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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 27, 2011

Protestos e repressão em Wall Street



Greve dos bancários e lucro dos bancos

Por Altamiro Borges

Os bancários de todo o Brasil estão com greve marcada para amanhã, dia 27. Na sexta-feira passada, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) rejeitou a proposta de reajuste de 8% apresentada pela Federação dos Bancos (Fenaban). Ela representa apenas 0,56% de aumento real. A categoria reivindica 12,8% de reajuste (5% acima da inflação).



Os 99% que ocuparam Wall Street

Foto: Deirdre Lymm
Por Amy Goodman, no sítio da Adital:
Se 2.000 ativistas do movimento conservador Tea party se manifestassem em Wall Street provavelmente haveria a mesma quantidade de jornalistas cobrindo o acontecimento. De fato, 2.000 pessoas ocuparam Wall Street no sábado. Não levavam cartazes e faixas do Tea party, nem a bandeira de Gadsden, com a serpente em espiral e a ameaça ‘Não te metas comigo'. Porém, sua mensagem era clara: "Somos os 99% da população que já não tolerarão a cobiça nem a corrupção do 1% restante”, disseram. Ali estavam, a maioria jovens, protestando contra a especulação praticamente não regulada e descontrolada de Wall Street, que provocou a crise financeira mundial.



PF investigará Ricardo Teixeira

Do sítio Vermelho:

O procurador da República, Marcelo Freire, deve remeter ofício nesta segunda (26) à Superintendência da Polícia Federal no Rio (SR-RJ/DPF) determinando a abertura de novo inquérito contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

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