Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Impressionante: como seria a paisagem noturna das cidades se elas não fossem poluídas

A vista noturna das cidades sem poluição luminosa

Impressionante: como seria a paisagem noturna das cidades se elas não fossem poluídas

Do Blog Buzz, do site da revista Galileu

Cidades estreladas

DÉBORA NOGUEIRA

Reconhece a paisagem? Essa foto é uma simulação de como a paisagem noturna do Rio de Janeiro seria se tirássemos da equação a poluição luminosa que ofusca o céu dos grandes centros urbanos.
O fotógrafo francês Thierry Cohen é o responsável pela série, chamada Darkened Cities (‘Cidades escurecidas’, em tradução livre). O truque está em tirar uma foto do céu precisamente na mesma latitude da cidade escolhida, mas em uma região menos povoada, e com a câmera exatamente no mesmo ângulo. Os resultados são fotos que jamais poderíamos observar na vida real, mas que mesmo assim tiram o fôlego.
Veja outras cidades:
Rio de Janeiro
São Paulo
Tóquio
Nova York
Paris
(Via New York Times)
*Nassif

Nenhum comentário:

Postar um comentário