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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 03, 2012

Gestão Kassab: Virada Cultural seria operada por esquema de empresas

Esse não perde uma boquinha...


Denúncia desmantela suposto esquema de favorecimento a algumas empresas para trabalhar no evento. José Mauro Gnaspini, diretor de programação da Virada Cultural e assessor do secretário de Cultura Carlos Augusto Calil, é um dos nomes citados

Por Mario Henrique de Oliveira

A Virada Cultural é um evento que entrou de vez para o calendário dos paulistanos. Realizada desde 2005, ela teve um público estimado de quatro milhões de pessoas no último ano, gente que passa pelos inúmeros palcos montados na cidade, com diversos shows gratuitos. Ou não tão gratuitos, já que os custos estimados para a realização do evento em 2012 devem chegar a R$ 8 milhões. E é a estruturação desses espetáculos que pode esconder negociações nebulosas. 
Contratações da Virada Cultural estão em cheque (Foto: Flickr Focka)
Segundo apuração do SpressoSP, muitas das empresas mencionadas por um denunciante, identificado como V de Virada (confira a entrevista aqui), contam com os mesmos sócios e estão localizadas em endereços que vão desde condomínios residenciais de luxo até locais inexistentes.

A Entre Produções é, segundo palavras de um dos seus sócios, Luciano Daoud , uma das principais empresas responsáveis pela montagem dos palcos da Virada Cultural desde seu início. “Trabalhamos com a Virada desde o início, no começo uma parte mais light no sentido de produção e organização do evento e, de três, quatro anos para cá, com essa parte mais de estrutura e montagem. Além disso a gente coordena toda a produção do evento”, diz ele em vídeo encontrado no Youtube. Nos vídeos, seus sócios, Ricardo de Paula Eduardo e Luciano Daoud, falam sobre a participação da empresa durante todos estes anos. Daoud conta que para facilitar o trabalho a Entre se dividiu em duas. A Entre produções e a Entre Montagens, ficando ele responsável pela parte de montagem e Ricardo pela de produção.

De acordo com V de Virada, “a Entre Produções montou outras empresas fantasmas para disfarçar a presença deles na Virada Cultural e o fato dela sair como vencedora na maioria dos processos relativos ao evento”. Para tanto, eles contariam com a ajuda de José Mauro Gnaspini, diretor de programação da Virada Cultural.

A Entre Produções recebeu da prefeitura, segundo pesquisa feita no sistema orçamentário, mais de R$1,2 milhão desde 2005.A Entre Montagens não aparece no sistema orçamentário da Prefeitura, fato que pode ter ocorrido por conta do sistema ainda ser novo e de que nem todos os dados já migraram para ele.

Em um contrato para a realização de um show na Virada de 2008 ao qual a reportagem do SpressoSP teve acesso, Daoud também aparece como representante de uma terceira empresa, a LR Eventos e Produções Cinematográficas, que não consta nas buscas na Junta Comercial. Somente a LR recebeu mais de R$ 1,5 milhão da prefeitura desde 2005. Documentos apontam para outras ligações de empresas que trabalham na Virada como a Entre.

Essa não seria a única “coincidência”. Segundo V de Virada, tanto a LR como outras empresas serviriam de “laranjas” em concorrências e licitações, sendo todas dos mesmos donos da Entre. Ainda de acordo com V, o telefone de todas elas estão localizadas na sede da Entre. “Você quer o telefone da WilWill, liga lá e toca lá na Entre. Aliás esse é o esquema de todas essas empresas. Se ligar no telefone delas, vai tocar lá na Entre, algumas delas tem até o mesmo telefone”, conta.

A reportagem ligou para o número que seria da WilWill hoje (02) pela manhã. O funcionário que atendeu, conforme afirmou V de Virada, falou “alô” e só depois do repórter perguntar sobre a WilWill disse se tratar da empresa. Esse áudio pode ser acessado aqui. O telefone da WilWill seria o mesmo da Brunilu, segundo V de Virada. A reportagem ligou para o mesmo telefone, que foi atendido com um “alô” novamente. Perguntada se o número era da Brunilu, a atendente respondeu que não. Questionada novamente se aquele número pertencia a uma empresa de produção cultural, a atendente novamente respondeu que não. Ou seja, minutos antes, o atendente anterior, no mesmo número, havia dito que aquele era o telefone da WilWill e que quem respondia pela empresa era uma pessoa de nome Tatiana.

Em contato com a Entre, Luciano Daoud nos atendeu e negou qualquer envolvimento no esquema. Disse desconhecer a existência da empresa WilWill e afirmou, que nas licitações que participaram este ano, saíram perdedores. No entanto, em outra ligação, quando informado por e-mail que a Entre constava como vencedora do processo de compras N° 0341/12, Pregão Eletrônico- n°032/12, que tratava da contratação de empresa para prestação de serviço de apoio operacional para eventos, atendendo à virada Cultural 2012, pelo valor de R$ 172.900,00, Luciano afirmou que a empresa declinou da proposta. “Gostaria de informar que nesta edição, não estamos montando absolutamente nada pois perdemos todas as licitações das quais participamos. Em relação ao contrato de produção (apoio operacional), chegamos a ser contemplados entretanto declinamos da proposta no dia 26/04”, responde, por e-mail. “Se tivéssemos envolvimento com todo esse ‘esquema’, como afirma a sua fonte, não acha que estaríamos bastante envolvidos com a execução?”, questiona. Confira a resposta na íntegra de Daoud aqui.

Admitiu, no entanto, que é sócio da LR, empresa que disse funcionar paralelamente da Entre, não tendo nenhuma relação com a Entre. Disse também que participou de licitações com a empresa, mas que também perderam. Questionado se a Entre e a LR teriam participado alguma vez de uma mesma licitação, Daoud negou, dizendo que a LR participa para a produção, enquanto a Entre de licitação para montagem de palcos, mesmo dizendo que a Entre Produções é a única a participar de licitações.


Empresas irmãs?

Duas outras empresas que fariam parte do esquema, a Esfera Pesquisas e Eventos e a WK Produções Cinematográficas, por exemplo, ficam no mesmo endereço. Segundo apuração do SpressoSP, em um endereço que não existe, já que não há o número 30 na rua indicada pelo registro. Em buscas na internet, o telefone de ambas aparece como pertencendo a Ricardo de Paula Eduardo. Os números de quanto a WK teria recebido da Prefeitura não foram encontrados em pesquisa ao sistema orçamentário. A Esfera, porém, recebeu da prefeitura mais de R$ 440 mil desde 2005.

A ficha cadastral destas duas empresas leva à investigação de uma outra denunciada, a Transcasa Eventos e Produções. Um de seus sócios, José Joaquim Neto, já foi sócio tanto da WK quanto da Esfera, mas já se retirou de ambas, segundo dados da Junta Comercial.

Outras empresas também apresentam ligações. A Solasi Produção, que recebeu da prefeitura mais de R$ 700 mil desde 2005 e não consta em buscas na Junta Comercial, divide o mesmo número de telefone com a WilWill Produções Artísticas, que no mesmo período já recebeu mais de R$ 1 milhão em contratos. A Solasi fica em Santana do Parnaíba, enquanto a WilWill está localizada em um luxuoso condomínio residencial no Jabaquara.

O objeto social da WilWill, ou seja, o que empresa declara fazer, é edição de livros, diferente do que o próprio nome da empresa diz e pelo que recebeu da prefeitura. Em contratos que o SpressoSP teve acesso e em buscas no Diário Oficial, a empresa aparece como intermediária entre a Secretaria de Cultura e alguns artistas, sendo ela responsável pela apresentação dos mesmos na Virada Cultural.

A empresa também já foi objeto de uma ação do Ministério Público por fraudes em licitações na cidade de Bom Jesus dos Perdões (SP). Na ação, que continua em andamento, a sócia da empresa Edivania do Nascimento Sousa foi ouvida pela Polícia Federal da Bahia e disse nunca ter participado e muito menos ouvido falar em nada relacionado com a WilWill, o que pode caracterizar o uso indevido de seu nome como laranja, sem o seu consentimento. O prefeito da cidade do interior de São Paulo, do PSDB, teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal. Mesmo assim a prefeitura de São Paulo continuou a fazer negócios com a WilWill.

No Diário Oficial da cidade do dia 26/04/2012 é possível observar que José mauro Gnaspini autorizou diretamente a contratação da empresa para realizar apresentações musicais com artistas. São dois extratos de termo de contrato, um no valor de R$ 118 mil e outro de R$ 88 mil.
O mesmo número de telefone ainda aparece como sendo da Brunilu Cine, Vídeo. Uma empresa que já recebeu da prefeitura mais de R$ 1,2 milhão e tem um sócio em comum com a Fazi Cine Vídeo, que já abocanhou mais de R$ 1,5 milhão. O sócio comum é Marcos Fabiano Felix França, na Brunilu sua sociedade é com Jefferson Fernando Oliveira, que mora no mesmo endereço da sede da Fazi, mas, de acordo com a ficha da empresa, não tem nenhuma relação formal com ela.

O endereço da Brunilu é aparentemente uma casa residencial, aliás, que é o que foi relatado pelos vizinhos. Assim como o número 390 da Fazi, endereço que consta na ficha cadastral da empresa e que aparece como sendo residência de Oliveira. No entanto, o SpressoSP teve acesso a documentos que apontam outro número da mesma rua como sendo sua sede, o 339. O local foi recentemente reformado e está à venda, nunca tendo sido ocupado, de acordo com vizinhos.

Seguindo a lista de empresas denunciadas, a reportagem encontrou também a Ictus Produções Artísticas. Localizada na rua Serra do Japi em um número inexistente, a empresa, que recebeu mais de R$ 480 mil da prefeitura entre 2005 e 2011, também está ligada à Entre. O número de contato da Ictus é um dos números da Entre, o que pode ser confirmado inclusive em seu site.


Como funciona

A Entre é uma empresa de produção de eventos, às vezes, 
ao invés de remunerar o Zé Mauro com dinheiro, ele mesmo pedia uma contrapartida a produção de algum evento, o custo era abatido na conta corrente depois. O casamento do Zé Mauro foi produzido pela Entre, que não cobrou nada, mas descontou depois do saldo a pagar para ele”, relata V de Virada.

Ainda de acordo com V, a Entre mantém com Zé Mauro uma espécie de conta corrente. “É quase como um banco, tem saldo e tudo, que eu saiba só não tem cartão nem talão de cheque”, revela.

V de Virada também explica como se dão as fraudes nos processos licitatórios, até em casos de pregão eletrônico, e também como funciona o esquema de contratação de artistas, que, de acordo com ele, recebem menos do que o declarado. “O que acontece é o seguinte, no caso do pregão eletrônico, o Zé Mauro coloca que vai precisar mil metros quadrados de piso, quando ele sabe na verdade que vai precisar de 200 metros quadrados, ai todo mundo que participa da licitação que não tem o acerto com ele, coloca o preço de mil metros e ai o que tem a informação bota o preço de 200, de 300”, diz.

Outra fraude relatada é a licitação de um produto que é sabido previamente que só pode ser encontrada em uma empresa. “A empresa tem lá 20 mil cadeiras de plástico vermelha, ninguém mais tem cadeira vermelha na cidade só ela, ai coloca na licitação pedindo só cadeira vermelha, porque sabe que só determinada empresa vai ter aquele item. Então são essas duas formas que usam para fraudar a licitação, mesmo quando é edital eletrônico”, continua.

Em relação à contratação de artistas, V conta que o acerto se dá previamente com o empresário do músico, fato que só acontece porque, segundo ele, a Entre já conhece a programação antes do anúncio oficial. “O artista não passa por licitação. Então o Lalau (Ricardo de Paula, dono da Entre), vai lá e se acerta com o empresário. Se o artista cobra 50, ele coloca lá que é 100 e a prefeitura paga, porque essa daí não passa por licitação, não tem outro artista que vem e fala não eu faço por menos ou faço por mais. O Zé Mauro determina qual vai ser, o Ricardo se acerta e quando sai a programação o esquema já está todo montado” conta V.

Procurado pela reportagem do SPressoSP, José Mauro Gnaspini não foi encontrado para dar sua versão dos fatos até o fechamento desta matéria.
*Cappacete

1º dia da CPI-


1º dia da CPI tem dilemas não resolvidos

A DELTA SERÁ INVESTIGADA NO BRASIL OU APENAS NO CENTRO-OESTE? FERNANDO CAVENDISH VAI SER CONVOCADO? QUANDO?; E O PROCURADOR-GERAL ROBERTO GURGEL?; QUANTO A CARLINHOS CACHOEIRA, PRIMEIRO DEPOIMENTO FOI MARCADO PARA O DIA 15; ÀS 19H52, SESSÃO FOI ENCERRADA ABRUPTAMENTE PELO PRESIDENTE VITAL DO RÊGO

247 – O primeiro dia de trabalho da CPI Mista do Cachoeira teve três grandes protagonistas – cada um deles por um motivo distinto. O campeão de citações, sem dúvida, foi o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Depois, o ex-presidente e atual senador Fernando Collor teve seu momento de brilho. Por fim, um dos nomes mais citados pelos parlamentares foi o da empreiteira Delta, do empresário Fernando Cavendish.
Entre esses destaques, o que se viu foi a participação generalizada dos 30 integrantes da comissão. Já ficou nítido, desde esse primeiro momento, qual deve ser o jogo de cada um. No conjunto, eles procuraram estabelecer um plano de trabalho e projetaram a extensão dos debates e inquirições até o último trimestre deste ano. Surgiu uma divergência entre atuar duas ou três vezes a cada semana. Igualmente não havia consenso, até o início da noite, em relação à convocação do personagem que dá o nome popular à CPI: o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Alguns integrantes da comissão, como o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), defenderam que o início das investigações se dê pelo depoimento de Cachoeira. “Réu preso tem prioridade”, disse o parlamentar, referindo-se a Cachoeira. Mas outros políticos optaram por sustentar que Cachoeira terá de ser chamado a falar mais de uma vez, mas não necessariamente no início dos trabalhos.
O debate em torno do procurador-geral se deu pela sua convocação ou não pela comissão. Houve quem sustentasse que Gurgel não pode ser obrigado a comparecer, mas também foram feitas defesas do poder da CPI para chamá-lo obrigatoriamente.
VACAREZZA CRITICA GURGEL - O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) defendeu a convocação de Gurgel. “O procurador ter sentado nestas investigações por 4 anos não é correto. Ele deve explicação para a sociedade brasileira”, disse o ex-líder do governo na Câmara, em referência a inquérito que poderia comprometes o senador Demóstenes Torres, também protagonista das investigações sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com esse posicionamento, Vacarezza vocalizou a estratégia do PT de restringir as apurações às ligações entre Cachoeira e Torres, em lugar de trabalhar por uma maior abertura de foco.
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Fernando Collor: “diretor de revista semanal coabitava com criminoso”


SENADOR ALAGOANO DIZ QUE CPI TEM QUE RESPEITAR SEGREDO DE JUSTIÇA, MAS FAZ PRIMEIRO DISPARO CONTRA A IMPRENSA; PAULO TEIXEIRA CITA O 247 E DIZ QUE INQUÉRITO JÁ VAZOU

247 – No primeiro dia da CPI do Cachoeira, o senador Fernando Collor tem sido um dos parlamentares mais ativos. Em suas falas e apartes, tem lutado para fazer com que a CPI cumpra a determinação judicial e proteja o segredo de Justiça do inquérito enviado pelo Supremo Tribunal Federal ao Congresso. “Do contrário, estaríamos conspirando contra o Estado de Direito”, disse o senador.
Collor, no entanto, foi o primeiro a criticar, ainda que veladamente, a imprensa. “Como jornalista, nunca vi um diretor de uma revista semanal coabitar durante tanto tempo com um contraventor”, disse ele. Embora não tenha citado nomes, o ex-presidente aparentemente se referiu a Policarpo Júnior, da revista Veja.
Em seguida, o deputado Paulo Teixeira (PT/SP) falou sobre a impossibilidade de preservar o sigilo. “O inquérito já está em dois endereços eletrônicos: Brasil 247 e Lei dos Homens”, disse ele.

Presença de Protégenes em CPMI é questionada (PSDB)


"O DEPUTADO É DIRETA E PESSOALMENTE INTERESSADO NA INVESTIGAÇÃO QUE FAREMOS AQUI, SEJA PORQUE MANTÉM AMIZADE ÍNTIMA COM OS INVESTIGADOS, SEJA PORQUE ELE PODERÁ FIGURAR NO ROL DOS INVESTIGADOS", DISSE O SENADOR CÁSSIO CUNHA LIMA

Agência Brasil – Na abertura dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) questionou a presença do deputado Protógenes Queiróz (PCdoB-SP) entre os integrantes da comissão. Antes de iniciar a votação dos requerimentos, Cunha Lima alegou que Protógenes tem ligações com o grupo do empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
"O deputado é direta e pessoalmente interessado na investigação que faremos aqui, seja porque mantém amizade íntima com os investigados, seja porque ele poderá figurar no rol dos investigados", disse o senador ao levantar questão de ordem.
O pedido do senador para que Protógenes fosse impedido de participar da CPMI não foi aceito pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Não cabe à presidência do colegiado definir quem comporá a comissão", destacou Vital do Rêgo, que lembrou que as indicações dos participantes foram feitas pelos partidos, obedecendo o critério da proporcionalidade.
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Gurgel, que deve explicações, recusa ir à CPI


PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA NÃO QUER FALAR; DEPOIS DE TER ENGAVETADO DURANTE TRÊS ANOS ABERTURA DE PROCESSO CONTRA O SENADOR DEMÓSTENES TORRES E DEIXADO PASSAR A CHANCE DE INVESTIGAR O GOVERNADOR MARCONI PERILLO, DE GOIÁS, ROBERTO GURGEL PERDE MAIS UMA CHANCE DE SER TRANSPARENTE

247 – O Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está perdendo mais uma chance de dar transparência ao seu trabalho. Em conversa com o presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo, ele recusou o convite que lhe seria feito para depor na comissão. Gurgel segurou, durante três anos, um pedido de abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres, ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Recentemente, pediu a abertura de investigação sobre o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), mas não exigiu o mesmo procedimento em relação ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, no entanto, apontam muito mais para um possível envolvimento de Marconi no esquema de Cachoeira, de quem é suspeito de ter recebido R$ 500 mil, do que de Agnelo, contra quem não surgiram provas de participação ou conivência com a organização criminosa.
Abaixo, notícia publicada a respeito pelo porta UOL:
Procurador-geral recusa convite para falar em CPI
MÁRCIO FALCÃO e GABRIELA GUERREIRO, de BRASÍLIA - Em conversa com o comando da CPI do Cachoeira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, recusou o convite para falar sobre o inquérito que investiga o senador Demóstenes Torres (sem partido- GO) e as relações do empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, com políticos e agentes privados.
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Collor dá o tom na CPI


Ex-presidente reencontra na comissão parlamentar um palco para voltar brilhar; oratória apurada e incisiva já dita os rumos da comissão; ele foi o primeiro a pedir a convocação de Roberto Gurgel e a insinuar uma ligação espúria entre a imprensa e a quadrilha de Carlos Cachoeira


247 – Na primeira sessão da CPMI do Cachoeira, o parlamentar que mais se destaca é o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello. Ele acaba de insistir para que os parlamentares convoquem o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “Não há nada na Constituição que impeça”, disse ele. “Ele precisa explicar por que recebeu informações contra o senador Demóstenes Torres em 2009 e não tomou nenhuma providência”. Collor contou com o apoio do deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP), que é procurador e também defende a convocação de Gurgel.
Nesta manhã, o presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB/PB), e o relator, deputado Odair Cunha (PT/MG), convidaram o procurador Gurgel a comparecer espontaneamente – o convite foi recusado e ele só irá se for convocado.
Collor, ex-jornalista, foi também o primeiro a levantar a questão das relações entre a quadrilha de Carlos Cachoeira e a imprensa. “Nunca vi um diretor de uma revista semanal coabitando durante tanto tempo com um criminoso”, disse o ex-presidente da República.


Acuada, Veja ataca a imprensa livre


NO PRIMEIRO DIA DA CPI, O REPÓRTER GUSTAVO RIBEIRO, O MESMO QUE TENTOU INVADIR UM QUARTO DE HOTEL EM BRASÍLIA, TENTA INVESTIGAR RELAÇÕES COMERCIAIS PRIVADAS ENTRE UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO, O 247, E SEUS ANUNCIANTES; TEMOR DA ABRIL, COMANDADA POR FÁBIO BARBOSA, DIZ RESPEITO À CONVOCAÇÃO DE CIVITA E POLICARPO

247 – Veículos de comunicação, em todos os países livres, são mantidos por receita publicitária, tanto pública, como privada. É o caso do Brasil 247, primeiro jornal brasileiro desenvolvido para o iPad, e também da revista Veja. No nosso caso, a participação privada na receita total é substancialmente maior do que a oriunda de agentes públicos. Veja, além da receita publicitária tradicional, pública e privada, conta ainda com vendas de assinaturas para governos, em todas as esferas. A Abril, que edita Veja, também comercializa livros didáticos.
Nesta tarde, dia da primeira sessão da CPI instalada para investigar as atividades do bicheiro Carlos Cachoeira, o repórter Gustavo Ribeiro, o mesmo que tentou invadir um quarto de hotel em Brasília, numa reportagem produzida a partir de vídeos entregues pela quadrilha investigada pela CPI, foi escalado para realizar mais um trabalho sujo. Subordinado ao jornalista Policarpo Júnior, Ribeiro tentou constranger anunciantes públicos e privados do 247 a fornecer informações protegidas por sigilo comercial.
Veja está acuada. Teme que tanto o jornalista Policarpo Júnior como o publisher Roberto Civita sejam convocados pela CPI. Trechos do inquérito da Operação Monte Carlo, publicado pelo 247, revelam que diversas matérias publicadas por Veja nos últimos anos foram dirigidas pelo esquema Delta/Cachoeira (leia mais aqui).
Mais:

Ser diferente, sendo o mesmo

Ser diferente, sendo o mesmo

Política de uma nota só


 

Vladimir Safatle
Há várias maneiras de despolitizar uma sociedade. A principal delas é impedir a circulação de informações e perspectivas distintas a respeito do modelo de funcionamento da vida social. Há, no entanto, uma forma mais insidiosa. Ela consiste em construir uma espécie de causa genérica capaz de responder por todos os males da sociedade. Qualquer problema que aparecer será sempre remetido à mesma causa, a ser repetida infinitamente como um mantra.
Isto é o que ocorre com o problema da corrupção no Brasil. Todos os males da vida nacional, da educação ao modelo de intervenção estatal, da saúde à escolha sobre a matriz energética, são creditados à corrupção. Dessa forma, não há mais debate político possível, pois o combate à corrupção é a senha para resolver tudo. Em consequência, a política brasileira ficou pobre.
Não se trata aqui de negar que a corrupção seja um problema grave na vida nacional. É, porém, impressionante como dessa discussão nunca se segue nada, nem sequer uma reflexão mais ampla sobre as disfuncionalidades estruturais do sistema político brasileiro, sobre as relações promíscuas entre os grandes conglomerados econômicos e o Estado ou sobre a inexistência da participação popular nas decisões sobre a configuração do poder Judiciário.
Por exemplo, se há algo próprio do Brasil é este espetá-culo macabro onde os escândalos de corrupção conseguem, sempre, envolver oposição e governo. O que nos deixa como espectadores desse jogo ridículo no qual um lado tenta jogar o escândalo nas costas do outro, isso quando certos setores da mídia nacional tomam partido e divulgam apenas os males de um dos lados. O chamado mensalão demonstra claramente tal lógica. O esquema de financiamento de campanha que quase derrubou o governo havia sido gestado pelo presidente do principal partido de oposição. Situação e oposição se aproveitaram dos mesmos caminhos escusos, com os mesmos operadores. Não consigo lembrar de nenhum país onde algo parecido tenha ocorrido.
Uma verdadeira indignação teria nos levado a uma profunda reforma política, com financiamento público de campanha, mecanismos para o barateamento dos embates eleitorais, criação de um cadastro de empresas corruptoras que nunca poderão voltar a prestar serviços para o Estado, fim do sigilo fiscal de todos os integrantes de primeiro e segundo escalão das administrações públicas e proibição do governo contratar agências de publicidade (principalmente para fazer campanhas de autopromoção). Nada disso sequer entrou na pauta da opinião pública. Não é de se admirar que todo ano um novo escândalo apareça.
Nas condições atuais, o sistema político brasileiro só funciona sob corrupção. Um deputado não se elege com menos de 5 milhões de reais, o que lhe deixa completamente vulnerável -para lutar pelos interesses escusos de financiadores potenciais de campanha. Isso também ajuda a explicar porque 39% dos parlamentares da atual legislatura declaram-se milionários. Juntos eles têm um patrimônio declarado de 1,454 bilhão de reais. Ou seja, acabamos por ser governados por uma plutocracia, pois só mesmo uma plutocracia poderia financiar campanhas.
Mas como sabemos de antemão que nenhum escândalo de corrupção chegará a colocar em questão as distorções do sistema político brasileiro, ficamos sem a possibilidade de discutir política no sentido forte do termo. Não há mais dis-cussões sobre aprofundamento da participação popular nos processos decisórios, constituição de uma democracia direta, o papel do Estado no desenvolvimento, sobre um modelo econômico realmente competitivo, não entregue aos oligopólios, ou sobre como queremos financiar um sistema de educação pública de qualidade e para todos. Em um momento no qual o Brasil ganha importância no cenário internacional, nossa contribuição para a reinvenção da política em uma era nebulosa no continente europeu e nos Estados Unidos é próxima de zero.
Tem-se a impressão de que a contribuição que poderíamos dar já foi dada (programas amplos de transferência de renda e reconstituição do mercado interno). Mesmo a luta contra a desigualdade nunca entrou realmente na pauta e, nesse sentido, nada temos a dizer, já que o Brasil continua a ser o paraíso das grandes fortunas e do consumo conspícuo. Sequer temos imposto sobre herança. Mas os próximos meses da política brasileira serão dominados pelo duodécimo escândalo no qual alguns políticos cairão para a imperfeição da nossa democracia continuar funcionando perfeitamente.

Quero um “sonegômetro” ao lado do “impostômetro”

do Sakamoto
Acho sen-sa-cio-nal haver um “impostômetro” mostrando quanto os brasileiros pagaram de impostos federais, estaduais, municipais e distritais desde o início do ano. Mantido pela Associação Comercial de São Paulo na rua Boa Vista, Centro da capital paulista, ele atingiu hoje a marca de R$ 500 bilhões, dois dias antes que no ano passado.
Mas mais sen-sa-cio-nal ainda seria a criação de um painel gigante, luminoso, hype, com um “sonegômetro”, apontando quanto as empresas e contribuintes deveriam ter pago mas, no cumprimento da Lei de Gérson, fizeram de conta que não era com eles e vestiram a cara de paisagem. Ia ser uma briga boa, um painel eletrônico ao lado do outro, pau a pau, feito os cavalinhos do Bozo.
(Um “sonegômetro” é mantido na internet pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial.)
Se algumas empresas não sonegassem impostos ou, na melhor das hipóteses, não empurrassem seus débitos com o INSS com a barriga, o “déficit” previdenciário não seria do tamanho que é, por exemplo. Como já disse aqui, é possível rebaixar a contribuição de trabalhadores e empregadores ao INSS, compensando com a tributação do faturamento de empresas que não são intensivas em mão-de-obra ou que não fazem recolhimento per capita do INSS de seus empregados, como instituições do sistema financeiro ou empresas que usam alta tecnologia. Quem contrata mais, deveria recolher menos à Previdência do que os que contratam menos. Uma redistribuição dos tributos também cai bem, zerando os que recaem sobre a cesta básica, por exemplo. Ou seja, há o que ser feito. Mas isso não justificar que empresas, ainda mais as lucrativas, passem a perna no Estado (ou seja, em todo mundo) sob justificativas mil que desaguam na pura cara-de-pau.
Com uma sonegação menor, haveria mais recursos em caixa para contratar técnicos do Incra e combater a grilagem de terras na Amazônia – mãe do desmatamento ilegal. Ou mais médicos e enfermeiros em postos de saúde. Mais professores e pedagogos em escolas do ensino básico ao superior. Defensores públicos para ajudar quem não tem nada a usar o sistema de Justiça. Fiscais para recolher impostos.
O Estado gasta mal nosso dinheiro, isso não temos dúvida. Repartições inchadas e inúteis, “aspones” jogando paciência no computador o dia inteiro, gente que pede propina para dizer “bom dia”, enfim, todo mundo já deve ter formado uma imagem na cabeça do que estou falando. Mas lembremos que atrás de fiscais corruptos também há empresários corruptores que raramente são expostos e condenados, até porque fazem parte da fina nata da sociedade. Aos corrompidos, pão e água; aos corruptores, vinhos caros.
Só interessa um Estado que não tem como cumprir suas funções a quem tem dinheiro para suprir suas necessidades. Ou quem sai perdendo com um Estado eficiente. Para que, então, financiar algo que vai me prejudicar ou para o qual não dou a mínima?
*GilsonSampaio

STF anula títulos de posse dos invasores da Terra Indígena Caramuru-Paraguassu

 

Via Brasil de Fato
    Supremo impõe derrota a invasores de terra Pataxó
Cimi
Com cinco votos a um, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) anularam nesta quarta-feira, 2, os títulos de posse dos invasores da Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, dados de forma ilegal pelo governo baiano no início da década de 1960. O povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, depois de quase um século, tem garantida a ocupação plena do território demarcado em 1938.
Antes do presidente do STF Ayres Brito pedir um recesso de 30 minutos, às 17 horas, não tinham votado os ministros Ricardo Lewandowski, ausente da sessão, e Celso de Mello, mas a maioria já estava formada de maneira irreversível, mesmo porque Ayres Brito, que também não tinha pronunciado seu voto, fez várias intervenções no sentido de que os títulos tinham que ser anulados.   
As ministras Carmem Lúcia, relatora da Ação Cível Originária (ACO), e Rosa Weber, além dos ministros Joaquim Barbosa e Cesar Peluso, votaram procedente a ação de nulidade dos títulos dos invasores da terra indígena. Todos acompanharam o relator, ex-ministro Eros Grau. A ministra Carmem Lúcia recomendou ainda que os governos estadual e federal planejem a extrusão dos ocupantes não indígenas. O julgamento da ACO começou em setembro de 2008, mas tramitava há 30 anos.  Por razões estratégicas do tribunal, a matéria não entrou na pauta da sessão desta quarta-feira, mas Carmem Lúcia pediu que ela fosse votada dado o conflito acirrado entre indígenas e invasores na região de Camacan, Itajú do Colônia e Pau Brasil – municípios que abrangem a área indígena.
Marco Aurélio Cardoso votou contra a nulidade dos títulos, julgando improcedente o pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai), pois afirmou que “não pode deixar de considerar os títulos concedidos pelo governo da Bahia numa área que não estava ocupada pelos silvícolas”. Os ministros que votaram pela nulidade argumentaram que os indígenas ali não estavam por conta do esbulho praticado pelos invasores.  
No relatório de voto, as ministras citaram que a área de 54,100 mil hectares é indígena, as propriedades tituladas em parte estão dentro dessa área e referente a esses títulos, eles são ilegais por se tratar de terras da União de usufruto dos Pataxó Hã-Hã-Hãe. Citaram ainda inúmeras provas de ocupação indígena, inclusive com provas anteriores ao século XX.
O presidente do STF, Ayres Brito, interveio em algumas oportunidades frisando que para os indígenas “terra não é um bem, mas um ser, um ente, um espírito protetor. Eles não aceitam indenização, porque acreditam que nessas terras vivem seus ancestrais”.  
“A ministra citou a produtividade da comunidade, a mobilização e o fato da Funai ter pago quase todos os títulos”, disse o assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Adelar Cupsinski, que acompanhou a sessão.
*GilsonSampaio

Ali Kamel, se 'não somos racistas', por que Roberto Marinho usava pó de arroz para disfarçar sua tez mulata?

 do Mello

Ali Kamel, diretor de jornalisno da Rede Globo, escreveu um livro cuja tese principal se apresenta no título: "Não somos racistas".
No entanto, pelas palavras do jornalista Paulo Nogueira, que foi diretor editorial da Editora Globo, Ali Kamel teria todos os elementos para pensar justamente o oposto. Afinal, ele - como Paulo Nogueira - conviveu com Roberto Marinho, que, segundo Paulo Nogueira, "não se orgulhava de sua estatura, ampliada por saltos, e de sua tez mulata, na qual passava pó de arroz".
Será que Kamel imaginava que o pó de arroz não era fruto de um racismo introjetado por Roberto Marinho, mas, antes, nem complexo de inferioridade, nem pó de arroz era, e sim farinha de trigo, como passavam na tez os homens da corte do Rei Sol em França, pois era assim que Kamel via Roberto Marinho?
Mistérios...
O que sei, ainda segundo Paulo Nogueira, é que nas reuniões de que participou ele reparou que Kamel e Merval, o Imortal, Pereira "pareciam disputar entre si quem era campeão em pensar como a família Marinho pensa".

Lei inclui nome de Anita Garibaldi no Livro dos Heróis da Pátria


Anita Garibaldi
Anita Garibaldi, nascida Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, foi esposa do herói italiano Giuseppe Garibaldi que, no Brasil, lutou pelos ideais republicanos contra o Império
Diário Oficial da União publica nesta terça-feira a lei que inscreve o nome da heroína catarinense Anita Garibaldi (1821-1849) no Livro dos Heróis da Pátria.
O livro registra perpetuamente os nomes dos brasileiros e de grupos de brasileiros que tenham dado a vida pela pátria “defendendo ou construindo, com dedicação e heroísmo”.
Anita Garibaldi, nascida Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, foi esposa do herói italiano Giuseppe Garibaldi que, no Brasil, lutou pelos ideais republicanos contra o Império.
Anita conheceu Giuseppe em 1837, durante a Guerra dos Farrapos, quando as forças da República Rio-Grandense tomaram a cidade catarinense de Laguna. Com o tempo, ela aprendeu a manejar armas e passou a acompanhar o marido nas batalhas.
O Livro dos Heróis da Pátria foi criado em novembro de 2007, pela Lei 11.597, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. Está depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Também estão no livro Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; Zumbi dos Palmares; Marechal Manuel Deodoro da Fonseca; Dom Pedro I, entre outros. O Panteão é um monumento de arquitetura modernista, simbolizando uma pomba, criada por Oscar Niemeyer.
*correiodoBrasil