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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, fevereiro 02, 2016

cursos de Economia das universidades dos EUA / Karl Marx, aparecem como os textos mais indicados e utilizados atualmente

Esquerda Revolucionária e Socializando compartilharam a publicação deSocializando.
"A crise econômica faz milagres. O “Manifesto do Partido Comunista” e o “O Capital”, as obras mais conhecidas de Karl Marx, aparecem como os textos mais indicados e utilizados atualmente nos cursos de Economia das universidades dos EUA. É o que revela recente pesquisa da Open Sillabus Project, da University of Columbia, EUA, que armazenou em um banco de dados os livros e outros trabalhos indicados em mais de um milhão de programas de ensino das universidades norte-americanas.
(...)
Observe-se também que o sistema universitário de ensino e pesquisa dos EUA sempre foi o mais aberto e mais desenvolvido do mundo. Não é por acaso que eles lideram largamente o conhecimento e a produção dos setores de ponta da produção industrial mundial, como aeroespacial, nanotecnologia, biociências, microeletrônica, mecatrônica, tecnologia de informações, novos materiais, etc. É essa liderança que lhes permite centralizar e dominar economicamente o resto do mundo. Agora ficamos sabendo que esse pragmatismo de grande potência imperialista no sistema de ensino e pesquisa se estende também para suas faculdades de Economia. Pelo menos para uso doméstico, a despeito da permanência de um poderoso mainstream de neoclássicos, monetaristas e keynesianos. Mas a crise econômica que se aproxima e a conhecida pressão dos estudantes contra o autismo econômico dos marginalistas e outros idiotas foram os responsáveis por furar essas escolas reacionárias e introduzir pensamentos mais atuais da teoria, como os de Smith e de Marx. Pelo menos para uso doméstico, repetimos. O resto do mundo, com raríssimas exceções, como o Japão, onde o ensino de Economia também é muito avançado, ainda permanecem as mesmas velhas e inócuas ideias neoclássicas e keynesianas sobre política econômica dos últimos setenta anos".
A poderosa crise econômica que se aproxima e a conhecida pressão dos estudantes contra o autismo econômico dos marginalistas e outros idiotas…
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