Posto aí em cima o vídeo – precário, gravado da TV, depois troco – do encaminhamento que fiz para a votação em plenário do requerimento de urgência da Comissão da Verdade. Ele foi aprovado com 351 votos sim e 42 não. O projeto deveria ter entrado em votação em seguida, mas como surgiram algumas manobras regimentais, o presidente Marco Maia suspendeu provisoriamente a sessão para tentar negociar um acordo de líderes. Meu receio é que isso demore e perca-se o quorum. Estou aqui a postos e informo a vocês.
Creio ter desempenhado meu papel, com o requerimento de urgência que permitiu que, afinal, pudessemos ter a aprovação acelerada que hoje tivemos. Aceitar as emendar apresentadas pelo DEM e pelo PSDB não foi um problema, porque não se quer uma comissão passional, mas que levante, apure e comprove os fatos que este país tem o direito de conhecer. O que se fará, diante deles, é atribuição do Ministério Público e do Judiciário, que terá de confirmar ou reformar suas decisões “em tese” sobre a prescrição de atos infames.
Está de parabéns o Brasil que, finalmente, pode ascender ao desassombro que caracteriza a democracia, um regime onde não há fatos que, por princípio, tenham o direito de ser escondidos à sociedade e onde os atos criminosos não possam, sequer, ser submetidos ao Judiciário, para que este, diante deles, reflita se a suposta prescrição pode ser alegada como razão impunidade.
Até onde vai este processo, nenhum de nós poderá dizer, porque só mesmo a verdade pode nos orientar. Mas, no mínimo, esta verdade poderá trazer, depois de tanto tempo, paz aos que perderam seus filhos e companheiros naqueles tempos brutais e, ao menos, terão o direito de ter a paz que há tantos anos procuram.
*Tijolaço
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