Dilma e a defesa do Estado Palestino
Foto: Roberto Stuckert Filho-PR |
E mais uma vez cabe ao Brasil sacudir a Organização das Nações Unidas (ONU).
Para desespero dos vira-latas midiáticos.
Daqui e dos alienígenas.
O dia já esta marcado.
Obama e a luta de classes nos EUA
Por Antonio Luiz M. C. Costa, na CartaCapital:
A prolongada crise capitalista declarada em 2008 trouxe as teses de Karl Marx de volta ao debate em lugares inesperados – incluindo, por exemplo, as páginas do Wall Street Journal e da Bloomberg News. Mas raramente foram citadas de forma tão cínica quanto no discurso político do Partido Republicano e da Fox News ao falar de “luta de classes”.
A prolongada crise capitalista declarada em 2008 trouxe as teses de Karl Marx de volta ao debate em lugares inesperados – incluindo, por exemplo, as páginas do Wall Street Journal e da Bloomberg News. Mas raramente foram citadas de forma tão cínica quanto no discurso político do Partido Republicano e da Fox News ao falar de “luta de classes”.
Prática ilegal” no governo Alckmin
Por Altamiro Borges
Na semana passada, a Folha fez uma grave denúncia: o governo de Geraldo Alckmin usa a Companhia de Energia de São Paulo (Cesp) para contratar servidores públicos sem concurso. Os funcionários servem à recém-criada Secretaria de Energia, sob o comando do tucano José Aníbal. Segundo a Folha, essa ação caracterizaria “uma prática ilegal”.
A reportagem constatou que a Cesp já disponibilizava funcionários efetivos para outros nove órgãos do governo: as secretarias de Cultura, Transportes, Saneamento e Fazenda, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia, o Tribunal de Contas do Estado, o Departamento Hidroviário, a Prefeitura de São Paulo e a Assembléia Legislativa.
“Um fato comum na administração”
“São 106 funcionários da Cesp nessas instituições, o equivalente a 8,4% do atual quadro da companhia, hoje de 1.260 empregados”, relata o repórter Agnaldo Brito. Procurado pela reportagem, o presidente da estatal, Mauro Arce, confirmou a irregularidade e disse que este mecanismo de transferência é um fato comum na administração.
Segundo o presidente da Cesp, o custo com os funcionários transferidos é de R$ 2.283.176,16, o que inclui salários, encargos, férias e 13º. Na média, a estatal gasta R$ 21,5 mil por funcionário comissionado (R$ 8.417,15 em salários). Arce garante que “todos os órgãos que possuem funcionários contratados pela Cesp reembolsam a empresa”.
Lembrando o escândalo do Baneser
“Especialistas ouvidos pela Folha sustentam que essa prática é inconstitucional, pois fere a exigência da criação de cargos comissionados com edição de lei, rompe os limites do teto da remuneração para as funções na administração pública direta e viola as regras do concurso público”.
“Se a Cesp está sendo usada para recrutar gente para a Secretaria de Energia, isso não é legal. Lembra inclusive o caso Baneser, uma subsidiária do Banespa, usada para contratar funcionários para a administração direta”, critica Floriano Azevedo Marques, professor da Faculdade de Direito da USP. Já o professor Carlos Ari Sundfeld, da FGV, garante que a medida “contraria regra constitucional. É uma prática pouco transparente e de difícil controle”.
O tratamento seletivo da mídia
Na sequência da reportagem, a Folha voltou a tratar da denúncia no editorial “Curto-circuito”. Bem diferente do seu oposicionismo raivoso diante da gestão federal, o texto até afirma que “é condenável o estratagema do governo estadual paulista de utilizar-se da Cesp para contratar funcionários e, assim, burlar a exigência de concurso público”.
Mas ao criticar a contratação sem concurso público em São Paulo, a Folha aproveita para fustigar as nomeações no governo Dilma. No final, o jornal tucano faz recomendações ao governo tucano para que “devolva já os funcionários à Cesp e faça contratações por concurso, restabelecendo assim a boa prática na administração pública”. Um pedido civilizado!
Se a denúncia envolvesse o governo federal, o escarcéu seria bem maior. Possivelmente, a Folha pediria a criação de mais uma CPI e atiçaria uma "marcha contra a corrupção". Mesmo assim, é preciso elogiar a reportagem Agnaldo Brito. Ele, ao menos, denunciou a maracutaia. Outros jornalões e as emissoras de rádio e TV sequer abordaram o assunto. A mídia é bem seletiva nas suas pautas!
Na semana passada, a Folha fez uma grave denúncia: o governo de Geraldo Alckmin usa a Companhia de Energia de São Paulo (Cesp) para contratar servidores públicos sem concurso. Os funcionários servem à recém-criada Secretaria de Energia, sob o comando do tucano José Aníbal. Segundo a Folha, essa ação caracterizaria “uma prática ilegal”.
A reportagem constatou que a Cesp já disponibilizava funcionários efetivos para outros nove órgãos do governo: as secretarias de Cultura, Transportes, Saneamento e Fazenda, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia, o Tribunal de Contas do Estado, o Departamento Hidroviário, a Prefeitura de São Paulo e a Assembléia Legislativa.
“Um fato comum na administração”
“São 106 funcionários da Cesp nessas instituições, o equivalente a 8,4% do atual quadro da companhia, hoje de 1.260 empregados”, relata o repórter Agnaldo Brito. Procurado pela reportagem, o presidente da estatal, Mauro Arce, confirmou a irregularidade e disse que este mecanismo de transferência é um fato comum na administração.
Segundo o presidente da Cesp, o custo com os funcionários transferidos é de R$ 2.283.176,16, o que inclui salários, encargos, férias e 13º. Na média, a estatal gasta R$ 21,5 mil por funcionário comissionado (R$ 8.417,15 em salários). Arce garante que “todos os órgãos que possuem funcionários contratados pela Cesp reembolsam a empresa”.
Lembrando o escândalo do Baneser
“Especialistas ouvidos pela Folha sustentam que essa prática é inconstitucional, pois fere a exigência da criação de cargos comissionados com edição de lei, rompe os limites do teto da remuneração para as funções na administração pública direta e viola as regras do concurso público”.
“Se a Cesp está sendo usada para recrutar gente para a Secretaria de Energia, isso não é legal. Lembra inclusive o caso Baneser, uma subsidiária do Banespa, usada para contratar funcionários para a administração direta”, critica Floriano Azevedo Marques, professor da Faculdade de Direito da USP. Já o professor Carlos Ari Sundfeld, da FGV, garante que a medida “contraria regra constitucional. É uma prática pouco transparente e de difícil controle”.
O tratamento seletivo da mídia
Na sequência da reportagem, a Folha voltou a tratar da denúncia no editorial “Curto-circuito”. Bem diferente do seu oposicionismo raivoso diante da gestão federal, o texto até afirma que “é condenável o estratagema do governo estadual paulista de utilizar-se da Cesp para contratar funcionários e, assim, burlar a exigência de concurso público”.
Mas ao criticar a contratação sem concurso público em São Paulo, a Folha aproveita para fustigar as nomeações no governo Dilma. No final, o jornal tucano faz recomendações ao governo tucano para que “devolva já os funcionários à Cesp e faça contratações por concurso, restabelecendo assim a boa prática na administração pública”. Um pedido civilizado!
Se a denúncia envolvesse o governo federal, o escarcéu seria bem maior. Possivelmente, a Folha pediria a criação de mais uma CPI e atiçaria uma "marcha contra a corrupção". Mesmo assim, é preciso elogiar a reportagem Agnaldo Brito. Ele, ao menos, denunciou a maracutaia. Outros jornalões e as emissoras de rádio e TV sequer abordaram o assunto. A mídia é bem seletiva nas suas pautas!
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