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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, janeiro 07, 2012

EUA: Mas que império é este?

Por Mino Carta, na CartaCapital:


O império romano do Ocidente durou quase cinco séculos, sem contar o tempo que a República de Roma mandou no Mediterrâneo a partir das guerras púnicas. O Império Britânico não deixou por muito menos. Houve também influências culturais de porte imperial. A inteligência grega ao longo de vários séculos definiu as linhas mestras do pensamento humano. A Renascença italiana expandiu-se de Dante a Galileu por mais de 300 anos. Paris foi a capital cultural do planeta desde o Iluminismo até a Segunda Guerra Mundial. Nas últimas sete décadas falou-se no império americano, e mais ainda após o colapso do antagonista soviético. Mas, como no sonho bíblico, o gigante tem os pés de argila.



Quando ruiu o Muro de Berlim, houve quem comparasse Washington à antiga Roma, embora os presidentes americanos não se chamassem Augusto, Adriano, Tito, Marco Aurélio. Alguns estiveram mais para Nero. Quem se arriscou à comparação precipitou-se. Exagerou. A decadência ianque está à vista de todos e a sua razão mais evidente é a crise econômica provocada pelo ciclone neoliberal, com seu epicentro nos próprios bancos americanos.

O acompanhamento do formidável guisado fica à altura da monumentalidade do prato. Entram na receita os ímpetos desastrados da família Bush, a mediocridade de Clinton, a impotência de Obama. Na sobremesa o Tea Party, o reacionarismo crescente, o empobrecimento progressivo de áreas outrora bem frequentadas, como a mídia. Só falta mesmo um presidente mórmon republicano, e outra comparação ocorrerá, com Rômulo Augústolo, derrubado pela invasão bárbara, de fora para dentro, desta vez de dentro para dentro.

Algumas ilhas de excelência resistem. Hospitais, institutos de pesquisa, universidades, cineastas e escritores de qualidade. Não bastam para abrandar o impacto de uma visão ampla e profunda, valem até, em certos casos, para acentuar a gravidade da situação ao evidenciarem desmandos, mazelas, parvoíces. Quanto a bancos e banqueiros, é deles o papel de vilões. Um estudo sobre a rede global do poder financeiro, realizado pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia, publicado pela New Scientist, confirma. Soletra que menos de 150 multinacionais ditam as regras do chamado mercado e estrangulam a concorrência. Goldman Sachs, Barclays Bank e JP -Morgan figuram entre as 20 corporações mais importantes e decisivas.

Escreve Livia Ermini, do La Repubblica: “Não se trata da costumeira tese conspiratória (…) neste caso, nos defrontamos com uma análise que nada concede à especulação, a esquemas ideológicos, mas se baseia exclusivamente em dados estatísticos (…) o estudo reconstitui redes de relações e de participação que formam nós de poder nos mercados globais sem nascerem por isso de acordos selados debaixo dos panos”.

Os autores do estudo esclarecem que essas relações entre grandes empresas “em uma primeira fase de crescimento econômico podem ser vantajosas para a estabilidade do sistema”. A música muda abruptamente em tempos de crise: em toda concentração de poder, o colapso de uma empresa passa a ameaçar repercussões trágicas para toda a economia planetária.

Quais seriam as implicações no momento? É o que perguntam aos seus credenciados botões os responsáveis pelo trabalho. Impassíveis, os interlocutores solicitados respondem: ao se relacionarem entre si, as instituições financeiras visam a diversificar o risco. Expõem-se, contudo, à chance do contágio. “Nesta situação caracterizada por fortes relações de propriedade – é a assustadora conclusão – o risco da contaminação em cadeia fica atrás da esquina.”

Pois aí está: não é preciso espremer as meninges para entender que também esta crise a nos envolver a todos começa à sombra de um império tão frágil a ponto de se parecer com o aprendiz de mágico. O qual conhecia o abracadabra capaz de multiplicar as vassouras, mas não aquele que haveria de detê-las. Acabou varrido por elas.

FIDEL CASTRO FAZ ALERTA DESESPERADO SOBRE A MATRIZ ENERGÉTICA TIDA COMO NOVO SUBSTITUTO DO PETRÓLEO.

http://news.xinhuanet.com/english2010/world/2010-09/11/13490164_21n.jpg
TEORICAMENTE, É PIOR QUE A BOMBA ATÔMICA.
O ex-líder cubano Fidel Castro disse na quinta-feira que a humanidade estava em uma "marcha rumo ao abismo", que ele atribuiu, em parte, à descoberta e exploração de grandes reservas do chamado "gás de xisto" pelo mundo.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVrNQGHNxDcDT5MfMQItbE7_fU39vWRNCRT1RmeLkfc7RX5pWNA40t4-zScVaBTZJNvAW4CbcpzEtdGckbCo0PiYtYBuwi5VBIiRPPmCD_L2eD0u-HwqO-UeY6AKgP6y6NcZPrDGakU4z2/s1600/Earth+-+2005+hole+in+ozone+layer.gif
O gás de xisto é um gás natural proveniente de formações rochosas (foto abaixo), que na década passada foi encontrado em abundância pelo mundo e agora é considerado a mais importante fonte de energia no futuro.
http://www.turismo.guarda.pt/descobriraregiao/SerradaEstrela/PublishingImages/xistoslistrados_big.png
Fidel, de 85 anos, escreveu em uma de suas colunas na mídia estatal cubana que "inúmeros perigos nos ameaçam, mas dois deles -- a guerra nuclear e a mudança climática -- são decisivos e ambao estão cada vez mais distantes de uma solução".
 http://media.monstersandcritics.com/articles2/1577201/article_images/headline_1281620106.jpg
Ele disse que apenas recentemente havia tomado conhecimento do fenômeno do gás de xisto, que provocou uma grande alta nas perfurações em algumas partes dos Estados Unidos. Ao perguntar a alguns conhecidos tanto em Cuba como no exterior sobre a questão, "nenhum deles tinham ouvido falar qualquer coisa sobre isso".
http://www.terrasquentes.com.pt/Img/Content/arqueologia_fraga_corvos003.gif
A produção de gás de xisto ( foto da rocha acima) é criticada por ambientalistas por exigir um processo extenso de "fraturamento hidráulico", que usa água, areia e químicos para fraturar a rocha onde o gás está contido e assim permitir que vaze para fora do poço. 
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/imagens/fraturamento-hidraulico.jpg
O fraturamento hidráulico( imagem acima), segundo os críticos, contamina as fontes de água subterrâneas e pode causar outros problemas.

CAMADA DE OZÔNIO
 http://www.speedupyourlife.com/wp-content/uploads/2010/02/hole-in-ozone-layer.jpg
Fidel apoiou os críticos, citando relatórios sobre os efeitos negativos do fraturamento hidráulico e pesquisas indicando que o gás de xisto emite mais gases de efeito estufa do que o gás por poços convencionais.
http://images.travelpod.com/users/mchase/1.1310417098.the-end-of-the-world.jpg
Aquecimento: centenas de milhares de relatórios científicos apontam a submersão e fim de vários países insulares em todas as partes do mundo,especialmente da Oceanía e caribe,onde esta Cuba.

Fidel disse que estava tão decidido a divulgar o alerta que deixou transcorrer "os dias festivos do velho e do novo ano" para escrever a coluna.
Foi a primeira coluna que o ex-líder cubano escreveu desde 13 de novembro, e foi publicada após rumores terem circulado no Twitter na segunda-feira de que ele havia morrido. 

 EFF FRANKS - REUTERS

Alckmin troca indexador para encarecer pedágios

                             

Alckmin troca indexador para encarecer pedágios Foto: DIVULGAÇÃO

Quando o IGPM era maior, as concessionárias, ligadas a grandes empreiteiras, reajustavam tarifas pelo IGPM; agora que o IPCA é maior, elas terão o IPCA; São Paulo tem os pedágios mais caros do mundo

06 de Janeiro de 2012 às 08:48
247 – O motorista brasileiro que circula pelas estradas de São Paulo gasta tanto quanto um francês ou um norueguês de pedágio, mas com uma pequena diferença : nesses países, o trabalhador ganha até cinco vezes mais. Essa discrepância deve aumentar. O governo do Estado publicou ontem alterações nos contratos de concessão das rodovias. O novo indicador que será usado como base, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está mais alto do que o antigo, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
A troca de índices foi anunciada em junho do ano passado, pois, segundo a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), havia a necessidade de uniformizar os índices que regulam todas as concessões. O IGP-M acumulado dos últimos 12 meses na época do anúncio era de 8,64%, enquanto o IPCA era de 6,71%. No entanto, desde então, o IPCA subiu mais do que o outro indicador. Em dezembro, o acumulado anual do IPCA foi de 6,56% e o IGP-M, de 5,09%.
Ainda assim, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo afirma que o objetivo da mudança é adotar "um fator de reajuste mais próximo da realidade dos usuários". Para reduzir os valores praticados, o governo estuda ainda a cobrança de pedágio por trecho percorrido da rodovia. O cálculo seria feito por antenas e chips instalados nos carros. O projeto-piloto será testado, ainda neste ano, na Rodovia Santos Dumont (SP-075).

PM tucana volta a reprimir o Movimento Estudantil na USP


                       



O reitor fascista e tucano da USP, João Grandino Rodas, está aproveitando o período de férias para intensificar a repressão aos movimentos sociais da USP. Expulsou seis estudantes de forma arbitrária, está desalojando o Núcleo de Consciência Negra da USP, e agora invadiu o DCE. 

Tal espaço se encontrava ocupado desde 2009, visto que a direção da Universidade pretendia transformá-lo num mini-shopping.  O DCE, por direito, pertence aos estudantes e o uso de seu espaço deve ser decidido pelos mesmos.

O que vemos com a invasão do DCE é mais um ato de truculência do reitor gorila Grandino Rodas, a USP se encontra ocupada pela PM e todos os movimentos sociais se encontram sob ameaça. 

Rodas faz valer leis e decretos dos tempos obscuros da ditadura, não dialoga com a comunidade acadêmica e resolve todos os conflitos políticos, comuns a uma sociedade democrática, por meio da força. Rodas não está sozinho nessa empreitada, possui todo um grupo de apoiadores de extrema direita prontos a endossar todos os seus desmandos. Conta também a conivência da mídia corporativa, vinculada organicamente aos governos do PSDB. 

As atitudes de Rodas estão diretamente vinculadas a ofensiva de extrema direita que vem tomando conta das instituições públicas do Estado de São Paulo. Aumento da truculência policial, da população carcerária, endurecimento do judiciário, políticas de cunho nazi-higienista posta em prática as claras, repressão brutal a todos os movimentos sociais, etc. 

A invasão do DCE é mais um capítulo na escalada de violência que vem sendo promovida por uma direita que se vê acuada, está fadada desaparecer, mas ainda tem força suficiente para fazer muito estrado em São Paulo e no bRasil como um todo.

Vejam imagens do DCE invadido.

A PM invade espaço estudantil
*cappacete

Charge do Dia

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Alckmin não sabia de “ação”
da PM contra o crack

Saiu no Estadão reportagem de Marcelo Godoy:

Alckmin, Kassab e comando da PM não sabiam de início de ação na cracolândia


Ocupação que deveria ocorrer em fevereiro, após abertura de centro de atendimento, foi antecipada após decisão do 2.º escalão


Marcelo Godoy – O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO – A Operação Cracolândia foi precipitada por uma decisão do segundo escalão da Polícia Militar (PM) e do governo do Estado. Há dois meses, a ação era planejada em alto nível. O governad


Eles queriam evitar, por exemplo, que os dependentes se espalhassem pela cidade depois do cerco à cracolândia. Outro objetivo era evitar que a operação focasse apenas políticas de segurança pública, ampliando-a para as pastas sociais.


Até que na segunda-feira houve uma reunião de segundo escalão, na qual Luís Alberto Chaves de Oliveira, o Laco, coordenador de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado da Justiça, disse ao coronel Pedro Borges, comandante da região central de São Paulo, que o governador queria a operação. O coronel disse que poderia fazê-la de imediato, pois tinha acabado de receber 60 homens da escola de soldados.


Assim, na manhã de terça-feira, ele pôs o time em campo sem nem sequer avisar o Comando-Geral da PM, o governador e a Prefeitura. E acabou criando um mal estar entre os dois governos.


(…)

Navalha
Na Chuíça (*), então, é assim.
O segundo escalão da PM realiza uma operação neo-nazista e o governador não sabe de nada.
Nem o prefeito.
É “Estado Mínimo”- diria o Fernando Henrique, que mora, na Cidade de São Paulo, na rua mais nobre de Higienópolis.
Quando ele souber que a rua dele na Cidade de São Paulo vai se tornar uma Daslu da Cracolândia …
Clique aqui para ler o que disse sobre a ressurreição do nazismo na Chuíça Wálter Maierovitch, no artigo “Maria do Rosário, é assim que se combate o crack ?”.




Paulo Henrique Amorim

Higienismo da Cracolândia: uma afronta aos direitos humanos

Cracolândia



Jamil visita Cracolândia e vê pouco resultado da Operação Militar


O vereador Jamil Murad (PCdoB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, percorreu as ruas do centro de São Paulo, conversou com uma equipe de guardas-civis e visitou a Tenda Mauá, conveniada da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) que recebe crianças e adolescentes da região.



acompanhar de perto, andar pelos arredores, conversar com comerciantes e funcionários da prefeitura o vereador constata que o fim da Cracolândia precisa de um planejamento mais apurado com a participação da Prefeitura, governo estadual, Ministério da Saúde e Poder Judiciário.

Ação isolada
Após os diálogos, o vereador comunista observou que no local há apenas uma ação de segurança, sem outras áreas importantes para o encaminhamento dos usuários de crack para centros de tratamento e acompanhamento social.

Um dos guardas-civis confirmou a verificação de Jamil. “Na prática essa ação só provoca dispersão dos usuários de crack”, disse o guarda que pediu para não ser identificado.
Outro funcionário da Secretaria de Assistência Social confirmou que a ação não foi planejada conjuntamente com a Prefeitura. “Ontem não sabíamos o que fazer aqui”, relatou outro funcionário que prefere não ser identificado.

“Com indignação constatei que a Prefeitura, através da Secretaria de Saúde e da SMADS e também o Poder Judiciário foram excluídos do plano de ação”, afirmou Murad.
Para Jamil é urgente e indispensável que se faça uma ação integrada dos três níveis de governo, unindo segurança, saúde, assistência social, judiciário e sociedade civil.

Pouco resultado
Mesmo com todo o aparato policial, ao lado de uma base móvel da Polícia Militar havia um grande grupo de pessoas usando crack, além de diversas pessoas utilizando a droga em outros pontos.

Essa imagem demonstra a ineficiência da ação militar, por limpar uma determinada área e espalhar os dependentes químicos por outras ruas e regiões da cidade.

“Só podemos vencer com união, solidariedade e compromisso mais profundo com o futuro da sociedade, pensando e agindo a médio e longo prazo. Sem desespero e pirotecnia visando resultados instantâneos e imediatos”, concluiu o presidente da Comissão de Direitos Humanos.

A Comissão de Direitos Humanos encaminhará um requerimento solicitando informações sobre o plano de ação da Operação Militar.

Com informações da Assessoria de Jamil Murad

no site Vermelho.org.

Veja dá Privataria na capa!

Fábio Alexandro Sexugi descobre as capas da Veja:
* Conversa Afiada

12 mitos do capitalismo




Guilherme Alves Coelho
São muitos e variados os tipos e meios de manipulação em que a ideologia burguesa se foi alicerçando ao longo do tempo. Um dos tipos mais importantes são os mitos. Trata-se de um conjunto de falsas verdades, mera propaganda que, repetidas à exaustão, acriticamente, ao longo de gerações, se tornam verdades insofismáveis aos olhos de muitos.
Um comentário amargo, e frequente após os períodos eleitorais, é o de que “cada povo tem o governo que merece”. Trata-se de uma crítica errónea, que pode levar ao conformismo e à inércia e castiga os menos culpados. Não existem maus povos. Existem povos iletrados, mal informados, enganados, manipulados, iludidos por máquinas de propaganda que os atemorizam e lhes condicionam o pensamento. Todos os povos merecem sempre governos melhores.
A mentira e a manipulação são hoje armas de opressão e destruição maciça, tão eficazes e importantes como as armas de guerra tradicionais. Em muitas ocasiões são complementares destas. Tanto servem para ganhar eleições como para invadir e destruir países insubmissos.
São muitos e variados os tipos e meios de manipulação em que a ideologia capitalista se foi alicerçando ao longo do tempo. Um dos tipos mais importantes são os mitos. Trata-se de um conjunto de falsas verdades, mera propaganda que, repetidas à exaustão, acriticamente, ao longo de gerações, se tornam verdades insofismáveis aos olhos de muitos. Foram criadas para apresentar o capitalismo de forma credível perante as massas e obter o seu apoio ou passividade. Os seus veículos mais importantes são a informação mediática, a educação escolar, as tradições familiares, a doutrina das igrejas, etc. (*)
Apresentam-se neste texto, sucintamente, alguns dos mitos mais comuns da mitologia capitalista.
• No capitalismo qualquer pessoa pode enriquecer à custa do seu trabalho.
Pretende-se fazer crer que o regime capitalista conduz automaticamente qualquer pessoa a ser rica desde que se esforce muito.
O objectivo oculto é obter o apoio acrítico dos trabalhadores no sistema e a sua submissão, na esperança ilusória e culpabilizante em caso de fracasso, de um dia virem a ser também, patrões de sucesso.
Na verdade, a probabilidade de sucesso no sistema capitalista para o cidadão comum é igual à de lhe sair a lotaria. O “sucesso capitalista” é, com raras excepções, fruto da manipulação e falta de escrúpulos dos que dispõem de mais poder e influência. As fortunas em geral derivam directamente de formas fraudulentas de actuação.
Este mito de que o sucesso é fruto de uma mistura de trabalho afincado, alguma sorte, uma boa dose de fé e depende apenas da capacidade empreendedora e competitiva de cada um, é um dos mitos que tem levado mais gente a acreditar no sistema e a apoiá-lo. Mas também, após as tentativas falhadas, a resignarem-se pelo aparente falhanço pessoal e a esconderem a sua credulidade na indiferença. Trata-se dos tão apregoados empreendedorismo e competitividade.
• O capitalismo gera riqueza e bem-estar para todos
Pretende-se fazer crer que a fórmula capitalista de acumulação de riqueza por uma minoria dará lugar, mais tarde ou mais cedo, à redistribuição da mesma.
O objectivo é permitir que os patrões acumulem indefinidamente sem serem questionados sobre a forma como o fizeram, nomeadamente sobre a exploração dos trabalhadores. Ao mesmo tempo mantêm nestes a esperança de mais tarde serem recompensados pelo seu esforço e dedicação.
Na verdade, já Marx tinha concluído nos seus estudos que o objectivo final do capitalismo não é a distribuição da riqueza mas a sua acumulação e concentração. O agravamento das diferenças entre ricos e pobres nas últimas décadas, nomeadamente após o neo-liberalismo, provou isso claramente.
Este mito foi um dos mais difundidos durante a fase de “bem-estar social” pós guerra, para superar os estados socialistas. Com a queda do émulo soviético, o capitalismo deixou também cair a máscara e perdeu credibilidade.
• Estamos todos no mesmo barco.
Pretende-se fazer crer que não há classes na sociedade, pelo que as responsabilidades pelos fracassos e crises são igualmente atribuídas a todos e portanto pagas por todos.
O objectivo é criar um complexo de culpa junto dos trabalhadores que permita aos capitalistas arrecadar os lucros enquanto distribui as despesas por todo o povo.
Na verdade, o pequeno numero de multimilionários, porque detém o poder, é sempre auto-beneficiado em relação à imensa maioria do povo, quer em impostos, quer em tráfico de influências, quer na especulação financeira, quer em off-shores, quer na corrupção e nepotismo, etc. Esse núcleo, que constitui a classe dominante, pretende assim escamotear que é o único e exclusivo responsável para situação de penúria dos povos e que deve pagar por isso.
Este é um dos mitos mais ideológicos do capitalismo ao negar a existência de classes.
• Liberdade é igual a capitalismo.
Pretende-se fazer crer que a verdadeira liberdade só se atinge com o capitalismo, através da chamada auto-regulação proporcionada pelo mercado.
O objectivo é tornar o capitalismo uma espécie de religião em que tudo se organiza em seu redor e assim afastar os povos das grandes decisões macro-económicas, indiscutíveis. A liberdade de negociar sem peias seria o máximo da liberdade.
Na verdade, sabe-se que as estratégias político económicas, muitas delas planeadas com grande antecipação, são quase sempre tomadas por um pequeno número de pessoas poderosas, à revelia dos povos e dos poderes instituídos, a quem ditam as suas orientações. Nessas reuniões, em cimeiras restritas e mesmo secretas, são definidas as grandes decisões financeiras e económicas conjunturais ou estratégicas de longo prazo. Todas, ou quase todas essas resoluções, são fruto de negociações e acordos mais ou menos secretos entre os maiores empresas e multinacionais mundiais. O mercado é pois manipulado e não auto-regulado. A liberdade plena no capitalismo existe de facto, mas apenas para os ricos e poderosos.
Este mito tem sido utilizado pelos dirigentes capitalistas para justificar, por exemplo, intervenções em outros países não submissos ao capitalismo, argumentando não haver neles liberdade, porque há regras.
• Capitalismo igual a democracia.
Pretende-se fazer crer que apenas no capitalismo há democracia.
O objectivo deste mito, que é complementar do anterior, é impedir a discussão de outros modelos de sociedade, afirmando não haver alternativas a esse modelo e todos os outros serem ditaduras. Trata-se mais uma vez da apropriação pelo capitalismo, falseando-lhes o sentido, de conceitos caros aos povos, tais como liberdade e democracia.
Na realidade, estando a sociedade dividida em classes, a classe mais rica, embora seja ultra minoritária, domina sobre todas as outras. Trata-se da negação da democracia que, por definição, é o governo do povo, logo da maioria. Esta “democracia” não passa pois de uma ditadura disfarçada. As “reformas democráticas” não são mais que retrocessos, reacções ao progresso. Daí deriva o termo reaccionário, o que anda para trás.
Tal como o anterior este mito também serve de pretexto para criticar e atacar os regimes de países não capitalistas.
• Eleições igual a Democracia.
Pretende-se fazer crer que o acto eleitoral é o sinonimo da democracia e esta se esgota nele.
O objectivo é denegrir ou diabolizar e impedir a discussão de outros sistemas politico-eleitorais em que os dirigentes são estabelecidos por formas diversas das eleições burguesas, como por exemplo pela idade, experiencia, aceitação popular, etc.
Na verdade é no sistema capitalista, que tudo manipula e corrompe, que o voto é condicionado e as eleições são actos meramente formais. O simples facto da classe burguesa minoritária vencer sempre as eleições demonstra o seu carácter não representativo.
O mito de que, onde há eleições há democracia, é um dos mais enraizados, mesmo em algumas forças de esquerda.
• Partidos alternantes igual a alternativos.
Pretende-se fazer crer que os partidos burgueses que se alternam periodicamente no poder têm políticas alternativas.
O objectivo deste mito é perpetuar o sistema dentro dos limites da classe dominante, alimentando o mito de que a democracia está reduzida ao acto eleitoral.
Na verdade este aparente sistema pluri ou bi-partidário é um sistema mono-partidário. Duas ou mais facções da mesma organização política, partilhando políticas capitalistas idênticas e complementares, alternam-se no poder, simulando partidos independentes, com políticas alternativas. O que é dado escolher aos povos não é o sistema que é sempre o capitalismo, mas apenas os agentes partidários que estão de turno como seus guardiões e continuadores.
O mito de que os partidos burgueses têm politicas independentes da classe dominante, chegando até a ser opostas, é um dos mais propagandeados e importantes para manter o sistema a funcionar.
• O eleito representa o povo e por isso pode decidir tudo por ele.
Pretende-se fazer crer que o político, uma vez eleito, adquire plenos poderes e pode governar como quiser.
O objectivo deste mito é iludir o povo com promessas vãs e escamotear as verdadeiras medidas que serão levadas à prática.
Na verdade, uma vez no poder, o eleito auto-assume novos poderes. Não cumpre o que prometeu e, o que é ainda mais grave, põe em prática medidas não enunciadas antes, muitas vezes em sentido oposto e até inconstitucionais. Frequentemente são eleitos por minorias de votantes. A meio dos mandatos já atingiram índices de popularidade mínimos. Nestes casos de ausência ou perda progressiva de representatividade, o sistema não contempla quaisquer formas constitucionais de destituição. Esta perda de representatividade é uma das razões que impede as “democracias” capitalistas de serem verdadeiras democracias, tornando-se ditaduras disfarçadas.
A prática sistemática deste processo de falsificação da democracia tornou este mito um dos mais desacreditados, sendo uma das causas principais da crescente abstenção eleitoral.
• Não há alternativas à política capitalista.
Pretende-se fazer crer que o capitalismo, embora não sendo perfeito, é o único regime politico/económico possível e portanto o mais adequado.
O objectivo é impedir que outros sistemas sejam conhecidos e comparados, usando todos os meios, incluindo a força, para afastar a competição.
Na realidade existem outros sistemas politico económicos, sendo o mais conhecido o socialismo cientifico. Mesmo dentro do capitalismo há modalidades que vão desde o actual neo-liberalismo aos reformistas do “socialismo democrático” ou social-democrata.
Este mito faz parte da tentativa de intimidação dos povos de impedir a discussão de alternativas ao capitalismo, a que se convencionou chamar o pensamento único.
• A austeridade gera riqueza
Pretende-se fazer crer que a culpa das crises económicas é originada pelo excesso de regalias dos trabalhadores. Se estas forem retiradas, o Estado poupa e o país enriquece.
O objectivo é fundamentalmente transferir para o sector publico, para o povo em geral e para os trabalhadores a responsabilidade do pagamento das dividas dos capitalistas. Fazer o povo aceitar a pilhagem dos seus bens na crença de que dias melhores virão mais tarde. Destina-se também a facilitar a privatização dos bens públicos, “emagrecendo” o Estado, logo “poupando”, sem referir que esses sectores eram os mais rentáveis do Estado, cujos lucros futuros se perdem desta forma.
Na verdade, constata-se que estas politicas conduzem, ano após ano, a uma empobrecimento das receitas do Estado e a uma diminuição das regalias, direitos e do nível de vida dos povos, que antes estavam assegurados por elas.
• Menos Estado, melhor Estado.
Pretende-se fazer crer que o sector privado administra melhor o Estado que o sector público.
O objectivo dos capitalistas é, “dourar a pílula” para facilitar a apropriação do património, das funções e dos bens rentáveis dos estados. É complementar do anterior.
Na verdade o que acontece em geral é o contrário: os serviços públicos privatizados não só se tornam piores, como as tributações e as prestações são agravadas. O balanço dos resultados dos serviços prestados após passarem a privados é quase sempre pior que o anterior. Na óptica capitalista a prestação de serviços públicos não passa de mera oportunidade de negócio. Neste mito é um dos mais “ideológicos” do capitalismo neoliberal. Nele está subjacente a filosofia de que quem deve governar são os privados e o Estado apenas dá apoio.
• A actual crise é passageira e será resolvida para o bem dos povos.
Pretende-se fazer crer que a actual crise económico-financeira é mais uma crise cíclica habitual do capitalismo e não uma crise sistémica ou final.
O objectivo dos capitalistas, com destaque para os financeiros, é continuarem a pilhagem dos Estados e a exploração dos povos enquanto puderem. Tem servido ainda para alguns políticos se manterem no poder, alimentando a esperança junto dos povos de que melhores dias virão se continuarem a votar neles.
Na verdade, tal como previu Marx, do que se trata é da crise final do sistema capitalista, com o crescente aumento da contradição entre o carácter social da produção e o lucro privado até se tornar insolúvel.
Alguns, entre os quais os “socialistas” e sociais-democratas, que afirmam poder manter o capitalismo, embora de forma mitigada, afirmam que a crise deriva apenas de erros dos políticos, da ganância dos banqueiros e especuladores ou da falta de ideias dos dirigentes ou mecanismos que ainda falta resolver. No entanto, aquilo a que assistimos é ao agravamento permanente do nível de vida dos povos sem que esteja à vista qualquer esperança de melhoria. Dentro do sistema capitalista já nada mais há a esperar de bom.
Nota final:
O capitalismo há-de acabar, mas só por si tal decorrerá muito lentamente e com imensos sacrifícios dos povos. Terá que ser empurrado. Devem ser combatidas as ilusões, quer daqueles que julgam o capitalismo reformável, quer daqueles que acham que quanto pior melhor, para o capitalismo cairá de podre, O capitalismo tudo fará para vender cara a derrota. Por isso quanto mais rápido os povos se libertarem desse sistema injusto e cruel mais sacrifícios inúteis se poderão evitar.
Hoje, mais do que nunca, é necessário criar barreiras ao assalto final da barbárie capitalista, e inverter a situação, quer apresentando claramente outras soluções politicas, quer combatendo o obscurantismo pelo esclarecimento, quer mobilizando e organizando os povos.
(*) Os mitos criados pelas religiões cristãs têm muito peso no pensamento único capitalista e são avidamente apropriados por ele para facilitar a aceitação do sistema pelos mais crédulos. Exemplos: “A pobreza é uma situação passageira da vida terrena”. “Sempre houve ricos e pobres”. “O rico será castigado no juízo final”. “Deve-se aguentar o sofrimento sem revolta para mais tarde ser recompensado.”
*GilsonSampaio

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Jornalismo da Record "amarela" para a Globo e perde audiência


O telejornalismo da TV Record cresce quando se diferencia da TV Globo.

Nas eleições 2010, cresceu. Mostrou o que a Globo escondia.

Em 2011, a audiência do noticiário da Record perdeu cerca de 20% de seu público.

Há uma enorme janela de oportunidade para a Record crescer. Jornalismo depende de credibilidade, e o jornalismo da Globo está muito ruim e se expondo demais. Não apenas manipula, mas também está errando muito, e deixando transparecer seu partidarismo demo-tucano com matérias confusas, elitistas, lobistas,  com seletivismo nas denúncias, forçando destaque para assuntos irrelevantes, e está chato igual àqueles pessimistas azedos que as pessoas gostam de evitar. Até telespectador conservador esclarecido não gosta de ser manipulado.

Basta a Record mesclar as notícias que todo telejornal deve dar com um contraponto honesto à Globo que tem uma avenida aberta para crescer.

Primeiro conquista a credibilidade que o Jornal-Nacional-bolinha-de-papel perdeu. A audiência vem a reboque.

Infelizmente, a Record não está fazendo um jornalismo com pauta própria e de contraponto (raras exceções, como nos casos Privataria Tucana e Ricardo Teixeira, mesmo assim há bochinhos falando em trégua com a CBF).

O noticiário da Record sobre as enchentes está seguindo a mesma pauta da Globo, apenas não está sendo golpista, mas está indo à reboque.

A Globo inventou a "crise do Contas Abertas" do Ministério da Integração mas, pelo menos, deu espaço ao contraditório nos dias seguintes.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB/PE) deu a resposta que quis no Jornal Nacional, e se saiu muito bem com o discurso de que a competência de Pernambuco não pode ser punida (pela incompetência dos outros governadores, nas entrelinhas).

Em sua entrevista coletiva, o ministro da Integração foi editado na Globo (e mal editado, pois foi mostrado só resmungando, com a edição escondendo os argumentos objetivos de sua defesa). A Record poderia fazer uma edição honesta desta entrevista que ganharia pontos na credibilidade. Comeu mosca, e não fez.

O bom jornalismo nesta história quem fez foi o Fernando Brito, do blog Tijolaço. Matou a cobra e mostrou a cobra morta, mostrando que o governador Geraldo Alckmin não recebeu dinheiro em 2011 porque demorou a se mexer.

Há uma pauta inexplorada, da Globo reclamando de verbas "marretadas" na ONG Contas Abertas, que nem os governadores de oposição, que seriam os maiores afetados, reclamam. Até o Merval Pereira desmentiu o Jornal Nacional, em sua coluna, quando narrou um telefonema de Eduardo Campos:

O governador Teotônio Vilela, do PSDB, apoiou as obras porque beneficiam também Alagoas. O governador Antonio Anastasia, de Minas, também não reclamou porque sabe os problemas que Pernambuco enfrenta. E também Sergio Cabral, do Rio de Janeiro, não acusou Pernambuco de estar sendo beneficiado por métodos escusos.
Isto é, nenhum governador de outros estados também afetados pelas chuvas, como Minas e Rio de Janeiro, reclamou de um suposto privilégio de Pernambuco: "O Anastasia não reclamou, o Sergio Cabral não reclamou, o Teo Vilela apoiou. Eles sabem que não houve privilégios".

E nem essa pauta a TV Record seguiu. Aliás ela não tem seguido várias das boas pautas dos blogs pessoais dos próprios bons jornalistas que trabalham na casa.

A Globo não faz um jornalismo de serviço nas catástrofes, do tipo que salva vidas, como faz as emissoras de TV estadunidenses quando há furacões. A Record poderia estar fazendo e também não está.

Nem a Globo, nem a Record fazem reportagem sobre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais e como funcionam os sistemas de alertas. Só sabe que isso existe quem vê a TV Brasil ou a NBR (a TV do governo federal, que nem todos tem acesso, pois só está disponível em parabólica e tv por assinatura).

Tem havido pouco empenho da Record nas denúncias que envolvem governadores tucanos, a exemplo da venda de emendas na Assembléia Legislativa de São Paulo.

A Fundação Roberto Marinho é vidraça escancarada desde agosto de 2010, com a operação Voucher da Polícia Federal, e só nosso blog foi atrás de procurar os indícios de irregularidades e acompanhar o caso.

É sabido que quando a Record abre fogo com denúncias contra os interesses da família Marinho, a Globo abre fogo contra Edir Macedo. Ambos saem perdendo em desgaste de imagem.

Fala-se muito em "acordão" no Congresso, acordão no governo, acordão PT-PSDB, etc, etc.

Mas será que não existe nenhum acordão Globo-Record? Algum pacto de não agressão em determinados assuntos, que só é quebrado quando algo desanda?

Se for assim, então, como já perguntou Ricardo Kotscho (também jornalista da Record): liberdade de imprensa para quê?
*osamigosdopresidentelula