Ativistas estadunidenses exigem fim da presença militar na Colômbia
Via Diario Liberdade
teleSUR - Doze membros da organização não governamental SOA Watch (Observadores da Escola das Américas) manifestaram nas portas da base militar colombiana de Tolemaida (centro) contra a presença do Exército estadunidense no país da América Latina. Os membros desta organização indicaram que não se justifica que os EUA gastem milhões de dólares nestes projetos armados quando os estadunidenses sofrem penúrias pela crise econômica.
Uma dezena de ativistas estadunidenses da organização não governamental SOA Watch protestaram nesta quarta-feira em frente a base militar colombiana de Tolemaida, na província de Melgar (centro), para pedir a saída do Exército dos EUA do país latino-americano.
"Queremos que o Governo dos EUA saiba que não estamos de acordo com o uso das bases militares colombianas", clamavam os ativistas norte-americanos assentados na base militar.
Os manifestantes "chegaram diretamente da Colômbia para o protesto e estarão por uma semana", indicou à imprensa internacional um dos organizadores da concentração que pediu para preservar sua identidade.
A manifestação iniciou-se às 14h30 locais (19h30 GMT) e culminou três horas depois, precisou a fonte.
O ativista agregou que a SOA Watch coordenou várias vigílias "contra a influência do Exército dos Estados Unidos com o colombiano".
A estes protestos somaram-se também representantes de várias organizações colombianas que lutam em prol dos direitos humanos.
A concentração realizou-se de maneira pacífica e os membros do Exército que encontravam-se na base permitiram sem problema que se efetuasse a manifestação.
O manifestante não identificado sustentou que, com o protesto, desejavam o Governo dos EUA soubesse seu descontentamento com relação a instalação das bases militares no território colombiano, acordo que Bogotá e Washington subscreveram em outubro de 2009 sob a desculpa de impulsionar a luta contra o narcotráfico.
Os assentamentos militares colombianos que pontuam no tratado das duas nações estão o de Tolemaida, Larandia, no departamento de Caquetá (sul), Malambo (norte), Palanquero na Cundinamarca (centro), Apia no Meta (sul), Cartágena (norte) e Málaga (Pacífico).
A organização estadunidense comentou que a Colômbia era o aliado latino-americano mais forte dos Estados Unidos e nestes momento há cerca de 300 efetivos armados do país do norte na nação sul-americana.
Para os manifestantes, não se justifica que os EUA gastem milhões de dólares em projetos bélicos quando o povo norte-americano está atravessando uma dura situação, com pessoas morrendo de fome e se suicidando em função da crise econômica.
Entre o grupo de manifestantes estadunidenses pertencentes à organização SOA Watch, encontra-se o veterano de guerra do Vietnã, Roy Bourgeois, que está contra a Escola das Américas, bem como também veteranos de guerra professores, um engenheiro mecânico e um sacerdote jesuíta, entre outros.
No dia 30 de outubro de 2009, o chanceler colombiano Jaime Bermúdez e o embaixador dos Estados Unidos no país da América Latina, William Brownfield, assinaram na sede da chancelaria em Bogotá um acordo no qual a Colômbia permite que Washington instale sete bases militares, bem como a presença de pelo menos 800 efetivos do Exército dos EUA e 600 civis contratados pelo governo do país do norte.
A Escola das Américas (atual Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação da Segurança) é uma organização para a instrução militar criada pelos Estados Unidos onde formaram-se militares latino-americanos em técnicas de tortura e atividades violadoras dos Direitos Humanos.
Fontes: teleSUR - Vtv - Abn - Efe/jl - MM
Foto: Efe
Traduzido para o Diário Liberdade por Lucas Morais
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