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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 20, 2011

Filósofos e a Educação

Sócrates, Platão e Aristóteles inauguram uma filosofia ocidental. Afirmam que a condição do homem está fundada numa essência imutável e eterna, perfeita em si mesma, mas comprometida por seu vínculo à matéria. O pensamento desses filósofos gregos está profundamente ligado à educação. Sócrates faz uma defesa intransigente do conhecimento, Platão apresenta a perfeição do mundo das idéias e Aristóteles acredita que a educação é a transformação em ato das potencialidades dos homens. Para eles, a educação deve ser o processo que leva o homem ao máximo possível de sua perfeição.



Nietzsche

Para Friedrich Nietzsche, a educação deve despertar as potências dionisíacas do homem, o que pressupõe uma crítica radical aos valores da cultura racionalista, presente na filosofia, na ciência e na própria religião. Segundo o filósofo alemão, a filosofia, a ciência, a religião precisam ser superadas, para que o homem possa agir por força de suas potências vitais, pela pulsação da vida, e não da razão lógica. A educação, portanto, deve estar no sentido da busca da liberdade do espírito, na potencialização da vontade de poder do indivíduo e da constituição de um homem superior, sem as amarras da religião, do Estado e dos valores morais ocidentais. 

 

“Eu penso que nós destruímos o Iraque”


Filhos da Guerra
As armas norte-americanas serenaram Faluja e envenenaram uma geração
20 de Setembro de 2011
Kelley Beaucar Viahos
Fonte: Uruknet | Tradução de F.Macias
No discurso deste ano do Estado da União, o Presidente Barack Obama declarou que “a guerra do Iraque está a chegar ao fim” – pelo menos para os Americanos, saimos “de cabeça erguida” porque “o nosso compromisso foi cumprido”. 
Contudo, para milhões de Iraquianos, a guerra está longe do fim – na verdade, para cada vez mais famílias nas cidades que foram quase destruídas durante os anos de insurgência e contra-insurgência, a crise está só a começar. Como disse um Americano Iraquiano, “ Só porque nós (Norte-americanos) não prestamos atenção, não significa que o resto do mundo não esteja a prestar atenção”.
Segundo estudos e relatos de testemunhas sobre os últimos anos, Faluja – uma cidade iraquiana que foi praticamente eliminada pela artilharia pesada norte-americana em duas grandes ofensivas em 2004 – confronta-se com um número assombroso de defeitos de nascença. A situação faz eco de relatos semelhantes em Bassorá que começaram a aparecer depois da primeira Guerra do Golfo em 1991.
A série de horrores enumerados é confrangedora: bebés que nascem com um olho no meio da cara, sem membros ou com muitos membros, com a cabeça defeituosa, insuficiências cardíacas, e falta de órgãos genitais.
Ao visitar uma clínica em Faluja em Março 2010, John Simpson da BBC disse “ Fomos confrontados com imensos casos de crianças com graves defeitos de nascença… Vi uma fotografia que mostrava um recém-nascido com três cabeças”. Depois, no principal hospital da cidade, fundado pelos EUA, uma quantidade de pessoas chegavam com os seus filhos que tinham membros defeituosos, deformações na coluna e outros problemas. Dizem que as autoridades de Faluja avisavam as mulheres para não quererem de todo ter filhos.
Ayman Qais, director do hospital geral de Faluja, disse ao Guardian que assistia a dois bebés afectados por dia, em comparação com quatro por mês que vira em 2003. “A maior parte (das deformações) são na cabeça e na coluna vertebral, mas também há muitas deficiências nas pernas” disse ele. “Há também um aumento muito acentuado do número de casos de crianças com menos de dois anos com tumores no cérebro.”.
É largamente aceite entre os cientistas, médicos e trabalhadores de ajuda humanitária que a guerra é responsável. A presença de tanto armamento despendido, resíduos e escombros, poços de material queimado nas bases dos EUA e incêndios de poços de petróleo deixaram um legado tóxico que está a envenenar o ar, a água e o solo do Iraque.
“Eu penso que nós destruímos o Iraque” diz Adil Shamoo, bioquímico da Universidade de Maryland que se especializou em ética médica e política externa.
Shamoo, um americano iraquiano acredita que é “do senso comum” associar os problemas de saúde do Iraque aos bombardeamentos implacáveis das suas cidades e vilas e a poluição resultante dos combates e da ocupação.
O Departamento da Defesa discorda, e rejeita as reclamações de que o exército seja responsável das doenças crónicas, defeitos de nascença e altas taxas de cancro entre a população local e os seus próprios membros que estiveram expostos aos mesmos elementos. Os responsáveis da Defesa não atendiam telefonemas nem respondiam aos e-mails para comentar as questões levantadas nesta matéria.
O governo iraquiano pouco tem feito para resolver a crise de saúde pública em Faluja e noutros lugares. As autoridades não podem deixar, e aparentemente falta vontade, de acabar com a poluição que assola em torno dos centros populacionais do país, até porque muitos iraquianos continuam a reclamar o abastecimento de água potável e assistência médica básica.
Um estudo conjunto feito em 2010 pelos ministérios do ambiente, da saúde e ciência, encontrou 42 locais que estavam contaminados com altos níveis de radiação e dioxinas – resíduos, assegura aquele estudo, originados por três décadas de guerra. Os críticos acreditam que há centenas de outros locais como estes.
As áreas em volta dos centros urbanos como Faluja e Bassorá representam 25% dos locais contaminados. A poluição em Bassorá data de pelo menos 1982, quando a Operação de Ramadan, a maior batalha da guerra Irão-Iraque – na qual os EUA deram a Saddam Hussein biliões de dólares em armas, instrução e outros apoios – sacudiu o deserto. Nos 20 anos após a primeira Guerra do Golfo, Bassorá tem visto uma aumento acentuado de doenças prevalentes na infância. Segundo os investigadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington, a taxa de leucemia infantil mais do que duplicou em Bassorá entre 1993 e 2007.
Em Dezembro, um relatório publicado no Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública declarava que desde 2003 foram observadas “malformações congénitas” em 15% do total de nascimentos em Faluja. Insuficiências cardíacas eram as mais frequentes, seguidas por deficiências no canal neural, que causam deformidades irreversíveis e muitas vezes fatais. Em comparação, a maioria dos defeitos de nascença afectam apenas aproximadamente 3% dos recém-nascidos nos EUA e uma média de 6% em todo o mundo.
“ O timing em que ocorreram os defeitos de nascença indica que eles podem estar relacionados com a guerra associada a longo período de exposição à contaminação” afirma o relatório. “Muitos contaminantes que se produzem na guerra têm a capacidade de interferir no desenvolvimento embrionário e fetal normal.”
Outro artigo recente, “Cancro, Mortalidade Infantil e Proporção de Sexos nos Nascimentos em Faluja, Iraque 2005-2009”, publicado no Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública em Julho 2010, baseou-se numa inquérito porta a porta a 4.843 habitantes em 711 casas de Faluja. Reconhecendo que estes inquéritos têm algumas limitações, os autores destacaram três conclusões convincentes, incluindo uma redução de 18% dos nascimentos do sexo masculino após 2004 e um aumento da mortalidade infantil.
“As conclusões aqui reportadas não lançam qualquer luz sobre quem são os agentes causadores do aumento dos níveis de doenças e embora estejamos atentos ao uso do urânio empobrecido como uma potencial causa relevante, pode haver outras possibilidades”, escrevem os autores.
Na verdade, há muitos outros possíveis contaminantes – mas o urânio empobrecido tem sido o principal suspeito.
O urânio empobrecido (DU) é um metal radioactivo de alta densidade a altamente tóxico que os militares usam regularmente pelas suas capacidades de blindagem e de penetração. Os tanques Abrams e carros de combate Bradley do exército usam-no na sua armadura e nas suas munições. 
Além das capacidades de penetração de longo alcance, as armas munidas de DU causam mais danos porque lançam num instante os alvos em chamas.
Depois das batalhas, as carcaças dos tanques e os restos das munições de DU que explodiram ou não, produzem radiação, enquanto minúsculas partículas do metal pesado se introduzem no pó e podem girar no ar a longas distâncias. Este pó pode ser mortal quando inalado, dizem médicos e ambientalistas.
Os EUA deixaram cerca de 320 toneladas de DU no campo de batalha depois da primeira Guerra do Golfo. As rajadas de DU deram uma clara vantagem sobre os Iraquianos, destruindo uns 4.000 tanques, muitos dos quais continuam a poluir a paisagem do deserto. “As partículas invisíveis formadas quando as granadas batiam e se incendiavam, ainda estão ‘a arder’. Elas fazem zumbir os detectores Geiger e metem-se nos tanques, contaminando o solo e espalhando-se com o vento do deserto, como será durante os 4,5 biliões de anos que levará o DU a perder apenas metade da sua radioactividade”, escreveu Scott Peterson no Christian Science Monitor.
Num outro artigo, Peterson documentou provas de DU em Bagdade, examinando “pontos quentes” à volta dos detritos de batalhas, com um detector Geiger. Ele comentou que a Força Aérea admitira que os aviões A-10 “Warthog” tinham atirado 300.000 rajadas durante a fase da invasão “choque e pavor”.
“Não disseram às crianças para não brincarem com os detritos radioactivos” escreveu Peterson. Ele viu apenas um local onde as tropas norte-americanas colocaram avisos escritos em árabe para os iraquianos se afastarem. “Ali foi encontrado um dardo de DU com 3 pés de comprimento, de uma granada de 120 mm, produzindo radiação 1.300 vezes superior aos níveis encontrados anteriormente. (O detector Geiger) fez os sons das explosões transformarem-se num gemido constante.”
Tem sido impossível obter um retrato exacto de como o DU foi usado pelas forças norte-americanas no Iraque desde 2003. Em 14 Março 2003, numa conferência de imprensa, menos de uma semana antes da invasão, o Coronel James Naughton do Comando do Equipamento do Exército dos EUA vangloriou-se que os Iraquianos “querem que (o DU) fique de fora, porque senão nós limpávamos – lhes o sebo” nas batalhas de tanques de 1991. “ De facto os seus soldados não podem ficar satisfeitos com a ideia de saírem basicamente nos mesmos tanques com alguns ligeiros melhoramentos e usarem outra vez os Abrams.”
A bazófia parou depois do “choque e pavor”. As autoridades agora insistem que a exposição ao DU não é responsável pelos graves problemas de saúde do Iraque. Confrontado com as provas dos defeitos de nascença em Faluja, o porta-voz do Pentágono Michael Kilpatrick disse o ano passado à BBC, “Até à data nenhum estudo indicou que as questões ambientais tenham resultado em problemas de saúde específicos”.
A composição exacta das munições usadas durante os combates em Faluja no final de 2004, continua sem se conhecer. Mas a escala da poluição pode ser medida pela magnitude dos bombardeamentos. Segundo Rebecca Grant, ao escrever para a Air Force Magazine em 2005, os EUA levaram a cabo implacáveis bombardeamentos na primeira batalha de Faluja, de Março a Setembro de 2004 e lançaram uma segunda ofensiva nesse Novembro.
Grant descreve um “ ritmo constante de bombardeamentos” numa caça ao homem quase toda urbana, empregando helicópteros AC-130 e aeronaves de asa-fixa , mesmo depois de logo no início, os comandantes serem avisados para reduzirem a escala dos ataques devido a considerações políticas sobre os danos colaterais. Os aviões F-15 desciam a pique e metralhavam insurgentes a preparar abrigos enquanto os marines eram chamados a atacarem os insurgentes encurralados, com mísseis guiados por GPS, como os novos GBU-38 JDAM (Joint Direct Attack Munition) de 500 libras de peso, que podiam “arrancar” edifícios mesmo do meio de zonas muito povoadas.
A descrição de Grant não inclui o uso de DU nem de fósforo branco que em contacto com a carne humana a faz fritar até ao osso. Um ano após os médicos de Faluja começarem a relatar as queimaduras denunciantes, um porta-voz do Pentágono admitiu à BBC que aquele fósforo branco era de facto “usado como arma incendiária contra os combatentes inimigos” em 2004. Inicialmente, o exército afirmara que era usado apenas para iluminação do campo de batalha.
“Quando entravam, basicamente arrancavam todos os stops”, disse o jornalista de investigação Dahr Jamail, que em 2004 esteve em Faluja.
O problema com a tentativa de identificar um agente básico dos defeitos de nascença no Iraque é que o país é um caldeirão de contaminação. Além da água poluída, há em toda a parte colunas de fumos tóxicos de queima de resíduos nas bases dos EUA, assim como fogos de petróleo e gás que salpicam a paisagem. Não menos do que 469 ocorrências de incêndios de petróleo e gás, a maioria explosões de oleodutos causadas por insurgentes, foram registadas entre 2003 e 2008.
Saddam Hussein usou armas químicas contra o seu povo e alegadamente ordenou aos seus homens – fugindo da invasão de 2003 – sabotar a velha estação de tratamento de água de Qarmat Ali, ao norte de Bassorá onde os rios Tigre e Eufrates se encontram. A teoria manipulada é que eles usaram um pó anti corrosivo contendo enormes quantidades de crómio de potência seis, um químico conhecido por causar cancro.
Alguns dos soldados da Guarda Nacional Oregon que mais tarde trabalharam e viveram na estação - convencidos pela segurança dos empreiteiros Kellog, Brown and Root que Qarmat Ali estava a salvo – estão agora tão doentes que mal podem andar. “Este é o nosso Agente Laranja” disse o veterano Scott Ashby ao The Oregonian em 2009, referindo-se ao herbicida pulverizado pelas forças dos EUA sobre enormes áreas do campo Vietnamita de 1961 a 1971.
A comparação com o Agente Laranja é adequada. Como no Vietname uma geração antes, os Norte-americanos correram para as saídas emocionais no Iraque, riscando a guerra como se fosse um engano, melhor se retiravam dos livros de história. Ignorando o lamento constante dos seus virtuosos detectores Geiger, o público dos EUA arruma ordenadamente as fotografias de bebés iraquianos deformados junto das desbotadas memórias das crianças vietnamitas e veteranos americanos marcados com cicatrizes por produtos químicos no campo de batalha. A negação colectiva tornou-se no melhor amigo do império, como o desastre da política externa do Sudeste Asiático deu lugar a uma catástrofe de 30 anos no Médio Oriente.
*GrupoBeatrice

Tucano privatiza até a polícia

A histórica Polícia Militar corre o risco com as privatizações tucanas.
O comandante-geral da PM, coronel Marcos Teodoro Scheremeta, disse ontem que está preparando um projeto que tira policiais militares do atendimento ao 190, colocando em seu lugar funcionários terceirizados.
“Por que uma função não estratégica, como o primeiro atendente, o suporte técnico ou a pessoa que cuida do no-break não pode ser um contratado? Hoje a polícia não pode contratar”, questiona o comandante.
Scheremeta diz que já está conversando com várias empresas e que pretende que o projeto esteja pronto, para ser apresentado ao secretário estadual de Segurança Pública no começo do ano que vem.
“Estamos conhecendo muito e ouvindo mais ainda. Para a Copa, um sistema digital vai ter que estar pronto”, afirma.
De acordo com o comandante, os atendentes seriam supervisionados por
policiais. Outra vantagem seria que os PMs, hoje no telefone, poderiam assumir postos nas ruas.
“Seria um redirecionamento para outras funções. O número de atendentes hoje é muito grande”, diz.
Um possível contrato, além do atendimento no 190, pode servir também
para gerenciamento de bancos de dados, acesso on-line a informações sobre os suspeitos.
“Hoje nosso sistema é analógico”, conta.
*comtextolivre

Lula ganha 6º honoris causa e pode receber mais 55 títulos


20 de setembro de 2011  11h04  atualizado às 12h03

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje, na capital baiana, seu sexto título de doutorado honoris causa, desta vez na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além disso, outras universidades nacionais e internacionais aprovaram o oferecimento de outras 55 honrarias do mesmo título a Lula. Se aceitar todas elas - o título só é válido após cerimônia na instituição - o petista vai chegar a um total de 61 homenagens.
Tendo estudado apenas o Ensino Fundamental, Lula, ainda no fim deste ano, deve receber o sétimo e o oitavo títulos, respectivamente na Sciences Po, na França, e na Politécnica de Lausanne (Suíça). Os doutorados por receber foram aprovadas pelos conselhos universitários de instituições do Exterior mas, para valer, é necessária a cerimônia. O honoris causa é concedido a pessoas eminentes, que não necessariamente possuam um diploma universitário, mas que tenham grande destaque em suas áreas.
O primeiro título do ex-presidente foi concedido em janeiro deste ano pela universidade de Viçosa, em Minas Gerais. Lula recebeu a segunda em Coimbra, Portugal, em março. Em julho, o Estado natal dele concedeu outras três homenagens: na Universidade de Pernambuco (UPE), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Lula, já obteve 26 honoris causa. Com o primeiro título recebido em Nova Jersey em 1978 e o último em 2007, no Canadá, Fernando Henrique Cardoso se valeu não apenas do status como político, mas também de uma intensa vida acadêmica. Três títulos foram oferecidos antes de assumir Presidência, os demais, durante e depois de seu mandato, a maioria em universidades estrangeiras.
Critérios
A decisão da universidade federal baiana é antiga. O conselho universitário da instituição decidiu pela outorga ainda em outubro de 2002, três dias após a conquista do seu primeiro mandato como presidente. A outorga de doutor honoris causa é dada a pessoas com destaque em áreas como as artes, academia ou em causas humanitárias.
O cientista político e professor doutor de Ética da Unicamp, Roberto Romano, diz que a concessão destas honrarias deixou de ter um sentido puramente acadêmico e pode servir como forma de aproximar universidades e até mesmo países. Desta forma, o título poderia servir a interesses de intercâmbio e aproximação. Isso serviria ao caso dos dois ex-ocupantes do Palácio do Planalto.
Segundo Romano, a láurea concedida pela universidade da França ao ex-presidente Lula pode inclusive ter como pano a situação econômica delicada que vive o país e o continente europeu. "O corpo de professores pode estar imbuído de muitas intenções, difícil separar o que é acadêmico do político e até mesmo do humanitário", disse o professor.
*Terra

A estrela sobe

Revista "Newsweek" dedica capa a Dilma e a apresenta como a líder de "um país de machos"


Uma das revistas americanas de maior prestígio, a ‘Newsweek’, traz, na edição desta semana, a presidente Dilma Rousseff na capa, com a chamada "Onde as mulheres estão ganhando".


A presidente também ilustra uma reportagem inteira dentro da revista. Sob o título "Não mexa com a Dilma", a ‘Newsweek’ apresenta um perfil da primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU, em Nova York, algo que irá acontecer na próxima quarta-feira (21).
  • 'Newsweek' com Dilma na capa traz reportagens sobre papel da mulher no mundo

Dilma é descrita como uma política durona que consegue governar o Brasil, "um país de machos", com pulso firme e estilo "quase taciturno". A revista americana exalta, durante toda a reportagem, a capacidade do Brasil de se manter imune à crise econômica mundial.


"Sabemos que não somos uma ilha. A Grécia não pode pagar seu socorro. A Espanha está em apuros, assim como a Itália. Os EUA não estão crescendo. Isso tem um impacto negativo nos resto do mundo", afirmou a presidente. "Você sabe a diferença entre o Brasil e o resto do mundo? Temos todos os instrumentos intactos para combater o crescimento lento ou mesmo a estagnação da economia mundial", completou.

A presidente também ressaltou a capacidade do governo em reduzir a pobreza e criar empregos. Dilma lembrou histórias e disse que, quando criança, queria ser bailarina ou bombeira.


A reportagem também conta parte da trajetória de militante de esquerda, durante a ditadura militar, e lembra que a presidente foi presa e torturada.


Sobre a trajetória polícia de Dilma, a "Newsweek" conta que ela foi "criada" pelo presidente Lula como um "Pigmaleão dos trópicos". No entanto, alguns entrevistados, dizem que por causa da personalidade forte, a presidente já dá sinais de que faz um governo com características próprias.


"É a criatura devorando o criador", disse, à revista, o cientista político Amaury de Souza.


Outros protagonistas da economia brasileira, como o empresário Eike Batista, o publicitário Nizan Guanaes e o economista Delfim Netto, também fazem elogios quando falam sobre Dilma.


"Ela é uma administradora experiente que gosta de eficiência. Trabalhar é seu hobby", afirmou Batista.


No entanto, a "Newsweek" lembrou que, em apenas nove meses, o governo Dilma já perdeu cinco ministros e recebeu críticas do especialista em energia Adriano Pires.Uol.

Bolsa Família avança sobre preconceitos da elite tucana



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) divulgou três medidas de aprimoramento do Bolsa Família rumo ao Brasil Sem Miséria:

1) Busca Ativa e atualização do cadastro:


Conforme a Presidenta Dilma havia anunciado, se aquelas famílias excluídas que sequer conseguem se cadastrar não chegam ao Bolsa família, então o Bolsa família vai atrás destas famílias para incluí-las no programa. Com isso já foram incluidas mais 180 mil famílias até setembro deste ano.

O custo no orçamento? O custo de tirar 180 mil novas famílias excluídas da linha da extrema pobreza é o mesmo custo que nós brasileiros pagamos para o senador Álvaro Dias mais o José Agripino Maia, juntos (*), chamarem os cidadãos beneficiários do programa de "preguiçosos" (ver vídeo abaixo). Com o quê você acha mais útil gastar este dinheiro?



Um único senador tucano, como Alvaro Dias (PSDB/PR), custa 347 mil famílias beneficiárias do Bolsa-família (***)

2) Foco na criança:

Um único senador tucano, como Aécio Neves (PSDB/MG), custa 1,3 milhões de crianças do Bolsa Família (****)

Até ontem, o Bolsa família só pagava até o limite de 3 crianças por família. Agora, as famílias que já recebem o benefício poderão incluir mais duas crianças, até o limite de 5. O benefício para estas famílias aumentará R$ 32,00 por mês para quem tem 4 filhos, ou R$ 64,00 para quem tem 5 filhos, restabelecendo o equilíbrio da renda per-capta das famílias extremamente pobres, que antes não tiveram acesso a planejamento familiar. Assim terão melhores condições de alimentar e educar todos os filhos.

Jornalistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista), ao entrevistarem a Ministra Tereza Campello, foram logo perguntando se isso não incentivaria "as mães pobres a procriarem mais?"...

Com bom humor, a ministra de Desenvolvimento Social, respondeu: “Essas famílias são pobres e, não, burras... Não me parece razoável que uma pessoa decida ter mais um ou dois filhos para receber uma bolsa de R$ 32 [R$ 1,00 por dia]... O Bolsa Família não tem estimulado o aumento da taxa de natalidade em nenhuma faixa de renda, nem entre as famílias pobres e nem entre as extremamente pobres... os nascimentos caíram em todas as classes de renda...” - disse, com base nos números do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mais 1,2 milhão de crianças até 15 anos ficarão cobertas pelo programa de renda mínima. 40% da população extremamente pobre têm até 14 anos. O custo? R$ 156 milhões em 2011. Menos do que será gasto para ouvirmos 4 senadores (**) demo-tucanos: Aécio Neves (PSDB/MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), Demóstenes Torres (DEMos/GO) e Mário Couto (PSDB/PA) - ofenderem os cidadãos mais pobres brasileiros, chamando o programa de "compra de votos", quando é, na verdade, um direito de cidadania e de inclusão social.

3) Segurança para quem arranjar emprego e depois perdê-lo:

O beneficiário que conseguir renda suficiente para emancipar-se do programa, pode desligar-se voluntariamente sem ter que devolver o cartão por 36 meses. Caso perca a renda, e entre em dificuldade novamente, basta reativar o benefício atualizando a situação de seu cadastro na prefeitura, sem precisar passar por todo o processo de obtenção de outro cartão.

Isso dá mais segurança às famílias mais vulneráveis, que muitas vezes têm empregos precários, sejam formais ou informais.

(*) R$ 85 milhões em 2011 é o custo das 180 mil famílias incluídas no programa. (**) O orçamento do Senado é R$ 3,345 bilhões. Dividido por 81 senadores dá R$ 41,3 milhões por Senador ao ano. (***) O benefício médio por família está em R$ 119,00 por mês atualmente. (****) Cada criança custa R$ 32,00 reais. Os Amigos do Presidente Lula

Estadão assassina o vernáculo

Cortesia do sempre atento @stanleyburburin
*esquerdopata

Acesso a medicamentos é estratégico para a inclusão social, diz presidente Dilma

 Em sua participação na Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis nesta segunda-feira (19/9), em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que é fundamental aliar programas de saúde pública a políticas de promoção e inclusão social. A presidenta ressaltou a grande incidência de doenças crônicas em populações mais pobres e citou o programa brasileiro Saúde Não tem Preço – que distribui gratuitamente medicamentos para diabetes e hipertensão – como modelo de política de promoção da saúde e inclusão social.
"O Brasil defende o acesso aos medicamentos como parte do direito humano à saúde. Sabemos que é elemento estratégico para a inclusão social, para a busca de equidade e para o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde."
Em seu discurso, a presidenta defendeu o acordo TRIPs (Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights) da Organização Mundial do Comércio (OMC), que introduziu mudanças nas normas internacionais dos direitos de propriedade intelectual. Por iniciativa dos países em desenvolvimento, as questões referentes à saúde inseridas no Acordo redundaram na adoção, em 2001, da Declaração de Doha Sobre o Acordo de TRIPs e Saúde Pública, apontando novas possibilidades de atuação dos países membros da OMC, principalmente no que diz respeito ao acesso a medicamentos.
Dilma Rousseff abordou, ainda, a Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde, que será realizada nos dias 19 e 21 de outubro de 2011, no Rio de Janeiro, resultado de parceria entre o governo brasileiro e a Organização Mundial da Saúde (OMS). "Convido a todos os presentes para comparecer a essa Conferência", finalizou.
*Briguilino

DEM , digo , PSD , digo DEM2 , desculpem me perdi