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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 08, 2010

O recado de Aldir Blanc, na mosca

*Tijolaço

Enquanto tem muita gente iludida aí achando que blá-blá-blá vai decidir a eleição, o poeta Aldir Blanc, cuja obra virou letras de músicas de que o povo não se esquece jamais, publicou a declaração de voto que reproduzo abaixo. E mostra que a arte de escrever é assim: dizer bem as coisas cruas e reais.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ABORTO





Há que se discutir a questão do aborto.
Há que se discutir qualquer questão de interesse público.
Há que se discutir, mais ainda, uma questão de saúde pública.
Mas como discutir  o aborto, se nem existe consenso sobre em que categoria se encontra tal ato?
Há de se discutir o aborto, de colocá-lo no sofá da sala, com a mãe, a avó, os filhos e todos os convidados.
Mas se falará a verdade?
O aborto passa, antes de tudo, pela questão sexual.
Mesmo com os avanços, nosso país possui uma intrinseca visão católica do sexo.
Sexo é culpa. Sexo com culpa.
O aborto, como consequência, trás esta culpa multiplicada, e encarada como punição de Deus aos que "furnicaram".
Todo dia morrem dezenas de meninas em consequência de abortos clandestinos.
Meninas pobres em imensa maioria.
As ricas, clínicas muito bem montadas e "viajens arranjadas" dão o verniz para esconder "a vergonha da família".
Abortar é assassinato?
Deixar morrer jovens em abortos clandestinos é assassinato?
Não educar, não prevenir é o verdadeiro crime?
A Igreja católica simplismente diz: Não tenham relação.
E eu pergunto, mesmo entre aqueles que por opção de vida se lançam à castidade, não o conseguem, como os padres católicos, como pregar a castidade?
Não é um assunto simples.
É sim, muito, muito, sério.
Não deveria ser tratado como moeda eleitoral.
A sociedade é hipócrita.
Qual a atitude correta?
Não tenho a pretensão de sabê-la.
Mas tenho a honestidade e a sinceridade de não julgar.
Que se discuta, e muito este tema.
Em um forum adequado.
Mas então voltamos ao início deste artigo, se não conseguimos nem concordar em qual forum se fará tal discussão, como iniciá-la?
Difícil.
Triste país onde a morte é moeda eleitoral.
*MiguelGrazziotin 

Eu faço um testemunho: Meu pai católico apostólico romano, falso moralista, me ensinou como não devo ser, minha mãe protestante, os2 trabalhavam fora, minha irmã com 16 anos engravidou, idos de 1968, imagine, o que os vizinhos vão pensar, aborto nela, quem é o cidadão culpado ela não entregou, uma clínica particular, fêz e pronto. 
*chebola

Que tal abortar a hipocrisia?

...A fome, a miséria, a falta de condições dignas para se viver, seria muito melhor que isso tudo viesse junto com o assunto aborto. Me preocupo e tenho muita pena das crianças que foram paridas sem a menor condição de terem uma vida digna! Onde estão os moralistas, hipócritas para falar da miséria e das mortes de mulheres que se submeteram e se submetem ao aborto em clínicas clandestinas, ou tomando remédios que colocam em risco suas vidas... O assunto é muito maior que sermão de padre, ou demagogia falada em mesa de bar, ou em "discursinho" de Direitista....
Por Elaine Berti
Que tal abortar a hipocrisia?
*umpoucodetudodetudoumpouco


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7nobvp7HciJGBd1BIaPyGVvQYixgguwAG6CCqH2OJsYkudSjPRxxrR9UV3vgm3BWWWoZIMzXzyX6q0qWKh4Yf1ERaFvWKSKQbb9IH21tjNJNTO4otdcf86Y_RKZoH6SahTGlA1Ot9VXE/s1600/O-Papa-e-o-Inquiridor_01.jpg

A velha mídia quer liberdade só para fazer propaganda

D. Helder Câmara

D. Helder Câmara
Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista.


Dois fatos recentes esclarecedores:

1) A psicanalista Maria Rita Kehl foi demitida pelo Jornal O Estado de S. Paulo por artigo onde critica a desqualificação dos votos dos pobres. Diz ela: "Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos". Tais palavras foram consideradas pelo jornal como "delito de opinião", punido com sua demissão. Quer dizer, o jornal acha que voto de pobre não vale nada, e liberdade em suas páginas para alguém dizer o contrário é proibido. É o mesmo jornal que brada ter sido censurado recentemente, uma vítima, um desrespeito à liberdade de expressão. Quer dizer, liberdade da porta para a fora de seu prédio. Dentro, só o apoio ao candidato demotucano e seus preconceitos contra o andar de baixo.

2) Aula de jornalismo na PUC no Rio, manhã do dia 5 de outubro. A professora Marília Martins, jornalista do jornal O Globo, comenta as recentes provas de seus alunos. Para uma aluna, Gizele Martins, dirige as mais pesadas críticas. Seu crime, segundo a jornalista, ter apresentado um bom texto, mas "totalmente parcial". Ao falar do direito à moradia, a luta social que envolve a questão, a professora disse que a aluna demonstrou "simpatias" pelo MST e o Movimentos dos Sem Teto, organizações criminosas, segundo ela. E ainda alertou a aluna para que guardasse bem o diploma, pois precisaria dele para garantir "uma cela de luxo" quando estivesse na prisão. Afirmou, por fim, que defende a liberdade de expressão, mas que não há lugar para a Gizele na imprensa.

Certamente não, nesta imprensa. A Gisele teria que dizer que movimento social é sempre criminoso, que os pobres não sabem votar, mas que há "homens de bem", como o vampirotucano que pode salvar o país. Não é uma receita de jornalismo, mas de propaganda. A mídia existe, tem concessões públicas, para vender seus produtos mentirosos, contrários ao interesse de informação do povo brasileiro.

Quem, como eu, deseja apoiar a Gizele, assine o abaixo-assinado em seu favor aqui.

Dilma é ProUni, Escolas Técnicas e Piso Nacional do Professor. Serra é paulada nos professores.



Dilma é ProUni, Escolas Técnicas e Piso Nacional do Professor. Serra é paulada nos professores.



O governo Lula, com Dilma, fez:

* O ProUni: mais de 704 mil bolsas de estudo para universitários de baixa renda.
No governo FHC, com Serra, nem pensaram nisso. Na oposição à Lula, o DEM, partido unha e carne com Serra, que forneceu o vice, entrou na justiça para acabar com o PROUNI.

* 14 novas universidades federais foram criadas (15 até o fim do ano)
Nos 8 anos de FHC, com Serra, só 1 foi criada.

* 117 novos campi de Universidades (e a meta é chegar a 134). Todos no interior do País.

* Ampliou de 113,9 mil para 222,4mil o número de vagas oferecidas entre 2003
e 2010.

* 214 novas escolas técnicas até 2010, coma oferta de 500 mil matrículas (haviam só 140 mil antes de Lula)
No governo FHC, com Serra, foi proibida a criação de novas escolas técnicas pelo governo Federal, transferindo-se esta iniciativa a estados, municípios e ONGs.

Emquanto isso...
Serra arrochou salário dos professores em SP e,
covardemente, mandou a polícia bater

Em março de 2010, os professores estaduais de SP entrarem em greve, após o então governador José Serra recusar o diálogo, e ficar enrolando para dar o reajuste das perdas salariais. Em uma passeata pacífica, a polícia abriu fogo e bateu nos professores.

Os professores sofrem perdas salarias em seu poder aquisitivo, desde 1998, de cerca de 34%.

A política do governo estadual não prevê reajustes. Concede um bônus anual apenas para os 20% mais bem classificados, de acordo com o desempenho de cada escola e com uma prova de mérito. Com isso, 80% dos docentes são “punidos” por não serem considerados “qualificados” para essas “premiações”.

O estado mais rico do país está em 11º lugar em relação ao valor pago para os professores da sua rede.

Hoje, existem cerca de 220 mil professores na rede pública paulsita. Destes, quase a metade (100 mil) integra a categoria dos “não efetivos” ou “não concursados”, e estão fora da carreira pública. Ao longo dos últimos anos, foram crescendo as diferenças entre os direitos trabalhistas de efetivos e não efetivos. E não se abre concurso para a efetivação desses professores, havendo uma política deliberada de contratos temporários, precarizando o ofício docente.
*amigosdoPresidenteLula

Dê Uma Chance a PAZ







John Lennon faria amanhã 70 anos


John Lennon faria amanhã 70 anos
Porque John Lennon - se fosse vivo - completaria amanhã 70 anos, em Liverpool e Nova York as iniciativas, como exposições, concertos e cerimónias, multiplicam-se para comemorar o aniversário do ex-Beatle.

Berço da "Beatlemania" e local de nascimento de "herói da classe trabalhadora," Liverpool ofereceu-lhe o tributo mais importante, planeado para durar dois meses com mais de vinte eventos no programa.
Sábado dia 09 de Dezembro, um dia depois do 30 º aniversário de sua morte, o músico britânico será celebrado com espectáculos, inclusive um organizado pela Royal Philharmonic Orchestra da cidade, leituras e apresentações no Cavern Club.
Um monumento à paz também deve ser inaugurado amanhã pelo seu filho Julian e sua primeira mulher Cynthia.
Em Nova York, onde foi assassinado a 08 de Dezembro de 1980 e onde viveu dez anos, "uma celebração do 70 aniversário de John Lennon" acontece amanhã no City Winery com covers de vários das suas músicas. Isto antes de um grande concerto a12 de Novembro com Patti Smith e Cyndi Lauper.
A editora EMI lançou uma série de onze álbuns com seus discos a solo remasterizados.

*google

Por que o Itaú e o PiG (*) querem afundar a Petrobrás ?



    Lula constrói plataformas; o FHC e o Serra afundavam


    O Itaú foi um dos responsáveis globais pelo lançamento das ações da Petrobrás, naquela que foi a maior – e bem sucedida – operação de lançamento de ações da História do Capitalismo.

    Ou seja, o Itaú acreditou tanto na qualidade da empresa que lançava aquelas ações que saiu pelo mundo a vender aquelas ações.

    Jogou o seu prestígio e disse: Eu, Itaú, acho que você deveria comprar ações da Petrobrás. Ou você, amigo investidor, acha que eu seria capaz de lhe vender ações da Merposa ?

    Não, os cliente do Itaú compraram ações da Petrobrás, porque confiam no Itaú, na sua posição predominante no mercado de bancos brasileiros.

    Comprou ações da Petrobrás pelas mãos do Itaú, porque acreditou na tradição do Banco e se lembrou do Dr Olavo Setúbal, construtor do Itaú.

    O Dr Olavo não seria capaz de vender aquilo em que não acreditasse.

    Nem seria possível imaginar que o Dr Olavo vendesse ações da Petrobras para depois derrubar o valor das ações e comprar, de novo, na baixa.

    Inimaginável !

    Pois, amigo navegante, como esse mundo dá voltas.

    Uma semana depois de vender – com abosluto sucesso – as ações da Petrobrás, o Itaú vem aos cliente e diz:

    Olha, mano, desculpa !

    Eu vendi Merposa para vocês.

    Forget about it !

    Sobre as ações da Petrobrás, minha atitude agora é a mesma da Bláblárina Silva: neutra.

    E vocês fiquem com o mico !

    Diz o Estadão, na pág B1: “Petrobrás perde (sic) R$ 28 bilhões com relatórios de bancos – leia-se Itaú – PHA – e boatas”.

    Boatos são já anunciados aqui, neste Conversa Afiada: a Veja vem aí com uma “reportagem devastadora” sobre a Petrobrás. A Veja descobriu o áudio do grampo e o Demóstenes e o Gilmar DESPINAFRAVAM a Petrobrás.

    Ontem o Presidente Lula foi ao Rio lançar plataforma P-57 (**), construída aqui, com trabalhadores brasileiros, engenheiros brasileiros, tecnologia brasileira.

    O Governo Serra/FHC comprava plataforma em Cingapura e dava emprego aos trabalhadores de Cingapura.

    Lula foi ao Rio inaugurar as obras de ampliação do Cenpes, um centro de pesquisas da Petrobrás, onde brasileiros, associados à Universidade Federal – pública, portanto – , desenvolvem o que o Brasil tem a ninguém mais tem: tecnologia para explorar o pré-sal.

    Amigo navegante: você comprará mais alguma ação que o Itaú oferecer ?

    A propósito, acompanhe essa troca de e-mails entre o Stanley Burburinho – o reparador de iniqüidades – e a Lucia Hippolito, que v0tou na Bláblárina e agora, provavelmente, votará no Serra – clique aqui para ler “por que a Globo trocou de candidato”.


    Olá, Stanley


    Obrigada por sua preocupação. Na verdade, tirei dois dias de folga, terça e quarta. Estava completamente afônica. Mas na quinta-feira já estava de volta ao batente.


    abs e mais uma vez obrigada pela audiência fiel


    Lucia Hippolito


    De: Stanley Burburinho [mailto:stanleyburburinho@gmail.com]

    Enviada: qui 7/10/2010 18:30

    Assunto: O Sardenberg e a Petrobrás


    O Sardenberg vem falando a semana inteira na CBN sobre a Petrobrás.


    Ele acabou de dizer agora na CBN que “acharam alguma irregularidade”

    na Petrobrás.


    Vamos ver se vai bater com a capa da Veja ou Época do próximo fim de

    semana, que estão dizendo que vai atacar a Dilma. Acho que ele está

    preparando terreno para a Veja ou a Época.


    A Sra. Hippolito ontem tirou folga. Coincidiu com a reunião de cúpula do PSDB.

    Em tempo: segundo amiga navegante, frase atribuída ao Presidente Lula, ontem, no Rio: “Essa Veja quer … a Petrobrás para eleger o Serra”.

    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

    (**) A P-57 teve um índice de nacionalização de 70%. Clique aqui para ler no blog do Nassif.
    *PHA

    Ontem por acaso vi a porcaria do jornal da grobo, e o inútil william waco, dizendo que era muita presença do estado né sardenberg?, e que a vale ia muito bem né? sardenberg, claramente ja anunciando o q ss erra tera de fazer privatizar e tirar o bras de Brasileiros da Petrobras, como disse o SS erra , este país não tem dono, êles acham.
    *Chebola

    Eles querem é nosso petróleo

    Há dias estou alertando aqui – e o noticiário dos jornais o confirma – que o alvo e o centro do desejo tucano de voltar ao poder está a milhares de metros de profundidade, ao largo do litoral brasileiro.
    Eles, que não tiveram força moral ou política para derrotar a retomada do controle brasileiro sobre as jazidas do pré-sal, vão pretender mostrar um “mar de lama” na grande empresa brasileira, embora esta se submeta às mais severas regras de governança corporativa e auditoria.
    Como empresa com capital negociado em bolsa, aqui e no Exterior, a Petrobras está sujeita às regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Bolsa de Valores de São Paulo, no Brasil; da Securities and Exchange Commission e da New York Stock Exchange, nos Estados Unidos; do Latibex da Bolsa de Madri.
    Este ano, pela 2ª vez, foi apontada como a empresa mais bem gerenciada da América Latina pela revista Euromoney, de Londres.
    Captou US$ 45 bilhões no mercado privado, num aumento de capital de US$ 120 bilhões, para capacitar-se a explorar atenção – a maior jazida de petróleo em propecção hoje no mundo, que é o pré-sal e é, legalmente, a operadora exclusiva da sua extração.
    Sobreviveu a Fernando Henrique, embora um retalho de sua propriedade tenha sido entregue e, só a muito custo – político e econômico – foi possível recuperá-lo, parcialmente.
    A Petrobras é um sucesso econômico, tecnológico e gerencial. Pergunte a um fornecedor da Petrobras os níveis de exigência da empresa em seus contratos.
    Hoje, o Estadão e O Globo iniciaram a ofensiva contra a Petrobras.
    Jogam, criminosamente, contra o valor de mercado da mais valiosa empresa brasileira e usam a desvalorização deste patrimônio do povo brasileiro para seus objetivos políticos eleitorais.
    Desde o início da semana, em vários blogs, circulam rumores de que a Veja seria a artilharia pesada desta campanha, como o foi na CPI da Petrobras, há mais de um ano, sem que tivessem arranjado mais que alguns grãos de poeira para usar como argumentos.
    Eu tenho dito há três dias: aí está o furo da bala.
    O que interessa a eles é ter o poder e as condições políticas para entregar o pré-sal, que nos torna uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a quinta ou sexta mais importante do mundo, por enquanto. E há possibilidade de novas descobertas, que já surgem, inclusive, como indícios mais palpáveis nas sondagens.
    Todo o resto é cortina de fumaça. E nós não podemos dispersar nossas forças golpeando fumaça.
    O discurso e a polêmica têm que se tornar claros para o povo brasileiro: é o petróleo que eles querem.
    *Tijolaço

    quinta-feira, outubro 07, 2010

    Recordar é (sobre)viver: Serra votou contra o 1/3 de férias, contra o direito de greve e contra a redução da carga horária semanal para 40 horas

    Trabalhador consciente não vota em Serra!

    José Serra (PSDB) disse hoje na Globo que deseja buscar aliados na sociedade.

    Certamente esses aliados não serão os trabalhadores assalariados.

    Como recordar é viver – e, no caso da política, sobreviver - importa rememorar o comportamento político de José Serra na constituinte:

    1. votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;

    2. votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;

    3. votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;

    4. votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;

    5. negou seu voto pelo direito de greve;

    6. negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;

    7. negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;

    8. negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;

    9. negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;

    10. negou seu voto pela garantia do salário mínimo real.

    Quem afirma isso é o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), na obra Quem foi quem na Constituinte, pag. 621.

    Esse distanciamento em relação ao mundo do trabalho garante a Serra o apoio da grande mídia empresarial e de setores conservadores da sociedade.

    Por isso, o mundo do trabalho deve marchar nesse 2º turno com Dilma. Serra representa outros interesses.

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    Charges do Dia

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    O Aiatolá José Serra vai apedrejar a Soninha?

                       

    A Soninha (que já foi da MTV, e era filiada ao PT) hoje é uma das coordenadoras da campanha do Serra. A Soninha – como tantas mulheres – reconhece – na reportagem reproduzida aí no alto – que já fez aborto. Não o fez porque é um monstro irresponsável. Mas porque tantas vezes essa é a única opção para as mulheres. Quem conhece alguém que já abortou sabe do drama que as mulheres - mas também alguns homens – enfrentam nessa hora.
    Serra e Soninha, vamos ser honestos, não são fascistas nem fanáticos religiosos – ou não eram. Serra, quando ministro da Saúde, assinou portaria regulamentando aborto no SUS. Só que Serra não tem limites para chegar ao poder. Na tentativa desesperada de ganhar de Dilma, ele se aliou ao que há de mais atrasado no Brasil. Até TFP (seita de extrema direita que é monarquista , contra o divórcio e contra os gays) está apoiando Serra.
    Serra, pra ganhar,   aposta no atraso, no pensamento mais consevador. Aposta no preconceito contra as mulheres. Serra quer ganhar votos espalhando que Dilma é “abortista, e quer matar criancinhas” (a própria mulher de Serra disse isso num corpo-a-corpo na rua).
    Sei que há muita gente, homens e mulheres, que não gosta da Dilma. Gente que até já votou no PT , mas se decepcionou com o PT. Muita gente nessa situação escolheu no primeiro turno Marina, Plinio ou até Serra. Mas será que esse povo quer o atraso no Brasil? Duvido…
    Serra, se vencer (e acho que não vence), trará com ele o preconceito, o atraso, a visão de que “gay é pecador” e “mulher está aí pra procriar, não pra decidir sobre sua saúde”.
    Serra não era assim. Mas ficou assim. Serra hoje é o atraso. Não é à toa que, no twitter, Serra virou “#aiatoláSerra”.
    Coitada da Soninha.    
    Quem me deu a dica dessa história da Soninha foi o Altamiro Borges.   
    *Briguilino

    O círculo da direita se fecha: teocracia, censura nas redações, ideologia do medo


    O eleitor médio aceitará ser torturado pelo discurso de fanáticos religiosos a serviço de Serra?
    Com a generosa ajuda da velha mídia brasileira, e uma mãozinha da candidatura de Marina Silva, Serra conseguiu pautar a reta final do primeiro turno e o inicio do segundo turno com uma temática religiosa.
    É um atraso gigantesco para o Brasil.
    Parte dos apoiadores de Dilma acha que a campanha do PT deve fugir desse debate, recolher apoios de evangélicos e católicos, e rapidamente mudar de assunto.
    Penso um pouco diferente.
    É evidente que essa temática religiosa não é o que interessa para o Brasil. Mas se Serra escolheu o obscurantismo, é preciso mostrar isso à população. A esquerda, tantas e tantas vezes, foge dos enfrentamentos. Acho que desse enfrentamento não deveria fugir.
    Por que ninguém do PT é capaz de dar uma resposta a Serra, deixando a  Ciro Gomes a tarefa de pendurar o guiso no gato? Ciro disse - de forma muito apropriada  - que o discurso de Serra é o caminho para um regime teocrático. Vejam:
    (Ciro Gomes) “Por que o PSDB, que nasceu para ajudar a modernidade do País, resolveu agora advogar o Estado teocrático? O Serra tem de dizer que, na República que ele advoga, primeiro falam os aiatolás, e aí os políticos resolvem o que os aiatolás querem que seja feito.”
    O Brasil, agora digo eu, precisa que se faça esse debate.
    O Brasil precisa, também, comparar os resultados econômicos e sociais de FHC e Lula. Mas precisa de politização, precisa que se enfrente o pensamento conservador.
    Essa é uma hora boa para desmascarar a intolerância religiosa.
    Aliás, é preciso tomar cuidado ao associar “evangélicos”, apenas, a esse discurso intolerante. Não. Os ataques mais coordenados e mais perigosos partem da Igreja Católica.
    É preciso – com muito cuidado e respeito pelos milhares de católicos e evangélicos que praticam a religião apenas para confortar suas almas, e para difundir o amor ao próximo – lembrar que já houve um tempo em que a religião mandava na política. 
    No Brasil Colonial, tivemos a Inquisição católica a prender, torturar e executar. A intolerância religiosa já matou muito – no mundo inteiro. Aprendemos isso na escola, ou deveríamos aprender (quem não se lembra da “Noite de São Bartolomeu” ,na França, pode ler algo aqui).
    Já que Serra quer travar esse debate, devemos pendurar o guiso no gato, e perguntar se o que ele quer é um Estado teocrático. É isso?
    Do lado de Serra, certamente ficará muita gente. Mas tenho certeza que do outro lado ficará o que há de civilizado nesse nosso país.
    Na Espanha, esse debate é travado nas eleições. O PP (partido conservador) tem uma parceria muito próxima com a Opus Dei e com o catolicismo mais reacionário. O PSOE (social-democrata) não tem medo de assumir a defesa de um Estado laico – respeitando as práticas religiosas.
    O PSOE ganhou eleição prometendo união civil de homossexuais. A direita católica do PP realizou marchas com quase um milhão de pessoas, contra essa plataforma. Levou bispos e padres (de batina e tudo) para as ruas. O PP tentou intimidar o PSOE. O que fez a centro-esquerda? Travou o debate, resistiu, deu uma banana para o terrorismo religioso. E ganhou.
    É preciso ter coragem.
    O círculo da direita se fecha: ela tem as igrejas (algumas), ela tem a velha mídia, ela tem a prática da intolerância.
    “A ideologia da direita é o medo”, já nos ensinava Simone de Beauvoir.
    A intolerância e o medo é que levaram o “Estadão” (que, diga-se, abre espaços para a Opus Dei) a demitir Maria Rita Kehl por ter escrito um artigo que contraria a linha oficial de “somos Serra até a morte”.
    Nas redações, não há espaço para dissenso. Quem levanta a cabeça tem a cabeça cortada.
    “Folha” (que censura blogs), “Estadão” (que demite colunista), “Veja” (com seu esgoto jornalístico a céu aberto) e “Globo” (sob comando de Ali “não somos racistas” Kamel) são a armada a serviço desse contra-ataque conservador.  Isso já está claro há muito tempo. Mas Lula parece ter minimizado essa articulação, e acreditado que enfrentaria tudo no gogó – sem politizar o debate. Não deu certo. É preciso enfrentamento, politização. 
    Esse é um combate que merecer ser travado. Para ganhar ou perder. E acho que temos toda chance de ganhar.
    Até porque, se Serra ganhar com esse discurso de ódio, e com esses apoios (panfletos da TFP, reuniões no Clube Militar, pregação e intolerância religiosas), o país (empresários, trabalhadores, classe média) precisa saber que teremos uma nação conflagrada durante 4 anos.
    Não dá pra fazer de conta que isso não está acontecendo.
    Há espaço para uma centro-direita civilizada no Brasil? Claro. Mas essa direita que avança com Serra não merece respeito. Merece ser combatida, como fazem os espanhóis e como fez o Ciro Gomes.
    Com coragem.

    *com textolivre 

    Exército das trevas


    Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre o que a candidatura Serra representa, a farta distribuição do panfleto terrorista patrocinado pela notória, porém insignificante TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), na reunião de ontem do alto tucanato, certamente encerra o assunto: o ex-governador paulista conseguiu a proeza de atrair para o seu lado todos os reacionários do país.

    É uma façanha e tanto. Fazia muito tempo que uma candidatura presidencial não exibia, com tanta desenvoltura, uma constelação de tal brilho.

    Há espaço para todos: desde os setores mais conservadores dos católicos, protestantes, evangélicos e que tais, a ruralistas, pefelistas, udenistas, viúvas inconformadas da ditadura militar, os próprios militares de pijama, antipetistas e anticomunistas raivosos, neoliberais de carteirinha, lumpen-proletários, artistas da Globo, jornalistas de resultados, humoristas sem graça, pistoleiros de reputação, ex-torturadores, políticos em fim de carreira, políticos derrotados - uma lista sem fim desse pessoal que transita entre o fascismo explícito e o macarthismo enrustido.

    Este segundo turno promete muitas emoções, a julgar pela qualidade dos personagens envolvidos no trabalho de impedir a continuação do projeto que devolveu a auto-estima ao povo brasileiro, retirou milhões da miséria, promoveu a inclusão de outros milhões na sociedade de consumo e faz o país caminhar para ser uma das maiores economias do mundo.

    *esquerdopata