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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 06, 2014

Wikileaks: PSDB prometeu entregar o pré-sal aos norte-americanos

Telegrama enviado da embaixada americana para o Departamento de Estado dos Estados Unidos, vazado pelo Wikileaks, denuncia que Serra prometeu entregar o pré-sal às petroleiras do exterior.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo. Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.
Wikileaks: Estados Unidos influenciaram golpe no Paraguai
“Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.
Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal, por Natalia Viana.
“A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro do ano passado.
Como ele, outros cinco telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.
Os documento revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo . Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.
Partilha
Pouco depois das primeiras propostas para a regulação do pré-sal, o consulado do Rio de Janeiro enviou um telegrama confidencial reunindo as impressões de executivos das petroleiras.
O telegrama de 27 de agosto de 2009 mostra que a exclusividade da Petrobras na exploração é vista como um “anátema” pela indústria.
É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.
Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobras terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.
A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, vai mais longe, acusando o governo de fazer uso “político” do modelo.
Outra decisão bastante criticada é a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”.
Mesmo com tanta reclamação, o telegrama deixa claro que as empresas americanas querem ficar no Brasil para explorar o pré-sal.
Para a Exxon Mobile, o mercado brasileiro é atraente em especial considerando o acesso cada vez mais limitado às reservas no mundo todo.
“As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado Patrícia Padral, da Chevron.
Combatendo a lei
Essa mesma a postura teria sido transmitida pelo pré-candidtao do PSDB a presidência José Serra, segundo outro telegrama enviado a Washington em 2 de dezembro de 2009.
O telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” detalha a estratégia de lobby adotada pela indústria no Congresso.
Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China, poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.
Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.
Segundo ela, José Serra se opunha à lei, mas não demonstrava “senso de urgência”. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.
O jeito, segundo Padral, era se resignar. “Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria dito sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação.
“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.
Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Naiconal das Indústrias (CNI).
“Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um ‘marcação cerrada’ no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria trabalhar por conta própria para fazer lobby”.
Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia ter grande influência nesse debate – e pressionou pela confirmação do seu nome no Congresso americano.
“As empresas vão ter que ser cuidadosas”, conclui o documento. “Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e prejudicar a sua causa”.
Fonte: Wikileaks
http://wikileaks.ch/cable/2009/08/09RIODEJANEIRO288.html
http://wikileaks.ch/cable/2009/12/09RIODEJANEIRO369.html

Os Correios vão processar o candidato Aécio Neves

CHAMADA À RESPONSABILIDADE
Os Correios vão processar o candidato Aécio Neves e sua coligação partidária em relação às acusações do tucano de crime eleitoral contra a empresa.
Nos últimos dias, a empresa sofreu uma série de denúncias do candidato à Presidência da República. Aécio Neves afirma que a estatal beneficiou a adversária Dilma Rousseff (PT).
Segundo ele, os santinhos de sua campanha não foram devidamente enviados em Minas Gerais, o que favoreceu a campanha da petista.
Com isso, a empresa decidiu processar o tucano, pois “apesar de todos os esforços da empresa, de esclarecer ao cliente específico e a sociedade em geral que não existiu nenhuma irregularidade na distribuição de objetos postais referente ao citado candidato, este tem insistido em atribuir aos Correios a prática de crime eleitoral, o que não é verdade”, informou a empresa por comunicado.
Leia mais em http://bit.ly/1sZZJOV

Beijaço na casa de Ley Fidelix


POR QUE O CRISTIANISMO FOI NECESSÁRIO PARA ROMA

Uma das principais razões pelas quais as pessoas não se deram conta de que Roma na verdade precisava do Cristianismo é porque
(1) Os romanos venceram a guerra deles com os judeus, e

(2) do mesmo modo que havia escritores e registradores da historia publica,e
(3) eles esconderam deliberadamente o fato dessa guerra ter sido na verdade uma guerra velada que durou mais de cem anos!)
(4) Eles vivem dizendo que eles, os romanos, não "gostam", querem, ou compreendem a cristandade, e de fato "promovendo-a"e anunciando as suas "virtudes")
(5) Da mesma maneira que essas coisas, eles também fazem parecer que os cristãos foram perseguidos, jogados aos leões e martirizados.
Mas, na verdade , tudo isso pode ser explicado e demonstrado ser totais fabricações . A verdade da questão é que o cristianismo foi de fato " fabricado " para caber a Roma como uma luva fabricada.
Os romanos precisavam do cristianismo por uma série de razões , mas acima de tudo, para ser eficaz e visto como "verdadeiro" não poderia ser descoberto e ser ligado à própria liderança romana.
Então , oficialmente, tinha que parecer que o cristianismo não era desejado pela liderança romana de modo que eles nunca levantariam suspeita de terem realmente criado !
Em primeiro lugar temos de saber sobre a guerra e sobre o que era . A guerra entre a liderança dos fariseus e os dirigentes dos romanos foi sobre a questão da escravidão, suportar em mente que , quando falamos de " Os fariseus " ou " Os romanos " , não estamos referindo-se à 'seguidores' ou o 'grupo' , mas o verdadeiro poder e a força do grupo - a liderança .
Foi primeiro uma guerra entre a liderança de Herodes (que eram , na realidade, a liderança sobre os saduceus ) e a liderança dos fariseus. Os fariseus tinham o apoio político e financeiro dos Macabeus casa real ( aka Hasmoneans ) em sua oposição aos herodianos , que começou a sua liderança oficialmente na forma do rei Herodes.
Foi a Alexandria Regente casa dos Macabeus que estava aliada aos fariseus .
Os objetivos foram vários, mas principalmente a (1) fim da escravidão , e (2) instituição de uma nova forma democrática do governo, e (3) acabar com a oligarquia, que tomou a forma de governantes que não se preocupavam com o interesse do povo , mas apenas os seus próprios interesses .
Roma tinha interesse em preservar a instituição da escravidão que apoiou os herodianos e fez Herodes Rei dos judeus para estabelecer sua autoridade com firmeza sobre todos os judeus .
No entanto , os fariseus não desistiram da luta. Agora, se é que podemos ver, como Roma apoiava os saduceus , uma seita judaica / facção, então por que Roma não iria apoiar uma nova religião que foi ainda mais benéfica para os interesses dos Romanos?
Roma viu-se em uma situação volátil ... porque não só ela poderia perder a instituição da escravidão (o que necessário para operar esse tipo de governo ) , mas também poderia perder o seu governo imperial atual para uma nova forma de governo "do povo ". Para Roma, uma solução era necessário.
É nos dito sobre vários insurgentes e revoltas pelos romanos em suas histórias, mas nunca estamos cientes abertamente sobre como foi realmente uma longa guerra total . Nós nunca soubemos que havia uma guerra, porque então nós gostariamos de saber do que se tratava .
Então, nós obtivemos a menor quantidade de informação possível sem ter tudo , mas ainda assim o suficiente para reconstruir e deduzir o que realmente aconteceu .
Além da história romana , temos informações no Talmud e outras fontes . Em qualquer caso, duas linhas de raciocínio foram perseguidos por alguns aristocratas romanos .
O próprio Nero não estava particularmente incomodado (aparentemente) , pelos fariseus e talvez ele estivesse mesmo renunciou para dar sobre o governo romano a eles após a sua morte .
No entanto, Nero era adverso à família Piso e seus planos de conquista de poder e controle. E o Pisos foram igualmente adversos a Nero e tudo que eram seus planos . Os Pisos queriam Nero morto e queriam a sua família e parentes no poder sobre Roma.
No início, os Pisos tinham a ideia de "solução rápida" dando novos componentes para as religiões judaicas existentes na forma de uma nova seita que mais provavelmente teria sido uma combinação dessas religiões existentes . Mas todas as seitas teriam de ter acordado isso, e eles não o fizeram.
Eles (a Família Piso ) também teriam de ter tido a permissão de Nero para fazer isso, e ele aparentemente rejeitou a ideia. Assim, com esses obstáculos no caminho, não havia nenhuma maneira que essa idéia estava indo para suceder. A hierarquia dos saduceus / liderança (ou seja , os herodianos ) foram mais do que dispostos a cooperar com o Pisos, mas os fariseus e essênios não.
Como ambos os Fariseus e Essênios eram contra a escravidão, a liderança de ambas as forças eram unidas. Parece que os essênios passivos dissolvida como uma seita em 70 dC (quando o Templo foi destruído), e assumiram o papel de escribas para a Fariseus .
Agora que você já foi informado sobre a guerra e os objetivos e motivos para ambos os lados, o conhecimento disso, permitirá a entender por que o cristianismo foi realmente necessário para Roma a fim de preservar sob a forma em que estava naquele momento.
http://wwVisualizar blogw.angelfire.com/wi/famtree/romned.html
~Sanse-

POR QUE O CRISTIANISMO  FOI NECESSÁRIO  PARA ROMA

Uma das principais razões pelas quais as pessoas não se deram conta de que Roma na verdade precisava do Cristianismo é porque
(1)   Os romanos venceram a guerra deles com os judeus, e

(2) do mesmo modo que havia escritores e registradores da historia publica,e

(3) eles esconderam deliberadamente o fato dessa guerra ter sido na verdade uma guerra velada que durou mais de cem anos!)

(4) Eles vivem dizendo que eles, os romanos, não "gostam", querem, ou compreendem a cristandade, e de fato "promovendo-a"e anunciando as suas "virtudes")

(5) Da mesma maneira que essas coisas, eles também fazem parecer que os cristãos foram perseguidos, jogados aos leões e martirizados.

Mas, na verdade , tudo isso pode ser explicado e demonstrado ser totais fabricações . A verdade da  questão é que o cristianismo foi de fato " fabricado " para caber a Roma como uma luva fabricada. 

Os romanos precisavam do cristianismo por uma série de razões , mas acima de tudo, para ser eficaz e visto como "verdadeiro" não poderia ser descoberto e ser ligado à própria liderança romana.

Então , oficialmente, tinha que parecer que o cristianismo não era desejado pela liderança romana de modo que eles nunca levantariam suspeita de terem realmente criado !

Em primeiro lugar temos de saber sobre a guerra e sobre o que era . A guerra entre a liderança dos fariseus e os dirigentes dos romanos foi sobre a questão da escravidão, suportar em mente que , quando falamos de " Os fariseus " ou " Os romanos " , não estamos referindo-se à 'seguidores' ou o 'grupo' , mas o verdadeiro poder e a força do grupo - a liderança . 

Foi  primeiro uma guerra entre a liderança de Herodes (que eram , na realidade, a liderança sobre os saduceus ) e a liderança dos fariseus. Os fariseus tinham o apoio político e financeiro dos Macabeus casa real ( aka Hasmoneans ) em sua oposição aos herodianos , que começou a sua liderança oficialmente na forma do rei Herodes.

 Foi a Alexandria Regente casa  dos Macabeus que estava aliada aos fariseus .

Os objetivos foram vários, mas principalmente a (1) fim da escravidão , e (2) instituição de uma nova forma democrática do governo, e (3) acabar com a oligarquia, que tomou a forma de governantes que não se preocupavam com o interesse do povo , mas apenas os seus próprios interesses . 

Roma tinha interesse em preservar a instituição da escravidão que apoiou os herodianos e fez Herodes Rei dos judeus para estabelecer sua autoridade com firmeza sobre todos os judeus . 

No entanto , os fariseus  não desistiram da luta. Agora, se é que podemos ver, como Roma apoiava os saduceus , uma seita judaica / facção, então por que Roma não iria apoiar uma nova religião que foi ainda mais benéfica para os interesses dos Romanos?

 Roma viu-se em uma situação volátil ... porque não só ela poderia perder a instituição da escravidão (o que necessário para operar esse tipo de governo ) , mas também poderia perder o seu governo imperial atual para uma nova forma de governo "do povo ". Para Roma, uma solução era necessário.

É nos dito sobre vários insurgentes e revoltas pelos romanos em suas histórias, mas nunca estamos cientes abertamente sobre como foi realmente uma longa guerra total . Nós nunca soubemos que havia uma guerra, porque então nós gostariamos de saber do que se tratava . 

Então, nós obtivemos a menor quantidade de informação possível sem ter tudo , mas ainda assim o suficiente para reconstruir e deduzir o que realmente aconteceu . 

Além da história romana , temos informações no Talmud e outras fontes . Em qualquer caso, duas linhas de raciocínio foram perseguidos por alguns aristocratas romanos .

O próprio Nero não estava particularmente incomodado (aparentemente) , pelos fariseus e talvez ele estivesse mesmo renunciou para dar sobre o governo romano a eles após a sua morte . 

No entanto, Nero era adverso à família Piso e seus planos de conquista de poder e controle. E o Pisos foram igualmente adversos a Nero e tudo que eram seus planos . Os Pisos queriam Nero morto e queriam a sua família e parentes no poder sobre Roma. 

No início, os Pisos tinham a ideia de "solução rápida"  dando novos componentes para as religiões judaicas existentes na forma de uma nova seita que mais provavelmente teria sido uma combinação dessas religiões existentes . Mas todas as seitas teriam de ter acordado isso, e eles não o fizeram. 

Eles (a Família Piso ) também teriam de ter tido a permissão de Nero para fazer isso, e ele aparentemente rejeitou a ideia. Assim, com esses obstáculos no caminho, não havia nenhuma maneira que essa idéia estava indo para suceder. A hierarquia dos saduceus / liderança (ou seja , os herodianos ) foram mais do que dispostos a cooperar com o Pisos, mas os fariseus e essênios não. 

Como ambos os Fariseus e Essênios eram contra a escravidão, a liderança de ambas as forças eram unidas. Parece que os essênios passivos dissolvida como uma seita em 70 dC (quando o Templo foi destruído), e assumiram o papel de escribas para a Fariseus . 

Agora que você já foi informado sobre a guerra e os objetivos e motivos para ambos os lados, o conhecimento disso, permitirá a entender por que o cristianismo foi realmente necessário para Roma a fim de preservar  sob a forma em que estava naquele momento.

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Doutor, e o Juiz também vota?

Mulher grávida na comemoração de aniversário da Revolução dos Cravos, em Lisboa. Foto: Reuters.

Doutor, e o Juiz também vota?

Gerivaldo Alves Neiva, Juiz de Direito, 04.10.2010

No último domingo, depois de resolver os problemas normais do início de uma eleição, fui votar em minha seção eleitoral e ao cumprimentar as pessoas que estavam no local, uma delas me perguntou com espanto: “Doutor, e o Juiz também vota?” Expliquei à pessoa que o Juiz também é eleitor e que, além de ser obrigatório o voto, o Juiz também tem responsabilidades com a democracia e com o futuro do país.
Votei com muita alegria. Verdade. Sinto uma alegria enorme quando vejo a fotografia de meu (minha) candidato(a) na urna eletrônica e aperto a tecla verde. É uma sensação de poder e responsabilidade. Neste momento, esqueço por alguns segundos que sou Juiz de Direito e me sinto apenas como eleitor e cidadão brasileiro. Pena que votamos tão pouco. Na democracia representativa, na verdade, apenas delegamos poderes àqueles que escolhemos como representantes. Em uma democracia com participação mais direta, votaríamos muito mais e talvez o povo fosse mais feliz.
Pois bem, chegando ao fórum fiquei pensando na pessoa que me perguntou sobre o voto e na curiosidade natural que demonstrou em saber em quem votaria o Juiz. No momento, desconversei e disse que o voto era secreto. Na verdade, o artigo 95, parágrafo único, da Constituição Federal, proíbe a todos os juízes “dedicar-se à atividade político-partidária”. Esta proibição, no entanto, não impede e nem tem como impedir a vinculação do Juiz com uma concepção de mundo, com uma ideologia adotada por um determinado partido ou por uma filosofia política.
É esta concepção que o Juiz tem do processo histórico e político, portanto, que define seu voto. Mesmo que não tenha consciência disso, é sua formação (conceitos e pré-conceitos), seu “lugar no mundo” e seu “horizonte histórico” que lhe servem de parâmetro para a vida e para suas decisões. Portanto, não existe Juiz neutro diante de uma eleição para escolher governantes. Ele sempre terá um lado, mesmo que insista na tese da neutralidade. Aliás, ao insistir nesta tese, mesmo sem saber, está preferindo não se posicionar diante do mundo, ou seja, prefere que tudo fique como está. Este, portanto, é o seu lado.
Não se confunda, por favor, neutralidade com o comportamento garantidor de um processo eleitoral que respeite os direitos fundamentais, principalmente a liberdade de opinião e igualdade de oportunidades na propaganda eleitoral. São condutas absolutamente diversas. Nesta compreensão, a imparcialidade do Juiz significa garantir os direitos fundamentais das partes. Cumprir a Constituição, isso é o bastante. Aliás, como diz um professor aqui da Bahia, “neutro é marca de sabão”.
Voltando ao começo, eu, de minha vez, nasci no interior da Bahia no ano de 1962 e tudo que me lembro dos primeiros anos de resistência à ditadura militar eram as recomendações dos pais e professores contra um perigoso “terrorista” que rondava o sertão da Bahia no início dos anos 70. Anos mais tarde, fui saber que se tratava de Carlos Lamarca. Já adulto, estive no local em que Lamarca ficou acampado com Zequinha, no povoado de Buriti Cristalino, em Brotas de Macaúbas-Ba. Não consegui entender o que fazia Lamarca entre aquelas serras, garimpos de cristal e caatingas... Depois, em Salvador, silenciosamente, passei alguns minutos em frente ao edifício, na Rua Minas Gerais, no bairro da Pituba, onde Iara, companheira de Lamarca, teria cometido o suicídio. Não sei descrever a sensação de estar nesses lugares...
Em Salvador, no final dos anos 70, participei de movimento estudantil, da luta pela anistia e do congresso de refundação da UNE, em 1979. O movimento estudantil, o ME (eme é) como chamávamos o movimento, foi uma grande escola. Como era excitante ler textos clandestinos e rotular os colegas de “stalinistas”, “leninistas” ou “trotskistas”. Éramos todos “marxistas”, com certeza, mas talvez Marx não fosse tão “marxista” como alguns de nós naquela época.
Na faculdade de Sociologia, da UFBa, conheci professores “marxistas” de várias linhas, kantianos, neo-kantianos e outros que rotulávamos apenas de “reaças”. Na faculdade de Direito, da UCSal, conheci apenas professores dogmáticos, ortodoxos e extremamente positivistas. Verdadeiros “reaças”. Fugiam de Marx como o diabo da cruz. Camiseta com a estampa de Guevara? Nem pensar.
Depois, veio a campanha das “diretas já”, a eleição de Tancredo, o impeachment de Collor, o neoliberalismo de FHC e a não menos neoliberal “era Lula”. Os eleitores de primeiro voto, agora aos 16 anos, eram crianças nessa época recente de nossa história. Muitos não sabem, não por culpa deles, que desfrutam hoje da liberdade porque muitos lutaram e morreram por isso. A redemocratização do país não foi uma dádiva dos militares, mas uma conquista do povo brasileiro.
Em 1983, quando ainda era estudante de Direito e integrava a Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais (AATR-Ba.), participei do congresso de fundação da CUT - Central Única dos Trabalhadores, como “associação pré-sindical”, em São Bernardo do Campo (SP), no pavilhão da antiga Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Este foi um grande momento da luta da classe trabalhadora brasileira e eu me orgulho muito de ter participado. Era agosto e fazia frio nas madrugadas de São Bernardo do Campo, mas depois de algumas doses de 51 e discussões acaloradas, o frio deixava de incomodar a nós nordestinos acostumados com sol e calor.
Saí da faculdade de Direito em 1984 (o curso de Sociologia ficou pelo caminho) e advoguei por seis anos antes de ingressar na magistratura. Minha advocacia, como resultado do engajamento político durante o curso de Direito, foi quase sempre para os movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores rurais e urbanos.
Ingressei na magistratura da Bahia em 1990, por mérito e muito estudo, e não tenho o que reclamar da vida, da profissão e da estabilidade financeira que adquiri depois de quase 30 anos de trabalho. Não estou cansado e não perdi a esperança. Continuo trabalhando e estudando e sempre com muito prazer. Não tenho a menor dúvida de que faria tudo outra vez.
Voltando ao começo mais uma vez, desde quando descobri que Lamarca não comia criancinhas no interior da Bahia, mas que lutava por um país melhor para todos os brasileiros, decidi que deveria também perseguir este sonho. Portanto, minha advocacia e minha atuação na magistratura sempre se pautaram por este norte, ou seja, sempre pensei mais nos outros, na liberdade e em um mundo mais justo e fraterno.
Portanto, esta história e esta forma de ver o mundo definem meu voto. Outras histórias de vida e outras formas de ver o mundo, sem dúvidas, definem o voto de outros juízes. Não se trata agora, como fazíamos antigamente nas acaloradas discussões do movimento estudantil, de rotular colegas de “certos” e “errados”, “marxistas” e “reaças”, mas de defender que não existem juízes neutros e que todos votam de acordo com sua própria história e sua forma de compreender e interpretar o mundo.
Por tudo isso, não penso em mim na hora de votar. Penso apenas nos milhões de excluídos e marginalizados desse país. Penso em um país sem fome e sem miseráveis. Penso na liberdade. Penso na justiça e me deixo levar pela canção...
Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso, um dia se realizar.

(Coração Civil, Milton Nascimento e Fernando Brant)


 

Como a América do Sul enxerga a disputa presidencial no Brasil

Governos da América do Sul dizem preferir a continuidade de Dilma. Veja quais são os interesses dos principais países da região sobre o próximo presidente do Brasil

mujica dilma eleições 2014 presidente
Uruguai, do presidente José Mujica, tem preferência à reeleição de Dilma, garantem analistas (divulgação)
Especial BBC Brasil
A eleição presidencial no Brasil é observada com atenção pelos países vizinhos, e analistas apontam para possíveis mudanças nas relações a partir do resultado das urnas.
Governos da América do Sul têm preferência à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) por não saberem o que esperar dos outros principais candidatos, Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), disseram observadores regionais.
“[O argumento predominante] é que é melhor lidar com quem se conhece do que com o desconhecido”, disse Mariana Pomies, analista política uruguaia e diretora do instituto Cifra, de Montevidéu.
“Dilma é uma figura conhecida, muito respeitada aqui e braço direito de Lula, que é muito conhecido entre os uruguaios. Marina Silva, por exemplo, é para nós um sinal de interrogação”.
Alianças regionais também poderiam sofrer um impacto com a vitória dos rivais de Dilma, segundo analistas. Seria o caso, por exemplo, do Mercosul, bloco que reúne cinco grandes economias da região.
“(Eles poderiam) rever a consistência do Mercosul. Especialmente Aécio, para quem o Mercosul é um bloco anacrônico. Nesse sentido, acho que para a região (uma vitória de Aécio ou Marina) não ajudaria muito”, disse Mariel Fornoni, do instituto Managment&FIT, de Buenos Aires.
Veja quais são os interesses dos principais países da região sobre o próximo presidente do Brasil.

ARGENTINA

Em Buenos Aires, a percepção é a de que, com Dilma, a relação bilateral já é “conhecida”, apesar de muitos analistas acreditarem ser improvável haver grandes alterações na política entre os dois países com a vitória de qualquer outro candidato.
O ex-vice-ministro das Relações Exteriores Andrés Cisneros disse que não acredita em “mudanças bruscas” na relação, já que o Brasil conta com políticas de Estado na sua política externa. “Não acreditamos em mudanças vindas do Brasil de um dia para o outro”, disse.
Nesta semana, o jornal La Nación, de Buenos Aires, publicou que a atual relação entre a Argentina e o Brasil não está em seu melhor momento, afetada pelo menor crescimento econômico dos dois países e a queda acentuada no comércio bilateral.
Segundo o jornal, “a relação dos dois países está afetada, seja quem for o próximo presidente brasileiro. Mas para analistas, o Mercosul perderia ainda mais força se Marina for eleita”.
Para o analista político Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria, de Buenos Aires, “com a relação entre Dilma e Cristina deteriorada pelos conflitos comerciais, nada mudará se a atual presidente vencer a eleição”.
“Mas com uma eventual vitória de Marina, por exemplo, talvez essa relação seja ainda mais difícil”, disse Fraga.

BOLÍVIA

A relação econômica entre o Brasil e a Bolívia está baseada principalmente nas exportações do gás boliviano para o mercado brasileiro.
Este setor inclui a forte presença da Petrobras na Bolívia, como observou o analista Javier Gomez, do Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (Cedla, na sigla em espanhol).
“Marina Silva disse que se eleita vai dar transparência à Petrobras e ao BNDES. São dois setores com forte ligação com a Bolívia. E mesmo em um curto período, sua política poderia afetar o curso desta relação bilateral”, disse Gomez, em La Paz.
Para ele, hoje, há “maior previsibilidade” à relação bilateral com Dilma na Presidência. “Hoje a relação entre os dois países não é a ideal, mas já sabemos como é”.

CHILE

Analistas políticos e diplomatas chilenos observaram que a relação política entre Brasil e Chile foi distante durante o governo Dilma, mas que, apesar disso, o Brasil passou a ser o principal destino dos investimentos diretos chilenos no exterior.
“Seja Dilma, Marina ou outro candidato, o principal é que o próximo presidente recupere a relação que no passado foi intensa com o Brasil”, disse o analista internacional e cientista político Ricardo Israel, da Corporação de Universidades Privadas do Chile.
O professor de ciências políticas da Universidade de Valparaíso Guillermo Holzmann disse que a reeleição de Dilma significa “estabilidade” na região e que outro presidente significaria “incerteza”.

PARAGUAI

Assim como na Bolívia, a relação com o Brasil passou a ser “mais intensa” depois que o ex-presidente Lula chegou ao Planalto em 2003, com a maior presença de empresas brasileiras e investimentos em setores como o de infraestrutura ligando a vizinhança ao Brasil.
Na opinião de políticos de diferentes tendências e analistas, o Brasil é o irmão maior e o principal sócio do país, como costumam afirmar.
Mas para o analista Francisco Capli, da consultoria de pesquisas de opinião First Analisis, “a relação atual passa por um momento frio, distante”. E seja qual for o próximo presidente, espera-se uma maior aproximação. Ele observou, porém, que Dilma já é conhecida dos paraguaios.
Tradicionalmente a relação entre os dois países esteve centrada na hidrelétrica de Itaipu e nos chamados ‘brasiguaios’ – brasileiros e seus descendentes que vivem no Paraguai. Mas, nos últimos anos, a presença de empresas brasileiras no país vem chamando atenção. Algo que, de acordo com os especialistas, não se traduz em “maior aproximação politica” com o Brasil.

URUGUAI

O maior conhecimento sobre as políticas e trajetórias de Lula e Dilma é apontado como “fator essencial” para que os uruguaios “votem” na continuidade do PT na Presidência, disse a analista Mariana Pomies, socióloga e diretora do instituto Cifra, de Montevidéu.
“Aqui sabemos muito pouco sobre os outros candidatos. O que gera dúvidas, naturalmente. Dilma é a continuidade. E hoje a relação entre o Uruguai e o Brasil é muito boa”, disse.
Segundo ela, no caso do Uruguai há ainda outro fator que pesa “contra o voto” em Marina: sua figura estar associada à sua religiosidade.
O Uruguai é um país laico desde o início do século 20, quando crucifixos foram retirados de gabinetes, organizações públicas e hospitais, por exemplo, para oficializar a separação da política de Estado da religião.
“Para nós, é impensável saber a opção religiosa de um candidato, de um político. Política é política. Mesmo quando eles vão à missa, por exemplo, é algo muito pessoal”, afirmou.

VENEZUELA

A imprevisibilidade da votação no Brasil coloca em alerta o governo venezuelano, que viu crescer e fortalecer as relações econômicas e políticas com Brasília durante os governos Lula e Dilma.
Com o PT na Presidência, o ex-presidente Hugo Chávez contou com o apoio brasileiro para solucionar as principais crises políticas. Durante os violentos protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro no início do ano, a diplomacia brasileira também teve um papel importante para dirimir a crise.
“Uma (eventual) derrota de Dilma seria um fator adicional de instabilidade internacional para o governo venezuelano porque perderia um apoio regional fundamental”, afirmou o analista político Javier Biardeau, professor de sociologia da Universidade Central da Venezuela.
Outro elemento de preocupação para o chavismo está na continuidade do processo de integração regional no âmbito da Unasul, Celac e Mercosul.
“O Brasil foi fundamental para a integração regional nos últimos anos (do governo) Dilma e ela representa a continuidade desses processos” afirmou o deputado do partido governista PSUV Yul Jabour, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional.
A oposição venezuelana, por sua vez, não esconde seu anseio de ver o PT derrotado. A relação entre o partido e o governo venezuelano é visto pela direção anti-chavista como um elemento de desequilibrio e, em determinados momentos, favorece o projeto bolivariano.
Aécio Neves recebe a maior torcida no interior da aliança opositora MUD, apoio herdado pela proximidade do PSDB aos grupos opositores ao longo do governo Chávez.
O analista internacional Carlos Romero afirma que a maioria dos partidos opositores “desejam” uma aliança com um programa conhecido e com ideais compartilhados, como é o caso do PSDB, à incógnita que representa a candidatura e o projeto de Marina.
“A oposição seria feliz com uma vitória de Neves, porque não está convencida da postura de Marina em relação à Venezuela”, disse Romero.
*PragmatismoPolitico

Membro da equipe de Aécio Neves defende a privatização da universidade pública

Membro da equipe de Aécio Neves defende a privatização da universidade pública

Samuel Pessôa faz parte do conselho curador da equipe do presidenciável tucano e defende a taxação da graduação em universidade pública
Por Marcelo Hailer
Em artigo publicado na edição deste domingo (29) do jornal Folha de São Paulo, o colunista Samuel Pessôa defende a taxação dos cursos de graduação e, para tanto, faz uma comparação com o pedágio urbano, argumentando que “o pedágio urbano justifica-se por que um bem econômico público, as vias públicas, torna-se um bem econômico privado quando se congestiona. A natureza econômica das vias públicas altera-se de acordo com a intensidade do seu uso”.
Na sequência, ele faz a comparação entre o pedágio urbano e o ensino superior público, e afirma que a “atividade de pesquisa constitui um bem público, enquanto a atividade de ensino constitui um bem privado”. Ou seja, o articulista do jornal paulista se utiliza de “literatura econômica” para dizer que a pesquisa é um bem público, pois visa a um bem comum, um ganho à sociedade, assim como a via pública. Já a graduação trata-se de um “bem privado”, pois quando o profissional estiver graduado, seu bem será medido pela sua renda, dando a entender que o saber adquirido na universidade fica para ele. Mas, já que ele cita as pesquisas, fica o questionamento: as pessoas que se tornaram mestres e doutores não adquiriram um primeiro conhecimento na graduação?
Em seguida, o autor do texto cai em contradição ao dizer que a educação fundamental tem de ser pública, pois, quanto mais jovens alfabetizados, mais a sociedade ganha, já que a formação de base não necessariamente aumenta o ganho salarial, mas sim o social. “Faz todo sentido, portanto, que a educação básica seja gratuita e não faz sentido que a educação universitária seja gratuita”, sacramenta o articulista.
E sem papas na língua, ele defende que o “ensino universitário deve ser pago” e, àqueles alunos que não podem arcar com o ensino superior, o autor indica o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e nem sequer cita o Programa Universidade Para Todos (ProUni), que garante milhões de bolsas em instituições privadas anualmente sem que o aluno tenha que pagar posteriormente, como acontece com o primeiro.
Para justificar a sua tese de privatização do ensino superior, Pessôa argumenta que “haveria impactos orçamentários positivos”. “A instituição de cobrança de mensalidade para os cursos universitários públicos teria efeito importante sobre a eficiência das universidades. O tempo médio seria reduzido e a vinculação ao curso aumentaria”.
Poderíamos encarar tal texto como mais um entre tantos de cunho neoliberal que defendem a privatização do ensino superior público, mas o artigo deve receber um pouco mais de atenção, visto que Samuel Pessôa faz parte de uma espécie de conselho curador da equipe de Aécio Neves – candidato à presidência da República pelo PSDB -, que está ajudando na construção do plano de governo dos tucanos.
Ou seja, mais do que um mero texto publicado em um semanário, trata-se de uma tese pronta para, caso Aécio vença as eleições, ser apresentada como solução para os problemas financeiros nas universidades. O que espanta nas linhas de Samuel Pessôa é que o autor ignora que hoje 70% das bolsas do ProUni são integrais e isso tem feito com que milhares de alunos de camadas mais populares ascendam ao estudo universitário e rompam com ciclo da pobreza. Outro fator ignorado é que agora o PrUni vai ser estendido ao Mestrado e Doutorado e, assim, quem sabe, levar à pós-graduação saberes que são historicamente silenciados.
Podemos supor, então, que a partir do momento em que o autor ignora tais programas e cai em contradições rasas ao “defender” o ensino de base enquanto público e o superior a ser cobrado, ou seja, a velha ideologia neoliberal, propõe fechar as universidades aos mais pobres e manter as portas abertas apenas àqueles que podem pagar.
Devemos ainda reparar que o autor não cita uma linha sequer sobre o escândalo financeiro da USP. A direção da instituição leva a universidade à falência e o boleto deve ser passado aos alunos? A velha cantilena do Estado mínimo não está nada morta, muito pelo contrário: viva e assanhada por retomar o ciclo de políticas dos anos 1990.
Por fim, o que se nota é que o filho do pedreiro com diploma de médico incomoda sim muita gente e, a depender dos conselheiros de Aécio Neves, o filho do pedreiro vai continuar a ser o filho de pedreiro… Mas que isso, né, minha gente, quanta amargura. Ele vai ter ensino básico gratuito, não é mesmo?
Foto de capa: Brasil247

domingo, outubro 05, 2014

Aécio paga dívida da globo com dinheiro público



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GLOBO USA EDIÇÃO PARA MANIPULAR CAMPANHA DE COLLOR
http://www.youtube.com/watch?v=VrpurEkmJkU
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PSDB Nos tempos do FHC / PSDB o partido mais sujo do Brasil
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/psdb-partido-mais-s…

Dono do helicóptero do pó ganhou 3 contratos sem licitação de Aécio Neves

aécio neves perrela cocaína
Aécio Neves e Zezé Perrela, dono do helicóptero do pó (reprodução)
Miguel do Rosário, Tijolaço
Escrevo há uns quinze anos sobre política, de maneira quase ininterrupta, e tendo ideais progressistas, sempre fui crítico à grande imprensa brasileira. No entanto, nunca me deparei com um grau de degradação tão avassalador como vejo nos últimos dias.
A imprensa trata com inexplicável discrição aquele que pode ser o maior escândalo das últimas décadas, rivalizando até mesmo com o trensalão paulista.

Leia também

O Ministério Público de Minas Gerais vai propor, nos próximos dias, uma Ação Civil Pública, para investigar repasses do governo do estado, na gestão de Aécio Neves, para a empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, proprietária do helicóptero apreendido com meia tonelada de pó. Os repasses aconteceram em 2009, 2010 e 2011.
Achei reportagens do ano passado com informações sobre suspeitas do Ministério Público contra a Limeira, empresa dos Perrela. O MP apurava possível contratação irregular, sem licitação, pelo governo do estado, além de superfaturamento. A compra da fazenda Guará (a mesma onde o helicóptero foi apreendido), avaliada em R$ 60 milhões, também estava sob a mira dos procuradores, visto que o bem havia sido ocultado pelo senador Zezé Perrela.
Hoje há uma matéria no Globo sobre o tema, mencionando as suspeitas do Ministério Público, mas sem chamada na primeira página e sem qualquer citação ao partido do governo do estado, e às relações quase íntimas entre os Perrela e o provável candidato do PSDB à presidência da república, Aécio Neves. A reportagem informa que o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também pagou com sua verba de gabinete o combustível usado no famoso helicóptero. Zezé e Gustavo, pai e filho, estão cada vez mais enredados no caso.
O assunto não é interessante? Um possível presidente da república ser tão próximo de políticos suspeitos de serem grandes traficantes de cocaína não é do interesse da nossa imprensa “livre”, “independente”, “profissional”? Será que mais uma vez, os blogueiros terão que assumir a dianteira dessa investigação, com grande risco pessoal?
*Pragmatismopolitico