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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 04, 2010

Desabafo de um paulista


Como estudante do curso de direito, na FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas, e por coincidência estar na mesma sala da Mayara Petruso, não posso deixar de manifestar a minha indignação com as declarações de cunho preconceituoso [de alguns sudelistas e sulistas em relação a nordestinos e nortistas e vice e versa] que vem gradativamente aumentando em portais de relacionamento e em blogs e divulgadas pela mídia brasileira.
A meu ver, as frases postadas pela Mayara Petruso em seu twitter e facebook demonstram como uma parte [necessário ressaltar ser uma absurda minoria] da população da região sudeste/sul tem uma visão deturpada da realidade de nosso país e de nossa magnífica diversidade cultural.
Vejo a necessidade aqui de destacar como as populações de diversas partes do país sempre colaboraram para o desenvolvimento e construção de nosso Estado, em principal a população nordestina, além de estrangeiros, sendo estes sempre bem recebidos em nossa grandiosa São Paulo, que tem sua grandiosidade atrelada, principalmente a sua diversidade étnico/cultural encontrada somente aqui.
Hoje, ao ver a declaração da Sra. Fabiana Pereira, intitulada de articuladora do Movimento São Paulo para os Paulistas fiquei absurdamente perturbado ao saber que existe um movimento deste em meu Estado, É UM ABSURDO. Lembrei no mesmo momento das aulas de história da 7º série, onde o tema de meu trabalho para feira cultural fora Hitler, que nitidamente compartilhava idéias como a desta cidadã.
Percebe-se de longe o total desconhecimento da história de nosso país, quando esta divide a grandiosidade cultural brasileira em somente 2 culturas, como uma assistencialista/populista e outra intelectual/elitista. Confesso que sinto medo de comentários como este.
Como brasileiro e amante da diversidade cultural de nosso país vejo a necessidade de todos nós não deixarmos que comentários de cunho preconceituosos continuem a ser proliferados.
O Brasil é um país que tem história principalmente pela relevância e tolerância da população, onde até mesmo os judeus e muçulmanos convivem pacificamente em nossa sociedade, não podemos deixar que declarações inconseqüentes gerem ódio em nosso país.
A democracia é para todos, não somente para determinado Estado da Federação, cada um escolhe o que acha ser o melhor para si [Deixo de destacar a minha opinião política por achar irrelevante para o assunto].
Peço a todos que encaminhem esta mensagem ao maior número de pessoas que puder, se possível disponibilizem em seus blogs, O BRASIL PODE MAIS, TODOS JUNTOS PARA O FUTURO DE NOSSA NAÇÃO.
São Paulo, 04 de novembro de 2010.
Luís Gustavo Timossi
*comtextolivre 

Nós, os nordestinos de todo Brasil

 

Você, leão sulista do Norte
por Eduardo Furbino
Etrusco. A palavra não te diz nada, e se disser há boas chances de você ser um professor de história e saber de antemão onde quero chegar. Os etruscos dominaram parte da península itálica durante um bom tempo, conquistando Roma quando ela era apenas uma aglomerado de aldeias. Até o primeiro século antes de Cristo os romanos haviam anexado todo o território antes pertencente aos etruscos, mas sua cultura ainda vivia em meio a eles, permeando sua sociedade e contribuindo para dar forma a um dos maiores e mais poderosos impérios que esta Terra já abrigou.
Nordeste. Esse nome talvez te diga algo. O povo que habita o nordeste do Brasil não é bem um povo, é, quando muito, o povo: parte constituinte de um Brasil que encontra-se unido na diversidade (lema da civilizadíssima (ironia tangível) União Européia). Esse país de onde falo começou bem ali no Nordeste, em uma dobrinha de terra que ou é Porto Seguro ou Santa Cruz de Cabrália, já que falta consenso quanto ao local onde Cabral aportou. Lá conheceram-se os índios. Lá conheceu-se o sexo entre portugueses e índios, a transmissão de doenças, a pele parda. Foi bem ali, naquela porção nordeste repleta de árvores (as da extinta Mata Atlântica), gente e bichos que tudo começou. E foi de lá que você e eu viemos.
E aí decidiu-se explorar um pouco mais essas terras brasileiras, decidiu-se descer rumo ao Sul, movimento que se repetiu em igualmente sucessivas épocas de nossa História. E o povo nordestino originário, embriões do povo brasileiro atual, miscigenou-se ainda mais, se dividiu, ocupou partes distintas em porções de terra, capitanias e Estados. Tornou-se diferente, assulizando-se, verbo inventando para este texto cujo significado é "tornar-se do Sul". O nordestino, brasileiro original (que, a bem da verdade, é originário de outros: os indígenas), perdeu suas características e diferenciou-se de seu estado primevo: mudou de sotaque, de tom de pele, mudou de traços culturais, ethos e gostos compartilhados.
E aí, quinhentos anos depois de nosso nascimento lá naquela dobrinha de terra situada em algum ponto do Norte, nós que vivemos no Sul passamos a nos considerar sulistas natos. Aqui, na porção meridional do país, as cidades são maiores, as indústrias mais desenvolvidas, os transportes de melhor qualidade - e chegamos mesmo a ter saneamento básico, esse oásis no meio de um deserto-nação insaneado. Então olhamos para cima, parcialmente esquecendo nossas origens, porque o umbigo que é nosso não quer saber dela, e maldizemos o ponto de partida, querendo reivindicar para boa parte desse povo uma outra parte de direitos e méritos que não lhe pertence.
Você pode discordar de mim, mas fui ensinado a pensar (pelas pessoas que assim me ensinaram e pelos livros que me educaram, alguns deles escritos por pós-doutores de grande saber) que a parcela de culpa referente a um fracasso pertence a todos o que fracassaram juntos. E que, igualmente, a parcela de mérito do sucesso é de todos aqueles que a ele chegaram. Assim sendo, como ignorar que o alto IDH desse sudeste de meu Deus foi carregado nas costas, antes e hoje em dia, pelo baixo (mas em ascensão!) IDH desse norte-nordeste de meu Lula? E invoco Lula não contrapondo-o ao Todo Poderoso, mas elevando-o ao status de figura mítica praticamente responsável pela situação da região nacional à qual seu nome corriqueiramente é ligado.
É comum, muito comum - e igualmente triste -, pensar no sul-sudeste como lugar que deu certo por mérito de seus habitantes, pela força de seu trabalho ou - como eu disse acima, e muitos outros recentemente o fizeram - por intervenção divina. E é igualmente comum atribuir o fracasso socio-econômico de nossa porção mais setentrional à suposta preguiça de seu povo, ao assistencialismo coronelístico ou ao poder entorpecedor das bolsas-ajuda distribuídas pelo Governo. Deus e o labor seriam os criadores de um sul rico; o mau-caratismo populacional e um presidente operário (e pernambucano) o destruidor e potencial messias, respectivamente, do caricaturado paupérrimo norte.
Temos, então, uma fração de país que encontra-se em débito histórico com outra, que possui, por sua vez, crédito não só de dias anteriores como de dias recentes. Porque as origens desse povo que se diz dono do Brasil remonta à terra do Sol, macaxeira e sertão (antes mesmo dessas coisas existirem ou terem tal nome): eles são nordestinos stricto sensu, porque não dá para desobedecer as sagradas escrituras daquele mesmo Deus citado acima, quando essas disseram: não desonrarás a casa de teu pai. E o motivo da constante invocação de divindades no texto é tentar jogar com um dos elementos dos quais sulistas se valeram nas recentes eleições para cooptar votos ao seu projeto de Brasil, projeto esse que hoje se reflete em Trending Topics de Twitter por aí afora, em hashtags xenofóbicas e dizeres que embrulham o estômago e fazem arder esse umbigo que une todos nós a uma origem única e nortina.
Particularmente não vejo problema em continuar a insistir na argumentação de que o débito de Estados como São Paulo, Rio e Paraná têm para com Bahia, Pernambuco e Sergipe é fruto de uma necessária e urgente reparação histórica, mas me parece que esse argumento não agrada a muitos. Reparar a história é frequentemente entendido como desfazer erros que não são nossos, ou a assumir compromissos que nunca nos disseram respeito. Mas, bem, há alguns parágrafos atrás fiz entender que a culpa e o sucesso são ambos amplos, gerais e irrestritos sentimentos compartilhados por todos os membros de um time, grupo ou nação. Isso porque a habilidade de influenciar a História é uma soma de capacidades individuais, que se anulam ou reforçam-se. E o resultado dessa soma é a própria História, estando a ela sujeitos todos os que a rejeitaram como ela se mostrou e todos aqueles que acolheram-na de braços abertos. É impossível que não seja feito aqui paralelo com a democracia: as decisões da maioria são, por natureza, vinculantes se advindas de um processo democrático. E é obrigação daqueles que fizeram oposição à decisão tomada aceitá-la e submeter-se a ela. Ou promover novo pleito para que uma alternativa seja - democraticamente - discutida.
Encaro o beco sem saída. Meu tempo se esgota e é preciso um desfecho de tudo o que foi dito, um porquê final que valide a idéia exposta de o Sul hoje ter uma dívida com o Norte, e não o contrário. O que invalidaria por si só os argumentos de que bolsas-família e outros auxílios seriam esmolas. Não são. Esses dois recortes de Brasil foram responsáveis por dar forma às suas atuais configurações: se antes as terras setentrionais abrigavam a maior concentração de renda e tecnologia desse país, hoje é o contrário, e essa dinâmica socio-econômica deu forma à realidade tal qual a conhecemos. Se agora há atraso no berço da pátria, não pode o túmulo dela proclamar uma suposta independência, nem agir como se não houvesse vínculo nenhum de dependência e obrigações a ligá-los.
E aí voltamos ao exemplo que abre este epopéico apanhado histórico, voltamos aos etruscos. Se nosso Sul fosse Roma, o Norte seria a Etrúria, que lhe deu forma através de processos diversos, destacadamente dois que terminam em -ão: migração e miscigenação. A influência da civilização etrusca na romana pode ser mensurada de diversas formas, segundo a cultura, a linguagem, a história ou as artes. E no que nos influenciou o povo brasileiro original? Em tudo, vale dizer, desde no motivo de chamarmos nossa casa de Brasil até no porquê de hoje sermos a oitava maior economia do mundo (a esse respeito: a economia possui lastro histórico; a partir disso, a recíproca é verdadeira). Mas, bem, diversas outras comparações entre povos poderiam ter sido usadas, só que escolhi essa por causa de seu valor pessoal para mim. Explico e concluo.
Aos doze anos tive um professor de História cujo primeiro nome tinha origens etruscas: Aulus. O segundo era visivelmente romano, cesário: Augustus. Muito da minha consciência político-cidadã-militante foi formada com e por esse professor, e me lembrei dele logo ao escrever o primeiro parágrafo deste texto, mais especificamente do modo como a memória de dois povos divergentemente iguais conviviam harmoniosamente em um único nome. Penso que também é assim com "Brasil": há na palavra uma carregada carga histórica que remete ao povo que fomos e ao que somos, e também ao que queremos ser, e é a esse terceiro significado que quis me ater desde o princípio, e finalmente posso fazê-lo nessa despedida.
Pois bem, eu poderia encerrar este texto das mais variadas formas, mas nenhuma delas me pareceu mais objetiva que um último apontamento histórico: os romanos, essa citada população em parte descendente dos etruscos, que com eles conviveu e depois incorporou-os, foram dependentes deles para que sua civilização atingisse o apogeu. Mais: esses mesmos romanos, ao acolherem o povo que lhes deu origem dentro do seu próprio corpo social, tornaram-se maiores que a soma de suas partes. Se hoje nos enxergamos como pedaços partidos de uma mesma identidade, tratemos de colá-los. Caso contrário, não teremos nenhuma. Caso contrário, seremos o que não fomos: um povo que, ao apagar seu passado, desconstrói o presente e nega o futuro.
Voltar-se às origens, e não contra elas, é isso o que importa. 
*luisnassif

Bolsa Família americano do norte é chic para os fascios tupiniquins

WSJ: 42.389.619 de americanos dependem do Bolsa Família para comer

November 4, 2010, 2:47 PM ET
Um grande número de domicílios americanos ainda depende da assistência do governo para comprar comida, no momento em que a recessão continua a castigar famílias.
O número dos que recebem o cupom de comida [food stamps, a versão americana do Bolsa Família] cresceu em agosto, as crianças tiveram acesso a milhões de almoços gratuitos e quase cinco milhões de mães de baixa renda pediram ajuda ao programa de nutrição governamental para mulheres e crianças.
Foram 42.389.619 os americanos que receberam food stamps em agosto, um aumento de 17% em relação a um ano atrás, de acordo com o Departamento de Agricultura, que acompanha as estatísticas. O número cresceu 58,5% desde agosto de 2007, antes do início da recessão.
Em números proporcionais, Washington DC [a capital dos Estados Unidos] tem o maior número de residentes recebendo food stamps: mais de um quinto, 21,1%, coletaram assistência em agosto. Washington foi seguida pelo Mississipi, onde 20,1% dos moradores receberam food stamps, e pelo Tennessee, onde 20% dos residentes buscaram ajuda do programa de nutrição.
Idaho teve o maior aumento no número de recipientes no ano passado. O número de pessoas que receberam food stamps no estado subiu 38,8%, mas o número absoluto ainda é pequeno. Apenas 211.883 residentes de Idaho coletaram os cupons em agosto.
O benefício nacional médio por pessoa foi de 133 dólares e 90 centavos em agosto. Por domicílio, foi de 287 dólares e 82 centavos.
Os cupons se tornaram um refúgio para os trabalhadores que perderam emprego, particularmente entre os estadunidenses que já exauriram os benefícios do seguro-desemprego. Filas nos supermercados à meia-noite do primeiro dia do mês demonstram que, em muitos casos, o benefício não está cobrindo a necessidade das famílias e elas correm antes da chegada do próximo cheque.
Mesmo durante as férias de verão as crianças retornaram às escolas para tirar proveito da merenda, onde ela estava disponível. Cerca de 195 milhões de almoços foram servidos em agosto e 58,9% deles foram de graça. Outros 8,4% foram a preço reduzido. Este número vai aumentar quando os dados do outono forem divulgados já que as crianças estarão de volta às escolas. Em setembro passado, por exemplo, mais de 590 milhões de almoços foram servidos, quase 64% de graça ou com preço reduzido.
Crianças cujas famílias tem renda igual ou até 130% acima da linha da pobreza — 28 mil e 665 dólares por ano para uma família de quatro pessoas — podem ter acesso a almoços gratuitos. As famílias que tem renda entre 130% a 185% acima da linha da pobreza — 40 mil e 793 dólares para uma família de quatro — podem receber refeições a preço reduzido, não mais que 40 centavos de dólar de desconto.
Ps do Viomundo: Texto dedicado àqueles que acham chique os programas sociais na França, na Alemanha e nos Estados Unidos, mas tem “horror!” dos programas sociais brasileiros.
http://www.viomundo.com.br/politica/wsj-42-389-619-de-americanos-dependem-do-bolsa-familia-para-comer.html

Prefeitura de Osasco e Sindicato dos Metalurgicos de Osasco investem maciçamente na educação





Documentário - Vlado, 30 Anos Depois (2005)






O cineasta João Batista de Andrade   afirma que o filme é uma dívida, "um filme que deveria ter sido feito há muito tempo".
Longe de ser panfletário, o cineasta faz um registro emocionado de um homem que representou muito não só para a imprensa brasileira - foi diretor de jornalismo de TV Cultura, editor de cultura da revista Visão, entre outros trabalhos -, como também para o fim da ditadura militar no Brasil.
Documentário que resgata a trajetória de Vladimir Herzog.
Áudio - Legenda PT/BR
Formato Vídeo - AVI

O PIG e o peso do Nordeste


post enviado pelo leitor:
O PIG vem insistindo que Dilma só teria vencido as eleições por conta do Nordeste, impulsionado pelo bolsa-família.
Vamos aos fatos: sem o Nordeste, Dilma ganharia a eleição da mesma forma. Considerando apenas estes seis estados; RS, SC, PR, SP, MG e RJ,
Dilma venceria as eleições com uma diferença de 435.000 votos.
Estado
Dilma
Serra
% Dilma
RS
3.117.761
3.237.207
5,4
SC
1.556.226
2.030.135
2,7
PR
2.593.086
3.226.216
4,5
SP
10.462.447
12.308.483
18,2
RJ
4.934.077
3.223.891
8,6
MG
6.220.125
4.422.294
10,8
Total
28.883.722
28.448.226
50,4
Diferença
435.496
Em quantidade de votos
Outro argumento recentemente incorporado pelo PIG diz que PSDB e oposição 'controlam' 52% dos eleitores a nível estadual. Ora, esse dado tem a mesma relevância que dizer que Dilma controla 100% do eleitorado a nível federal.
* Vendedor de Bananas

Suspeitos de sabotagem no metrô são identificados





Principais suspeitos de terrorismo eleitoral
IC aponta falha técnica, e não blusa, como causa de pane que parou o metrô
Por causa de superlotação na hora do rush, passageiros da Linha 3 pressionaram porta, que emitiu falso alerta de abertura para condutor

Eduardo Reina, Bruno Ribeiro - O Estado de S.Paulo

A pane que levou à paralisação por mais de duas horas de 18 estações da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo, prejudicando 250 mil pessoas no dia 21 de setembro, foi provocada por um problema técnico em um equipamento localizado acima das portas dos trens. É o que indica a perícia feita pelo Instituto de Criminalística (IC).

Havia a suspeita de ação criminosa no tumulto em pleno horário de pico da manhã. A direção do Metrô chegou a dizer que uma blusa havia impedido o fechamento das portas. No dia do incidente, o governador Alberto Goldman (PSDB) afirmou que uma sindicância iria apurar se a pane foi acidental ou proposital. Ele chegou a admitir que falhas recentes no transporte público da Grande São Paulo preocupavam o Estado. E deixou no ar a hipótese de que a paralisação teria sido uma sabotagem, com cunho eleitoral. "Não sabemos a motivação pela qual você encontra uma porta que não foi fechada pela ação de alguém. Se foi casual ou motivado, se foi um acidente ou foi proposital, nós queremos saber."

Agora, com a conclusão da perícia técnica, Goldman deixou claro que o incidente foi provocado por pane técnica. "Em nenhum momento achei que fosse sabotagem. No trem lotado, alguém encostou no botão de abrir a porta e todos começaram a descer, já que o trem não andava", explicou, no dia 25. Técnicos do Metrô ainda estudam uma solução para o problema que, em tese, pode voltar a se repetir com a superlotação das composições.


A Insustentável Leveza de Ser Um Laranja Verde




Laranjando a Marina ou Marinando a Laranja?


Muito se falou nos últimos tempos sobre o fenômeno Marina e as influências de sua candidatura nas eleições de 2010. Desde a ida para o segundo turno até a implosão do PSDB estão sendo creditados em sua conta. O  que pouca gente se tem perguntado é sobre seu vice, e suas relações pervertidas com o estado, o mercado e o aval dado a essas práticas pela candidata que escolheu tão mau exemplo para vice.


Está meio na cara que o movimento ecológico é a mais nova trincheira do capitalismo selvagem, que de ecológico nada tem, e de selvagem só quer preservar a si mesmo. 


Não vou entrar nesses detalhes a não ser para apontar algumas idiossincrasias, como por exemplo o fato de o movimento Verde partidário ter iniciado na Alemanha, onde é fortíssimo. Forte ao ponto de ter conseguido incluir na legislação a proibição de instalação de diversas indústrias em diversas áreas de atividades, mas que não lutam para que as mesmas atividades não sejam instaladas em outros países. Exemplo é a Siderúrgica Sul Americana em Mangaratiba. De capital alemão, ela não tem autorização para funcionar em território alemão devido ao seu alto potencial de dano ambiental,  mas pôde ser instalada no Rio sem nem um "Ai meu Deus!" de 'verdes' locais!


Mas a intenção aqui é mesmo falar da irresponsabilidade e da selvageria do Capitalismo demonstrada pelo vice de Dona Marina, o empresário da Natura Guilherme Peirão Leal.


A empresa Natura foi fundada em 1969 por Luiz Seabra e Jean Pierre Berjeaut com o nome de Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeut Ltda. Em 79, então instalada em uma antiga borracharia na Oscar Freire, onde o atendimento era feito pelo próprio Seabra, ela recebe   Guilherme Leal como sócio e surge o conceito de venda direta que hoje envolve mais de 1 milhão de 'consultoras'. 


Ora, o que é essa consultoria e como ela se configura como uma perversão neoliberal da economia que nenhum bem traz a economia formal?


A Natura movimenta algo em torno de R$ 4 bilhões por ano com lucro liquido na casa dos R$ 490 milhões (dados de 2007) com aproximadamente 5.900 funcionários, e tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores desde 2004.


O problema é a forma como isto é feito.


A Natura compra sua matéria prima direto de comunidades 'sustentáveis' em diversas partes do Brasil e parece não usar atravessadores, mas não há registro de certificação dessa matéria prima, tendo a empresa já respondido e ainda está respondendo a processos no Ibama. 


Ela não gera empregos ou renda formal no campo ou na floresta, são todos estrativistas que se viram por conta própria vendendo direto para a Natura pelo mesmo preço que venderiam a atravessadores, contrabandistas ou piratas biológicos, sem registro, sem entidades, sem reconhecimento, totalmente informais ou quase.


Ela também não gera empregos no comércio ou infraestrutura, utiliza o eufemismo 'consultor' para os vendedores diretos, prepostos que compram diretamente da Natura, via Correios, e revendem através de suas redes sociais, conectadas ou não, trabalhando o network de cada um, mas jamais pagando ICMS, PIS, COFINS ou qualquer tributo ou imposto de qualquer natureza, fiscal ou trabalhista.


É um exército de mais de 1 milhão de pessoas, em sua maioria donas de casa que querem ' 'pagar suas linhas e agulhas' compondo a renda doméstica informalmente (sem nenhum bem para a sociedade). Quanto de impostos não se perde na esperteza desse 'ambientalista'?


Enfim, não sou jornalista, e muito menos investigativo. Meu TDA (Transtorno de Deficiência de Atenção) me impede de me concentrar muito tempo em algum assunto e pesquisar alguma coisa, sem que me distraia e embarque em devaneios que frequentemente me levam a milhões de quilometros do ponto de partida e do ponto de destino original! 


Esses poucos parágrafos me custaram meia hora de leitura e pesquisa no Google, quero deixar a semente da desconfiança para que algum colega mais tenaz e objetivo,  com mais experiência, chegue a resultados mais abrangentes, quiçá contundentes!
(a fortuna do Guilherme está orçada nos 2 bilhões de dólares e ele está entre os 500 mais ricos do mundo)

A semana em que as elites perderam a noção






Como a velha mídia manipulou imagens e fatos, para tentar forçar a vitória de Serra. O papel da blogosfera na desmontagem da farsa e a necessidade de uma democratização radical das comunicações
A esta altura, restam muito poucas dúvidas: tudo indica que também o vídeo da suposta “segunda agressão” a José Serra no bairro carioca de Campo Grande (20/10) foi manipulado pela Rede Globo. Denunciada mundialmente no Twitter, na sexta-feira (22/10), após a aparição de análises que demonstram fusão falsificadora de imagens, a emissora não procurou se defender, nas edições seguintes do Jornal Nacional. Sua redação paulista fora palco, na véspera, de uma cena insólita. Os próprios jornalistas vaiaram a “edição” das cenas em que o candidato do PSDB é atingido por um rolo de fita adesiva, materializado do nada. (leia relato de Rodrigo Vianna).
Na madrugada posterior às denúncias de fraude (23h09 de 22/10), o site da Globo exibiu discretamente uma nota do “perito” “Ricardo Molina. Redigido depois que os sinais de fusão fraudulenta de imagens tornaram-se evidentes, o texto procura, em essência isentar a emissora em investigações futuras sobre falsificação. Molina alega que analisou material “encontrado na internet” (veja análise de CDM, no Blog do Nassif).
À medida em que a primeira certeza se consolida, começa a se desenhar uma segunda. A provável manipulação de imagens não foi um fato isolado. Ela articula-se com outro assunto que dominou o noticiário da velha mídia esta semana. Vazaram os depoimentos que o jornalista Amaury Ribeiro prestou à Polícia Federal, no inquérito sobre a quebra dos sigilos fiscais de Verônica Serra e outros expoentes do PSDB.
O processo corre em sigilo de justiça. Porém, por serem parte envolvida, os advogados de Eduardo Jorge Caldas, ex-tesoureiro de campanha do partido, pediram, através de liminar, acesso às peças. São a fonte óbvia da inacreditável sequência de matérias publicadas, também a partir de 22/10, pela Folha de S.Paulo e Jornal Nacional.
Aqui, já não se trata, como se verá no terceiro texto desta série, de manipulação de imagens – mas de substituição explícita do jornalismo pelo panfleto partidário. Tendo acesso exclusivo ao depoimento de Amary Ribeiro, a Folha e o JN esconderam de seus leitores uma série assombrosa de informações ou pistas de grande relevância. Preferiram destacar em manchete, durante quatro dias, uma penca de ninharias, pinçadas com claro intuito de servir à campanha de José Serra. A tentativa foi reforçada pela edição de Veja que circula este fim-de-semana.
Iniciado na quarta-feira – poucas horas, portanto, depois de o candidato tucano comparecer à Globo para uma entrevista ao vivo no Jornal Nacional – o movimento inclui sinais de ataque flagrante ao direito à informação, praticado por empresas que se beneficiam de concessão e pesados subsídios públicos. Foi, provavelmente, concebido para desencadear, a onze dias do pleito, a última tentativa de vitória do candidato conservador, numa disputa em que está em jogo, também, o destino das reservas do Pré-Sal.
A força da velha mídia chocou-se, porém, com a rebeldia da internet. Entre quarta e sexta-feira, as manipulações imagéticas e factuais foram desfeitas por uma rede – auto-organizada e informal, porém muito potente – de busca e difusão da verdade.
Personagens quase-anônimos desmontaram, com inteligência e conhecimento, as tentativas da Globo de fabricar a “agressão” a Serra. Jornalistas como Luís Nassif demonstraram o caráter partidista das “reportagens” da Folha. Graças ao Twitter e ao Facebook, cada nova descoberta era retransmitida instantaneamente por milhares de pessoas, o que estimulava novas investigações.
No momento em que este texto é concluído, a batalha não está decidida. O contra-ataque da blogosfera – reforçado por uma fala corajosa, de Lula, denunciando a farsa pró-Serra (na quinta-feira, 21/10) – amedrontou temporariamente a Rede Globo, a Folha e a própria campanha do PSDB. Desde sexta à noite, quando difundiram-se os vídeos que desmentiam o Jornal Nacional, a investida refluiu. O recuo, a esta altura, pode ter sido fatal para as Serra. Após as eleições será indispensável investigar o episódio da semana passada. A depender da mobilização social, ele poderá ser conhecido, no futuro, como o GloboGate. Ou o momento em que o setor mais conservador das elites brasileiras abusou descontroladamente do controle que exerce sobre a mídia, a ponto de provocar, como resposta, um amplo movimento pela democratização das comunica

* Antonio Martins (Este texto é a primeira parte do Dossiê GloboGate)

Provocador e a lista dos perdedores da eleição

A guerra acabou. Dilma Rousseff é presidente do Brasil. Para chegar até aqui, teve que enfrentar uma das batalhas mais violentas da história da República. E venceu.
Derrotou não só seu adversário, José Serra, mas também um exército implacável, cruel e muito poderoso: os principais grupos de comunicação do país. Estes são os grandes derrotados nesse dia de glória para a democracia.
Os milhões de votos recebidos pela candidata petista são a prova gigantesca de que os brasileiros nunca mais se deixarão ser manipulados. Nem permitirão ser tratados como gente ignorante. O povo, definitivamente, não é bobo. Vejam os derrotados:
Parte 1. Globo: o altar do sacrifício perdeu
As Organizações Globo agiram como um partido de oposição durante as eleições que levaram Dilma Rousseff à presidência da República.
Preferiam continuar aliados ao candidato das elites, como sempre estiveram durante a ditadura militar e os governos Collor, Itamar e FHC. Mas perdeu, playboy.
O jornal O Globo virou um panfleto diário. Sem nenhum pudor, estampou um ódio incontido ao governo Lula e à sua candidata. Mas foi na bancada do Jornal Nacional que se ergueu o altar do sacrifício petista.
O padrão Globo de qualidade é fácil de entender. Consiste em tratar escândalos conforme a coloração partidária e os interesses da firma.
O caso Erenice Guerra mereceu do JN 35 sangrentos minutos de reportagem só na primeira semana de repercussão. Já a denúncia envolvendo o aloprado tucano Paulo Preto teve uma única reportagem, quase nada.
Em sua entrevista de dez minutos ao vivo no JN, Dilma Rousseff ficou infinitos 4 minutos e 40 segundos respondendo sobre aborto. Mais 3 minutos e 25 segundos falando sobre a onipresente Erenice.
Ao final, teve tempo para responder a mais uma perguntinha. José Serra pode discorrer levemente sobre nove questões. Isso, sim, é tratamento diferenciado.
Com a vitória de Dilma, vai ser constrangedor o olhar de William Bonner e Fátima Bernardes. Cúmplices que são, nem vão tocar no assunto de como espremeram e destrataram a presidente eleita.
E tanta gentileza e profissionalismo com o candidato da família Marinho. Em vão.
São pagos pra isso, têm filhos para sustentar. Ok. Podem levar essa derrota pra casa. E convidar Arnaldo Jabor e Merval Pereira para jantar. Haja estômago. Mas amigos são fundamentais na hora da derrota.
Parte 2. Veja não forma mais opinião
Das 42 capas da revista em 2010, até as vésperas do segundo turno, dezoito continham ataques a Lula, Dilma e o PT. Quase metade da existência da Veja é dedicada a montar palanque contra o governo federal e espalhar pânico e ódio.
Ainda reclamam que não há liberdade de imprensa neste país. Terrorismo jornalístico: é isso que faz a semanal da família Civita. A edição de 10 de julho ilustra perfeitamente essa demonização:
É uma publicação que poderia ter a honestidade de se assumir como oráculo do que há de mais reacionário e perverso na direita deste país.
Mas tem essa mania feia de se travestir de revista de informação. Só se for distorcida, tendenciosa. Não fazem reportagens; fazem editoriais. Por isso é que não forma mais opinião; causa tédio. E desprezo.
E há os soldados da Editora Abril. Ou capangas, a ver. Os rancorosos Diogo Mainardi, Lauro Jardim, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes. Escribas a soldo que insinuam termos um presidente alcoólatra, menos interessante que um “vaso sanitário”.
E que chamam distribuição de renda de Esmola-Família. Logo eles, que devem fechar o vidro do carro quando veem um pobre.
Bem feito. Foram derrotados por essa gentinha que não assina Veja.
Parte 3. Otávio Frias Filho e sua Folha
Se esforçaram de forma comovente. Trabalho árduo ser uma usina de denúncias inúteis. Nos 30 dias que antecederam o primeiro turno, em 23 deles a Folha estampou em sua primeira página manchetes garrafais sobre escândalos envolvendo a candidata Dilma. Uma verdadeira obsessão patológica.
Ela foi acusada até de ter causado prejuízo de R$ 1 BILHÃO a consumidores de luz. Factoide patético. Em nenhum único dia apareceu algo negativo sobre José Serra. Nem unzinho sequer.
Até a ombudsman do jornal acusou a Folha de ser parcial na cobertura da campanha.
Tivesse Dilma Rousseff ligado para um ministro do Supremo Tribunal Federal para solicitar favores, assim como fez José Serra, seria o fim do estado democrático de direito. Mas, para a Folha, não passou de marolinha tucana.
Amaury Ribeiro Jr., repórter que serviu ao O Estado de Minas investigando Serra, pode espernear e uivar em protesto, mas será um espião petista até o fim dos dias. A verdade que vá às favas.
Quando viram a casa caindo, avisados pelas pesquisas que a eleição já estava decidida, a redação da Folha correu e noticiou a fraude na concorrência do Metrô em São Paulo. Afinal, para alguma coisa o DataFolha tem de servir (além de aos próprios interesses).
Não é fácil posar de apartidário, independente e ruralista. Ou algo parecido. Principalmente quando não se é. O fracasso lhes subiu à cabeça.
Final. O fracasso do 'ecumenismo'
Essa turma toda que saiu derrotada da eleição pode buscar algum refúgio espiritual em Silas Malafaia, o pastor que usou seu programa de TV para, ilegalmente, conclamar seus fiéis a votarem em Serra.
Ou pedir a benção do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que mandou imprimir 2 milhões de cópias do panfleto anti-Dilma “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”. Aquilo, sim, foi apelação!
Na calada da Band, Malafaia bradou argumentos homofóbicos contra Dilma. E julgou Serra "mais preparado". Foi apressado demais e, no dia seguinte, o tucano deu seu apoio à união civil entre homossexuais. Vergonha alheia.
Malafaia apoiou Marina Silva até onde deu. Os dois são integrantes do mesmo grupo evangélico. Só que, passado um tempo, foi seduzido por sua santidade, o Serra. E aí caiu em tentação de vez: se uniu com orgulho aos padres e cardeais católicos contra Dilma. Foi para a campanha de Serra de corpo e alma.
Quando surgiram as boatarias criminosas na internet contra Dilma, Malafaia fez cara de santo. Uma delas espalhava que a candidata do PT havia dito que nem Deus tiraria sua vitória. Depois, a imprensa denunciou uma central para comprar pastores no centro de São Paulo. O pastor entrega os votos do seu rebanho e, em troca, leva um trocado. Malafaia mais uma vez posou de santo. Imaculado Malafaia.
O bispo católico Bergonzini também jogou pesado. A Polícia Federal apreendeu mais de 1 milhão de panfletos ilegais em uma gráfica de tucanos. Era uma encomenda da Diocese de Guarulhos. Crime eleitoral. Isso é exemplo que se dê ao rebanho?
A História está cheia de exemplos macabros de onde isso vai parar. Não por acaso, enquanto Malafaia e Bergonzini excomungavam Dilma, dos olhos deles saiam labaredas de ódio. Lembravam fogueiras.
O fato é que esse discurso da intolerância foi derrotado nas urnas. O país amadureceu, e a liberdade de culto saiu fortalecida. Os falsos profetas se deram mal.

Até FHC criticou Serra pelo abuso de temas religiosos

Segundo a CNBB, os bispos têm o direito e o dever de orientar os fiéis em assuntos relacionados à fé e à moral cristão. Contudo, ressalta que apenas a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência estão autorizados a falar em nome da CNBB.
“Lamentamos profundamente que o nome da CNBB – e da própria Igreja Católica – tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação. A CNBB é um organismo a serviço da comunhão e do diálogo entre os Bispos, de planejamento orgânico da pastoral da Igreja no Brasil, e busca colaborar na edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária”, diz a nota.
Em entrevista coletiva, o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, condenou a manipulação de temas religiosos, como a defesa da vida, com interesse eleitoral.
“A gente pode perceber que existem manipulações, às vezes, de aspectos da religião com interesses ideológicos. E isso não é deste processo eleitoral, vem de outras épocas. Sem dúvida alguma, nas outras eleições isso também aconteceu”, disse Dom Dimas.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou também o uso de temas religiosos na campanha dos candidatos à Presidência que disputam o segundo turno das eleições. FHC também disse que temas como aborto e drogas não devem ser eleitorais.
“Eu nunca entrei nesses temas religiosos em campanha. Eu acho que as pessoas têm todo o direito (de discutir). E acho que os políticos não devem confundir a questão do Estado com a questão confessional”.
“Questão sobre aborto não é eleitoral, como a questão da droga”, afirmou FHC, que é um dos principais defensores da liberação da maconha no Brasil. “Que as pessoas discutam (sistemas) é natural, mas acho uma questão de convicção pessoal, e não uma questão política”. A campanha de Serra além de usar temas religiosos distribuíram milhares de panfletos contra Dilma em igrejas, fixaram cartazes em postes na periferia das cidades e entregaram de casa em casa.

*Celso Jardim

Os paulistanos merecem?!?

Em SP, Kassab defende aumento de 95% em seu salário

Os paulistanos merecem

 



 

Salários de secretários podem subir de R$ 5.504 para R$ 21.705 

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), defendeu nesta quarta-feira (3), aumento em seu salário e no de secretários municipais da capital paulista. "É uma questão de reajustar a prefeitura à realidade", afirmou o prefeito. A declaração foi feita durante anúncio da operação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para o GP Brasil de Fórmula 1. Para Kassab, com salários melhores, a equipe de secretários poderá gerir melhor o orçamento destinado às ações públicas da cidade.
Os vereadores de São Paulo discutem o projeto de lei nº 712/09, de autoria da Mesa Diretora da Casa, que prevê aumentar o subsídio mensal do prefeito, vice-prefeita e secretários municipais. Se o reajuste for aprovado pelo Legislativo, a remuneração de Kassab passaria de R$ 12.384 para R$ 24.117, reajuste de 95%, e a dos secretários de R$ 5.504 para R$ 21.705, o equivalente a 283% de aumento. O projeto já foi apresentado em 2009, mas não tramitou. À época, prefeitura e Câmara dos Vereadores tinham de lidar com a impopularidade da aprovação da correção da tabela do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Nesta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa emitiu parecer de legalidade ao projeto.  “A Mesa Diretora tem obrigação constitucional de estabelecer esse teto para que, a partir deste valor, nenhum funcionário possa receber mais”, informou o vereador Celso Jatene (PTB), durante a sessão. O vereador Gilberto Natalini (PSDB), membro da CCJ, declarou que seu voto é estritamente em relação à legalidade do projeto. “A bancada do PSDB ainda não decidiu quanto ao mérito”, afirmou.

João Antonio, líder do PT na Câmara, também votou pela legalidade do projeto, mas garantiu que é absolutamente contrário ao mérito da propositura. “É um aumento inoportuno”, justificou.
 
*cappacete