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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 22, 2011

Pesquisa: paulistano fica 30 dias parado no trânsito

Tempo equivalente na somatória em um ano
Aumentou o tempo que os paulistanos perdem diariamente no trânsito da cidade. Segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo e do Ibope, os moradores de São Paulo passam 2h49m diariamente parados em congestionamentos contra 2h42m no ano passado.
Quase 20% dos entrevistados disseram que perdem mais de 4 horas engarrafados todos os dias. Segundo a Rede Nossa São Paulo e o Ibope, isso se deve ao fato de haver mais carros na cidade. De acordo com estimativa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 3,8 milhões de carros circulam pelas ruas da capital diariamente. Em 2009, esse número era de 3,5 milhões.
Aumentou também o índice de paulistanos que considera o tráfego péssimo. Chega atualmente a 55% contra 37% do ano passado. O paulistano está mais disposto a usar o transporte público, mas quer que ele seja de qualidade. Entre os entrevistados que disseram ter renda entre 2 e 5 salários mínimos subiu para 62% os que afirmam ter ao menos um carro de passeio. O percentual era de 52% no ano passado.
Um dos representantes da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, cobrou mais atenção e vontade política para resolver o problema.
"A situação é péssima. Se você fizer a conta, o paulistano passa um mês por ano parado no trânsito. Mas nós sabemos como melhorar. Tem que ter vontade política e competência para que as coisas aconteçam", disse Oded.
Ele cobrou também que a Prefeitura faça um plano de mobilidade urbana. Segundo Oded, o orçamento aprovado para o município prevê R$ 15 milhões na elaboração deste plano, que, de acordo com ele, nunca foi realizado.
Outro ponto que chamou a atenção na pesquisa foi o índice de entrevistados que se disseram favoráveis à aplicação de multas para pedestres que desrespeitam a sinalização. Dos entrevistados, 61% disseram que são a favor contra 41% em 2010. O trânsito apareceu como sendo o segundo problema mais grave da capital. No ano passado era o terceiro colocado. De acordo com a pesquisa 43% dos entrevistadores disseram que o tráfego é o pior problema da cidade. O primeiro problema apontado pelos entrevistados é a Saúde e o terceiro a Educação.

Cicciolina recebe pensão dos italianos



. Pobres italianos.

. Seus parlamentares corruptos dão a si mesmo pensões nababescas.

. A Cicciolina, prostituta de profissão, tornou-se prostituta parlamentar.

. Desse tipo de parlamentar que existe também no congresso brasileiro.

. Por um mandato de 5 anos, a Cicciolina receberüa a partir de agora, uma pensão de 39 mil euros por ano.

. E isso pelo resta de sua vida.

Der Spiegel

E eu pergunto: Israel tem algum amigo no mundo além dos EUA?

...

O cientista político israelense, Mark Heller, resume em termos mais práticos: "Se Israel se alienar de todos que votarem contra ele na Assembleia Geral, não terá muitos amigos". *Brasilmostraatuacara

Piada do dia

O sujeito se chama Marc Faber, e é norte-americano.

Ele é Analista de Investimentos e empresário.

Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, Marc Faber encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado:

“O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00.

Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Walt-Mart, esse dinheiro vai para a China.

Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.

Se comprarmos um computador, vai para a Índia.

Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.

Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.

Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan….

E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.

O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.

Estou fazendo a minha parte…”

Resposta de um brasileiro igualmente bem humorado e bastante realista:
“Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior. Lamento informar que, depois desse seu e-mail, a Budweiser foi comprada pela brasileira AmBev.

Portanto, restaram apenas as prostitutas.

Porém, se elas (as prostitutas) repassarem parte da verba para seus filhos, o dinheiro virá para o Brasil, mais precisamente para o PSDB, onde existe a maior concentração de filhos da puta do mundo.”


'Brigada, Zé Carlos

Papa custa caro. É antiquado. E chefia uma gangue de pedófilos


Jesus saradão seria a favor do divórico. Mas não da pedofilia

. O Papa se encontra em Berlim.

. Vai ou já falou no parlamento alemão.

. A visita do chefe dos pedófilos custa ao povo alemão 30 milhões de euro.

. E o cara vem à Alemanha para pregar suas idiossincrasias.

. O chefe supremo da Igreja dos Pedófilos proíbe o divórcio e condena o homossexualismo (mas na Igreja PODE!)

. Porém ...

- O presidente da Alemanha é divorciado (pecador)

- A esposa do Presidente alemão tem um filho fora do casamento (pecadora)

- O prefeito de Berlim é Schwul (homossexual) e vive com um homem (pecador)

- O ministro das Relações Exteriores é schwul e é casado com um homem (pecador)

- Angela Merkel, chefona do CDU - partido Cristão, é divorciada (pecadora).

etc, etc ....

. E o chefe supremo dos pedófilos vem fazer o que mesmo na Alemanha?
*Brasilmostraatuacara

Final de uma luta, início de um desafio


Posto aí em cima o vídeo – precário, gravado da TV, depois troco – do encaminhamento que fiz para a votação em plenário do requerimento de urgência da Comissão da Verdade. Ele foi aprovado com 351 votos sim e 42 não. O projeto deveria ter entrado em votação em seguida, mas como surgiram algumas manobras regimentais, o presidente Marco Maia suspendeu provisoriamente a sessão para tentar negociar um acordo de líderes. Meu receio é que isso demore e perca-se o quorum. Estou aqui a postos e informo a vocês.


À parte o comportamento deprimente do sr. Jair Bolsonaro, creio que vivemos um grande momento hoje, com a aprovação, depois de um ano e quatro meses desde que Lula a enviou ao Congresso, com a aprovação da Comissão da Verdade na Câmara dos Deputados.
Creio ter desempenhado meu papel, com o requerimento de urgência que permitiu que, afinal, pudessemos ter a aprovação acelerada que hoje tivemos. Aceitar as emendar apresentadas pelo DEM e pelo PSDB não foi um problema, porque não se quer uma comissão passional, mas que levante, apure e comprove os fatos que este país tem o direito de conhecer. O que se fará, diante deles, é atribuição do Ministério Público e do Judiciário, que terá de confirmar ou reformar suas decisões “em tese” sobre a prescrição de atos infames.
Está de parabéns o Brasil que, finalmente, pode ascender ao desassombro que caracteriza a democracia, um regime onde não há fatos que, por princípio, tenham o direito de ser escondidos à sociedade e onde os atos criminosos não possam, sequer, ser submetidos ao Judiciário, para que este, diante deles, reflita se a suposta prescrição pode ser alegada como razão impunidade.
Até onde vai este processo, nenhum de nós poderá dizer, porque só mesmo a verdade pode nos orientar. Mas, no mínimo, esta verdade poderá trazer, depois de tanto tempo, paz aos que perderam seus filhos e companheiros naqueles tempos brutais e, ao menos, terão o direito de ter a paz que há tantos anos procuram.
*Tijolaço

A humilhação de Barack Obama



Robert Grenier, Al-Jazeera, Qatar
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Robert Grenier, hoje aposentado, serviu por 27 anos como analista do Serviço Secreto da CIA. De 2004 a 2006, dirigiu, na Agência, o Centro de Contraterrorismo.
Mais cedo ou mais tarde, acontecerá. Talvez aconteça pouco antes do primeiro encontro de chefes de estado em New York. Talvez aconteça pouco antes do primeiro encontro de coxia com Binyamin Netanyahu. Ou, também, pode acontecer como reação cumulativa, depois de uma série de encontros embaraçosos com outros chefes de estado. Mas acontecerá.
O Primeiro Ministro israelense Netanyahu (foto) rejeitou sem qualquer escrúpulo o discurso do Presidente Barack Obama
Em algum momento dessa semana, durante a visita à Assembleia Geral da ONU, para a abertura dos trabalhos, o presidente Obama há de sentir um impulso, um irresistível desejo. Vai decidir levantar-se, livrar-se das correias que o manipulam e da onipresente burocracia que tenta ditar-lhe cada movimento e submeter até sua dignidade pessoal e, então, ele dirá “Basta”.
Em abril de 1995, o presidente Clinton recebeu a então primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto. As relações EUA-Paquistão estavam em queda livre. Poucos anos antes, os EUA haviam começado a aplicar sanções autorizadas pela então chamada “Emenda Pressler”, segundo a qual o Paquistão teria de ser punido com suspensão total de qualquer ajuda e impedido de fazer negócios de compra e venda de equipamentos militares, se se constatasse que buscava construir capacidade nuclear. O primeiro presidente Bush descobrira a coisa, e, naquele momento, os laços entre os dois países estavam sendo progressivamente cortados.
No cerne do crescente mal-estar entre as duas nações estava o cancelamento da venda de 28 jatos F-16. Os paquistaneses sabiam, desde quando assinaram o compromisso de compra, que o negócio poderia ser cancelado, se se invocasse a Emenda Pressler. Então, havendo a lei, e o presidente Bush já tendo declarado a culpa dos Paquistaneses, já nem se cogitava de entregar os aviões. Mas havia outra dificuldade.
Os paquistaneses já haviam pago enorme quantidade de dinheiro, com enorme sacrifício, a título de adiantamento, na compra dos jatos. E naquele momento, segundo os EUA, os paquistaneses não poderiam receber os aviões nem poderiam ser reembolsados do que já haviam pago. Claro. O problema é que já não havia dinheiro para devolver; a empresa que recebera, gastara. Os aviões estavam construídos. Não havia meio legal, na legislação norte-americana, para fazer surgir o dinheiro para reembolsar os paquistaneses.
Talvez, sim, vender os F-16s a outro país e, com o dinheiro assim havido, reembolsava-se os paquistaneses, mas essa via também teria de ser aprovada nos EUA por um Congresso hostil, e dificilmente se viabilizaria. Em resumo, não havia o que fazer. E, como que acrescentando insulto à injúria, os paquistaneses também estavam sendo forçados a pagar uma pesada taxa anual pela armazenagem de cada avião – cada avião que não podiam receber.
Defender o indefensável
Obama será forçado a humilhar-se na ONU, enquanto tenta explicar por que ele deve singularmente vetar a proposta para criação do Estado palestino
Quando todo o aparelho de segurança nacional e da política externa dos EUA se move numa mesma direção, é visão impressionante. Vasto aparato da burocracia movia-se para elaborar longos argumentos que levassem a concluir a favor de uma decisão já tomada. E aqueles argumentos eram hipnoticamente repetidos de dúzias de diferentes maneiras, para uso em diferentes fóruns. Virou caso clássico.
Via-me do lado de dentro da burocracia do Departamento de Estado, onde estava trabalhando à época. Fabricavam-se justificativas para o patentemente injustificável, que chegavam aos paquistaneses em todos os níveis. Saiam pela boca dos porta-vozes do Departamento de Estado e da Casa Branca, eram repetidos em depoimentos ao Congresso, distribuídos para a imprensa em diferentes enquadramentos, elaborados em respostas escritas a serem repetidas por deputados e senadores, e ao público em geral, para nem falar dos comunicados internos que circulavam dentro do Executivo.
Todo aquele ímpeto burocrático alcançou o clímax quando o presidente Clinton estava prestes a ter de repetir a mesma mensagem, pessoalmente, à primeira-ministra Bhutto.
Os preparativos para esse tipo de encontro também são muito impressionantes. Preparam-se grossos volumes de briefings que exigem, cada um, centenas de homens/hora de trabalho. São contextualizações, enquadramentos históricos e prospectivos e elaboradíssimas justificativas políticas, apoiados todos em memorandos e pareceres de especialistas em leis, organizados em tabelas em ordem alfabética, acompanhados de esmiuçamento de cada mínimo detalhe, um conjunto de dados e pareceres e informes organizados para converter o presidente em virtual boneco de ventríloquo. E então a coisa toda passa pelo crivo do sistema e, liberado, chega, através do secretário de Estado e do Conselho de Segurança Nacional, ao presidente em pessoa.
Aconteceu também naquele caso. Mas naquele caso, no final, depois de ter cuidadosamente estudado todo aquele nonsense codificado, aquele monumento à inércia burocrática, e pouco antes de andar na direção da ministra Bhutto, quando o presidente teria de olhar olho no olho da ministra, e defender o que era patentemente indefensável, Clinton fez o que ninguém – ninguém – na burocracia jamais imaginou ou teria imaginado.
Com o senso comum, o inato senso de justiça com que Deus dotou quase todas as crianças de cinco anos de idade, Clinton disse, simplesmente: “Mas isso não é justo”. E então, maravilha das maravilhas, entrou na sala e repetiu exatamente as mesmas palavras à ministra Bhutto.
Eis as palavras de Clinton, gravadas poucos instantes depois, quando os dois líderes apareceram ante a imprensa: “Já lhe disse claramente, e creio que nenhum presidente dos EUA jamais disse isso antes: não está certo que os EUA fiquemos com o dinheiro e com o equipamento. Não está certo. E vou tentar encontrar um modo de resolver o problema.”
Se você jamais trabalhou dentro da burocracia da política internacional dos EUA, se nunca viu aquilo por dentro, você não conseguirá imaginar o efeito dessas palavras – uma posição política completamente construída, ali, publicamente descartada pelo presidente, completa e inesperadamente descartada, no último instante, e em palanque planetário. Deve ter sido maravilhoso. Infelizmente, tendo assistido à toda a preparação, não assisti ao desfecho, porque, então, já trabalhava noutro emprego. Daria qualquer coisa para ter assistido ao vivo.
Pode acontecer outra vez?
Mas aquela questão era comparativamente muito menor, acompanhada só por uns poucos, e só nos círculos políticos do sul da Ásia. Imaginem então, se puderem, acontecer algo parecido, essa semana, na Assembleia Geral da ONU, quando o presidente Obama terá de explicar a atual política dos EUA sobre o pedido dos palestinos, que solicitam reconhecimento internacional para um novo estado.
Todos sabemos o que os EUA andam dizendo: que o que o presidente Mahmoud Abbas (Abu Mazen) está fazendo é contraproducente, que implica repudiar os acordos de Oslo, que é tentativa de negar a necessidade de uma solução negociada com os israelenses. Vimos o aparato-monstro da política dos EUA em movimento, com os mesmos argumentos repetidos pelos enviados dos EUA aos palestinos e ao Quarteto, publicamente elaborados pela secretária de Estado e pelo porta-voz da Casa Branca, e repetidos em dúzias de outros fóruns, dos maiores, aos menores.
Abbas deve ter a impressão de que Obama é caso de múltiplas personalidades – professa apoio à
solução dos dois estados e, ao mesmo tempo, veta a resolução que possibilitaria aquela solução
Mas repetir sempre a mesma coisa, em tom alto e insistente, não converte nonsense em argumento consistente. O presidente Obama sabe muito bem disso. Ele compreende as idas e vindas da questão Israel-palestinos. Ele sabe que o processo de paz chegou a um beco sem saída.
No início do governo, o presidente tentou reviver as negociações, ordenando completo congelamento das construções na Cisjordânia. Só conseguiu que o primeiro-ministro de Israel Netanyahu, para grande embaraço de todos, o forçasse a desdizer-se. Quando, em maio passado, Obama cometeu a temeridade de dizer publicamente aos israelenses que a atual política de Israel para os palestinos é impossível e insustentável, e modestamente sugeriu que negociassem uma fórmula para sair do impasse, foi publicamente castigado por Netanyahu e teve de passar pela humilhação de ver líderes do Congresso dos EUA, de seu próprio partido, repudiarem o presidente e manifestarem-se a favor do primeiro-ministro israelense.
Em resposta, embora não possa admiti-lo, Obama lavou as mãos e afastou-se da questão palestina. Sabe que não pode fazer mais nada. Nem por isso o problema diminuiu ou moveu-se, um passo que fosse.
Agora, outra vez, Obama está sendo obrigado a apoiar publicamente uma posição política israelense fundamentalmente oposta à sua posição pessoal. Obama sabe perfeitamente bem que Netanyahu não tem qualquer intenção de permitir que se forme um estado palestino viável, e que os palestinos têm pouca chance de sucesso, no caminho que escolheram seguir na ONU.
Também entende que o apoio solitário dos EUA a Israel e o inevitável veto ao pedido dos palestinos que requerem o reconhecimento como estado membro das Nações Unidas, minarão, talvez irremediavelmente, a posição dos EUA no Oriente Médio em democratização e exporão, como fraude, o apoio apenas nominal dos EUA aos direitos populares dos árabes.
A dimensão humana
Tudo isso está bem entendido. Já se pode ver o que acontecerá. Mas sempre esquecemos a dimensão humana.
Para o presidente de uma grande nação, em alguns momentos, o que é público se torna pessoal, como aconteceu com Bill Clinton naquele dia de abril de 1995. Não conheço pessoalmente o presidente Obama, mas tenho a impressão de que é homem orgulhoso, que não se vê como político ordinário, mas como líder que transforma. Obama tentou autocentradamente, esculpir um papel desse tipo para si mesmo, no contexto das relações dos EUA com o mundo muçulmano, mas foi repetidamente bloqueado, publicamente e muito feiamente.
Uma coisa é sacrificar princípios ante a realidade política. Todos os políticos são forçados a isso, em diferentes momentos. Mas outra coisa é fazê-lo oficial e publicamente, ver-se obrigado a dizer o que o mundo sabe que são mentiras, em encontro frente a frente, com outros líderes mundiais, que sabem o que ouvem e que, como resultado, verão, no presidente dos EUA, o personagem degradado.
Eis o que está guardado para o presidente Obama, na ONU. E ele sabe disso.
É verdade que, por mais ocupado que seja o presidente dos EUA, há vias de escape, muitos meios para evitar o que desagrade. Mas, em algum momento, quando o presidente estiver sozinho com seu livro de informes em New York, acontecerá. Ele sentirá um calor, um aperto no peito, e será tomado pelo impulso de pegar o livro encadernado em plástico e jogá-lo na cabeça de alguém. Então, sairá e dirá o que realmente pensa.
Todos sabemos que o presidente não fará nada disso. Ele sufocará o impulso, porque não sufocá-lo seria suicídio político. Não. O presidente engolirá em seco e fará o que é obrigado a fazer.
Mas, sim, bem valeria a pena dedicar alguma consideração à ideia de fugir do script, porque os EUA mais uma vez estão minando a própria segurança e a própria posição global, sem motivo algum, gratuitamente, para nada, em obediência cega e servil a um aliado mal-agradecido e autodestrutivo, e que, dessa vez, terá conseguido mais, algo mais pessoal: a mortificação pública de Barack Hussein Obama.


O dia em que a Palestina derrotou os EUA

Na ausência explícita do primeiro presidente negro dos EUA, advogado ativista dos direitos civis, eleito, entre outras coisas, para recuperar a moral mundial, Obama compareceu na ONU como vergonha. Na postura evasiva e envergonhada do homem mais poderoso do mundo está a vitória palestina.
Entre a presença de Dilma Rousseff na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU e a ausência de Barack Obama, explícita no discurso do presidente dos EUA, abriu-se um flanco. Faltou Obama no discurso de um presidente enfraquecido e na defensiva, refém de interlocutores ausentes (Bin Laden e o Hamas). E Dilma Rousseff esteve lá, inteira, com a sua história, os seus compromissos e uma agenda clara. Ela não tem, perante o mundo, do que se envergonhar. E o presidente dos EUA tem tanto do que se envergonhar que se envergonhou, nas palavras, na cabeça baixa, na postura de quem fala no que não acredita e defende a posição dos seus adversários. Nesta vergonha de Obama está a vitória palestina. Na ausência explícita do primeiro presidente negro, advogado ativista dos direitos civis, eleito, entre outras coisas, para recuperar a moral mundial, Obama compareceu como vergonha. Mas é preciso que se diga, de novo: na postura evasiva e derrotada do homem mais poderoso do mundo está a vitória palestina.
É verdade que, de um ponto de vista realista, o movimento da OLP tem pela frente muitas fronteiras a serem desfeitas, refeitas e estabelecidas. Dentre os árabes e palestinos há pelo menos os seguintes problemas, na proposta capitaneada por Abbas: o aparente escanteio dos refugiados palestinos, o pouco ou nenhum debate relativo a compensações dos direitos destes; há também questões em aberto sobre o estatuto jurídico e a competência da OLP em se converter ela mesma em Estado, há o Hamas, que já se retirou da proposta, porque o movimento da OLP não comporta uma recusa da existência do estado de Israel e há também a histórica hipocrisia de muitos dos países árabes, frente ao povo palestino, que costuma deixa-los à própria sorte (não é demais lembrar que Assad mandou bombardear um campo de refugiados palestinos, na Síria, há menos de um mês). Na relação com Israel e os israelenses, o problema é antes de tudo de fronteiras e tudo indica que este confronto, com o reconhecimento do estado palestino, na Assembleia Geral da ONU, ganhará um estatuto político mais claro na comunidade internacional.
Dilma lembrou algo importante, que serve de pista para entender a enrascada israelense perante a comunidade internacional, daqui para a frente: “O mundo sofre hoje as dolorosas consequências das intervenções, possibilitando a infiltração do terrorismo, onde ele não existia. Muito se fala da responsabilidade de proteger, pouco se fala da responsabilidade ao proteger”. Esta afirmação traduz com muita propriedade também a relação dos EUA com sucessivos governos israelenses, mesmo quando estes seguem violando o direito internacional. À parte a percepção de que Obama sabe bem da responsabilidade que seu país tem pela consequências sobre os palestinos de suas decisões e omissões, o que de fato sobressai é que o governo israelense foi exposto formalmente hoje como adversário de uma vontade reconhecida da comunidade internacional. Isso significa, entre outras coisas, que as violações pesarão mais, que construir assentamentos se tornará mais caro politicamente, que a defesa da retomada do processo de paz não ficará mais tão facilmente refém do ardil da “falta de interlocutores” ou da não negociação com terroristas.
Os passos dados pela OLP foram desde o começo de natureza diplomática, política, voltada à negociação. Por mais que o Hamas tenha fustigado, apesar das diatribes verbais do presidente do Irã, com a iminência de um atrito maior entre Egito e Israel, que poderia vir a fortalecer o Hamas, pois bem, apesar de tudo isso, Abbas seguiu obstinado a via da negociação com a comunidade internacional.
E Israel, agora, não pode mais dizer que não tem interlocutor na região, porque todos querem destruí-lo e não o reconhecem. Este passo foi dado, já, inclusive por Israel. O país é uma realidade e, fora da retórica oportunista do Hamas e do Hezbollah, ninguém questiona a legitimidade e o direito de Israel a existir, como país soberano e autodeterminado e membro da comunidade internacional. É nota característica da vitória palestina hoje a exposição de que o Hamas e o Hezbollah só são interlocutores da intolerância, da falta de respeito e do desprezo ao direito, ao estado de direito e ao direito internacional. Numa palavra, a exposição de que o interlocutor do Hamas é Avigdor Lieberman.
Resta saber se Israel pretende ser reconhecido se não reconhece. Se pretende prosseguir na mais longa ocupação militar moderna ou se está disposto a ser um estado respeitável na comunidade internacional. Hoje, estas considerações se tornaram muito mais acessíveis ao imaginário e à percepção das pessoas, frente ao movimento palestino, à celebração nas ruas da Palestina. E ao acontecimento a um só tempo luminoso e vergonhoso, na Assembleia da ONU.
Obama disse e repetiu o truísmo de que a paz é uma coisa difícil. Disse a verdade para iludir e, de tanto saber o que estava fazendo, envergonhou-se antes de dizer não aos palestinos. O presidente dos EUA entrou em campanha pela reeleição e parece cada vez mais cativo dos seus adversários, inclusive dos adversários internos, do seu partido. Em 19 de maio deste ano, falou em defesa das fronteiras de 67 e hoje balbuciou como um boneco de ventríloquo. Quem é o ventríloquo de Obama, pouco importa, agora. Dizer que é Avigdor Lieberman, ou Netanyahu é mentir. O ventríloquo de Obama é o medo e a derrota. Essas coisas que tornaram a sua presença hoje na ONU uma retumbante ausência e uma vergonha. A paz assim não é difícil, mas impossível.
A possibilidade de paz existe, é difícil mesmo, tornou-se mais complexa e talvez mais produtiva exatamente porque avança para o campo do direito, invertendo a prática da região. Na direção oposta à prevalência do fato consumado da construção e do muro de anexação dos territórios palestinos, o movimento da OLP, que teve seu ponto alto ou o fim de seu primeiro ato hoje, na Assembleia Geral, visa a estabelecer as condições de possibilidade de um estado palestino de fato. É verdade que o fundamento do estado, em boa teoria, é uma regra de reconhecimento que institui o fundamento último do direito. Também é verdade que o Estado não é uma obra de arte, mas um produto histórico. É verdade que os cínicos fizeram e seguem fazendo pouco caso dos palestinos, como se dizendo que os palestinos e Abbas estão desejando e imaginando que amanhã a ocupação tenha cessado (sim, todo cínico é um ingênuo arrogante).
Um ex-embaixador israelense disse que essa questão do reconhecimento do estado palestino virou uma coletiva de imprensa, quando deveria ser tratada de maneira discreta, em segredo. Talvez ele defenda isso para que as coisas continuassem como eram, com os israelenses fingindo que negociavam e bancando a expansão ilegal. Talvez seja só desdém, mesmo. Só que hoje, isso finalmente pouco importa: os palestinos derrotaram os EUA. E daqui para a frente, apesar dos pesares, do quão difícil venha a ser a paz, isso além de ser verdadeiro, permanecerá verdadeiro. Hoje, as desculpas cínicas entoadas por diplomatas entre meia dúzia de representantes no Conselho de Segurança foram substituídas por uma fala pública, envergonhada e embaraçosa do homem mais poderoso do mundo, perante os palestinos.
Poucas, muito poucas vezes na história a verdade irrompe a conjuntura para ser enunciada como aquilo que é: a norma de si mesma. Hoje foi um dia assim, e por isso Obama sentiu vergonha, por isso Dilma brilhou. E por isso os palestinos venceram.
Katarina Peixoto é doutoranda em Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: katarinapeixoto@hotmail.com
*comtextolivre

Discurso da Presidenta Dilma na Assembléia Geral da ONU


Dilma na ONU repreende China e EUA e reconhece Palestina

Discurso de uma Presidenta forte de um país forte



Como mulher que sofreu tortura no cárcere, disse ela, se sentia como representante de todas as mulheres do mundo.

Assim ela encerrou sua exposição sob aplausos.

Com a autoridade de quem incorporou 42 milhões de brasileiros à classe media e, breve, erradicará a pobreza.

Porém, surpreendente foi a forma categórica com que ela advertiu a China e os Estados Unidos com suas políticas de manipulação do câmbio.

A China, com o câmbio fixo, e os EUA com a inundação de dólares para salvar as exportações.

Dilma falou com a autoridade de um país que tem uma política econômica com credibilidade.

E exigiu que os países ricos se concentrassem no problema mais urgente: a dívida soberana dos países europeus.

E uma regulação – que os EUA ainda não refizeram – do sistema financeiro, “fonte inesgotável de instabilidade”.

Dilma não tem meias palavras.

Os brasileiros já sabem disso.

Ela, se precisar, chuta a canela do adversário.

E assim fez hoje, com a naturalidade de quem sabia se deslocar de um ponto a outro do teleprompter.

Os países superavitários, como o Brasil e a China, tem que se proteger da crise com a valorização de seu mercado interno.

O Brasil fez a sua parte, ela disse.

Conteve gastos e gerou um vultoso superávit em suas contas fiscais.

O que garante, portanto, disse ela, os programas sociais (como o Bolsa Família) e os investimentos (PAC).

Fortalecer o mercado interno com distribuição e inovação !

Ela lembrou que há 18 anos a ONU estuda a reforma de seu Conselho de Segurança.

E o Brasil quer um assento permanente.

Há 140 anos está em paz com os vizinhos.

Está inscrito na Constituição que não pode ter bomba atômica.

O Brasil, portanto, é um agente da paz, uma Nação em que judeus e palestinos vivem em harmonia.

Por isso, o Brasil quer que a Palestina esteja plenamente representada na ONU, como um Estado soberano, com as fronteiras definidas em 1967.

É a melhor forma de Israel garantir a paz, disse ela.

Foi o discurso de uma Presidenta forte de um país forte.

Em tempo: lamentavelmente, em seguida, Obama expressou o sentimento do lobby israelense nos EUA e discordou da plena integração imediata do Estado da Palestina na ONU.

A História não lhe reserva um lugar de honra.


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, setembro 20, 2011

STJ inocenta Arruda. Agora ele pode ser Vice do Cerra

O STJ deixa
Saiu no Estadão:

Após decisão do STJ, provas de quatro operações da PF estão sob forte ameaça


Defesa de personagens como os ex-governadores José Roberto Arruda (DF) e Pedro Paulo Dias (AP) recorre à Justiça e aponta similaridade com interceptações da Boi Barrica, anuladas pela corte


Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA – Quatro grandes operações da Polícia Federal estão em risco no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão da corte de anular as provas da Operação Boi Barrica fez crescer a mobilização de importantes bancas de advocacia do eixo Rio-São Paulo-Brasília em favor dos réus apanhados nas operações Voucher, Navalha, Mãos Limpas e Caixa de Pandora. Em todos esses casos, já há no STJ recursos nos mesmos moldes do que obteve sucesso e anulou a Boi Barrica.


Entre os personagens acusados de corrupção e desvio de dinheiro público que esperam fulminar as provas obtidas pela Polícia Federal estão os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), preso na Operação Caixa de Pandora, e do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), apanhado pela Operação Mãos Limpas, além dos envolvidos na Operação Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.


“Pedi a anulação de todo o inquérito. A maior prova da inocência do meu cliente (José Roberto Arruda) é que até hoje o Ministério Público não o denunciou”, afirmou o criminalista Nélio Machado. Ele alega vícios no processo, entre os quais grampos ilegais e espera que a jurisprudência do STJ contribua para o descarte das provas. “Toda decisão que reconhece ilegalidade e abuso na coleta de provas gera jurisprudência nova”, enfatizou.


Segundo Machado, Arruda sofreu devassa completa em sua vida, a partir dos grampos ilegais de um criminoso – o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como “mensalão do DEM”. “As demais interceptações estão fora de contexto e derivam de uma prova inicial viciada”, acrescentou. A seu ver, embora não possa fazer analogia com o caso de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), cuja decisão não conhece integralmente, ele disse que “foram violadas as garantias constitucionais” do ex-governador Arruda.


Boi Barrica. No caso da Boi Barrica, os ministros da 6.ª Turma do tribunal consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações, o que no entender do STJ contamina as provas contra os réus, entre os quais Fernando Sarney, acusado de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.


Aguardam ansiosos na fila os réus da Operação Voucher, que pôs na cadeia, em agosto, a cúpula do Ministério do Turismo. “A Justiça e a polícia não podem passar por cima da lei e sair ampliando o tempo e o leque de interceptações como se fossem filhotes”, criticou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, que atuou na defesa do ex-secretário executivo do Turismo Frederico Silva da Costa, o Fred, preso e apontado como cabeça do esquema.


O advogado aponta “fraude na interpretação do áudios” de conversa telefônica em que Fred ensina o empresário Fábio de Mello a montar um instituto para receber recursos públicos e ressalta que “o importante é a fachada”.

Navalha
O STJ tinha acabado de confirmar a súmula vinculante: rico não pode ser sequer investigado, quanto mais preso ou algemado.
A súmula foi primeiro escrita, no recesso, quando o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*) deu dois HCs Canguru ao banqueiro condenado Daniel Dantas, no espaço record de 48 horas (um feito comparável aos de Usain Bolt).
De lá para cá, os tribunais superiores parecem confirmar aquela tese notavel de um assessor de Daniel Dantas, registrada no horário nobre do jornal nacional: o problema é na primeira instância, porque lá em cima ele tem “facilidades”.
A notícia do Estadão é um bálsamo para os planos do Padim Pade Cerra para 2014.
Ele sempre quis o Arruda para Vice, como testemunha vídeo inesquecível de Alexandre Maluf Garcia: vote num careca e leve dois.
Depois, o destino o levou para o Álvaro Dias – aquele plagiador do PiG – e o Índio da Costa, que ninguém sabe por onde anda (como se interessasse saber).
Fica então assim combinado.
O STJ fecha a Polícia Federal.
Os criminosos do colarinho branco vão celebrar com um baile no mesmo salão nobre em que o Conjur lança suas edições especiais !
Os criminosos e seus doutos advogados.
Viva o Brasil !
*PHA


 
 

VIVA A LUTA PELA CAUSA PALESTINA!!


*Turquinho

Elevar a condição feminina não é sexismo, é justiça

A presença da Presidenta Dilma Rousseff nas atividades prepartórias da abertura da assembléia anual da ONU tem uma importância que vai além da enorme atenção que atrai sobre nosso país e nossas posições diante da ordem mundial. Ela é uma afirmação da mulher absolutamente necessária e tardia, até, no século XXI.
Embora, nas sociedades desenvolvidas, a mulher tenha alcançado senão a igualdade, ao menos a perspectiva dela no médio prazo, numa imensa parcela do mundo isso está muito longe de acontecer.
Hoje, a The Economist publica um gráfico sobre a prevalência feminina no número de óbitos de mulheres sobre o de homens em várias partes do mundo. E os dados são assustadores.
Elaborado com base nos dados do relatório do Banco Mundial, ele mostra que na China, Índia e os países africanos têm um excedente inaceitável de mortes femininas, provocadas por abortos seletivos (uma filha tem menos condições de cooperar com o sustento familiar) e pela Aids.


A fala de Dilma toca nestes assuntos com seriedade. A afirmação da condição feminina é uma exigência para quem tem pretende a afirmação da própria condição humana.


*Tijolaço