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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 09, 2013

PELO FIM DA POLÍCIA MILITAR - Carlos Novaes


O MUNDO ODEIA A GLOBO


Polícia atira com arma letal, atropela e deixa um cego nos atos de 7 de Setembr

Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, outras onze capitais tiveram manifestações, todas com registros de abusos e violência policial
Por José Francisco Neto, no Brasil de Fato
O estudante Vitor Araújo passará por cirurgia, mas ficará cego. Ele fazia a cobertura do ato quando foi atingido no olho olho direito por estilhaços de uma bomba lançada pela polícia. Foto: Mídia Ninja
No Brasil, o dia 7 de setembro de 2013 ficará marcado por episódios de extrema violência policial contra manifestantes. Em São Paulo (SP), um PM fez diversos disparos com arma letal contra um grupo de pessoas na região do centro, atingindo um fotógrafo no queixo. No Rio de Janeiro (RJ), centenas de pessoas foram detidas por estarem ‘mascaradas’. Já em Brasília (DF), um capitão do Batalhão de Choque diz ter jogado intencionalmente spray de pimenta em manifestantes.
O estudante Vitor Araújo, que fazia a transmissão ao vivo do protesto em São Paulo pelo Basta TV, foi atingido no olho direito por estilhaços de bombas lançadas pela PM. Encaminhado ao Hospital das Clínicas, ele passará por cirurgia, mas ficará cego.
O Grupo de Apoio ao Protesto Popular (Gapp) socorreu no mínimo mais oito manifestantes feridos durante o ato no centro da cidade. Josiane Martins foi uma das pessoas agredidas por policiais. “Não tive nem tempo de reagir. Acordei do lado de uma barraca de jornal sendo ajudada por alguns manifestantes e médicos. Lembro de pouca coisa do que aconteceu. Fiquei um certo tempo imobilizada no chão em estado de choque, fui levada pro pronto socorro do HC, onde fiquei em observação. Foi feita uma bateria de exames, fui medicada com morfina para controlar a dor que eu estava sentindo.”, relatou.
Ainda no centro de SP, pelo menos quatro pessoas foram atropeladas, duas na região da Sé. Uma das vítimas foi atingida, propositalmente, por uma viatura da Polícia Militar.
Rio de Janeiro
No Rio, a polícia não hesitou em jogar dezenas de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra manifestantes que protestavam pacificamente. Também atingiram centenas de familiares dos militares que desfilavam, entre os quais havia mulheres, idosos e crianças. Na correria, muitas pessoas ficaram feridas. Um idoso foi atropelado por uma viatura da PM.

Enquanto filmava a prisão de um manifestante, o jornalista do jornal A Nova Democracia, Patrick Granja, foi preso acusado de agredir um PM.
Pode denunciar’
Um capitão do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal atingiu intencionalmente manifestantes com spray de pimenta durante o protesto do Grito dos Excluídos. No vídeo, feito por ativistas, vê-se que os manifestantes atingidos não estavam agindo violentamente, nem tentando passar pelo limite imposto pela polícia.
O manifestante que faz as imagens pergunta, então, por que o capitão havia jogado o gás. “Porque eu quis. Pode ir lá e denunciar, tá bom? Capitão Bruno, BP Choque”, respondeu o policial.
A Secretaria de Segurança Pública do DF disse que o caso só será investigado se uma queixa formal for feita à Corregedoria da PM. Se houver denúncias, informou a secretaria, os casos serão investigados e os policiais podem ser punidos com advertências leves ou até prisão militar.
Ainda em Brasília, manifestantes foram atacados por cachorros da Polícia, que tentava impedir a marcha até o Congresso. Bombas de gás lacrimogênio e sprays de pimenta também marcaram o evento.
Os casos de abusos cometidos por policiais devem ser investigados pelas corregedorias e pelas secretarias de segurança pública de respectivas capitais. Os protestos do dia 7 de setembro se alastraram por mais onze capitais, todas com registros de abusos e violência policial. Mais de 400 pessoas foram presas, mas não se sabe ao certo quantas ainda continuam detidas.
*Forum

Fim da linha: Eike dá calote na própria empresa

SÃO PAULO, 9 Set (Reuters) - O empresário Eike Batista questionou a validade do exercício da opção concedida por ele à petroleira OGX e que o obriga a injetar 1 bilhão de dólares na empresa, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira pela companhia.
De acordo com fato relevante divulgado pela OGX que traz correspondência de Eike à companhia, o empresário afirma que "ressalvo meus direitos (...) no sentido de questionar as circunstâncias, a forma, o conteúdo a validade e os demais aspectos legais do pretendido exercício da opção".
A OGX anunciou na sexta-feira que seu conselho de administração aprovou o exercício da opção, chamada de "put", em meio à situação de dificuldades de caixa da companhia.
A opção foi acertada em outubro de 2012 e pela qual o empresário deverá subscrever novas ações de emissão da OGX ao preço de 6,30 reais por papel, mais de 11 vezes o valor do ativo na bolsa.
No documento divulgado nesta segunda-feira, o empresário afirma que pretende abrir procedimento na Câmara de Arbitragem do Mercado se a disputa sobre o exercício da opção não for resolvida em 60 dias.
Analistas desconfiam da capacidade de Eike de honrar com o aporte total de 1 bilhão de dólares na OGX. Na semana passada, a revista Forbes calculou que o empresário deixou de ser bilionário, com fortuna estimada agora em 900 milhões de dólares.
No anúncio da decisão sobre o exercício da opção, a OGX informou que 100 milhões de dólares devem ser recebidos imediatamente, ficando o saldo a ser desembolsado por Eike à medida que a empresa precisar de caixa adicional.
A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.
Com situação crítica de caixa e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.
(Por Gustavo Bonato)
Leia aqui a íntegra do fato relevante.
*Brasil247
*FláviaL.

5 MITOS SOBRE A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

EXAME (08/06/13) - 5 MITOS SOBRE A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA
São Paulo – Vale a pena legalizar a maconha? Essa é uma pergunta muito ampla, complexa, frequentemente debatida e que precisa de estudo e tempo para ser respondida. Mas, nos Estados Unidos, onde esse processo já começou (16 estados reviram suas leis para descriminalizar e legalizar o uso medicinal e recreativo da droga), um pesquisador encontrou 5 mitos relacionados à erva.

Doug Fine, autor do livro "Too High to Fail: Cannabis and the New Green Economic Revolution (Alterado demais para falhar: Cannabis e a nova revolução econômica verde, em uma tradução livre)", publicou um artigo no jornal The Washington Post neste sábado, explicando os resultados de sua pesquisa que durou três anos. "Achei algumas ideias sobre a planta que simplesmente não se sustentam", afirma ele. Passemos às conclusões dele:

1 – Ao legalizar a maconha, mais pessoas passarão a usar a erva.

Doug Fine aponta que, após legalizar a erva e outras drogas, em 2001, Portugal viu o número de jovens que fumava maconha diminuir. O índice caiu de 14% para 10% em 5 anos após a implementação da medida, como mostra uma pesquisa publicada pela revista TIME.

Um outro estudo revelou que, em 2011, não houve aumento do uso da maconha entre alunos do ensino fundamental e médio no estado americano de Rhode Island, que legalizou a erva em 2006.

Quanto aos adultos, os números ainda são "misturados", descreve Doug Fine. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia mostrou um ligeiro aumento do uso da maconha entre adultos após a Holanda legalizar a droga. Apesar disso, a taxa foi considerada um pouco inferior à média europeia.

2 – Todos os policiais se opõem à legalização.

" É verdade que existe muito lobby para não acabar com a guerra mais cara dos EUA (que custou 1 trilhão de dólares), mas isso é porque ela é a razão de ser para o lobby", acredita o pesquisador.

Ele cita a criação de um grupo de oficiais na Califórnia (5 mil pessoas, ao todo), que busca a liberalização da erva e traz o depoimento de um delegado em uma cidade na Califórnia, que chegou até mesmo a defender produtores locais de maconha. Para esses oficiais, há outros problemas mais importantes a serem enfrentados nos EUA, e o uso da maconha não é o mais importante entre eles.

3 – O uso recreativo da droga seria o grande gerador de receita para a cannabis.

A cannabis industrial, comumente chamada de cânhamo, possui um grande potencial, e não se tratada da variedade usada na forma recreativa, diz o pesquisador.

Ele cita dois exemplo dessa funcionalidade diversa: "As montadoras BMW e Dodge usam fibras de cânhamo nos painéis das portas. Além disso, casas cujo isolamento e painéis de parede são feitos parcialmente de cânhamo representam uma tendência de rápido crescimento na indústria da construção europeia".

O pesquisador também traz dados de um relatório feito por um consultor para o Departamento de Agricultura do estado do Novo México, nos EUA. Segundo o texto, dez anos após o fim da guerra contra as drogas, a indústria do cânhamo chegará a faturar US$ 50 bilhões. "Isso é maior do que os US$ 40 bilhões que alguns economistas americanos preveem com a cannabis sendo fumada"

4 – Grandes empresas do tabaco e álcool controlariam a indústria da maconha.

Segundo Doug Fine, não. A razão para contradizer esse mito está no fato de que a indústria da maconha já é descentralizada nos EUA. O pesquisador traz o depoimento de Tomas Balogh, um dos fundadores de uma cooperativa de plantadores de cannabis na Califórnia.

"A indústria de cannabis já é descentralizada e de propriedade do fazendeiro. Cabe aos consumidores manter assim. As grandes companhias de bebidas alcóolicas podem controlar a loja da esquina, mas não a loja do vinho refinado ou o mercado dos fazendeiros", afirma o agricultor no artigo escrito por Doug Fine.

O pesquisador aponta que existem cerca de 100 milhões de aficionados pela maconha nos EUA (17 milhões deles fazem uso regular). "Eles vão poder escolher entre pegar um pacote para fumar antes de ir a um churrasco ou dedicar-se a desenvolver organicamente novas cepas da erva", acredita.

Para o autor do livro, a questão já está sendo posta na mesa. Ele lembrou uma entrevista do presidente Obama, que, pela primeira vez, levou a sério a pergunta sobre a legalização da cannabis. Ele disse que ainda não apoia a questão, mas que tinha "peixes maiores para fritar" do que assediar os estados de Colorado e Washington, que legalizaram recentemente a droga.

Doug Fine lembra que, até em estados considerados conservadores nos EUA (Arizona, por exemplo), a discussão sobre legalização da maconha está avançando.

E argumenta por quê: "Eu moro em um local conservador no Novo México. No entanto, como uma mulher na fila do posto me disse recentemente: 'Foram as pílulas que mataram meu primo. Repreender a maconha apenas mantém os malditos cartéis no negócio'".

NÃO ACREDITA? VAI LÁ!
*Visãoampla 

Capitão do Choque admite agressão por decisão arbitrária


*Nassif

CAIU O BIOMBO AMERICANO


 


Espionagem dos EUA tem razão econômica e atingiu Petrobras, Google e diplomacia francesa, diz TV

A NSA, agência de segurança dos Estados Unidos, espionou, além da presidente Dilma Rousseff, a Petrobras, o setor de infraestrutura do Google e a diplomacia francesa, segundo reportagem exibida neste domingo (8) no "Fantástico", da Rede Globo.

A reportagem foi produzida em parceria com o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que obteve documentos ultrassecretos repassados por Edward Snowden, ex-agente da NSA, atualmente asilado na Rússia.

Os documentos revelados na reportagem são de uma apresentação da NSA para novos agentes, realizada em junho de 2012. Nela, a agência explica como é feita a espionagem a determinadas empresas e órgãos.

A Petrobras aparece logo no início da apresentação, junto com a infraestrutura do Google, a diplomacia francesa e a rede da Swift, cooperativa que reúne alguns dos principais bancos de dezenas de países. Os nomes de outras instituições espionadas foram apagados na mesma apresentação da NSA.

A apresentação mostra ainda que foi criada uma pasta com o nome da Petrobras, em função da grande quantidade de informações que a NSA dispõe, o que indica que a estatal está sendo espionada há algum tempo. Os documentos não mostram o conteúdo que teria sido espionado.

A espionagem foi feita na rede privada de computadores da Petrobras, que contém informações sigilosas sobre a estatal, a maior empresa do país, com faturamento anual superior a R$ 281 bilhões.

Líder mundial na exploração de petróleo em águas profundas, a Petrobras possui dois supercomputadores utilizado para pesquisas sísmicas. Os equipamentos foram usados no mapeamento do pré-sal, por exemplo.

A invasão da rede da estatal pode beneficiar, por exemplo, empresas americanas interessadas no leilão do pré-sal, maior leilão de petróleo da história do país, que deve ocorrer nos próximos meses. As interceptações ilegais podem colocar os detentores das informações em situação de vantagem nos leilões.

Em outro documento a NSA indica que a espionagem tem motivação econômica, política e diplomática, contrariando o que a agência dizia até então, que a motivação era combater o terrorismo. (Grifo nosso).

O conteúdo das interceptações seria repassado à Casa Branca, à diplomacia dos EUA e ao serviço secreto norte-americano.

De acordo com a reportagem, os documentos da NSA que indicam ter havido espionagem da Petrobras são ultrassecretos, e as informações só podem ser compartilhadas com os líderes de quatro países aliados dos Estados Unidos: Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Os documentos obtidos pela reportagem mostram ainda que a agência inglesa de segurança, a GCHQ, também teria praticado espionagem ilegal.

Segundo o "Fantástico", a NSA foi procurada e afirmou que a espionagem não é utilizada para obter vantagens, mas se recusou a explicar o motivo das interceptações. Em outra nota, a agência disse que monitora dados econômicos para evitar crises financeiras.
O Ministério das Relações Exteriores britânico também foi procurado, mas disse que não iria se manifestar sobre questões que envolvem a inteligência do país. (...).

(Para continuar a leitura, clique aqui).

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Em negrito, acima: a própria NSA desmonta o biombo dos EUA, matéria de que tratamos em post aqui publicado, cujo comentário reproduzimos:
Resumindo: é possível espionar para defender os interesses comerciais de seu país, é possível bisbilhotar visando saber os planos tecnológicos em áreas estratégicas para, se for o caso, até mesmo boicotá-las, desde que isso implique ganho para seu país, é possível mandar às favas qualquer norma de Direito Internacional. Qual o requisito para que tudo isso possa ser feito sem maiores atropelos? Simples: contar com um biombo. A conclusão a que se chega é a seguinte: o biombo do terrorismo, ao fim e ao cabo, veio a calhar para Tio Sam...
*Dodómacedo

Veja é condenada a indenizar Luiz Gushiken por danos morais

10/06/2013

Não é a primeira vez que a Editora Abril e sua revista Veja, publicação que assumiu a condição de porta-voz do ultraconservadorismo no Brasil, são multadas por mentir. Também não será a primeira vez que o departamento jurídico da editora recorrerá a todos os recursos e chicanas possíveis para recorrer e descumprir a ordem judicial.

O fato concreto é que a revista foi condenada por empregar mentiras para endossar crítica ao então ministro de Assuntos Estratégicos, Luiz Gushiken, em 2006. 

A 1ª Câmara de Direito privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a revista a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais ao ex-ministro, por ter, mais uma vez, excedido os limites da informação, opinião e de crítica ao trazer informações que não conseguiu comprovar, de acordo com o desembargador Alcides Silva Júnior. 

A mentira da revista foi impressa em sua coluna de fofocas “Radar”, em nota que dizia que o então ministro Gushiken havia pago conta de um jantar com várias pessoas no valor de R$ 3,5 mil. Na verdade, a conta paga foi de R$ 362,89.

Sete anos depois, após vencer sucessivos adiamentos, a sentença ordena que a revista pague R$ 20 mil de indenização por danos morais a Gushiken. Segundo o site Consultor Jurídico, a 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que a revista excedeu os limites da informação, opinião e de crítica ao trazer informações que não foram comprovadas apenas para transmitir uma imagem de esbanjamento.

Foi exatamente isso. Como em uma quantidade inumerável de reportagens dos últimos anos que priorizam críticas e ilações aos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e ao Partido dos trabalhadores, não havia, no caso de Gushiken, uma prova, um indício sequer que sustentasse a veracidade da “reportagem”.

A comprovação de que a revista enganou seus leitores foi simples: a apresentação do cupom fiscal do restaurante e do boleto do cartão de crédito de Gushiken. Além dessas provas, os advogados do ex-ministro apresentaram um documento assinado pelo maitre do restaurante desmentindo a nota.

Escorada no argumento do sigilo da fonte, a revista alegou não ter condições de informar sobre a origem real da informação que multiplicou por dez o valor real da conta paga pelo ex-ministro.

Para o desembargador Alcides Silva Júnior, a nota transmitiu “a imagem de esbanjamento, de 5 salários mínimos em uma refeição, e de dúvida quanto à procedência do numerário, por ser em espécie, havendo inclusive o destaque ‘Gushiken e o Latour: dinheiro vivo’, incompatíveis com o ocupante de cargo ou função públicos”, mas os fatos não se comprovaram.

O autor sofreu dano moral pelos equívocos da matéria jornalística, não só pela disparidade do gasto que lhe foi atribuído, com o histórico de sua militância política, desde os tempos da Libelu (Liberdade e Luta) e do Sindicato dos Bancários até a fundação do PT e da CUT, e esta foi a intenção alegada, mas porque incompatível com a austeridade exigida, não só pelo alto cargo ocupado, à época, no Governo Federal, mas pela influência pessoal que detinha em decisões relevantes de interesse nacional, tanto que, em decorrência da matéria, foi alvo de duras críticas por parte do Senador Heráclito Fortes, e com certeza de deboches, como revelou a outra testemunha, pois a matéria era para ser jocosa, devendo os réus compensar o dano”, afirmou o relator do caso no TJ-SP.

Os fatos que motivaram a ação indenizatória foram descontextualizados e distorcidos pela reportagem.



A perda para Guskiken não é a única que a Editora Abril amargou nos últimos dias. 

Dia 7 de junho passado, a 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, deu ganho de causa ao professor de História, Paulo Fioravanti, por conta da reportagem “Prontos para o Século XIX’’. Fioravanti leciona Histótia no Colégio Anchieta, um dos mais tradicionais do Rio Grande do Sul, é apresentado como exemplo de ignorância e despreprado. 

Seu crime: não seguir o ideário ultraconservador da revista. 

“Os fatos que motivaram a ação indenizatória foram descontextualizados e distorcidos pela reportagem”, diz a decisão em primeiro grau da Justiça, que será contestada pela Editora Abril, assim como dezenas de outros processos que a revista Veja tem sido condenada pela Justiça.

Fonte: Site do PT

do Blog Folha 13



O adeus de Gushiken, um dos construtores do PT


Os telefonemas para o quarto de Luiz Gushiken, no Hospital Sirio Libanes, são atendidos por sua esposa. Com voz cansada, transmite os recados para o marido e seleciona as visitas que ainda irá receber.
Gushiken ministra, ele próprio, as doses de morfina para diminuir a dor e poder manter suas últimas conversas com amigos.
Ontem, segundo a jornalista Mônica Bérgamo, reuniu-se com José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais, fez um balanço de sua vida e do PT e considerou o julgamento do "mensalão" uma fase heróica, colocando o partido sob "um ataque sem precedentes".
Dirigente sindical, Gushiken teve papel central na defesa dos fundos de pensão contra os prejuízos causados pelo acordo com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Foi alvo de campanha implacável na mídia, com denúncias frequentes - e jamais comprovadas - sobre o uso das verbas da Secom. Fora do poder, sua casa sofreu ataques suspeitos e chegou a ser incluído na AP 470 pelo procurador geral Antonio Fernando de Souza - que, posteriormente, já aposentado, ganharia um megacontrato da Brasil Telecom, controlada pelo banqueiro e que entrou na criação da Oi-Telemar.
Seu nome foi retirado da ação pelo relator Joaquim Barbosa.
Como Secretário de Comunicação do governo Lula, Gushiken não chegou a ser um executivo operacional, mas sempre esteve aberto às boas ideias. Partiu dele a criação do Projeto Brasil 2020, visando instituir uma área de discussões acadêmicas sobre o Brasil. Antes da eleição de Lula, teve participação ativa no Instituto da Cidadania, que inaugurou as grandes discussões do partido sobre temas nacionais.
Entra para a história como um dos construtores do PT.
Da Coluna de Mônica Bérgamo
Gushiken, em estado grave, chama Dirceu, Genoino e Mercadante em hospital
Monica Bergamo
Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação de Lula, chamou amigos para visitá-lo no hospital Sírio-Libanês. Internado em estado grave por causa de um câncer, mas lúcido, ele próprio ministrava as doses de morfina para controlar a dor e decidia quando ficava acordado para conversar com os antigos companheiros.
JULGAMENTO
José Genoino o visitou na quarta. Na noite de quinta, Gushiken reuniu em seu quarto José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais como o presidente da CUT, Vagner Freitas. Calmo, fez um balanço de sua vida e do PT. Segundo um dos presentes, disse que o julgamento do mensalão é uma "fase heroica" do partido, que em sua opinião estaria sofrendo um ataque sem precedentes.

LIÇÃO
De acordo com a mesma testemunha, Gushiken deu uma "lição de política e uma aula sobre a vida. Demonstrou não ter mágoa, tristeza nem remorsos". No fim da visita, emocionados, todos tiraram fotos ao lado do ex-ministro. Um cinegrafista registrou toda a cena para um documentário que está fazendo sobre Gushiken.

*Nassif

Carta de apoio a Genoino chega a 2 mil adesões na internet


“A carta não joga pedras em ninguém, é apenas uma demonstração de afeto e respeito para quem de fato o merece”, diz a escritora Denise Paraná, uma das organizadoras da iniciativa
por Redação RBA


Genoino, a mulher, Rioco, a filha Miruna e o bordado feito a várias mãos com verso de Mario QuintanaSão Paulo – A carta de apoio ao deputado federal José Genoino se aproximava na manhã deste domingo (8) de 2 mil adesões, dois dias depois de ser colocada no ar. As assinaturas à mensagem lançada na sexta-feira por um grupo de pessoas próximas a Genoino são feitas pela internet. O texto intitulado “Nós estamos aqui” é, segundo os organizadores, uma “manifestação suprapartidária de afeto” ao deputado. A iniciativa já conta com o endosso de intelectuais, políticos, juristas, jornalistas, artistas, educadores ligados a vários setores da sociedade. E teve como inspiração um sentimento de indignação diante das decisões dos integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Há dez dias, ministros da corte, apesar de expressar respeito pela história e o caráter de José Genoino, rejeitaram embargos de declaração apresentados pela defesa, mantendo a postura considerada equivocada, para alguns, viciada, para outros, por parte do STF. A condenação a 6 anos e 11 meses, decidida no ano passado, é considerada por especialistas fruto de um julgamento partidarizado e violador de normas do direito – como existência de provas e cerceamento da defesa –, sob pressão dos setores da imprensa tradicionalmente hostis aos governos de Lula e Dilma. 

Vejam mais em REDE BRASIL ATUAL
 

DIRCEU: SE TIVER QUE SER PRESO, QUE SEJA DE FORMA MIDIÁTICA

*Ajusticeiradeesquerda