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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 20, 2011

Bolsa Família avança sobre preconceitos da elite tucana



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) divulgou três medidas de aprimoramento do Bolsa Família rumo ao Brasil Sem Miséria:

1) Busca Ativa e atualização do cadastro:


Conforme a Presidenta Dilma havia anunciado, se aquelas famílias excluídas que sequer conseguem se cadastrar não chegam ao Bolsa família, então o Bolsa família vai atrás destas famílias para incluí-las no programa. Com isso já foram incluidas mais 180 mil famílias até setembro deste ano.

O custo no orçamento? O custo de tirar 180 mil novas famílias excluídas da linha da extrema pobreza é o mesmo custo que nós brasileiros pagamos para o senador Álvaro Dias mais o José Agripino Maia, juntos (*), chamarem os cidadãos beneficiários do programa de "preguiçosos" (ver vídeo abaixo). Com o quê você acha mais útil gastar este dinheiro?



Um único senador tucano, como Alvaro Dias (PSDB/PR), custa 347 mil famílias beneficiárias do Bolsa-família (***)

2) Foco na criança:

Um único senador tucano, como Aécio Neves (PSDB/MG), custa 1,3 milhões de crianças do Bolsa Família (****)

Até ontem, o Bolsa família só pagava até o limite de 3 crianças por família. Agora, as famílias que já recebem o benefício poderão incluir mais duas crianças, até o limite de 5. O benefício para estas famílias aumentará R$ 32,00 por mês para quem tem 4 filhos, ou R$ 64,00 para quem tem 5 filhos, restabelecendo o equilíbrio da renda per-capta das famílias extremamente pobres, que antes não tiveram acesso a planejamento familiar. Assim terão melhores condições de alimentar e educar todos os filhos.

Jornalistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista), ao entrevistarem a Ministra Tereza Campello, foram logo perguntando se isso não incentivaria "as mães pobres a procriarem mais?"...

Com bom humor, a ministra de Desenvolvimento Social, respondeu: “Essas famílias são pobres e, não, burras... Não me parece razoável que uma pessoa decida ter mais um ou dois filhos para receber uma bolsa de R$ 32 [R$ 1,00 por dia]... O Bolsa Família não tem estimulado o aumento da taxa de natalidade em nenhuma faixa de renda, nem entre as famílias pobres e nem entre as extremamente pobres... os nascimentos caíram em todas as classes de renda...” - disse, com base nos números do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mais 1,2 milhão de crianças até 15 anos ficarão cobertas pelo programa de renda mínima. 40% da população extremamente pobre têm até 14 anos. O custo? R$ 156 milhões em 2011. Menos do que será gasto para ouvirmos 4 senadores (**) demo-tucanos: Aécio Neves (PSDB/MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), Demóstenes Torres (DEMos/GO) e Mário Couto (PSDB/PA) - ofenderem os cidadãos mais pobres brasileiros, chamando o programa de "compra de votos", quando é, na verdade, um direito de cidadania e de inclusão social.

3) Segurança para quem arranjar emprego e depois perdê-lo:

O beneficiário que conseguir renda suficiente para emancipar-se do programa, pode desligar-se voluntariamente sem ter que devolver o cartão por 36 meses. Caso perca a renda, e entre em dificuldade novamente, basta reativar o benefício atualizando a situação de seu cadastro na prefeitura, sem precisar passar por todo o processo de obtenção de outro cartão.

Isso dá mais segurança às famílias mais vulneráveis, que muitas vezes têm empregos precários, sejam formais ou informais.

(*) R$ 85 milhões em 2011 é o custo das 180 mil famílias incluídas no programa. (**) O orçamento do Senado é R$ 3,345 bilhões. Dividido por 81 senadores dá R$ 41,3 milhões por Senador ao ano. (***) O benefício médio por família está em R$ 119,00 por mês atualmente. (****) Cada criança custa R$ 32,00 reais. Os Amigos do Presidente Lula

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