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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 05, 2010

Departamento de Estado dos usa elogia Brasil






EUA elogiam atuação do Brasil em relação às Farc

Embora seja candidato a sucessor de Uribe como porta-voz da direita na América do Sul, José Serra não conta nem com o apoio dos Estados Unidos. Seus ataques de ligação do PT com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram contrariados pelo relatório anual sobre o terrorismo global, divulgado hoje à tarde pelo Departamente de Estado, que destaca as críticas de Lula sobre o uso de violência pelas Farc e seus pedidos ao grupo para por fim à violência contra o governo colombiano

O relatório faz uma série de elogios ao Brasil e enaltece a atuação do governo Lula no combate a atividades ligadas ao terrorismo em São Paulo e nas áreas da fronteira, além de impedir que terroristas usem o território nacional para facilitar ataques ou levantar recursos.

O Departamento de Estado menciona ainda trabalhos que os dois países fizeram em conjunto no combate à falsificação de documentos e elogia a atuação dos governos do Brasil, Argentina e Paraguai no combate ao tráfico de armas e drogas na tríplice fronteira .

As observações do relatório ridicularizam ainda mais as declarações de Serra que tentavam ligar o governo brasileiro ao movimento armado colombiano. Serra foi atrás da irresponsabilidade de seu vice, que acabou custando uma punição ao PSDB. A Justiça Eleitoral mandou o site do partido dar direito de resposta ao PT por dez dias seguidos.

Depois dessa, o vice ficou caladinho, e vamos ver se com o relatório dos EUA Serra fecha a matraca.

dotijolaço

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