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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 03, 2012

Tukanalha em Perigo, de novo

 Cachoeira, o Poderoso Chefão, ameaça Perillo

Cachoeira, o Poderoso Chefão, ameaça PerilloFoto: DIVULGAÇÃO

AINDA NÃO CAIU A FICHA DA IMPRENSA BRASILEIRA SOBRE A GRAVIDADE DA OPERAÇÃO MONTE CARLO, QUE PRENDEU CARLOS CACHOEIRA.

O MICHAEL CORLEONE TUPINIQUIM EXPLORAVA CASSINOS, MANDAVA NA SEGURANÇA PÚBLICA DE GOIÁS, MANTINHA UM ESQUEMA DE ESPIONAGEM E PODE ARRUINAR A CARREIRA DE MARCONI PERILLO

02 de Março de 2012 às 13:40
247 – Um dos maiores escândalos já vistos no Brasil ainda não ganhou a devida atenção da imprensa nacional. Preso ontem pela Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, o bicheiro Carlos Cachoeira, que explorava uma rede de caça-níqueis e cassinos ilegais em cinco estados brasileiros, é um personagem semelhante ao lendário mafioso Michael Corleone, interpretado de forma magistral por Al Pacino em “O Poderoso Chefão”. Cachoeira mandava na polícia, tinha jornalistas na sua folha de pagamento, mantinha uma rede de espionagem ilegal e – o mais grave – nomeou dezenas de pessoas para o governo do tucano Marconi Perillo, em Goiás. Isso está dito textualmente na decisão do juiz da 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás, da seguinte maneira: “Descobriu-se a influência de CARLOS CACHOEIRA na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no Estado de Goiás”. Ou seja: o governador teria loteado a área de segurança pública a um dos maiores mafiosos do País. E, até agora, Perillo ainda não deu uma única declaração sobre a operação Monte Carlo.
O que se comenta em Brasília é que Cachoeira ajudou a bancar a campanha de Perillo ao governo de Goiás em 2010. Um dos primeiros nomes recrutados foi o do sargento Idalberto Araújo, conhecido como Dadá e notoriamente um dos maiores especialistas em grampos ilegais do País. Outro nome foi o jornalista Alexandre Oltramari, que, antes de se dedicar à campanha de Perillo, era um dos principais repórteres investigativos da revista Veja. Na sentença, o juiz da 11ª Vara também destaca que, ao desarticular a quadrilha de Carlos Cachoeira, foi possível descobrir uma imensa rede de espionagem ilegal. Por isso mesmo, Dadá está preso e, se contar o que sabe, poderá abalar a República.
Os cassinos de Carlinhos Cachoeira em Goiânia e Valparaíso, nas cercanias de Brasília, tinham rendimento médio de R$ 3 milhões/mês, segundo os procuradores Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira. Também foi preso, como integrante da quadrilha, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladmir Garcez.
Outro personagem que se mantém em silêncio, além do governador Marconi Perillo, é o secretário de Segurança Pública e Justiça de Goiás, João Furtano Neto. Na Operação Monte Carlo, foram fisgados seis delegados da Polícia Civil, 29 policiais militares e o próprio corregedor da Secretaria de Segurança.
A influência de Carlinhos Cachoeira no governo de Marconi Perillo também atingiria outra área vital: a Secretaria de Indústria e Comércio, onde trabalhariam seis parentes do bicheiro e do ex-presidente da Câmara Municipal. Sem ter como fugir do problema, o secretário Alexandre Baldy declarou ao jornal “O Popular” que considera Cachoeira um “bom amigo” e disse não saber o que “ele faz da vida”. Também flagrado, o coronel Sergio Katayama pediu desculpas à sociedade goiana e disse que há crimes mais sérios a reprimir do que a jogatina.
Antecedentes de Cachoeira
Carlos Cachoeira é talvez o mafioso mais audacioso do Brasil. No início do governo Lula, ele teve coragem de desafiar aquele que era tido como o “capitão do time”: o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Cachoeira trabalhava pela liberação dos bingos e tentava pressionar o governo petista, que se mostrava favorável à causa. Só que quando um assessor de Dirceu foi procurá-lo, Cachoeira decidiu filmá-lo pedindo propina. Era Waldomiro Diniz, ex-subchefe da Casa Civil, que acaba de ser condenado a 12 anos de prisão. A fita foi distribuída nas redações pelo jornalista Mino Pedrosa. Como o caso teve destaque em todos os jornais, revistas e televisões do Brasil ainda em 2004, chega a ser piada o fato de um secretário de governo em Goiás declarar não saber o que Cachoeira fazia da sua vida.
Para quem não o conhece, Cachoeira é o Michael Corleone brasileiro.
E sua relações perigosas têm potencial para arruinar a carreira política de Marconi Perillo, que era tido por muitos tucanos como um presidenciável.
 

Bicheiro foi preso em casa que era de Marconi Perillo


Bicheiro foi preso em casa que era de Marconi PerilloFoto: Divulgação

CARLINHOS CACHOEIRA, QUE MANDAVA NA SEGURANÇA PÚBLICA DE GOIÁS, FOI DETIDO NUMA RESIDÊNCIA QUE JÁ PERTENCEU AO ATUAL GOVERNADOR DO ESTADO; LIGAÇÕES COM MARCONI PERILLO, DO PSDB, E DEMÓSTENES TORRES, DO DEM, SÃO ÍNTIMAS, MAS ASSUNTO CONTINUA IGNORADO POR VEÍCULOS COMO GLOBO, FOLHA, ESTADO, VEJA E ATÉ PELOS QUE SE INTITULAM PROGRESSISTAS; POR QUE SERÁ?

03 de Março de 2012 às 08:23
247 – A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que administrava uma série de cassinos ilegais em Goiás e nas cercanias de Brasília, cada um com faturamento mensal na casa de R$ 3 milhões, tem provocado um verdadeiro tsunami político em Goiás, estado administrado por Marconi Perillo, que vinha sendo apontado como um possível presidenciável do PSDB. Até agora já se sabe que:
1) o mafioso Cachoeira nomeava delegados e pagava mesada a policiais de Goiás (leia maisaqui)
2) o mafioso Cachoeira distribuía presentes ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO) (leia mais aqui)
3) o mafioso Cachoeira indicava parentes até para a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás (leia mais aqui)
Agora, mais uma revelação estarrecedora. Ele foi preso na sua residência, em Goiânia. Uma casa que, até 2010, pertencia a quem? Ao governador Marconi Perillo. Leia, abaixo, reportagem de hoje publicada pelo jornal O Popular, o principal de Goiás:
Marconi Perillo (PSDB) disse ontem ao POPULAR que vendeu sua casa no Residencial Alphaville Ipês, onde morou por quatro anos – de 2007 a 2010 –, para Walter Paulo Santiago, proprietário da Faculdade Padrão, no início de 2011, em um negócio intermediado pelo ex-vereador Wladmir Garcêz. A casa é a mesma onde o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso quarta-feira pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, na Rua Cedroarana, Quadra G-3, Lote 11.
Marconi disse que não sabia que Cachoeira morava na casa, que foi vendida por R$ 1,4 milhão, dividido em três parcelas, segundo o governador. “Foi um negócio normal, fechado há um ano e já devidamente declarado no Imposto de Renda deste ano. Essa pergunta (sobre o morador) tem de ser feita ao proprietário da casa”, afirmou.
A casa consta na declaração de bens apresentada por Marconi à Justiça Eleitoral na campanha de 2010, ao valor de R$ 417.816,13.
O tucano contou que Wladmir o procurou mostrando-se ele próprio interessado na compra. “Isso a gente espalha para os amigos, pede ajuda. Aí o Wladmir entrou em contato. Quando fui passar a escritura, ele me informou que seria Walter Paulo o comprador. Eu nem falei com ele (Walter). O dono do cartório trouxe os documentos para eu assinar e depois levou ao comprador. Recebi os três cheques e fui fazendo os depósitos como combinado”, disse.
Reportagem da revista Época, divulgada ontem no site, informa que as investigações apontaram relações políticas de Cachoeira em Goiás (leia reportagem abaixo). Segundo o texto, as gravações da PF mostraram que Wladmir trocou “dezenas de torpedos” pelo celular com o governador.
Marconi atribuiu a troca de torpedos à negociação sobre a venda da casa e à relação política que tem com o ex-vereador. “Eu o conheço há 20 anos, desde que ele era da Legião Brasileira de Assistência (LBA), onde foi superintendente. Ele assessorou a Lúcia Vânia, o Henrique Meirelles, e apoiou minha eleição, foi presidente da Câmara de Goiânia. Depois ele saiu da política daquele jeito que todos sabem e reduzimos o contato. Mas ele e a irmã me ajudaram novamente nas eleições”, disse, admitindo que o ex-vereador indicou nomes para cargos no governo. “Ele me levou uma lista e alguma coisa foi atendida, mas não sei quem são as pessoas.”
Já em relação a Cachoeira, Marconi afirma que não houve nomeação de pessoas indicadas pelo empresário. “Não há nenhuma nomeação e não há nenhum negócio do governo com ele”, garante.
O governador contou que recebeu Cachoeira em audiência no Palácio no primeiro semestre do ano passado, quando o empresário pediu apoio para ampliação de sua empresa de medicamentos em Anápolis, a Vitapan. “Recebo todo mundo que nos procura para ampliar indústrias, em busca de incentivos fiscais. Isso faz parte da política de desenvolvimento do governo”, diz.
Segundo o governador, o processo foi encaminhado à Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), mas não foi finalizado. “São muitos pedidos encaminhados. Por algum motivo, não foi concedido. Não sei detalhes”, afirmou.
Ao comentar pela primeira vez a operação, que apontou envolvimento de agentes das Polícias Civil e Militar de Goiás no esquema de jogos ilegais, o governador disse que há “indícios sérios” e que caberá à Justiça avaliar as denúncias. “São denúncias absolutamente estranhas para mim”, afirma. “Sou contra jogo do bicho. Sempre fiz gestões no sentido de ou legalizar ou acabar com isso. Acho que há muita hipocrisia. Se for para existir na clandestinidade dessa forma, é melhor que seja legalizado. Não tenho opinião formada e sou contra jogo, mas seria mais transparente.”
Questionado sobre o contrato com a Delta Construtora para locação de carros das polícias, o governador disse que trata-se de negociação do governo anterior. “Eu pedi apenas que trocasse a frota. O contrato é o mesmo.”
O governador afirmou não temer desgastes com o desenrolar das investigações. “Não tenho temor em relação a nada. Se vender uma casa, que não é do Estado, que é um negócio pessoal, for crime... Não é crime. Não tenho qualquer vinculação com nada disso. Nunca tratei de jogo do bicho com ninguém, não trato disso.”
Marconi disse ter solicitado a assessores relatório sobre doadores de sua campanha eleitoral. “Se teve de alguma empresa (citada nas investigações), foi a Delta, não me lembro bem. Mas nunca pedi ajuda de Cachoeira para isso”, afirmou.
O governador contou que teve alguns encontros casuais com o empresário preso, mas que a relação entre os dois sempre foi “muito à distância”. “Ele circulava na alta sociedade, então tivemos encontros. A irmã dele é casada com o filho do Fernando Cunha, então nos encontramos em eventos festivos, essas coisas.”
*Amoralnato
 

“Pensei que ele tivesse abandonado o crime”


“Pensei que ele tivesse abandonado o crime”Foto: Divulgação

NÃO É PIADA. FOI ISSO O QUE DISSE O SENADOR DEMÓSTENES TORRES (DEM/GO), UM DOS PRINCIPAIS MORALISTAS DO CONGRESSO, SOBRE SUAS RELAÇÕES COM CARLINHOS CACHOEIRA, O MAIS DESTACADO MAFIOSO BRASILEIRO; O BICHEIRO DAVA ATÉ PRESENTINHOS AO SENADOR

03 de Março de 2012 às 06:41
247 – Ex-delegado, o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) se especializou nos últimos anos em posar como eterno paladino da ética, pronto a assinar qualquer pedido de CPI e a prestar declarações a todo órgão de imprensa disposto a repercutir escândalos de corrupção. Até aí, tudo bem. Esse é o papel democrático da oposição. O que não se sabia – e se sabe agora – é que Demóstenes Torres é amigão do peito do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso ontem na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Questionado sobre suas relações com o Don Corleone brasileiro (leia mais aqui), Demóstenes soltou uma pérola: “Pensei que ele tivesse abandonado a contravenção e se dedicasse apenas a negócios legais”.
Não, Demóstenes.
Impossível. O Brasil inteiro sabia das atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira. Especialmente em Goiás, onde ele administrava uma rede de cassinos ilegais. O que o Brasil não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava as cartas no governo de Goiás, nomeando delegados e técnicos de várias áreas do governo (leia mais aqui).
O que o Brasil também não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava presentinhos ao senador mais moralista da República. No casamento do senador, o presente dado pelo bicheiro foi uma cozinha completa. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, declarou Demóstenes.
Além de desmoralizar o senador goiano, a Operação Monte Carlo também pode arruinar a carreira política do governador Marconi Perillo, do PSDB, que entregou a segurança pública do seu estado a um dos maiores contraventores do País.
*Amoralnato

Charge do Dia

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Dilma, mande prender os cabeças.
Como Vargas deveria ter feito

Mande prender, presidente !
Na madrugada de 24 de agosto de 1954, o Ministério de Vargas se reuniu no Palácio do Catete para enfrentar a crise que Carlos Lacerda tinha engendrado com o atentato ao Major Vaz.

O jovem Ministro da Justiça, Tancredo Neves, sugeriu que o Ministro da Guerra, Zenóbio da Costa, formasse uma patrulha de confiança, com homens da Vila Militar, e prendesse os cabeças do Golpe.

Treze generais haviam assinado um Manifesto que pedia a renúncia de Vargas.

Só um deles comandava tropa.

(Leia o imprescindível “A Era Vargas”, de Jose Augusto Ribeiro, Casa Jorge, Volume 3, pág. 206, no capitulo “Alzira (filha de Vargas) contesta Xenóbio”.)

Zenóbio, o Ministro da Guerra, que conspirava para continuar Ministro do governo seguinte, disse a Tancredo: se fizermos isso, seremos esmagados.

Tancredo respondeu:

– Poucos homens têm na vida a oportunidade de morrer por uma boa causa, general. Por que não aproveitamos esta ?

(O ansioso blogueiro se vale de conversa com Mauro Santayana, autor de importante artigo sobre a Anistia e Tancredo.)

Essas reflexões surgiram com a notícia de O Globo (que ajudou a dar um tiro no peito de Vargas), na pág. 16 deste sábado:

“Cresce adesão de militares a manifesto”

“Dilma agora ameaça punir os 325 oficiais que já assinaram o ‘Alerta à Nação’, entre eles 44 generais da reserva.

Os signatários são TODOS da reserva, não aceitam a legitimidade do Ministro da Defesa (e grande chanceler) Celso Amorim, e se insubordinam com a “Comissão da Verdade”.

Como fez, sempre, Roberto Marinho volta a bater na porta dos quartéis para assegurar a sobrevivência e prosperidade de seus negócios.

Em tempo: hoje, na Folha (*), na pág. 2, no espaço do Clovis Rossi, há uma súmula da atual “racionalidade” das vivandeiras de quartel:

(…) “Indo um pouco mais longe, acho que daria até para argumentar que os oficiais da reserva remunerada, que podem eventualmente ser chamados para o serviço ativo, também estejam submetidos ao regime disciplinar e hierárquico dos militares.


Parece-me um exagero, porém, que as leis e regulamentos castrenses permitam enquadrar e punir por desrespeito à hierarquia os oficiais reformados, que são, para todos os efeitos, cidadãos aposentados.


Se essas regras são constitucionais, temos uma situação em que as obrigações diferenciadas exigidas dos militares se tornam perpétuas, o que se assemelha mais a disposições da ordem escravocrata ( sic ) do que aos contratos típicos do mundo livre.”(…)


Em tempo2:
como sabe, o dono da Folha (*)  (ele, como Roberto Marinho, ainda não “nos falta”), o “seu” Frias combateu na Guerra da Secessão de 1932 e cedeu os carros de reportagem do jornal aos torturadores do regime militar.


Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, março 02, 2012

Instituto Vladimir Herzog
 
Nota de Repúdio dos Cineastas

Nós, cineastas brasileiros, expressamos a nossa preocupação com as frequentes manifestações de militares confrontando as instituições democráticas e o próprio estado de direito. Todos os cidadãos brasileiros têm o direito de conhecer o que foram os 21 anos de ditadura militar instaurada com o golpe de 1964. É preciso que a Comissão da Verdade, instituída para esclarecer fatos obscuros daquele período, em que foram cometidas graves violências institucionais, perseguições, torturas e assassinatos, tenha plenas condições e apoio para realizar essa tarefa histórica.

Repudiamos os ataques desses setores minoritários das Forças Armadas brasileiras, que de forma alguma irão obstruir as investigações que se iniciam. E como cidadãos, desejosos de justiça, pedimos que os militares responsáveis por essas afrontas ao estado de direito sejam severamente punidos.

João Batista de Andrade
Roberto Gervitz
Lucia Murat
Manfredo Caldas
Luiz Carlos Lacerda
Jaime Lerner
Hermano Penna
Helena Solberg
Luiz Alberto Cassol
Renato Tapajós
Geraldo Moraes
Laís Bodansky
Luiz Bolognesi
Silvio Da Rin
Toni Venturi
Joel Zito Araujo
Reinaldo Pinheiro
Rosemberg Cariri
André Kloitzel
Ariane Porto
 
 

Nova série de tornados atinge os EUA e aumenta destruição
02 de março de 2012  19h20  atualizado às 21h10

Bandeira fica pendurada em árvore destruída, em frente a uma casa que foi derrubada, em Harrisburg, Illinois. Foto: AP
Bandeira fica pendurada em árvore destruída, em frente a uma casa que foi derrubada, em Harrisburg, Illinois
Foto: AP
Uma segunda onda de tornados varreu o centro dos Estados Unidos nesta sexta-feira, deixando um rastro de destruição no momento em que a população se recupera de outra série de tornados, que matou 13 pessoas no início da semana. Ao menos 17 tornados foram registrados no Alabama, Tennessee e Illinois na tarde desta sexta-feira, totalizando 65 tornados durante a semana.
Um alerta para tornados "particularmente perigosos" está em vigor até às 21h locais (23h de Brasília) para Indiana, Kentucky e Ohio, e até às 18h (19h) para Illinois, Indiana e Missouri. "Esta é uma situação particularmente perigosa", advertiu o serviço meteorológico nacional. "É possível que haja tornados destrutivos, granizo de até 6,4 cm, rajadas de ventos de até 112 km/h e relâmpagos perigosos".
A maioria dos tornados desta sexta-feira ocorreu no condado de Madison, Alabama, onde casas foram destruídas, automóveis, virados, e linhas de energia e árvores, derrubadas. O serviço meteorológico informou que há "gente presa nos escombros com lesões", mas não há registro de óbitos.
Esta última onda de tornados surge quando a população se recupera dos estragos deixados em seis estados por tornados na terça e quarta-feira. A cidade de Harrisburg, em Illinois, foi a mais atingida por um grande tornado que devastou uma ampla área na quarta-feira, deixando seis mortos e mais de 100 feridos. Em 2011, os tornados mataram 545 pessoas nos Estados Unidos, no que foi a temporada mais mortífera destes fenômenos desde 1936.
AFP

Deleite Belchior anos 70

Estados Unidos e Israel, os maiores fabricantes de órfãos e viúvas

 

Comoestamos na quaresma, recomenda a boa instrução  que devemos aproveitar esses dias para meditar.
Quetal aproveitarmos para estudar mais um pouco de História para nos livrarmos dasmentiras que a mídia e a industria de entretenimento vivem nos impingindo?
Vejamos o caso do Iran, uma pedra nosapato dos Estados Unidos e Israel.
Estados Unidos e Israel, os maiores fabricantesde órfãos e  viúvas.
Voltemosao Iran.
Duranteo governo opressor do Xá Reza Pahlevi, 70 por cento da população iraniana erade analfabetos.
OXá se autodenominava “o rei dos reis” e era o melhor amigo dos Estados Unidos,África do Sul do apartheid e  Israel.
Omídia o apresentava como um sujeito cordato, amável e que precisou casar duas vezesporque a sua primeira mulher, Soraya, não lhe deu nenhum “herdeiro”.
Lamentavaa mídia tal fato e houve regozijo quando ele casou com Farah Diba, “uma jovembelíssima que não era frígida”.
Issotudo numa nação riquíssima, com a população vivendo numa pobreza extrema e,repito, com 70 por cento de analfabetos.
Naquela ocasião, entre uma festa eoutra, com jatinhos cruzando os céus do país trazendo convidados da ”realezaeuropéia” tudo por conta do “rei dos reis”, o xá jamais voltou seus olhos para amiséria que assolava o país, apesar da riqueza.
Iran,Israel e África do Sul, eram irmãos siameses, a ponto do Iran ajudar comenormes somas,os racistas israelenses e sul africanos, inclusive para a comprade plutônio.
O apartheid corria solto tanto na Áfricado Sul quanto em Israel.
Amídia e a indústria de entretenimento apresentavam o trio como um exemplo dedemocracia.
Defenestradoo “rei dos reis”, foi procurar refúgio nos Estados Unidos.
Levoua família com ele e mais seis Boeing 707 carregando jóias, dólares e tesourosmilenares.
Morreuno Egito.
Hoje,90 por cento da população iraniana não somente é alfabetizada, como mais de 70por cento das mulheres freqüentam a universidade.
Ehá mais, muito mais.
Mascomo estamos na quaresma, que os leitores aproveitem a data para meditar eprocurar os verdadeiros fatos na históricos.
*Gilsonsampaio

"Israel anuncia teste com mísseis" 


Israel tomou uma medida de precaução incomum na quinta-feira, ao anunciar que em breve testará um míssil, na esperança de evitar o aumento das tensões com o Irã.Normalmente, os testes com mísseis feitos a partir de uma base de lançamento perto de Tel Aviv não são comunicados antes. O mais recente ocorreu em novembro. Como resultado, os primeiros relatos da mídia israelense costumavam ser de testemunhas assustadíssimas, abalando o mercado de energia pelo mundo, até que as autoridades de defesa fornecessem as explicações.A Indústria Aeroespacial de Israel (IAI), governada pelo Estado, informou em um comunicado que fará seu primeiro teste com o Arrow 3, um sistema desenvolvido em cooperação com os EUA para abater mísseis balísticos no espaço, "no futuro próximo".O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem feito ameaças veladas de atacar o Irã, caso a diplomacia fracasse em conter o programa nuclear daquele país. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que receberá a visita de Netanyahu na semana que vem, quer continuar com as sanções por enquanto e manifestou preocupação com os riscos de uma guerra entre Israel e Irã.Falando sob a condição de anonimato, uma autoridade israelense disse que o teste com o Arrow 3 incluirá o disparo de um míssil a partir da base de Palmachim, ao sul de Tel Aviv. Ele deve ocorrer após as conversas de segunda-feira entre Obama e Netanyahu na Casa Branca."Sim, isso é novo", disse à Reuters a autoridade sobre a decisão de divulgar uma declaração do IAI na quinta-feira."Queremos evitar mal-entendidos."A autoridade confirmou que Israel quer limitar o risco de agravar o impasse com o Irã. O governo iraniano nega que esteja desenvolvendo armas nucleares e prometeu retaliar um eventual ataque com o lançamento de mísseis contra Tel Aviv e propriedades norte-americanas no Golfo.O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, o general Martin Dempsey, questionou no mês passado se os israelenses têm de fato o poder de fogo para danificar as instalações nucleares do Irã, que são espalhadas pelo país e bem protegidas.
Alguns especialistas suspeitam que Israel esteja blefando sobre um ataque a fim de manter a pressão sobre o Irã pelas potências mundiais.
*Turquinho