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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Programação do "2 Encontro Nacional de Ateus", em São Paulo, domingo, 17 de fevereiro, na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa



Domingo, 17 de fevereiro, 13 horas

Os encontros serão GRATUITOS e acontecerão simultaneamente em todos os Estados participantes, seremos o maior grupo reunido em todo o país. Porque afinal, nós já sabíamos que os Maias só estavam de brincadeira.

Local: Auditório Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa)  Endereço: Rua São Joaquim, 381 – Liberdade, São Paulo/SP
PALESTRAS


* Daniel Sottomaior
Presidente da ATEA

* Fabio Marton http://bit.ly/VOD94V
Editor, Repórter e Escritor

* Paulo Nascimento (Pirulla) http://bit.ly/pFCuh6
Biólogo

* Paulo Jonas Lima Piva http://bit.ly/QSCe6z
Doutor em Filosofia

* Kátia da Costa http://on.fb.me/WabT19
Administradora do Feminismo na Rede

* Dr. Jefferson Dias - http://bit.ly/iBiuCC Twitter: @jeffdiasmpf
Procurador da República - Ministério Público Federal

* Paulo Leme
Professor de Astronomia


CONFRATERNIZAÇÃO

* Stand-up com Dennys Twubiro http://on.fb.me/12xOiOq

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