.

“Sabia que chegava a eles”, disse Hiroshi Nakamura, de 67 anos, que falou na mesma conferência que Toshiko. “Minha mensagem sobre os horrores da bomba atômica teve muito mais efeito do que muitos livros e filmes”, afirmou. Os relatos dos sobreviventes não serão sobre a catástrofe propriamente dita porque eram muito jovens, mas os ativistas afirmam que realçam as consequências do bombardeio e da exclusão social que duraram anos. “Pessoas como Toshiko são fundamentais para que o mundo aprenda a lição de Hiroshima”, disse o professor Mitsuo Okamoto, responsável pelo Centro para a Paz e a Não Violência, de Hiroshima. “Seus relatos são uma continuação do trabalho desempenhado pela geração mais velha de sobreviventes, cujas narrações daquele dia fatídico impulsionaram ações globais pela paz”, acrescentou.

Segundo as estatísticas, são 162 mil sobreviventes reconhecidos oficialmente, mais de 60% têm entre 70 e 80 anos, e sofrem de doenças relacionadas com a radiação, como câncer e estresse. A bomba de urânio, lançada por aviões norte-americanos sobre Hiroshima, criou uma enorme nuvem de radiação na forma de cogumelo e deixou 140 mil mortos, 40% da população da cidade. O número de vítimas em Nagasaki foi semelhante, 73.884 desapareceram na hora e outras 74.909 ficaram feridas.

Dos 1.500 hibakusha, de aproximadamente 60 anos, entrevistados para uma pesquisa realizada em julho pelo jornal Asahi, 61% disseram que começaram a se abrir e contar suas histórias depois de 2005. Muitos analistas afirmam que o prolongado silêncio se deve ao estigma social e ao medo de não poder casar porque numerosos japoneses acreditam que a saúde dos filhos e netos de hibakusha não é boa. Hiroshi, de fato, compara sua situação com a de uma condenação à morte porque não sabe quando terá diagnosticada uma doença relacionada com a radiação.

Este ano, Hiroshi se sente animado com a notícia de que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, decidiu participar da cerimônia de 65 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima. Também participarão, pela primeira vez, representantes dos Estados Unidos, da França e da Grã-Bretanha. “Nos dá uma grande força para seguir adiante”, disse Hiroshi, que perdeu sua mãe para o câncer.

A reação de seus compatriotas é um dos grandes obstáculos a ser vencido pelos hibakusha. Sobreviventes e ativistas se queixam de que os livros não fornecem informação suficiente sobre o conflito no Pacífico nem sobre a Segunda Guerra Mundial, em especial sobre o papel do Japão e sua cruel colonização dos países da região. “Muitas vezes sinto que os japoneses acreditam que fomos um aborrecimento porque sempre revivemos o papel do Japão na Segunda Guerra Mundial. É triste, “lamentou Toshiko. “Mas, continuaremos falando”, finalizou.
revistaforum

Os 65 anos da bomba radioativa, estúpida e inválida

Nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, duas bombas atômicas, que causaram mais de 200 mil mortes, contaminações terríveis pela radioatividade e um sofrimento que perdura até hoje com as sequelas sofridas pelas vítimas e seus descendentes. É o único ataque nuclear da história e o mais terrível de todos os tempos.

Hiroshima e Nagasaki não eram cidades estratégicas na guerra do Pacífico, que se aproximava do fim quando ocorreram os ataques. Armas nucleares jamais tinham sido utilizadas contra seres humanos e suas consequências eram desconhecidas, Mesmo assim, os Estados Unidos fizeram uso delas no que foi interpretado como demonstração de superioridade e experiência tecnológica.

Desde os terríveis ataques, Hiroshima relembra anualmente a tragédia, com cerimônias no Memorial da Paz para que nunca mais algo de semelhante aconteça. Hoje, os 65 anos da bomba de Hiroshima são lembrados, e, pela primeira vez, com a presença de um diplomata dos EUA, o embaixador John Roos.

O governo japonês elogiou a decisão dos EUA e o prefeito de Hiroshima acredita que “a presença do embaixador vai fortalecer a opinião mundial contra o uso de armas nucleares e a desnuclearização”. O tempo costuma apagar os piores sentimentos, mas os sobreviventes do ataque ainda têm suas desconfianças. “O melhor que eles teriam a fazer era pedir desculpas, mas duvido que isso vá acontecer”, disse à AP Terumi Tanaka, sobrevivente de Nagasaki e secretária-geral da Confederação Japonesa de Sobreviventes a Ataques Nucleares.

O momento de relembrar Hiroshima e Nagasaki é sempre doloroso e nos leva a pensar na condição humana e de tudo o que o homem foi capaz de fazer ao longo dos séculos sob diferentes pretextos. São difíceis as palavras para traduzir o sofrimento do povo japonês diante dos ataques nucleares, e por isso escolhi a sensibilidade de um poeta brasileiro, Vinícius de Morais, e a interpretação profunda de Ney Matogrosso para acompanhar este post de homenagem a todas as vítimas de Hiroshima e Nagasaki.

dotijolaço

quinta-feira, agosto 05, 2010





Os ratos abandonam o barco

O blogueiro da Folha que vinha em campanha animada para o candidato José Serra, hoje publicou um texto de puro chororô. Dá alegria de ler a lamentação tucana... Veja a seguir um pequeno trecho do post lamentação...

Outro personagem ouvido pelo blog, é senador tucano. Evita-se mencionar o Estado e até região em respeito ao pedido de anonimato. O senador coloriu o quadro:

“No meu Estado, a associação com o Serra tira votos. Falar mal do Lula virou sinônimo de suicídio eleitoral. À medida que Dilma vai sendo associada a ele, falar bem do Serra também não rende votos...”

“...Tenho uma preocupação que se sobrepõe às apreensões nacionais. Eu preciso me reeleger”.

Outro entrevistado, deputado nortista do DEM, emoldurou a pintura: “Ainda que quiséssemos, não temos como fazer a campanha do Serra. Não recebemos do comando nacional uma única peça de propaganda. Verbas, nem pensar...”
“...Na verdade, não fomos contemplados nem mesmo com a cortesia de um telefonema. Do comitê do Serra, ninguém ligou. O candidato não se dignou a visitar a minha região. A essa altura, torço para que não ponha os pés lá”.
dosamigosdopresidentelula

Departamento de Estado dos usa elogia Brasil






EUA elogiam atuação do Brasil em relação às Farc

Embora seja candidato a sucessor de Uribe como porta-voz da direita na América do Sul, José Serra não conta nem com o apoio dos Estados Unidos. Seus ataques de ligação do PT com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram contrariados pelo relatório anual sobre o terrorismo global, divulgado hoje à tarde pelo Departamente de Estado, que destaca as críticas de Lula sobre o uso de violência pelas Farc e seus pedidos ao grupo para por fim à violência contra o governo colombiano

O relatório faz uma série de elogios ao Brasil e enaltece a atuação do governo Lula no combate a atividades ligadas ao terrorismo em São Paulo e nas áreas da fronteira, além de impedir que terroristas usem o território nacional para facilitar ataques ou levantar recursos.

O Departamento de Estado menciona ainda trabalhos que os dois países fizeram em conjunto no combate à falsificação de documentos e elogia a atuação dos governos do Brasil, Argentina e Paraguai no combate ao tráfico de armas e drogas na tríplice fronteira .

As observações do relatório ridicularizam ainda mais as declarações de Serra que tentavam ligar o governo brasileiro ao movimento armado colombiano. Serra foi atrás da irresponsabilidade de seu vice, que acabou custando uma punição ao PSDB. A Justiça Eleitoral mandou o site do partido dar direito de resposta ao PT por dez dias seguidos.

Depois dessa, o vice ficou caladinho, e vamos ver se com o relatório dos EUA Serra fecha a matraca.

dotijolaço

Circo assim vivemos






DEBATES: ISSO É DEMOCRACIA?

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O ESPETÁCULO DOS DEBATES

Laerte Braga

Quando o candidato José Arruda Serra disse a jornalistas que debates entre presidenciáveis devem ocorrer apenas com a presença daqueles que têm alguma representatividade estava jogando qualquer princípio democrático no lixo.

O que é representatividade?

As grandes redes de televisão no Brasil costumam argumentar que apenas os candidatos com maior intenção de votos, aferida por pesquisas, devem participar para tornar o debate mais esclarecedor e criar melhores condições para que o cidadão possa definir. Usam como exemplo as eleições nos EUA.

Ora, um cidadão, por si só, é alguém com representatividade. No gozo dos seus direitos políticos tem o voto como um dos instrumentos capazes de materializar esses direitos. E essa representatividade.

Como dizer que o candidato Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, não tem representatividade? Porque tem quase dois ou três por cento das intenções de voto? Ou o secretário geral do Partido Comunista Brasileiro, Ivan Pinheiro? José Maria, do PSTU?

Essa exclusão é limitar o processo eleitoral, é criar um arremedo de processo democrático, ainda mais num país onde cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entende a lei da Ficha Limpa a partir de critérios diferentes. Roriz não pode (claro é um assaltante de cofres públicos), mas Jáder Barbalho, idem, pode.

E o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não tem a menor idéia de como resolver o impasse que, com certeza, vai acabar no STF (Supremo Tribunal Federal).

Justiça Eleitoral em si, com a estrutura que temos, é uma aberração. Se atentarmos para o chamado mundo institucional aqui e em países dito mais adiantados, ou com democracia que consideram plena, eleições são regulamentadas por legislação que muitas vezes é secular, os princípios básicos e simples de um acontecimento assim e coordenadas por juntas eleitorais formadas num espectro representativo da chamada sociedade civil organizada, inclusive partidos.

Aqui inventaram a infalibilidade da urna eletrônica. Desde que nunca dê pane.

Os limites impostos pela Justiça Eleitoral, inclusive aceitar a exclusão de determinados candidatos de debates em redes nacionais de tevê, contrariam todo e qualquer princípio ou pressuposto de eleição livre e democrática.

Debates entre presidenciáveis é apenas um show. Uma luta de boxe sem luvas e sem murros. Nunca uma tentativa de apresentar e discutir programas, mas de mostrar maior ou menor agilidade na capacidade de complicar o adversário e enrolar o eleitor.

Como dizer que um cidadão do porte de Plínio de Arruda Sampaio não tem representatividade? Tem a mesma que historicamente em momentos da vida nacional tiveram figuras como Sobral Pinto, Evandro Lins e Silva, e tem hoje Oscar Niemeyer.

Ou Ivan Pinheiro? Líder sindicalista, uma longa vida de luta política, inclusive o resgate de seu partido que um pulha da política, Roberto Freire. Tentou guardar a legenda na geladeira para evitar atrapalhar planos e projetos pessoais dele e de grupos. Como excluir José Maria, PSTU, um partido presente em vários setores da luta sindical, estudantil, do movimento popular?

Por que? Poderiam incomodar os chamados grandes? Perguntar a Arruda Serra por exemplo a razão da compra de trens imprestáveis para o metrô de São Paulo? Os altos custos dos pedágios nas estradas estaduais paulistas? Os baixos níveis da educação e da saúde em São Paulo, resultados de doze anos de administração tucana?

Questionar a candidata Dilma Roussef sobre concessões feitas pelo governo Lula a setores das elites que levam bancos a viverem o melhor momento de suas histórias? E tantas outras? As políticas que definham salários de aposentados na malfadada reforma da Previdência iniciada no governo FHC?

Mostrar que Marina da Silva jogou fora sua história e aliou-se a empresários predadores da Amazônia e está sendo financiada por eles na balela do desenvolvimento sustentável (sustenta a candidatura dela e os interesses deles)?

Um debate, em tese, deve permitir ao cidadão/eleitor que tome conhecimento das propostas, do programa de cada candidato. Onde isso acontece?

A GLOBO, dona do futebol e da CBF no Brasil, transferiu o jogo São Paulo versus Internacional, semifinal da Libertadores da América de quarta para quinta-feira com o intuito de esvaziar o debate da rede concorrente, a BANDEIRANTES. Quer arrogar a si o privilégio de oferecer ao distinto telespectador o show da democracia. O espetáculo dos gladiadores contemporâneos, num ringue do qual não participam aqueles que não conseguem atingir determinado patamar nas pesquisas de opinião pública, muitas delas montadas, como acontece com o INSTITUTO DATA FOLHA, e quase sempre com o IBOPE.

Aceitar esse jogo é jogar por terra a essência do processo democrático. É tentar definir o voto num direto bem aplicado, mesmo que seja um golpe baixo, ou uma jogada decidida por um marqueteiro, que nada daquilo que se diz seja verdade, à medida que as redes de tevê e particularmente a GLOBO entendem que o País deve ter um presidente afinado com os interesses que representam.

Não é uma questão de democracia é de índice de audiência. Índice de audiência significa um volume maior de patrocinadores, representa cumprir o dever de submissão às elites. Transforma as redes de tevê em senhoras do pensamento e da vontade induzidas do cidadão/eleitor, no crescente trabalho de alienação geral.

Esse é o objetivo deles.

Ao citar os três candidatos que citei acima, Plínio de Arruda Sampaio, Ivan Pinheiro e José Maria não estou entrando no mérito de seus programas, seus propósitos, são todos homens públicos sérios, dignos, com história, mas reivindicando o direito de ouvi-los tanto quanto a qualquer outro chamado grande.

Arruda Serra não tem a menor idéia do que é representatividade. É que representa interesses de potência estrangeira, de grupos econômicos nacionais e estrangeiros e só conhece esse lado da história. É pago para isso.

Da mesma forma que exclui candidatos chamados “nanicos” (por que?), exclui nordestinos, exclui os do norte do Brasil, do Centro-Oeste, as populações carentes do Sudeste e do Sul, traz o preconceito dentro de si e isso é característica tucana, a genética de mau caratismo golpista. Permeia boa parte do PT também.

O sistema de dois turnos existe para que, em tese, todos os candidatos possam se apresentar e aos seus programas. A antiga lei de propaganda gratuita, do ex-deputado e ministro do STF Adauto Lúcio Cardoso, assegurava a proporcionalidade entre os partidos, mas um tempo mínimo decente a cada partido e exigia que a apresentação fosse ao vivo para evitar os truques da imagem/objeto.

A ditadura acabou com isso, provocava a discussão e o debate e permitia ao cidadão/eleitor uma clara visão de cada partido ou candidato e assim definir seu voto, mas a democracia mantém, agora por conta dos interesses de marqueteiros, fabricantes de marcas diversas de sabão em pó travestidas de candidatos a presidente da República.

Quando ouço falar em choque de gestão me lembro do ex-governador Minas, Aécio Neves. Construiu um monumento a “eficiência administrativa”, algo que lembra a obra de Kafka, já em processo de decomposição (às pressas para inaugurar ainda em seu governo), quando poderia ter construído pelo menos 200 mil casas populares. Ou corrigido o salário de fome pago a professores da rede estadual. Cuidado da saúde que se prestou apenas a um jantar para prefeitos e vereadores e fomentar a campanha de um candidato a deputado federal que, por si só, deveria estar varrido pela Ficha Limpa. Mas não, deve ser o mais votado no estado.

Esse é só modelo FIESP/DASLU. Sonegador, portanto criminoso, que não tem nada a ver com a democracia.

E, legalmente ainda dizem que tevês são concessões do poder público e têm o dever de levar informações corretas, cultura, veicular lazer recheado de respeito ao cidadão, etc, etc.

Devem achar que o JORNAL NACIONAL e o BIG BROTHER BRASIL desempenham esse papel.

Ou que o problema do goleiro Bruno é o principal fato dos tempos recentes, logo após a tragédia que matou a menina Nardoni.

Hoje, a preocupação da turma global é com os seios de Luísa Brunet que teria exagerado na transparência.

Há uma outra forma de transparência que também deveria estar presente em cada veículo de comunicação.

Como indispensável adorno dos objetos produzidos agora, como demonstração geral da racionalidade do sistema, e como setor econômico avançado que molda diretamente uma multidão crescente de imagens-objetos, o espetáculo é a principal produção da sociedade atual” – Debord, A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, Contraponto, RJ).

“O espetáculo é o momento histórico que nos contém” – idem.

E deliberado, é lógico.

O Dia que o Sata Mafia caiu






Debate na Bandeirantes

Aqui você tem uma prévia do Debate de hoje à noite na Bandeirantes. São vídeos com duração média de 1min30seg de duração. Escolha qualquer um e tenha uma noção do que vai ser o Debate.
docomtextolivre

(Grupo Folha, Grupo Estado, Editora Abril é o braço da Globo em São Paulo)






Quem sustenta a oligarquica demotucana em São Paulo? Responda por gentileza.


Estou de acordo com companheiro Eduardo Guimarães. A mídia paulsita mantém uma parte da população paulista anestesiada e alienada dos graves problemas que o Estado de São Paulo vem passando. Não dá, gente. Quando uma administração, ou modelo não dá certo, trocam-se partidos e gestores públicos. Isso acontece em qualquer parte do mundo.
No entanto, a despeito do desmantelamento de São Paulo, com péssima saúde, educaçaõ, transportes e segurança pública, os demotucanos estão entranhados no poder paulista, assim como os coronéis estiveram na política cearense por longos anos.
Importante considerar que a sustentação dos demotucanos se dá pelo apoio explícito de Folha de São Paulo, Estadão, Globo São Paulo e toda um aparato midiático para a perpetuaçao demotucana no poder.


por Eduardo Guimarães,

A síndrome de Estocolmo paulista.


O título me foi sugerido por seguidores no Twitter. Alude à impressionante disposição do povo de São Paulo de manter no poder o mesmo grupo político que o massacra e que ali se encastelou em 1994, de onde não saiu mais.
De 1994 para cá, o Estado mais rico e desenvolvido da Federação sofreu um regresso dramático em quase tudo o que é mais importante. Pode-se dizer que temos hoje, os paulistas, a mesma Saúde, a mesma Educação e a mesma Segurança Pública de quando o PSDB chegou ao poder por aqui, só que em um Estado muito mais populoso, o que torna o não-progresso nessas áreas uma legítima tragédia social.
Manipulações das estatísticas engendradas pelos grandes grupos de mídia paulistas (Grupo Folha, Grupo Estado, Editora Abril é o braço da Globo em São Paulo) vêm conseguindo esconder de uma população politicamente perdida dados tétricos como os da Segurança Pública – que, neste momento em que o PCC volta a mostrar seu poder no Estado, explicariam o que está acontecendo novamente por aqui.
Semana passada, por exemplo, a Folha de São Paulo deu manchete de primeira página para uma suposta “redução” da criminalidade que vem sendo alardeada há anos. Duvido de que algum paulista concorde que a criminalidade caiu. Qualquer pessoa, por aqui, dirá que não pára de subir.
O que acontece na Segurança, por exemplo, é que, de 1994 para cá, houve um salto enorme na criminalidade e na violência. Subiu rápido e a patamares altíssimos nos últimos anos do século passado, no âmbito da eterna crise da octaeteride tucana, que, depois de resultados sociais positivos nos primeiros anos do Plano Real, gerou desemprego, inflação, quebradeiras incessantes até 2002, empurrando parte de uma geração inteira de jovens pobres para a criminalidade.
Na Saúde, persiste a prática vigente desde a ditadura de se inaugurar algumas unidades cinematográficas para a propaganda do governo do Estado na TV, enquanto que o grosso da rede pública de saúde permanece sem pessoal, sem equipamentos, com pacientes internados amargando a dor nos corredores dos hospitais transbordantes de gente sofrendo.
A Educação talvez seja o que está pior em São Paulo. Em todos os certames nacionais e internacionais, este Estado fica nas últimas colocações. Os professores são tratados como inimigos pelo governo do Estado. Nas recentes manifestações por melhores condições trabalho, o então governador José Serra colocou sua polícia para espancá-los em praça pública.
Já contei aqui uma história sobre a greve dos professores, mas vale repeti-la. Minha filha casada hospedava em sua residência uma jovem professora universitária francesa que veio ao Brasil no âmbito de um acordo de intercâmbio entre o nosso país e a França. Esteve no Brasil durante a recente greve dos professores paulistas.
Minha filha, como eu mesmo, mora bem perto da avenida Paulista, de forma que a jovem acadêmica francesa acabou presenciando uma das manifestações dos professores naquela avenida neste ano.
Tivemos uma longa conversa sobre o assunto, eu e a moça. Ela não conseguia entender por que os pais dos alunos das escolas públicas não estavam ao lado dos professores e, sobretudo, como era possível que estivessem ao lado do Estado. Seu espanto aumentou depois de saber quanto o governo paulista paga aos que têm a duríssima missão de educar crianças e adolescentes em grande parte bastante pobres e, alguns, até miseráveis.
Fica difícil a qualquer observador isento entender, portanto, que o mesmo Geraldo Alckmin que fez parte dos governos que pioraram tanto São Paulo, que não fizeram metrô, que deixaram a situação da Segurança chegar a esse ponto etc., tenha chance de se eleger no primeiro turno para o governo de São Paulo.
O que acontece com os paulistas? Dizer que o povo do meu Estado é meramente direitista como Alckmin, Serra, Kassab e companhia limitada – coisa que eu mesmo já disse, mas que já não julgo mais que seja exatamente o ponto –, não explica nada.
O que acontece em São Paulo é que a população é mantida sem informação por todos os grandes jornais, rádios e tevês, sem falar na Veja. Aqui, a imprensa escrita tem grande influência. As bancas de jornal são uma instituição, um meio de comunicação à parte. Caminhando por qualquer parte do Estado – mas, sobretudo, pela capital – encontra-se uma a cada esquina.
As manchetes de jornais e revistas são um meio de comunicação à parte, em São Paulo. É por isso que Folha, Estadão e Veja, sobretudo, fazem tantas manchetes que distorcem o que dizem as reportagens às quais remetem – porque os paulistas, sobretudo os paulistanos, não compram essas publicações, mas gostam de ler suas manchetes expostas nas bancas e dali tiram suas conclusões sobre assuntos intrincados.
Além disso, por força de uma educação ruim até no setor privado, a maioria dos paulistas não sabe de quem cobrar Saúde, Educação ou Segurança, por exemplo. Muita gente aqui pensa que o responsável pela Segurança Pública é o governo federal, ou seja, atribuem a guerra paulista ao governo Lula.
Em 2006, quando o PCC pôs este Estado de joelhos tanto quanto começa a colocar agora, os jornais e as tevês locais colocaram na cabeça dos paulistas que a culpa pelas penitenciárias mal-administradas, nas quais os celulares entram como se fossem shoppings centers, era o presidente da República e não o governador do Estado.

Protestos nos usa go home yankees






Ativistas estadunidenses exigem fim da presença militar na Colômbia

Via Diario Liberdade

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teleSUR - Doze membros da organização não governamental SOA Watch (Observadores da Escola das Américas) manifestaram nas portas da base militar colombiana de Tolemaida (centro) contra a presença do Exército estadunidense no país da América Latina. Os membros desta organização indicaram que não se justifica que os EUA gastem milhões de dólares nestes projetos armados quando os estadunidenses sofrem penúrias pela crise econômica.

Uma dezena de ativistas estadunidenses da organização não governamental SOA Watch protestaram nesta quarta-feira em frente a base militar colombiana de Tolemaida, na província de Melgar (centro), para pedir a saída do Exército dos EUA do país latino-americano.

"Queremos que o Governo dos EUA saiba que não estamos de acordo com o uso das bases militares colombianas", clamavam os ativistas norte-americanos assentados na base militar.

Os manifestantes "chegaram diretamente da Colômbia para o protesto e estarão por uma semana", indicou à imprensa internacional um dos organizadores da concentração que pediu para preservar sua identidade.

A manifestação iniciou-se às 14h30 locais (19h30 GMT) e culminou três horas depois, precisou a fonte.

O ativista agregou que a SOA Watch coordenou várias vigílias "contra a influência do Exército dos Estados Unidos com o colombiano".

A estes protestos somaram-se também representantes de várias organizações colombianas que lutam em prol dos direitos humanos.

A concentração realizou-se de maneira pacífica e os membros do Exército que encontravam-se na base permitiram sem problema que se efetuasse a manifestação.

O manifestante não identificado sustentou que, com o protesto, desejavam o Governo dos EUA soubesse seu descontentamento com relação a instalação das bases militares no território colombiano, acordo que Bogotá e Washington subscreveram em outubro de 2009 sob a desculpa de impulsionar a luta contra o narcotráfico.

Os assentamentos militares colombianos que pontuam no tratado das duas nações estão o de Tolemaida, Larandia, no departamento de Caquetá (sul), Malambo (norte), Palanquero na Cundinamarca (centro), Apia no Meta (sul), Cartágena (norte) e Málaga (Pacífico).

A organização estadunidense comentou que a Colômbia era o aliado latino-americano mais forte dos Estados Unidos e nestes momento há cerca de 300 efetivos armados do país do norte na nação sul-americana.

Para os manifestantes, não se justifica que os EUA gastem milhões de dólares em projetos bélicos quando o povo norte-americano está atravessando uma dura situação, com pessoas morrendo de fome e se suicidando em função da crise econômica.

Entre o grupo de manifestantes estadunidenses pertencentes à organização SOA Watch, encontra-se o veterano de guerra do Vietnã, Roy Bourgeois, que está contra a Escola das Américas, bem como também veteranos de guerra professores, um engenheiro mecânico e um sacerdote jesuíta, entre outros.

No dia 30 de outubro de 2009, o chanceler colombiano Jaime Bermúdez e o embaixador dos Estados Unidos no país da América Latina, William Brownfield, assinaram na sede da chancelaria em Bogotá um acordo no qual a Colômbia permite que Washington instale sete bases militares, bem como a presença de pelo menos 800 efetivos do Exército dos EUA e 600 civis contratados pelo governo do país do norte.

A Escola das Américas (atual Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação da Segurança) é uma organização para a instrução militar criada pelos Estados Unidos onde formaram-se militares latino-americanos em técnicas de tortura e atividades violadoras dos Direitos Humanos.

Fontes: teleSUR - Vtv - Abn - Efe/jl - MM
Foto: Efe

Traduzido para o Diário Liberdade por Lucas Morais