Há que se discutir a questão do aborto.
Há que se discutir qualquer questão de interesse público.
Há que se discutir, mais ainda, uma questão de saúde pública.
Mas como discutir o aborto, se nem existe consenso sobre em que categoria se encontra tal ato?
Há de se discutir o aborto, de colocá-lo no sofá da sala, com a mãe, a avó, os filhos e todos os convidados.
Mas se falará a verdade?
O aborto passa, antes de tudo, pela questão sexual.
Mesmo com os avanços, nosso país possui uma intrinseca visão católica do sexo.
Sexo é culpa. Sexo com culpa.
O aborto, como consequência, trás esta culpa multiplicada, e encarada como punição de Deus aos que "furnicaram".
Todo dia morrem dezenas de meninas em consequência de abortos clandestinos.
Meninas pobres em imensa maioria.
As ricas, clínicas muito bem montadas e "viajens arranjadas" dão o verniz para esconder "a vergonha da família".
Abortar é assassinato?
Deixar morrer jovens em abortos clandestinos é assassinato?
Não educar, não prevenir é o verdadeiro crime?
A Igreja católica simplismente diz: Não tenham relação.
E eu pergunto, mesmo entre aqueles que por opção de vida se lançam à castidade, não o conseguem, como os padres católicos, como pregar a castidade?
Não é um assunto simples.
É sim, muito, muito, sério.
Não deveria ser tratado como moeda eleitoral.
A sociedade é hipócrita.
Qual a atitude correta?
Não tenho a pretensão de sabê-la.
Mas tenho a honestidade e a sinceridade de não julgar.
Que se discuta, e muito este tema.
Em um forum adequado.
Mas então voltamos ao início deste artigo, se não conseguimos nem concordar em qual forum se fará tal discussão, como iniciá-la?
Difícil.
Triste país onde a morte é moeda eleitoral.
*MiguelGrazziotin
Eu faço um testemunho: Meu pai católico apostólico romano, falso moralista, me ensinou como não devo ser, minha mãe protestante, os2 trabalhavam fora, minha irmã com 16 anos engravidou, idos de 1968, imagine, o que os vizinhos vão pensar, aborto nela, quem é o cidadão culpado ela não entregou, uma clínica particular, fêz e pronto.
*chebola
Por Elaine Berti
Eu faço um testemunho: Meu pai católico apostólico romano, falso moralista, me ensinou como não devo ser, minha mãe protestante, os2 trabalhavam fora, minha irmã com 16 anos engravidou, idos de 1968, imagine, o que os vizinhos vão pensar, aborto nela, quem é o cidadão culpado ela não entregou, uma clínica particular, fêz e pronto.
*chebola
Que tal abortar a hipocrisia?
...A fome, a miséria, a falta de condições dignas para se viver, seria muito melhor que isso tudo viesse junto com o assunto aborto. Me preocupo e tenho muita pena das crianças que foram paridas sem a menor condição de terem uma vida digna! Onde estão os moralistas, hipócritas para falar da miséria e das mortes de mulheres que se submeteram e se submetem ao aborto em clínicas clandestinas, ou tomando remédios que colocam em risco suas vidas... O assunto é muito maior que sermão de padre, ou demagogia falada em mesa de bar, ou em "discursinho" de Direitista....Por Elaine Berti
Que tal abortar a hipocrisia?
*umpoucodetudodetudoumpouco
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