O pré-sal vai de vento em pôpa
Hoje, o gerente de planejamento de Exploração e Produção da estatal, Mauro Yusi Hayashi, anunciou que a produção do pré-sal brasileiro já atinge 130 mil barris/dia. E vai chegar a 1 milhão de barris/dia, em seis anos. Podia até ser mais, mas o engenheiro Hayashi explica porque a limitação.
- Temos que calibrar a curva de produção com a capacidade das unidades de produção. Não adianta perfurar muitos poços se a plataforma tem limitação. O crescimento da produção está limitada por isso e um melhor desempenho dos poços vai se refletir num tempo de vida maior dos poços.
Aí está o motivo de ser tão importante investir na expansão no nosso parque de refino: se não tivernos capacidade de processar parte do petróleo excedente ao nosso consumo, teremos de exportá-lo em bruto. É um bom negócio, mas o de exportar derivados de primeira geração – obtidos diretamente do refino – e de segunda geração, produzidos pelas indústrias petroquímicas, estaremos desperdiçando a chance de ampliarmos não apenas nossas receitas, mas nossas indústria, os empregos e a cadeia de conhecimento que este setor produz.
Além da Petrobras, há previsão de enorme crescimento na produção de outras petroleiras – especialmente a OGX e a Repsol-Sinopec, na Bacia de Campos, e, portanto, de maiores excedentes.
Por isso, é esdrúxula a ideia de sair correndo com novas licitações, sobretudo quando pode – possibilidade, apenas, mas possibilidade – de ter sido descoberta uma nova área de grande capacidade (e qualidade) ao largo do litoral de Sergipe. O índice de sucesso exploratório da Petrobras no pré-sal é de cerca de 80 por cento, enquanto na média mundial é de 30 por cento, o que, segundo Hayashi, reduz custos imensamente, ao diminuir o número de poços a serem perfurados.
Não podemos deixar que ocorra com o petróleo o mesmo que ocorre com o ferro: correr para exportar, ter lucro rápido e não usa-lo como ferramenta do desenvolvimento nacional.
Os dólares imigrantes
“O Banco do Brasil ganhou pelo menos US$ 1,5 bilhão em depósitos nos Estados Unidos de empresas e outros clientes que fugiram de riscos maiores em alguns bancos estrangeiros nos últimos três meses. O acirramento da crise também levou empresas multinacionais a buscar crédito nas agências do BB no exterior.
“Bancos americanos estão tendo as notas rebaixadas pelas agências de classificação de risco”, disse o diretor de negócios internacionais do BB, Admilson Monteiro Garcia. “Os bancos brasileiros se beneficiam disso.”
De julho para dá, informou, os depósitos na agência do BB em Nova York, que trabalha com pessoas jurídicas, subiram de US$ 3 bilhões para US$ 4 bilhões. Os depósitos na agência de Miami, que trabalha com “private banking”, saltaram de US$ 1,5 bilhão para US$ 2 bilhões.”
Não foi diferente em 2008: os depósitos no BB de Nova Iorque subiram quase dez vezes.
A economia brasileira só não está sólida nas páginas dos nossos jornais.
Redução de imposto não dá manchete?
Execto o Golobo, os jornalões “cansados” não deram manchete nem na economia.
Para você ver como esta questão de imposto é tratada apenas para criar crima político.
O nó da questão, porém, está em outro ponto e longe de ser cortado. Ao contrário, a crise mundial pode retrair os investimentos na expansão da produção de etanol. Estamos importando por conta do preço do etanol, que fez o consumo da gasolina subir mais de 20% em relação ao ano passado, quando já gasolina já tinha tido um aumento de consumo de sete por cento.
Novas usinas e novas refinarias. É disso que o Brasil precisa e só pode contar com a Petrobras para fazê-lo.
*Tijolaço
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