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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

COMECE DE BAIXO PARA CIMA

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Impressionante: como seria a paisagem noturna das cidades se elas não fossem poluídas

A vista noturna das cidades sem poluição luminosa

Impressionante: como seria a paisagem noturna das cidades se elas não fossem poluídas

Do Blog Buzz, do site da revista Galileu

Cidades estreladas

DÉBORA NOGUEIRA

Reconhece a paisagem? Essa foto é uma simulação de como a paisagem noturna do Rio de Janeiro seria se tirássemos da equação a poluição luminosa que ofusca o céu dos grandes centros urbanos.
O fotógrafo francês Thierry Cohen é o responsável pela série, chamada Darkened Cities (‘Cidades escurecidas’, em tradução livre). O truque está em tirar uma foto do céu precisamente na mesma latitude da cidade escolhida, mas em uma região menos povoada, e com a câmera exatamente no mesmo ângulo. Os resultados são fotos que jamais poderíamos observar na vida real, mas que mesmo assim tiram o fôlego.
Veja outras cidades:
Rio de Janeiro
São Paulo
Tóquio
Nova York
Paris
(Via New York Times)
*Nassif

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Jornalismo de classe

3marinhos
A fortuna dos filhos do Marinho 

Por Altamiro Borges 

Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto, herdeiros do império das Organizações Globo, não têm o que reclamar dos governos Lula e Dilma. 

Eles ganharam muita grana neste período e só fazem oposição raivosa por razões políticas, de classe. 

Após quase dez anos de ausência na lista dos bilionários da revista Forbes, a família Marinho voltou a ocupar posição de destaque no ranking mundial. 

Segundo a publicação, os filhos de Roberto Marinho acumulam fortunas individuais próximas de 5 bilhões de dólares. 

Quando da morte do patrono da família, em agosto de 2003, o império midiático atravessava uma situação financeira complicada, quase falimentar. 

A Rede Globo tinha apostado as suas fichas na falsa estabilidade do governo FHC e se endividou aos tubos, inclusive junto ao generoso BNDES. 

Com a retomada do crescimento econômico no governo Lula, a corporação voltou a prosperar. Ela lucrou com a forte expansão do mercado publicitário e com outros negócios milionários – como o crescimento da tevê por assinatura. 

Em agosto do ano passado, a edição brasileira da Forbes já havia apontado o vertiginoso enriquecimento dos herdeiros das Organizações Globo. 

Segundo a publicação, a família Marinho ocupava a sexta posição entre os 15 empresários mais ricos do país – já Roberto Civita, dono do Grupo Abril e chefão da asquerosa revista Veja, aparecia em 14ª lugar. 

Agora, os filhos de Roberto Marinho voltam a ocupar posição de destaque no ranking mundial, apesar da grave crise que abala a mídia tradicional no mundo inteiro. 

O enriquecimento dos filhos de Roberto Marinho até mereceria uma investigação. 

Afinal, nos últimos anos a audiência da emissora na tevê aberta tem sofrido constantes quedas. Mesmo assim, no ano passado ela teve um estranho faturamento de R$ 12 bilhões – cerca de 10% acima do ano anterior. 

Todas estas “vantagens” não fizeram com que os filhos de Roberto Marinho refluíssem na sua postura de principal partido da direita nativa. 

Para tranquilizá-los, o governo ainda doa fortunas ao grupo em publicidade oficial. Haja bondade! 

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/02/a-fortuna-dos-filhos-do-marinho.html
*cutucandodeleve

POR QUE SÓ ATUAR POLITICAMENTE EM BENEFÍCIO DA SOCIEDADE DEPOIS DE UMA GRANDE E LANCINANTE DOR?

Imagem: gaf arq creative commons - flickrA história tem nos ensinado, pelo menos a história dos últimos séculos, que é na tragédia que o homem evolui. Essa é uma dialética cruel para nós humanos, mas parece ser esse o desafio da emancipação da razão. Depois da tragédia, a sociedade reage.

Parece muito fácil e raso culpar os músicos, os donos da boate e os bombeiros pela tragédia na boate Kiss em Santa Maria (RS), assim como fazem os programas policiais sensacionalistas da televisão brasileira ou a revista semanal Veja, que se limita a análises de dois neurônios, o do bem e o do mal, sempre que acontece algum grande drama social.

A culpabilidade serve para ver o passado, não o presente. É preciso pensar os sentidos humanos do problema para que se possa entendê-lo antecipadamente e talvez evitá-lo.

Existem inúmeras outras mortes traumáticas que acontecem constantemente por esse Brasil e que, após a tragédia, as pessoas agem da mesma forma que a sociedade age agora, com fiscalizações por todo o Brasil, tentando dar um resposta política.

Depois da tragédia, há a atuação politica na mobilização dos empresários de casa noturna, na imprensa, nos poderes públicos etc. Todos buscam na política e na solidariedade uma solução. Possivelmente emerge o sentimento de não querer passar por isso e nem que outras pessoas passem pelo que os parentes das vítimas passam.  Mas por que buscamos essa solidariedade e essa política somente depois da tragédia se somos suficientemente racionais para buscá-la preventivamente?

A tragédia, como a da boate Kiss,  é exposta mundialmente porque é coletiva, mas fica esquecida quando são vítimas individuais, uma tragédia familiar. Vale a pena recordar casos e histórias individuais. A primeira que me vem à cabeça é o Instituto Ives Ota, criado pelo pai do garoto de 8 anos do mesmo nome, após seu assassinato. Também há o caso dos pais de uma garota que criaram uma ong sobre segurança de esportes radicais após filmar a morte da filha em um bang jump, também  assisti a um vídeo sobre uma mãe que criou uma ong para segurança de turismo de aventura, após perder a filha em uma queda de cavalo em um resort e tantos outros.

Todos parecem fatalidades e é certo que essas coisas podem acontecer, mas é nesse momento de tragédia pessoal que atuação política surge e deixa a esfera do privado (prover e pensar somente na sua família) e passa a consciência dialética de que o bem estar da sua família precisa do bem estar também da sociedade. Nesse momento, país e mães com a dor da perda criam ongs, entidades e associações para que outras pessoas não sintam ou não passem pelo que passaram. Diante dessa dor impensável parece eclodir o gene social adormecido pelo capitalismo.

Por que não criar essas entidades antes da morte dos filhos? Por que só atuar politicamente e em benefício da sociedade depois de uma grande e lancinante dor? Por que não somos capazes de usar a razão e percebermos que é necessário que todos atuem de alguma forma socialmente, coletivamente e politicamente?

Parece triste reconhecer que no capitalismo a tragédia tornou-se a origem da ação política, seja na esfera pública ou privada.

*Educaçãopolitica

domingo, fevereiro 03, 2013

Esquerda e direita no Brasil de hoje 

 


Eduardo Guimarães, no Facebook 
Recentemente, fui jantar com um jornalista amigo cujo coração se divide entre o PT e o PSOL. Ele me criticou por estar "muito governista".

Não sou governista, sou brasileiro. O jornalista que criticou meu "governismo" e se acha "de esquerda", na verdade faz o jogo da direita

Quem é de esquerda no Brasil? Em minha opinião é de esquerda quem apoia governo que conseguiu a façanha de fazer o índice de Gini melhorar

Tenho 53 anos. Acompanho o índice de Gini há décadas. A desigualdade no Brasil só melhorou a partir da metade do primeiro governo Lula.

Que fique clara uma coisa: de esquerda é quem apoia que a renda se desconcentre no país virtualmente mais desigual do mundo, o Brasil.

Quem não apoia governos como os de Dilma e Lula, que fizeram o índice de Gini melhorar pela primeira vez em meio século, não é de esquerda

Não há discussão: Lula e Dilma fizeram a desigualdade cair pela primeira vez desde a redemocratização. Apoiar este governo é ser de esquerda

PSDB, DEM, PPS e PSOL, que se opõem ao governo que está reduzindo tanto a desigualdade após 50 anos sem cair, são partidos de direita.

*Saraiva

Domingo de contrates: Lula luta pelos trabalhadores frente aos banqueiros da crise. FHC prega submissão.

Presidente Lula em encontro com trabalhadores da Nissan USA durante conferencia da União Sindical.
Lula fará sua palestra as 19:30hs.

Fico sabendo pelos blogs sujos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu mais um modorrento artigo no Estadão (aqui para quem tiver paciência de ler).

Estarrecido vi FHC defender que a "nova" política se resume ao comportamental, como ser a favor ou contra o casamento gay, ser "verde" ou "jurássico", ser ou não ser evangélico (só faltava essa: FHC equipara escolha religiosa com escolha política, em tom de deboche generalizado contra evangélicos, porque alguns pastores e um certo José Serra procuraram usar religião na eleição de forma oportunista).

FHC tem forte recaída neoliberal ao defender que a luta política deve ignorar toda aquela coisa de discutir a apropriação das riquezas nacionais pela sociedade, o papel do Estado na economia e nas relações de trabalho, produção e uso das riquezas nacionais, concentração e distribuição de renda, de conhecimento, de informação e de poder.

Pré-sal, taxas de juros, jazidas de minérios, tarifas públicas, salários, aposentadorias, SUS, educação pública, jornada de trabalho, justiça tributária, garantia de empregos, participação nos lucros, segurança alimentar e hídrica, acesso à moradia digna para todos, igualdade de direitos de fato para todos, tudo isso, para FHC, tornou-se supérfluo ou secundário na luta política. É a essência do pensamento neoliberal: o livre mercado se auto-regularia para prover tudo sem a intervenção do estado.

Por coincidência, neste mesmo domingo, outro ex-presidente brasileiro, o presidente Lula, está fazendo justamente o contrário em Washington. Participa da Conferência de um dos maiores sindicatos de trabalhadores dos EUA. O encontro discute a agenda de prioridades políticas dos trabalhadores de lá para 2013, que serão reivindicadas junto ao legislativo estadunidense.

Quanta diferença!

FHC pregando aos cidadãos trabalhadores abdicar da luta política como forma de melhorar suas vidas, e se conformarem com a submissão aos banqueiros do "livre mercado", que de livre não tem nada, pois hoje é controlado por espertalhões transnacionais que decidem onde colocar e tirar dinheiro, de forma a obter mais lucros, mesmo que signifique provocar crises para os outros, lucrativas para eles.

Lula continua o mesmo ativista incansável por um mundo mais justo, mais equilibrado, sem exploradores e explorados, sem os lucros exorbitantes de poucos serem conquistados às custas da ruína de milhões de trabalhadores, crianças e aposentados.

Hoje, nem nos EUA esse discurso mequetrefe de FHC em defesa da submissão ao banqueiros é aceito (a não ser pelos banqueiros). Quase todos cidadãos estadunidenses são capitalistas, mas acham que o capitalismo de lá deve ser como um navio que tenha emprego e aposentaria decente para todos nascidos lá, mesmo que a maioria viaje na segunda ou terceira classe. O que é contestado lá, desde a crise de 2008, é 1% dos banqueiros da primeira classe lucrarem às custas da ruína dos 99% da segunda e terceira classe, que estão sendo jogados ao mar.

Lula fez um governo onde os mais pobres saíram da pobreza, milhões entraram na classe média, o emprego cresceu, os salários cresceram, a começar pelo mínimo, tudo dentro das regras democráticas, e a maioria dos mais ricos nem tem o que reclamar, muito pelo contrário. A maioria dos empresários que trabalham e produzem de verdade nunca venderam tanto seus produtos e serviços, devido ao crescimento da renda do brasileiro e do mercado interno. É por isso que Lula é chamado para falar aos 99% de estadunidenses. Eles sonham com um governo Lula para chamar de seu. E FHC só é chamado para escrever artigos a favor dos banqueiros que representam os 1% e querem a submissão dos outros 99%. 

*osamigosdopresidentelula

Presidente do PT diz que ação da imprensa pode levar ao nazismo


DE BRASÍLIA 
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse ontem que a imprensa e setores do Ministério Público tentam "interditar" a política e por isso devem ser combatidos pelo partido. 
Em reunião da bancada do PT na Câmara, associou essa suposta prática ao nazismo e ao fascismo. 
Ao defender que os deputados petistas trabalhem pela regulamentação dos meios de comunicação, Falcão disse que a mídia "abre campo para as aventuras golpistas". 
Silva Junior - 14.nov.2012/Folhapress 

Rui Falcão, presidente nacional do PT

Rui Falcão, presidente nacional do PT 
"São esses a quem nominei que tentam interditar a política no Brasil e fazem com que ao mesmo tempo desqualifiquem a política. 
Quando desqualificamos a política, a gente abre campo para as aventuras golpistas, para experiências que no passado levaram ao nazismo e ao fascismo, que devemos definitivamente afastar do nosso país." 
Falcão disse que a imprensa e setores do Ministério Público integram o que ele chama de "oposição extrapartidária" e que há um "conluio" de quem não se conforma com a perda de privilégios. 
Ele mencionou a ação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que disse anteontem que deve enviar para a primeira instância um pedido de investigação do ex-presidente Lula por suposta participação no mensalão. 
Ele citou ainda Judith Brito, superintendente da Folha e vice-presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais). 
"Sejamos francos: quem é a oposição no Brasil? 
Há oposição dos partidos políticos, mas há oposição mais forte, mas que não mostra a cara, quando poderia fazê-lo. É o que chamo de oposição extrapartidária, que se materializa numa declaração que a imprensa veiculou de Judith Brito, que disse com todas as letras: 'como a oposição não cumpre seu papel, nós temos que fazer'. E vem fazendo." 
Sobre crítica semelhante, Brito disse em 2010: 
"O que a ANJ tem feito em suas manifestações, como sempre, é defender a liberdade de expressão, frente às seguidas tentativas do governo de criar regras para controlar os veículos de imprensa e os jornalistas". 
"O jornalismo sério num país democrático precisa ser livre e pluralista. No entanto, há grupos dentro deste governo que querem ouvir apenas um tipo de notícia e opinião: as favoráveis ao próprio governo. Esse papel da imprensa é exercido igualmente em relação ao governo e à oposição, e isso pode ser constatado todos os dias", completou. 
Para o presidente do PT, a proposta de regulamentação da mídia é "legítima" porque regulamentaria a Constituição. 
No governo Lula, a ideia ganhou contornos com um anteprojeto do ex-ministro Franklin Martins (Comunicação). 
Ontem, Franklin reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff, mas não quis dizer sobre o que trataram. 
Postado por Helio Borba 
*Cutucandodeleve

Miro no Debate #Anula STF Por ocasião do Ato Público em defesa de José Dirceu que ocorreu na ABI nesta semana, o Jornalista Miro do Blog Barão de Itararé fez relevantes análises sobre as ações da Mídia Monopolista e do STF na Ação Penal 470, apelidada de MENSALÃO.


Ele vai abrir o bico... E bicudos vão espernear... Wikileaks


*cutucandodeleve