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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 09, 2010

EUA Quebrados






Chávez diz que EUA estão "quebrados" e não recomenda investimentos

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta terça-feira que não recomenda "a ninguém investir" nos Estados Unidos, pois, segundo ele, o país norte-americano está "quebrado" economicamente.

"Esse país está quebrado, não recomendo a ninguém investir nada nos Estados Unidos", disse Chávez, em ato oficial transmitido em cadeia nacional obrigatória de rádio e televisão.

Chávez baseou sua afirmação em dados de um relatório que atribuiu à empresa Global Research, com sede em Montreal, Canadá, sobre a situação econômica e financeira dos EUA, destacando a queda do emprego e o aumento da dívida da primeira potência mundial.

O líder venezuelano ressaltou que, de acordo com dados da companhia canadense, "a dívida total do governo dos EUA já chega a 90% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida creditícia do mercado nos EUA chegou a 370% do PIB. O país está quebrado, não recomendo a ninguém investir nada nesse país, os Estados Unidos!", disse Chávez.

Segundo o líder venezuelano, os EUA chegaram a essa suposta situação de "quebra" porque os governos do atual presidente, Barack Obama, e o de seu antecessor, George W. Bush, "protegem os ricos" frente a crises como a financeira que explodiu em 2009.

"Nós não", disse Chávez, e destacou que durante a pequena crise financeira do final do ano passado, que afetou uma dezena de pequenos bancos locais, sua administração assumiu os custos da mesma e "ninguém" dos "pequenos e médios" depositantes "perdeu suas economias".

"Essas são as diferenças entre o governo socialista (da Venezuela) e os governos capitalistas" como o dos Estados Unidos e outros países, entre os quais mencionou Espanha e Alemanha.

do Terra Noticias


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