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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 08, 2010

Dê Uma Chance a PAZ







John Lennon faria amanhã 70 anos


John Lennon faria amanhã 70 anos
Porque John Lennon - se fosse vivo - completaria amanhã 70 anos, em Liverpool e Nova York as iniciativas, como exposições, concertos e cerimónias, multiplicam-se para comemorar o aniversário do ex-Beatle.

Berço da "Beatlemania" e local de nascimento de "herói da classe trabalhadora," Liverpool ofereceu-lhe o tributo mais importante, planeado para durar dois meses com mais de vinte eventos no programa.
Sábado dia 09 de Dezembro, um dia depois do 30 º aniversário de sua morte, o músico britânico será celebrado com espectáculos, inclusive um organizado pela Royal Philharmonic Orchestra da cidade, leituras e apresentações no Cavern Club.
Um monumento à paz também deve ser inaugurado amanhã pelo seu filho Julian e sua primeira mulher Cynthia.
Em Nova York, onde foi assassinado a 08 de Dezembro de 1980 e onde viveu dez anos, "uma celebração do 70 aniversário de John Lennon" acontece amanhã no City Winery com covers de vários das suas músicas. Isto antes de um grande concerto a12 de Novembro com Patti Smith e Cyndi Lauper.
A editora EMI lançou uma série de onze álbuns com seus discos a solo remasterizados.

*google

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