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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 09, 2010

Antes de Lula o país "tava funhanhado", diz Dilma


IMPRENSA CORRUPTA , GOLPISTA E RACISTA BRASILEIRA ESQUECE O DOSSIÊ DEPOIS QUE O PT ENCAROU SERRA E QUADRILHA.PARABÉNS PT !

Em casa que falta pão todo mundo grita e ninguém tem razão

A intolerância é a marca dos sionistas?

-A - +A

democracia israel






Vídeo mostra o que é o fascismo da sociedade israelense, espelhado até em seu parlamento.

Visitando o blog da MariaFrô, que faz uma das melhores coberturas sobre a questão palestina, me deparei com este vídeo que mostra uma deputada palestina discursando no “parlamento” de Israel. Não deixe de ler também o relato de uma judia sobrevivente do Holocausto que diz: “Se você critica Israel, te chamam de anti-semita”

“Examinem-na! Vejam se ela não está portanto uma faca!”

Se deputados agridem verbal e quase fisicamente uma deputada palestina, imagine o que os militares israelenses não fazem aos civis palestinos que vivem nos guetos impostos pelos sionistas.

TRADUÇÃO:
Contexto: Deputada sobrevivente do barco sequestrado por Israel em águas internacionais discursa no Knesset, o parlamento.

Parlamentar palestina: “O embargo, o bloqueio, não é democrático, nem humano e cada parlamentar tem o direito de manifestar a sua opinião…” (Interrompida)

O Presidente da Assembléia pede silêncio e calma por inúmeras vezes, pede para que a parlamentar palestina não seja interrompida, para que todos que aceitam ou não a opinião da parlamentar permitam que ela se pronuncie.

Parlamentar palestina tenta continuar sua fala: “O ataque pirata militar foi um ataque criminoso contrário aos direitos internacionais…”(Interrompida)

O presidente da assembléia pede para que ela encerre sua fala em um minuto e trinta segundos.

Parlamentar palestina: “Eu tenho direito a cinco minutos de fala”. (Interrompida)

Parlamentar palestina: É preciso ter uma comissão internacional para verificar os fatos ocorridos sobre os barcos naquele dia…”(Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que o governo de Israel não aceita que sejam feitas as investigações necessárias para o caso?” (Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que Israel não permitiu que a imprensa internacional acompanhasse o fato ocorrido?” (Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que só foi mostradas fotos de soldados sendo atacados e não foram mostrados os civis e ativistas sendo mortos e atacados por soldados?” (Interrompida)

Parlamentar palestina: “Por que vocês tomaram as câmeras e filmes dos repórteres e jornalistas a bordo dos navios, dezenas de pessoas forma mortas e outras dezenas feridas, mostrem as fotos delas, onde estão estas imagens?” (Interrompida diversas vezes)

Parlamentar palestina: “Vocês me acusam de que fui eu quem feriu os soldados e fui eu quem cometeu esse crime…” (Interrompida) por uma das parlamentares que diz: “Sim, sim, claro!” Outro diz: “Examine-na, vejam se ela não está, agora mesmo portanto uma faca”

Parlamentar palestina: “Eu estou aqui para mostrar quem de fato cometeu esse crime e vocês estão tentando interferir e perturbar a sessão, porque não querem ouvir a verdade…” (Interrompida) “Vocês estão com medo do que eu possa falar, o Knesset israelense tem medo de ouvir o que tenho para falar” . É pela enézima vez interrompida, desta vez uma das parlamentares a chama de ‘terrorista‘ e diz: Que vergonha de você ser uma terrorista!

NOTA DESTE BLOG: no Brasil enquanto o Estado patrocinava o terrorismo militar e policial, com apoio de empresários, quem lutava contra o regime era chamado pela imprensa aliada do regime de “terrorista”. Agora os israelenses fazem o mesmo: praticam terrorismo de estado enquanto chamam uma deputada palestina de “terrorista”. A conclusão é de que geralmente quem grita primeiro “terrorista!” é justamente quem está praticando terrorismo, mas quer desviar o foco.

Por fim quando a deputada palestina tenta retornar ao seu assento é agredida com mais xingamentos e um dos parlamentar tenta agredi-la fisicamente. O Presidente do Parlamento avisa: “Vocês estão agredindo uma parlamentar e isso contrarias as leis da Casa, isso não pode ocorrer! Peço calma a todos.’

Talvez a distância entre o sionismo e o judaísmo seja a mesma que a distância da Inquisição para o cristianismo: completa. Valham-me estes judeus ortodoxos aqui.

http://daniel.kupervaser.com/blog/wp-content/uploads/2009/10/neturei_karta2ds.jpg


do anti tucano

A crise européia e a hipocrisia de Wall Street

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A crise na Grécia e o cinismo neoliberal



A Grécia, bola da vez da crise capitalista internacional – que não acabou, como já bravateiam os apologistas deste sistema –, está passando por uma autêntica convulsão social. A luta de classes, que muitos também achavam que tinha acabado, está cada vez mais acirrada. Em menos de três meses, já ocorreram cinco greves gerais, com elevados índices de adesão. Os protestos são quase diários, com confrontos violentos entre os trabalhadores e as forças de repressão do estado.

Ninguém consegue projetar qual será o futuro deste país, um dos primos pobres da Europa. Mas há consenso, porém, que a crise será prolongada e que o caos econômico deve contaminar outras nações do continente. Diante deste dilema, os neoliberais de plantão, culpados pelo colapso, não vacilam em apresentar receitas ainda mais amargas para os trabalhadores. Amparados pela mídia, eles difundem que a atual crise decorre dos “gastos públicos” e do “inchaço do estado” – é o que se ouve nos comentários globais de Carlos Sardenberg e de outros adoradores do deus-mercado.

País abdicou da sua soberania

A mentira é descarada, mas ainda engana os ingênuos. A crise da Grécia não é culpa do “estado de bem-estar social”, do Welfare State, mas sim da gula capitalista. Com as suas especificidades, o modelo neoliberal foi implantado neste e noutros países europeus com o desmonte do estado, da nação e do trabalho. O acordo que deu origem ao euro engessou os estados nacionais com as metas fiscais e monetárias que beneficiaram exclusivamente os rentistas. A desregulamentação financeira imposta agora cobra o seu preço, mas o ônus é jogado nas costas dos trabalhadores.

Com o ingresso na Comunidade Econômica Européia (CEE), a Grécia foi obrigada a cumprir as rígidas metas neoliberais e, além disso, renunciou a sua capacidade de emitir a própria moeda. O Banco Central Europeu (BCE), entidade supranacional com total autonomia, é quem determina a política econômica destes países, que abdicaram da sua soberania. As principais vítimas são as nações mais frágeis, reunidas no chamado Piige (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). Os países “avançados”, que não abdicaram das suas moedas, são os menos afetados pela crise.

A morte anunciada do euro?

É o caso da Inglaterra, segundo aponta o economista Emiliano Libman, em entrevista ao Instituto Humanitas Unisimos. “Ao não adotar o euro, ela manteve sua soberania monetária... A diferença entre Inglaterra e Grécia é que, diante da grande instabilidade que as decisões de gastos do setor privado produzem, o seu Estado pode intervir”. A Grécia foi punida por não ter cumprido a meta de 3% do PIB nos gastos públicos; já na Inglaterra, o déficit fiscal chega a 13% do PIB.

Esta grave distorção é que leva muitos analistas a preverem o fim desta moeda. Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, já chegou a anunciar que o desfecho da crise será a morte do euro. A opinião é corroborada pelo brasileiro Luiz Carlos Bresser Pereira. “O euro está enfrentando uma crise estrutural que não põe em jogo a União Européia, mas põe em risco sua própria existência. Dependendo do desenrolar da crise, alguns países poderão voltar às suas moedas nacionais”.

Reforma tributária às avessas

A orgia neoliberal também causou outras graves distorções. O desmonte do estado beneficiou os ricaços, agraciados com uma reforma tributária às avessas. Hoje, eles pagam menos impostos ou sonegam, aproveitando-se das brechas da libertinagem financeira. Segundo reportagem da revista CartaCapital, “a sonegação de imposto por gregos ricos é estimada em 23 bilhões de euros anuais – quase 10% do PIB... Nas declarações do Fisco, apenas 324 moradores dos subúrbios de Atenas admitiram ter piscina: o Google Earth mostra 16.974”. Os ricaços até camuflam suas fortunas.

No paraíso dos neoliberais, produção e consumo sofreram violenta retração. A produtividade das empresas cresceu muito com os avanços tecnológicos, mas os frutos deste crescimento não foram socializados. O arrocho salarial e o desmonte dos direitos trabalhistas e previdenciários causaram o encolhimento do mercado interno. Antes da crise, o desemprego já atingia 10,3% dos gregos (25,3% entre os jovens). Vários sindicatos foram forçados a aceitar acordos de redução salarial.

Socorro aos banqueiros e industriais

O que já estava doente entrou em coma com a eclosão da crise mundial. Na fase da bonança, os capitalistas embolsaram os lucros. Já na fase da crise, iniciada em agosto de 2007 nos EUA, eles resolveram socializar os prejuízos. O que elevou o déficit público grego é que o “estado mínimo” virou “estado máximo” para socorrer banqueiros e industriais que abusaram da orgia financeira. Três quartos da dívida grega, pública e privada, estão nas mãos de bancos, seguradoras e fundos europeus, principalmente da França (US$ 67 bilhões de dólares) e Alemanha (US$ 36 bilhões).

Diante da eclosão da crise e do risco de contágio na Europa, os cínicos neoliberais impõem agora maiores dosagens da sua receita destrutiva e regressiva. O pacote de “socorro” dos bancos exige o aumento de 21% para 23% no imposto sobre valor agregado, mas não toca nos tributos sobre a riqueza; adiamento das aposentadorias em pelo menos três anos e cortes drásticos do seu valor; liberalização das tarifas de energia e transporte; congelamento do salário dos servidores públicos até 2014; restrição ou eliminação do 13º e 14º salários; e cortes nos adicionais e licenças.

Radicalização da luta de classes

O objetivo do capital é aproveitar a crise, criada por ele, para destruir de vez o que ainda resta do Welfare State na Grécia e em toda a Europa. “O Estado social deve ser reformado”, afirmam, em uníssono, os neoliberais europeus – repetidos à exaustão pelas marionetes nativas da TV Globo e de outros veículos privados. Como alerta o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, a meta é destruir os direitos, “conquistados a ferro e fogo”, pelas lutas sociais. “Esse estilo de sociedade, de vida e de convivência foi progressivamente sendo deformado pelo avanço do projeto neoliberal”.

Mas esta ofensiva destrutiva e regressiva do capitalismo tende a esbarrar cada vez mais na reação dos trabalhadores. “O tipo de capitalismo que vai surgir [da atual crise] dependerá muito da luta social, da formação do imaginário popular, que, na verdade, não depende muito dos iluminados, mas da capacidade de informação e compreensão do que realmente aconteceu. Isso vai se formar na luta política”, aponta Belluzzo. Também apostando na possibilidade do aumento dos conflitos sociais, o sociólogo estadunidense James Petras prevê intensas e radicalizadas lutas na Europa.

“Há um processo de reversão dos ganhos sociais, um efeito dominó em que as tentativas dos governos para impor o custo da crise na classe trabalhadora causam efeito profundo nos padrões de vida. Não consigo ver como isso não aumentará os conflitos sociais. Na Espanha, há sinais de greve geral. Em Portugal, os sindicatos rejeitaram o plano de Sócrates de cortes nas áreas sociais. Acho que há possibilidade de que, conforme os desdobramentos dos programas como estes, no restante da Europa, as relações de capital de trabalho serão afetadas num futuro não tão distante”.

do Altamiro Borges

Brasil urgente Dilma Presidenta

A Cristina Kirchner não foi à
Folha nem à GloboNews


Hacia la victoria sem a Globo ou a Folha

Saiu na Folha que a Dilma Rousseff não confirmou as entrevistas que daria à Folha (*)/UOL e à GloboNews.

A Cristina Kirchner não deu uma ÚNICA entrevista à imprensa antes de ser eleita presidente da Argentina.

Uma ÚNICA.

Como me lembrou ontem um sábio carioca: “se mídia ganhasse eleição, o Brizola não teria sido governador do Rio duas vezes, nas barbas do Roberto Marinho”.

Para que se submeter a um pelotão de fuzilamento ?

É mais negócio se preservar para os debates nas tevês, com todos os candidatos juntos e regras conhecidas, que valham para todos.

Ter que aguentar o pessoal do complexo de viralatas, no mano-a-mano, na Folha e na GloboNews, é correr riscos à toa.

E tem mais: assim que acabou a eleição, a Cristina Kirchner tratou de trabalhar numa Ley de los Medios (**), que enquadrou o grupo Clarín, ou seja, a Globo.

Clique aqui para ler sobre o papel do PiG (***) na América do Sul, segundo o filme do Oliver Stone.


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver o que disse o Conversa Afiada sobre a Ley de los Médios da Cristina.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

do Conversa Afiada

De ôlho na Soberania Nacional







Estrangeiros ampliam o controle sobre terras e empresas



O grupo Maeda é uma das mais tradicionais empreitadas do agronegócio no Brasil. Fundada por uma família de imigrantes japoneses há 80 anos, em Ituverava (SP), a empresa foi uma das primeiras a plantar algodão no Cerrado, ainda nos anos 1970, e se destacou mundialmente por conseguir integrar todas as etapas de sua cadeia – da produção de sementes até o processo de fiação. O Maeda tornou-se ainda, nos últimos anos, um dos maiores produtores de soja do País. Ocupando uma área de mais de 100 mil hectares nos estados de Goiás, Mato Grosso e Bahia, a empresa faturou 300 milhões de reais no ano passado.

No dia 27 de maio, muitos participantes do setor surpreenderam-se com a notícia de que a família Maeda vendeu o controle da companhia para a Arion Capital, fundo de investimento controlado pelo bilionário Enrique Bañuelos – grande expoente da bolha imobiliária da Espanha. O investidor chegou ao Brasil há menos de dois anos e provocou rebuliço no setor imobiliário ao promover fusões e criar uma das maiores incorporadoras do País, a Agre, recentemente vendida. Longe de ser um episódio isolado, a compra do Maeda pela Arion Capital revela uma tendência: cada vez mais, investidores de outros países desembarcam no Brasil com o objetivo de apostar no agronegócio – o movimento tem sido tão forte que levou o Congresso Nacional a discutir uma forma de limitar a compra de terras por estrangeiros.

Em nenhuma outra cadeia esse movimento é tão claro como no setor de cana-de-açúcar. Nos últimos meses, o mercado testemunhou uma verdadeira avalanche de fusões e aquisições bancadas pelo capital externo. No fim do ano passado, a multinacional americana Bunge arrematou cinco usinas do Grupo Moema por 1,5 bilhão de dólares, triplicando sua capacidade de moagem e assumindo o posto de terceiro maior produtor de açúcar e álcool do País. Em setembro, a francesa Louis Dreyfus Commodities comprou o controle da Santelisa Vale, criando a segunda maior companhia do setor em todo o mundo. Este ano, a holandesa Shell uniu-se à Cosan, maior empresa de álcool e açúcar do mundo, e formou uma gigante com faturamento estimado em 40 bilhões de reais.

Há ainda grupos indianos, como a Shree Renuka Sugars, que negocia a compra do controle acionário do grupo Equipav, gigantes do petróleo como a britânica BP, e fundos de investimento como o Clean Energy, que captam recursos no exterior para investir em usinas no Brasil.

É quase consenso que o processo de incorporação da agroindústria brasileira de cana-de-açúcar pelo capital internacional está apenas no meio do caminho. Segundo dados da Datagro, maior consultoria de açúcar e álcool do Brasil, a participação dos estrangeiros na moagem de cana era de apenas 4% em 2003. Essa fatia saltou para 12,4% em 2008, 23,2% em 2009, e já está em 25,6%. Até 2020, metade do mercado deve estar nas mãos de investidores de fora. A tendência é de que a concentração do setor também cresça, na mesma velocidade. “Hoje, temos 179 grupos econômicos controlando 457 usinas no País. Em 15 anos, vamos ter não mais que 50 ou 60 grupos”, estima Plínio Nastari, presidente da Datagro.

Muitas usinas brasileiras endividaram-se de modo excessivo entre 2006 e 2008, quando o setor experimentou um boom de investimentos, e se viram em situação complicada quando a crise financeira estourou. Com problemas de caixa, muitas empresas tornaram-se alvo fácil de multinacionais e grandes investidores estrangeiros. “A crise financeira fragilizou as empresas de capital nacional e familiar, muitas das quais tinham problemas de gestão, questões societárias mal-resolvidas e problemas de sucessão”, observa Nastari.

O interesse dos investidores estrangei-ros pelo agronegócio é turbinado pelas- perspectivas em relação ao futuro dos biocombustíveis. Na safra atual, quase 60% da cana produzida no Centro-Sul será destinada à fabricação de etanol. “Esta indústria é cada vez mais uma indústria de energia e cada vez menos uma indústria de alimentos. E o mercado global de energia é muito maior do que o de alimentos”, explica Nastari. Segundo ele, apenas o setor sucroalcooleiro terá de investir 75 bilhões de dólares nos próximos dez anos. “Ainda há muito valor a ser capturado nesse setor, que nem de longe está otimizado”, defende.

O mesmo movimento também ocorre no Centro-Oeste e no Nordeste do País, regiões em que predomina o cultivo da soja. Nos últimos cinco anos, uma legião de empresas estrangeiras, financiadas por fundos de investimento, começou a produzir em áreas isoladas como o enclave entre Maranhão, Piauí e Tocantins (que ficou conhecido pelo acrônimo Mapito) e o oeste baiano. Ao menos 20 grupos estrangeiros exploram essas novas fronteiras agrícolas. São empresas como as argentinas El Tejar e Los Grobo que, juntas, controlam uma extensão de terra de aproximadamente 160 mil hectares no Brasil e 900 mil hectares em toda a América do Sul. A Adecoagro, empresa controlada pelo bilionário George Soros, já produz commodities em 340 mil hectares de terra distribuídos entre Brasil, Argentina e Uruguai.

Algumas dessas empresas, como a BrasilAgro e a Tiba Agro, especializaram-se em comprar terras de baixo custo – áreas de pastagens degradadas ou que foram desmatadas por produtores que não tiveram capital suficiente para produzir nelas – com o objetivo de valorizá-las e vendê-las por um preço muito mais alto. A Tiba Agro, empresa desconhecida até meses atrás e que já teria captado mais de 300 milhões de dólares em fundos americanos e europeus, afirma possuir um estoque de 320 mil hectares de terra – área duas vezes maior do que o município de São Paulo – em Mato Grosso, Bahia e Piauí. “Lá fora, diferentemente do que acontece no Brasil, é muito forte a percepção de que há uma escassez de recursos naturais, como terra. Daí o enorme interesse em investir nisso”, afirma Fernando Jank, diretor-geral da Tiba Agro.

Por causa da escalada dos preços do petróleo e as discussões sobre o aquecimento global, governos de todo o mundo têm incentivado a produção de combustíveis agrícolas nos últimos anos. Os Estados Unidos, por exemplo, devem destinar neste ano 116 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol. O volume equivale a quase 80% de toda a safra de grãos do Brasil, estimada em 146 milhões de toneladas.

“A discussão de que esses biocombustíveis podem restringir as áreas de alimentos para uma população mundial em forte crescimento impulsionou o sentimento de que há uma escassez de terras no mundo, e que o Brasil é o único país politicamente estável capaz de oferecê-las”, observa a analista de terras da consultoria AgraFNP, Jacqueline Bierhals. A especulação imobiliária fez o valor das fazendas disparar, especialmente nas novas fronteiras agrícolas. Segundo estimativas da AgraFNP, nos últimos 36 meses, o preço médio das terras agricultáveis subiu 54% no Maranhão, 70% no Piauí e 68% no Tocantins.

do Carta Capital

Fora FMI fora SSerra











BRASIL NUNCA CRESCEU TANTO EM 40 ANOS.
investimentos em máquinas e edificação avançam 26% no 1º trimestre e ampliam a oferta para acomodar uma demanda robusta, não inflacionária. Setor de máquinas e equipamentos cresce há 13 meses consecutivos e acumula expansão de 41%. BNDES analisa cerca de mil solicitações diárias de crédito para aquisição de bens de capital. Ciclo consistente, puxado agora pelo investimento, deixa Serra emparedado entre duas opções: assumir a falta de projeto demotucano ou vestir de vez o figurino udenista --dossiês & factóides-- que o coloca em colisão direta com 86% dos brasileiros que aprovam a forma como o Presidente Lula conduz o país. Aspas para o jornal ‘O Estado de São Paulo': 'pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra a dificuldade de José Serra (PSDB) fixar um discurso de campanha eficiente. [...] Os temas econômicos, apesar de serem especialidades de Serra [...] são francamente favoráveis à pré-candidata governista. Será difícil o tucano encontrar um "gancho" que lhe renda votos nessas áreas'.


A geopolítica da desaparição do Euro
Com a crise financeira européia, está se dando um passo a mais no avassalamento da Europa. Com o Tratado de Lisboa, a Europa entregou sua defesa à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN): acabou-se o velho sonho de uma defesa européia independente. E agora, com uma política financeira controlada pelo FMI, a UE renunciou a um pilar essencial de sua independência. Sem a defesa e a moeda, não lhe resta nada para afirmar sua independência dentro do bloco ocidental e frente ao resto do mundo.

do Carta Maior

EUA Quebrados






Chávez diz que EUA estão "quebrados" e não recomenda investimentos

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta terça-feira que não recomenda "a ninguém investir" nos Estados Unidos, pois, segundo ele, o país norte-americano está "quebrado" economicamente.

"Esse país está quebrado, não recomendo a ninguém investir nada nos Estados Unidos", disse Chávez, em ato oficial transmitido em cadeia nacional obrigatória de rádio e televisão.

Chávez baseou sua afirmação em dados de um relatório que atribuiu à empresa Global Research, com sede em Montreal, Canadá, sobre a situação econômica e financeira dos EUA, destacando a queda do emprego e o aumento da dívida da primeira potência mundial.

O líder venezuelano ressaltou que, de acordo com dados da companhia canadense, "a dívida total do governo dos EUA já chega a 90% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida creditícia do mercado nos EUA chegou a 370% do PIB. O país está quebrado, não recomendo a ninguém investir nada nesse país, os Estados Unidos!", disse Chávez.

Segundo o líder venezuelano, os EUA chegaram a essa suposta situação de "quebra" porque os governos do atual presidente, Barack Obama, e o de seu antecessor, George W. Bush, "protegem os ricos" frente a crises como a financeira que explodiu em 2009.

"Nós não", disse Chávez, e destacou que durante a pequena crise financeira do final do ano passado, que afetou uma dezena de pequenos bancos locais, sua administração assumiu os custos da mesma e "ninguém" dos "pequenos e médios" depositantes "perdeu suas economias".

"Essas são as diferenças entre o governo socialista (da Venezuela) e os governos capitalistas" como o dos Estados Unidos e outros países, entre os quais mencionou Espanha e Alemanha.

do Terra Noticias


terça-feira, junho 08, 2010

Um Deleite



Cancion Para Mi America

Mercedes Sosa

Dale tu mano al indio
Dale que te hara bien
Y encontraras el camino
Como ayer yo lo encontre

Dale tu mano al indio
Dale que te hara bien
Te mojara el sudor santo
De la lucha y el deber

La piel del indio te enseñara
Toda la senda que habras de andar
Manos de cobre te mostraran
Toda la sangre que has de dejar

Dale tu mano al indio
Dale que te hara bien
Y encontraras el camino
Como ayer yo lo encontre

Es el tiempo del cobre
Mestizo grito y fusil
Si no se abren las puertas
El pueblo las ha de abrir

America esta esperando
Y el siglo se vuelve azul
Pampas, rios y montañas
Liberan su propia luz

La copla no tiene dueño
Patrones no mas mandar
La guitarra americana
Peleando aprendio a cantar

Dale tu mano al indio
Dale que te hara bien...

Viva o PIB abaixo o pig






Haja criatividade para o PiG(*)


O Conversa Afiada reproduz o site “Outra Mídia”:

Jornais de amanhã: “Brasil entra em crise com PIB recorde”, “PIB avança, mas PSDB questiona dado na Justiça”, “PIB é factóide, diz Serra”

Paulo Henrique Amorim


Em tempo: No blog Amigos do Presidente: Serra e Alckmin são presos…


PIG (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

do Conversa Afiada