A Veja – a Última Flor do Fáscio – não tem credibilidade. Trata-se de
uma revista panfletária, de extrema direita e que não tem compromisso
com o jornalismo e muito menos com a verdade e o País. Ninguém a leva a
sério, nem mesmo os outros veículos de comunicação pertencentes aos
magnatas bilionários de imprensa, a não ser a Ku Klux Klan, osskinheads,
o Tea Party, a TFP, o Grupo Guararapes, a UDR, a Fenaban, os
"quatrocentões" de São Paulo e os coxinhas reacionários desde sempre,
que foram às ruas em junho por serem contra "tudo o que está aí", único
item da pauta dessas pessoas, que se aproveitaram das reivindicações do
Movimento Passe Livre (MPL), uma entidade de esquerda,que protestava
contra os aumentos das passagens dos ônibus.
Como se percebe, os conservadores foram às ruas porque se aproveitaram
do pleito do MPL, que luta pelo passe livre para os estudantes em todo o
Brasil. E deu no que deu: cinco meses seguidos de quebra-quebra,
incêndios e conflitos entre grupos mascarados e a polícia, que quando
reagia à violência a imprensa de mercado prontamente a criticava, porque
o que interessava à grande mídia conservadora era desgastar os governos
dos estados e principalmente o Governo Federal.Os coxinhas do Anonymous
e os que foram às ruas no início se divertir com os protestos
perceberam logo que o "bicho ia pegar" e sorrateiramente correram para a
segurança de suas casas e passaram a ver os conflitos pelas televisões,
como sempre fizeram em suas vidas. Coxinha é coxinha e nada mais. Rosna
pela vida afora, mas na hora de morder prefere a segurança azul ou rosa
de seus lares e de seus cotidianos.
Eis que a Última Flor do Fáscio – a Revista Porcaria -continua em seu
périplo reacionário e voltado à queda do Governo Dilma e de qualquer
governante trabalhista que conquiste o poder, de qualquer jeito, sem se
importar com nada, a não ser com seus interesses ideológicos, políticos e
empresariais, além de se mancomunar durante anos com uma organização
criminosa liderada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, "editor" e
"pauteiro" de Veja, cujo subordinado era o jornalista Policarpo Jr.,
profissional que está "sumido" para o bem e a conveniência da família
Civita, que pensa que o Brasil de mais de 200 milhões de habitantes e a
sexta maioreconomia do mundo é o quintal da casa dela. Ledo engano,
porque não é.
Entretanto e para a surpresa de ninguém, a Fina Flor da Mentira e do
Jornalismo de Esgoto se volta novamente à caça ao Lula, ex-presidente da
República que saiu do poder com 87% de aprovação, índices mais altos do
que os do recém-falecido Nelson Mandela quando deixou o poder, além de o
petista ser o político brasileiro mais reconhecido e famoso no mundo,
sempre convidado para dar palestras, bem como dar conselhos a
presidentes e primeiros-ministros sobre economia e política, porque seus
dois governos foram um sucesso e sua sucessora continua a trilhar os
mesmos caminhos de Lula e, conseqüentemente, com reais chances de ser
reeleita. E é exatamente isto que mata a direita de ódio, rancor e
inveja.
Veja se comporta e age como se o popular político trabalhista e do PT
ficasse preocupado com o livreco recheado de acusações de um delegado
que já cometeu diversos desatinos e malfeitos em sua vida pregressa, no
que tange às questões profissionais. O filho de Romeu Tuma resolveu
escrever um livro, que mais parece um panfleto de mágoas, rancores,
invejas e vinganças. Nada mais peculiar à direita escravocrata do
Brasil. Logo o Tuminha, filho do Tuma, um dos dois delegados líderes do
Dops, órgão policial famoso por sua atuação na ditadura militar, bem
como homem ligado ao SNI.
Romeu Tuma e o delegado Sérgio Paranhos Fleury, o mais conhecido matador
e torturador da ditadura eram parceiros e juntos, cada um ao seu tempo,
mandaram no Dops, sendo que o delegado Tuma, além de ter sido senador
por muitos anos, foi também superintendente da Polícia Federal no
Governo do ex-presidente José Sarney. Agora, Robson Tuma, um homem de
direita e que sempre se mostrou um bate-pau de alta patente da burguesia
paulista, paulistana e brasileira, resolve escrever um livro em que
afirma ser o Lula um delator do regime militar. Absurdos dos absurdos,
pois Lula foi perseguido, ameaçado de morte, realizou greves históricas
em plena ditadura e para, enfim, ser preso e visitado por políticos da
grandeza de Tancredo Neves, Leonel Brizola e Ulysses Guimarães.
Trata-se, nada mais e nada menos, da direita herdeira da escravidão,
leviana, golpista, pois traidora, violenta e feroz. A direita cheia de
ódio racial e de classe social e que não se conforma com a ascensão dos
trabalhistas no poder, fato este que aconteceu também com o estadista
Getúlio Vargas e o trabalhista herdeiro de Getúlio, o presidente deposto
João Goulart – o Jango. Os dois sofreram na carne, no coração e na
mente as diatribes da direita brasileira, a pior do mundo e que
escravizou seres humanos por quase 400 anos – a escravidão mais longa da
história da humanidade.
E aí vem o Tuminha com seu livrinho cheio de ódio e rancor, com o apoio e
a capa de Veja – a Última Flor do Fáscio, que há anos enlameia o
jornalismo, associa-se a criminosos para desestabilizar governos e
governantes trabalhistas eleitos legitimamente pelo povo brasileiro e a
fazer acusações infundadas, porque nunca comprovadas, questão esta que
jamais vai ser uma preocupação de tal pasquim de péssima qualidade
editorial, até porque o jornalismo panfletário publicado por esse
veículo mequetrefe e rastaqüera não merece atenção e muito menos
respeito dos leitores que têm sensatez e discernimento para perceber que
a Veja é um covil de chumbetas, como já disse na tribuna do Senado o
senador Fernando Collor.
E quando um político que conhece os bastidores como conhece o Collor é
porque realmente a Veja é uma porcaria e por isso é useira e vezeira em
dar prestígio e fé a livrinhos vingativos escritos por uma pessoa que é
totalmente vinculada à direita, ao establishment e que sempre trabalhou
como guarda pretoriano dos interesses do mundo empresarial.
O Tuminha, o mesmo delegado que os editores da Última Flor do Fáscio
detonaram e espezinharam em diversas publicações, a fim de desconstruir
sua imagem ao chamá-lo de muambeiro, "necrose moral" e "personagem
espantoso no País que não se espanta com nada", conforme afirmou o
jornalista Augusto Nunes, que atualmente tem a companhia de outros dois
escrevinhadores da direita midiática brasileira, o Reinaldo Azevedo e o
Eurípides Alcântara. Seria cômico se não fosse trágico tanto devaneio
publicitário e incongruência, porque se alguém dependesse de coerência
para ser salvo morreria logo, pois o que essa gente não tem e nunca o
terá é coerência e discernimento para fazer jornalismo e comentar sobre
política. Oportunismo na veia e intolerância em toda sua plenitude. É
isto o que eles fazem e por isso não têm credibilidade.
Por seu turno, Romeu Tuma Júnior, o Tuminha, volta para seu berço, o
leito da direita, após, entre 2007 e 2010, ser o secretário nacional de
Justiça e acusado de ter se envolvido com a máfia chinesa de São Paul,
acusação que lhe rendeu grande desgaste e que certamente cooperou para
ele sair de importante cargo do Ministério da Justiça. Todavia, os
editores e colunistas de Veja mudaram de idéia, bem como os herdeiros do
Robert Civita. Agora o livro do Tuma, "Assassinato de Reputações – Um
crime de Estado", é visto como uma bomba pela Veja, o panfleto de
extrema direita.
Antes Robson Tuma Júnior era figura nefasta e que deveria ser exonerado
solenemente e sumariamente. No entanto, quando Tuminha escreve um livro
repleto de acusações sem provas e que tem, na verdade, a intenção de
macular a imagem de Lula, os urubus de Veja passam a considerá-lo uma
pessoa séria e que suas acusações merecem tanta credibilidade que Lula
deveria ser convocado para dar depoimento na Comissão da Verdade, talvez
junto com o coronel Brilhante Ustra, velho conhecido do pai do Robson
Tuma, o delegado e senador já falecido Romeu Tuma.
A Veja – a Última Flor do Fáscio – realmente é um caso sério, que faz um
jornalismo de esgoto. O ódio da direita é porque Lula nunca foi
cooptado e seu governo trabalhista fez muito mais sucesso e teve
melhores resultados do que o governo entreguista, subserviente e
colonizado do tucano Fernando Henrique Cardoso - o Neoliberal I. Tuminha
voltou oficialmente para o ninho conservador e foi perdoado pelos seus
detratores de direita iguais a ele.
O livro de Tuma sai em um momento em que o PSDB pede o afastamento do
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. É que os tucanos não querem
que a Polícia Federal investigue os escândalos bilionários da Alstom e
da Siemens, bem como acusam o Governo trabalhista de usar os escândalos
de corrupção para interesses políticos. Quando é o PT, vale tudo. Quando
é o PSDB, eles se dizem perseguidos, como se fosse direito de político
tucano errar e cometer malfeitos sem ser investigado e denunciado. Agora
a pergunta que não quer calar: o povo brasileiro acredita na Veja, no
Tuma ou no Lula? É isso aí.
Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre
*Saraiva