Alckmin não sabia de “ação”
da PM contra o crack
Saiu no Estadão reportagem de Marcelo Godoy:
Alckmin, Kassab e comando da PM não sabiam de início de ação na cracolândia
Ocupação que deveria ocorrer em fevereiro, após abertura de centro de atendimento, foi antecipada após decisão do 2.º escalão
Marcelo Godoy – O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO – A Operação Cracolândia foi precipitada por uma decisão do segundo escalão da Polícia Militar (PM) e do governo do Estado. Há dois meses, a ação era planejada em alto nível. O governad
Eles queriam evitar, por exemplo, que os dependentes se espalhassem pela cidade depois do cerco à cracolândia. Outro objetivo era evitar que a operação focasse apenas políticas de segurança pública, ampliando-a para as pastas sociais.
Até que na segunda-feira houve uma reunião de segundo escalão, na qual Luís Alberto Chaves de Oliveira, o Laco, coordenador de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado da Justiça, disse ao coronel Pedro Borges, comandante da região central de São Paulo, que o governador queria a operação. O coronel disse que poderia fazê-la de imediato, pois tinha acabado de receber 60 homens da escola de soldados.
Assim, na manhã de terça-feira, ele pôs o time em campo sem nem sequer avisar o Comando-Geral da PM, o governador e a Prefeitura. E acabou criando um mal estar entre os dois governos.
(…)
Na Chuíça (*), então, é assim.
O segundo escalão da PM realiza uma operação neo-nazista e o governador não sabe de nada.Nem o prefeito.
É “Estado Mínimo”- diria o Fernando Henrique, que mora, na Cidade de São Paulo, na rua mais nobre de Higienópolis.
Quando ele souber que a rua dele na Cidade de São Paulo vai se tornar uma Daslu da Cracolândia …
Clique aqui para ler o que disse sobre a ressurreição do nazismo na Chuíça Wálter Maierovitch, no artigo “Maria do Rosário, é assim que se combate o crack ?”.
Paulo Henrique Amorim
Higienismo da Cracolândia: uma afronta aos direitos humanos
Jamil visita Cracolândia e vê pouco resultado da Operação Militar
O vereador Jamil Murad (PCdoB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, percorreu as ruas do centro de São Paulo, conversou com uma equipe de guardas-civis e visitou a Tenda Mauá, conveniada da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) que recebe crianças e adolescentes da região.
acompanhar de perto, andar pelos arredores, conversar com comerciantes e funcionários da prefeitura o vereador constata que o fim da Cracolândia precisa de um planejamento mais apurado com a participação da Prefeitura, governo estadual, Ministério da Saúde e Poder Judiciário.
Ação isolada
Após os diálogos, o vereador comunista observou que no local há apenas uma ação de segurança, sem outras áreas importantes para o encaminhamento dos usuários de crack para centros de tratamento e acompanhamento social.
Um dos guardas-civis confirmou a verificação de Jamil. “Na prática essa ação só provoca dispersão dos usuários de crack”, disse o guarda que pediu para não ser identificado.
Outro funcionário da Secretaria de Assistência Social confirmou que a ação não foi planejada conjuntamente com a Prefeitura. “Ontem não sabíamos o que fazer aqui”, relatou outro funcionário que prefere não ser identificado.
“Com indignação constatei que a Prefeitura, através da Secretaria de Saúde e da SMADS e também o Poder Judiciário foram excluídos do plano de ação”, afirmou Murad.
Para Jamil é urgente e indispensável que se faça uma ação integrada dos três níveis de governo, unindo segurança, saúde, assistência social, judiciário e sociedade civil.
Pouco resultado
Mesmo com todo o aparato policial, ao lado de uma base móvel da Polícia Militar havia um grande grupo de pessoas usando crack, além de diversas pessoas utilizando a droga em outros pontos.
Essa imagem demonstra a ineficiência da ação militar, por limpar uma determinada área e espalhar os dependentes químicos por outras ruas e regiões da cidade.
“Só podemos vencer com união, solidariedade e compromisso mais profundo com o futuro da sociedade, pensando e agindo a médio e longo prazo. Sem desespero e pirotecnia visando resultados instantâneos e imediatos”, concluiu o presidente da Comissão de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos encaminhará um requerimento solicitando informações sobre o plano de ação da Operação Militar.
Com informações da Assessoria de Jamil Murad
no site Vermelho.org.
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